novembro 19, 2025 01:53
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Ação no MPF pode parar projeto bilionário entre Amazonas e Roraima

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Uma ação em andamento no Ministério Público Federal do Amazonas (MPF-AM) pode parar o projeto da Eneva, no campo do Azulão, situado na região de Itapiranga (a 333 quilômetros de Manaus). O gás natural extraído no local é usado na Usina Jaguatirica II, em Roraima.

A ação civil pública nº 1021269-13.2023.4.01.32, foi ajuizada pela Associação de Silves pela Preservação Ambiental e Cultural – ASPAC e Jonas Reis de Castro, representante da Associação dos Mura, contra ENEVA S/A, Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM), Funai e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).  Os autores alegaram a ocorrência de ilegalidades no processo de licenciamento de atividade de exploração de gás no denominado Campo Azulão, nos municípios de Silves e Itapiranga.

Relatos de indígenas em isolamento voluntário na área 

A existência de indígenas em isolamento voluntário foi registrada por um agente da Comissão Pastoral da Terra (CTP), ligada à Igreja Católica, em agosto de 2023 na região do igarapé Caribi, entre Silves e Itapiranga. O relato foi considerado pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) como algo inédito. No entanto, a Eneva estaria extraindo petróleo e gás natural neste mesmo território. Preocupado com o possível dano, o MPF, junto com órgãos indígenas, entrou em ação. O pedido é para que as atividades parem até que tenha a garantia da segurança dos povos originários. A Eneva chegou a contestar a informação da Funai.

Conforme apuração do Portal O Poder, a última movimentação do processo foi em setembro. No mesmo mês, a Funai, o MPF e outros órgãos realizaram uma reunião em sigilo para tratar a situação da extração feita pela Eneva. Os representantes das entidades indígenas pediram que a Funai editasse uma portaria de restrição de uso dos isolados e usasse o seu poder de polícia previsto no Decreto nº 1.775, de 8 de janeiro de 1996, porque os indígenas isolados estariam sob ameaça. A medida permitiria o ingresso, locomoção e a permanência de pessoas autorizadas pela Funai e impediria que pessoas estranhas andassem pela região. Como consequência, as atividades da empresa também poderiam ser paralisadas e comprometidas. 

Atuação da Funai 

Em nota, emitida no final de novembro, a Funai esclareceu sua atuação na ação civil pública nº 1021269-13.2023.4.01.32. O órgão foi notificado sobre o avistamento de um grupo indígena isolado em um afluente do rio Uatumã, em Itapiranga, no final de 2023. Intimados pela Justiça em 2024, uma equipe técnica realizou uma expedição ao local e foram coletados indícios da provável presença do povo indígena isolado. 

“Cumpre esclarecer que a confirmação dessa presença exige investigações minuciosas e contínuas, e pode demandar um tempo considerável e de baixa previsibilidade. Faz-se necessário dar prosseguimento às expedições e análises técnicas na região. Essas atividades são fundamentais para consolidar informações e avaliar a necessidade de adoção de medidas protetivas em favor dos povos indígenas isolados”, informou o órgão. 

A Funai ainda reforçou que trabalha com dados técnicos e em conformidade com a  legislação indigenista brasileira, visando a proteção dos povos indígenas e a garantia de seus direitos, incluindo os de povos isolados. Além disso, frisou que as decisões referente ao Campo do Azulão serão tomadas com responsabilidade, considerando os levantamentos realizados em campo e o diálogo com as instituições competentes.

Autorização da ANP e nova portaria da Funai 

Na última sexta-feira, 31, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) autorizou a realização de mais investimentos no Campo do Azulão. De acordo com o documento, a Azulão Geração de Energia S.A. pode operar instalação de acondicionamento de Gás Natural Liquefeito (GNL) em Silves e Itapiranga. O objetivo é a produção, armazenamento e expedição de 18.500 kg/h de GNL.

Por outro lado, a Funai publicou uma portaria nessa terça-feira, 4, que constitui o Grupo Técnico de Localização de Povos Indígenas Isolados (GTLII). O objetivo é aperfeiçoar a implementação da política de localização, monitoramento e proteção de povos isolados. As equipes realizam as atividades de localização e monitoramento evitando qualquer contato e protegendo o território, com o objetivo de garantir a integridade física e cultural dos indígenas isolados, bem como a sua reprodução, sem interferência ou imposição de contato à revelia que gere a morte, precariedade e vulnerabilidade. O risco de morte se deve ao fato de os povos isolados terem uma vulnerabilidade imunológica diferente dos outros povos que já têm contato com a sociedade. 

