Roraima – O senador bolsonarista e presidente do Republicanos em Roraima, Mecias de Jesus, apontado como um dos responsáveis pela crise humanitária do povo Yanomami, acusa o governo do presidente Lula da Silva (PT) de perseguir o Estado de Roraima.
Em uma publicação nas redes sociais no último dia 3, Mecias afirma que Roraima não aceita novas demarcações de terras e precisa de desenvolvimento. O senador garante que o Governo Lula quer agradar o mundo e persegue o povo de Roraima.
“A ministra do Meio Ambiente e Mudança Climática, Marina Silva, insiste na criação de novas Unidades de Conservação no estado de Roraima, para agradar o mundo! Nosso estado não suporta mais a perseguição do Governo Lula com a nossa gente”, inicia.
Em outro trecho, o senador aponta que Roraima já possui 67,4% de áreas demarcadas como terras indígenas e áreas de conservação. “Precisamos produzir e desenvolver Roraima, não podemos retroceder! O Governo Lula precisa ouvir os roraimenses”, escreveu.
Mecias está no primeiro mandato no Senado, já foi deputado estadual por seis mandatos consecutivos, sendo presidente da Assembleia Legislativa de Roraima por oito anos.
Gafanhoto condenado
Em janeiro do ano passado, o senador Mecias de Jesus foi condenado pela Justiça Federal por prática de atos de improbidade administrativa, além de ter os direitos políticos suspensos por cinco anos e ter que restituir R$ 1,9 milhão aos cofres públicos.
Mecias é apontado em participação de esquema de desvio de verbas públicas oriundas de convênios federais, na operação Praga do Egito, que ficou conhecida nacionalmente como ‘Escândalo dos Gafanhotos’. À época deputado, teria incluído pessoas humildes como falsos funcionários do Estado de Roraima. A ação teria resultado no desvio de milhões.
‘Escândalo dos gafanhotos’
Em 2003, a Polícia Federal deflagrou a ‘Operação Praga do Egito’, que investigava um esquema de desvio de verbas públicas de mais de R$ 70 milhões. A operação, que ganhou repercussão nacional, ficou conhecida como ‘Escândalo dos Gafanhotos’. À época, vários políticos foram detidos por suspeita de participação no esquema.
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