fevereiro 24, 2025 04:18

Em Roraima, escândalos de Ottaci Nascimento e Jalser Renier causam derrota do SD nas urnas

Roraima – Considerado até pouco tempo um dos partidos de maior prestígio e destaque no Estado de Roraima, o Solidariedade, que tem como presidente estadual o deputado federal Ottaci Nascimento, não elegeu nenhum representante para Câmara dos Deputados na Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) no pleito de 2022.

A decadência da sigla iniciou após as eleições de 2020, quando os principais líderes do partido, o ex-deputado estadual Jalser Renier e o deputado federal Ottaci Nascimento, foram envolvidos em escândalos e polêmicas. Conforme fontes, os dois seriam os principais culpados por afundar o partido em Roraima.

Jalser, que chegou a ser presidente da ALE-RR durante vários anos, foi apontado como o responsável por mandar sequestrar e torturar o jornalista Romano dos Anjos, em outubro de 2020.

Em 2021, o então parlamentar foi preso preventivamente numa operação coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de Roraima (MPRR).

Inicialmente ele passou cinco dias detido no Comando Geral da Polícia Militar, mas depois passou a cumpriu prisão domiciliar, com o uso de tornozeleira eletrônica.

O caso ganhou repercussão nacional e comoção nos roraimenses, que clamavam por Justiça pela barbárie contra o jornalista.

Sem conseguir provar a inocência, Jalser teve o mandado cassado em fevereiro deste ano, com 18 votos favoráveis, por quebra de decoro parlamentar. 

Inelegível

Assim como Jalser, o deputado federal Ottaci Nascimento ficou inelegível após denúncia de que ele teria entregado cestas básicas e brindes visando as eleições de 2020, quando concorreu à prefeitura de Boa Vista.

Ottaci recorreu diversas vezes da decisão judicial, mas não conseguiu reverter a sentença. Neste ano, ele ainda chegou a fazer campanha e pedir votos na tentativa de se reeleger, mas, inelegível, anunciou desistência cerca de uma semana antes do dia da eleição.

‘Debandada’

Com os dois principais nomes do partido envolvidos em polêmicas e manchando a reputação da sigla, vários filiados começaram a deixar o Solidariedade ao longo dos últimos dois anos. Os poucos que insistiram em continuar amargaram derrota nas eleições deste ano.

Na atual legislatura na ALE, o partido chegou a ter três deputados: Jalser, Catarina Guerra e Yonny Pedroso. As duas votaram a favor da cassação de Jalser e, posteriormente, trocaram de sigla.

Outros, temendo o fracasso nas urnas, desistiram da candidatura às vésperas da eleição, como os vereadores de Boa Vista, Kléber Siqueira e Thiago Fogaça, ambos do Solidariedade. Eles concorriam ao cargo de deputado federal.

Além deles, a presidente da Câmara de Pacaraima, Dila Santos, também do SD, desistiu de disputar uma das oito vagas na Câmara Federal no pleito deste ano. Ao anunciar a decisão, a vereadora disse que tomou a atitude após “terem ocorrido desistências na chapa e o não cumprimento de todos os acordos realizados no partido”.

 

 

Da Redação O Poder

Foto: Montagem

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