 

Da Redação 

Foto: Portal O Poder 

 

 

Fieam homenageia atuação dos senadores Eduardo Braga e Omar Aziz

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Entidades representativas de classes produtoras do Amazonas realizaram, nesta sexta-feira, 07, um evento de agradecimento e reconhecimento oficial pelo trabalho dos senadores, Omar Aziz (PSD) e Eduardo Braga(MDB), em favor da Zona Franca de Manaus (ZFM) na Reforma Tributária aprovada no Congresso Nacional.

O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM), Antônio Silva, celebrou a união vitoriosa dos representantes amazonenses na proteção da base econômica que garante o desenvolvimento do estado.

“Omar Aziz como líder da bancada exerceu um papel inestimável na articulação junto aos pares e à Presidência da República, que acataram e preservaram os benefícios da Zona Franca. Eduardo Braga teve embates com representantes do Sul, foi um baluarte e manteve-se fiel ao avanço dos negócios no Brasil, como relator sua expertise [sobre a ZFM] foi fundamental”, disse, agradecendo também o trabalho da equipe técnica composta por Farid Mendonça, Ivone Assako Murayma, Marcelo Pereira, Thomaz Nogueira e Afonso Lobo na relatoria.

Presidente da FIEAM, Antônio Silva.

O coordenador da bancada amazonense, Omar Aziz (PSD), exaltou o trabalho dos parlamentares amazonensenses e o momento histórico de aprovação da Reforma Tributária, independente de viés político. Aziz também atribuiu o êxito ao presidente da República, Luis Inácio, pelo apoio prestado.

“Lula bateu na mesa, chamou o [Ministro da Fazenda] Fernando Haddad, e disse que não queria a Zona Franca prejudicada. Na sanção, surgiram diversos vetos, mas ele informou que não iria mudar absolutamente nada no texto. Em outro governo, essa reforma não teria sido aprovada. A história vai contar sobre este feito e graças a Deus pude vivenciá-lo”, pontuou.

Já o relator da reforma, senador Eduardo Braga(MDB), fez uma reflexão sobre o cenário atual no qual a reforma foi aprovada e os prejuízos que seriam causados se a ZFM não tivesse mais seus incentivos. Diversos segmentos seriam prejudicados, bem como os empregos diretos e indiretos gerados pelo modelo econômico.

“Esta reforma não foi uma obra técnica fácil de ser construída e só foi possível graças à vontade política do presidente Lula, que afirmou que o modelo é o mais importante do ponto de vista econômico, social e ambiental que o Brasi. Foi com essa segurança que nós tivemos o apoio necessário para construir uma solução técnica”, reforçou Braga.

Da Redação, para o Portal O Poder
Foto: Reprodução

David Reis desafia TCE e publica extrato de contrato sob investigação

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O presidente da Câmara Municipal de Manaus (CMM), David Reis (Avante), está disposto a desafiar os órgãos de controle e fiscalização durante a sua gestão. Mesmo com um contrato sob investigação no Tribunal de Contas do Amazonas (TCE), Reis publicou o extrato do acordo de quase R$ 1 milhão no Diário Oficial da CMM.

Com dispensa de licitação, a empresa contratada pela Câmara de Manaus é a LS Serviço de Organização de Eventos LTDA, cujo o valor totaliza R$ 928.874,28, para ofertar serviços de copeiragem, jardinagem, ajudante e garçom.

A dispensa de licitação e o valor chamaram atenção do vereador Rodrigo Guedes (Progressistas) que denunciou a possível irregularidade ao TCE-AM. O vereador alega que houve violação à Lei de Licitações (Lei n° 14.133/2021).

Entre os pedidos feitos pelo vereador, estão a suspensão imediata do contrato, a apuração das justificativas da dispensa de licitação e a possível responsabilização do presidente da Câmara, com eventual anulação da contratação e realização de um novo processo licitatório.

O TCE-AM admitiu a representação e determinou a notificação da Câmara Municipal de Manaus, concedendo um prazo de cinco dias úteis para manifestação antes de decidir sobre a concessão da medida cautelar solicitada.

O relator do caso, conselheiro Josué Cláudio de Souza Neto, ressaltou a necessidade de ouvir a parte envolvida antes de qualquer decisão definitiva. Entretanto, mesmo com início da investigação, David Reis divulgou o extrato do contrato e até o momento não se manifestou sobre a apuração do TCE.

 

Thaise Rocha, para o Portal O Poder
Foto: Divulgação

Candidatura laranja coloca em risco mandato de prefeito e vice de Presidente Figueiredo

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Uma suposta candidatura laranja nas eleições municipais de 2024 pode levar à cassação da chapa majoritária eleita, composta por Fernando Vieira (PL) e Marcelo Palhano(PL), para prefeitura de Presidente Figueiredo. A denúncia foi aceita pelo Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM), por meio da 51ª Zona Eleitoral de Presidente Figueiredo.

A ação foi apresentada pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), Partido Solidariedade e a Comissão Provisória do Partido da Mulher Brasileira. Segundo os denunciantes, a candidata a vereadora, Fabíola Oliveira Pereira, realizou campanha para outro candidato identificado como “Moisés da Speed”, não movimentou recursos da própria campanha, teve a votação zerada. Além disso, sua candidatura teria sido uma estratégia do Partido Liberal para cumprir a cota de gênero prevista na legislação eleitoral.

Os partidos pedem a suspensão da diplomação dos candidatos eleitos para o cargo majoritário, Fernando e Marcelo, anulação de votos do PL como a consequente cassação do DRAP do partido e das candidaturas a ele vinculadas, e a declaração da inelegibilidade dos envolvidos.

O juiz eleitoral Roger Luiz Paz de Almeida recebeu a ação e determinou que os investigados sejam citados para apresentar defesa no prazo de cinco dia. O Ministério Público Eleitoral também foi notificado para acompanhar o caso.

Thaise Rocha, para o Portal O Poder
Foto: Divulgação

Polícia prende militares que usavam voos da FAB para transportar drogas

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Três militares da Força Aérea Brasileira foram presos em uma investigação da Polícia Civil do Amazonas sobre tráfico de drogas. As prisões ocorreram nessa segunda-feira, 3, e a informação foi divulgada à imprensa nesta quinta (6).

Os suspeitos utilizavam aeronaves da FAB no transporte das drogas de São Gabriel da Cachoeira, município amazonense que fica na tríplice fronteira entre Brasil, Colômbia e Venezuela, até Manaus, capital do estado.

A delegada responsável pelo caso, Grace Jardim, afirma que os militares, de 22, 23 e 26 anos, facilitavam o envio das drogas nos voos da Força Aérea. o esquema criminoso foi descoberto em 2 de junho de 2024, por meio de voos militares que saíram do aeroporto militar do município.

Além dos militares da FAB, outros dois homens, de 22 e 42 anos, foram detidos na operação “Queda do Céu”. A polícia afirma que o suspeito de 42 anos financiava a compra das drogas, que eram transportadas de São Gabriel da Cachoeira para Manaus.

Segundo a polícia amazonense, o trabalho começou em junho de 2024 após a apreensão de 342 kg de maconha. Na ocasião, um soldado do Exército e outros dois ex-militares foram presos, além de duas mulheres.

O financiador preso nesta segunda-feira, 3, era o dono dos mais de 300 kg de maconha apreendidos no ano passado. O indivíduo movimentou cerca de R$ 2 milhões em 2024, sendo que declarava receber R$ 1 mil por mês, e ainda lavava o dinheiro do tráfico de drogas alugando veículos em São Gabriel da Cachoeira

A Força Aérea Brasileira informou à CNN que tomou conhecimento do caso e corrobora com as investigações policiais em curso.

“O Comando da Aeronáutica reitera que não compactua com condutas que não estão de acordo com os valores, a dedicação e o trabalho do efetivo em prol do cumprimento de sua missão institucional”, afirma a FAB, em nota.

Com informações da CNN Brasil

Foto: Divulgação

Garrafões de água podem complicar ‘Curubão’ de São Gabriel da Cachoeira

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O Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM),vai investigar a Prefeitura de São Gabriel da Cachoeira que adquiriu em 2023, mais de 8 mil galões de água mineral de 20 litros a R$ 50 a unidade, dobro da média comercializada no município — em torno de R$ 25, levando em consideração o período de estiagem daquele ano —, e o episódio chamou a atenção do  MPAM. O órgão instaurou inquérito civil para apurar as possíveis irregularidades cometidas pelo então prefeito Clóvis Moreira Saldanha (PT), mais conhecido como Clóvis Curubão.

A aquisição, com custo total superior a R$ 411 mil, pode se caracterizar como superfaturamento — quando há pagamento de um valor com sobrepreço —, indo contra os preceitos morais e legais da administração pública e enquadrando-se nas sanções da Lei n.8.429/1992 A lei citada, aliás, dispõe sobre as penalidades aplicáveis aos agentes públicos que praticam atos de improbidade administrativa contra o patrimônio público.

De acordo com o promotor de Justiça Paulo Alexander dos Santos Beriba, a gestão municipal não foi devidamente clara à época e o inquérito busca elucidar se as compras foram realizadas com troca de vasilhame ou se os itens foram comprados integralmente — o que poderia justificar o valor acima do normal. “O Ministério Público segue comprometido com a transparência e tomará as medidas necessárias para garantir a defesa dos direitos da sociedade”, reforçou o promotor.

Deliberações

Como próximos passos, será elaborado um relatório de pesquisa dos preços nos estabelecimentos comerciais de São Gabriel da Cachoeira, com CNPJ do local e valor máximo atingido pelos galões de água mineral de 20 litros no ano de 2023, especialmente no período de agosto a dezembro do mesmo ano. O ex-prefeito Clóvis Curubão será notificado, após as diligências determinadas, para que preste, no prazo de 15 dias, esclarecimento sobre os fatos do inquérito civil, podendo apresentar provas de sua inocência se assim desejar.

Redação 

Foto: Reprodução

Wilson Lima assina termo de repactuação da saúde com prefeitos do interior

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O governador Wilson Lima (Uniao Brasil) assinou nesta quinta-feira, 6, o Termo de Compromisso de Gestão (TCG), um marco na descentralização e fortalecimento do sistema de saúde estadual com 59 prefeitos do interior .A iniciativa formalizou a repactuação da saúde por meio do Programa Saúde Amazonas Interior.

“Quero dizer da felicidade de hoje em poder contar da presença dos senhores prefeitos e prefeitas aqui. Praticamente 100% dos gestores do Estado do Amazonas estão nesse evento, juntamente com representantes dos poderes e da Assembleia Legislativa, da Justiça do Amazonas e órgãos de controle. É um dia muito importante de trabalho e que nós estamos tomando decisões importantes”, destacou Wilson Lima, no evento.

A assinatura do TCG é um marco importante na descentralização da saúde no estado e reflete a crescente aliança política entre o governador e os prefeitos, o que fortalece ainda mais sua base de apoio. Ao destacar a participação massiva dos gestores municipais, Wilson Lima, que tem sido apontado para uma possível candidatura ao Senado em 2026, deixa claro que tem conseguido consolidar um relacionamento sólido com os líderes políticos locais.

O programa

O TCG, que visa ampliar a participação do Estado no financiamento da saúde municipal, destina recursos de forma direta (fundo a fundo) para as prefeituras. Com essa medida, os gestores municipais terão mais autonomia para administrar os serviços de saúde, permitindo um planejamento mais eficiente de acordo com as demandas locais.

A repactuação faz parte do programa Saúde Amazonas, lançado em 2020, e estabelece de forma clara as competências e responsabilidades entre o Estado e os municípios. Entre os critérios considerados para a destinação dos recursos estão a capacidade instalada, o número de leitos e a população atendida em cada localidade.

Além da assinatura do TCG, Wilson Lima realizou a entrega de mais de 35 mil testes rápidos e 82 nebulizadores à Fundação de Vigilância em Saúde Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP). Os equipamentos serão utilizados no diagnóstico e combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya.

O evento também contou com a presença do deputado estadual Roberto Cidade (UB), que ressaltou a importância da parceria entre o governo do Estado e a Assembleia Legislativa para o envio de recursos aos municípios.

“Tenham certeza de que estaremos juntos na Assembleia Legislativa do Amazonas para enviar mais recursos para os municípios do interior”, afirmou o deputado, reforçando a união entre os diferentes níveis de governo para o desenvolvimento regional.

Com informações da Secom

Foto: Divulgação 

 

Eneva é multada pela Aneel por baixa produtividade em usina

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A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu manter a multa de R$ 4,7 milhões à Azulão Geração de Energia, empresa criada pela Eneva para operar a termelétrica Jaguatirica II, responsável pelo abastecimento de Boa Vista e regiões conectadas. A penalidade foi aplicada devido a falhas operacionais e de manutenção, que resultaram em um baixo desempenho da usina.

De acordo com notas técnicas da Aneel, a operação inadequada da unidade gerou um número elevado de desligamentos, muitos sem justificativa clara ou identificação das causas. A agência também apontou que falhas nos testes de comissionamento impactaram o funcionamento normal do Sistema Isolado de Roraima.

Um relatório técnico destacou que, entre 41 eventos analisados no sistema elétrico da região, 18 partiram da Jaguatirica II, provocando interrupções no fornecimento de energia em Roraima. Em uma das ocorrências, toda a carga elétrica do estado foi desligada. O documento da Aneel detalha que:

“A quantidade de eventos de comissionamento causou restrições operacionais na usina, prejudicando a operação normal do Sistema Roraima (…) Da amostra de 41 eventos no Sistema, 18 desligamentos foram iniciados na Jaguatirica II, o que causou a interrupção de carga dos consumidores de Roraima, sendo que em um quadro desses houve desligamento de toda a carga.”

Entre agosto e setembro de 2024, a região sofreu três blecautes em menos de 30 dias. Em um dos episódios, o Operador Nacional do Sistema (ONS) confirmou que o desligamento automático das unidades geradoras 12 e 18 da termelétrica resultou na interrupção de 240 MW de carga.

O processo que culminou na aplicação da multa começou em 2022 e passou por etapas como notificações, recursos administrativos e deliberações na diretoria da Aneel. O relator do caso, Ricardo Tilli, chegou a propor a redução da penalidade para R$ 3,1 milhões, mas a maioria dos diretores votou por manter o valor integral recomendado pelas áreas técnicas da agência.

A termelétrica Jaguatirica II, conseguiu sua licença de operação em novembro de 2021, sendo a primeira usina movida a gás natural do estado, implantada para atender 70% da demanda de energia da população roraimense.

A licença foi concedida pela Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Femarh), após a realização de análises e vistorias técnicas que atestaram a eficácia das turbinas geradoras e o impacto ambiental do empreendimento.

O que diz a Eneva

“A Eneva reafirma seu compromisso com a segurança energética de Roraima, garantindo um fornecimento confiável e estável de energia. Com a chegada da UTE Jaguatirica II, houve uma melhoria significativa na confiabilidade do sistema elétrico local, reduzindo interrupções de grande escala e assegurando maior previsibilidade no abastecimento. Desde o início da operação da usina, a Eneva vem trabalhando continuamente para aprimorar sua performance, promovendo investimentos e ajustes operacionais que fortalecem ainda mais a segurança energética de Roraima. A Eneva está totalmente comprometida com a excelência operacional e segue investindo na confiabilidade do fornecimento de energia em Roraima, sempre com foco na qualidade do serviço e no bem-estar dos consumidores.”

 

Da Redação com informações de Folha BV

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Sem licitação, Fernandão contrata empresa por quase R$ 6 milhões para ‘varrer ruas’ de Presidente Figueiredo

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Na última segunda-feira, 3, a Prefeitura de Presidente Figueiredo publicou o extrato de Ata de Registro de Preços 001/2025 em que contrata a Terra de Serviços e Saneamento e Infraestrutura Ltda, de CNPJ nº 44.281.734/0001-61, por quase R$ 6 milhões. A empresa será responsável pelos serviços de varrição de vias urbanas, poda de árvores, roço, entre outras atividades de limpeza urbana, incluindo a coleta de lixo. 

O documento é assinado pelo prefeito Fernando Vieira, o “Fernandão”, que contratou a empresa sem licitação. 

De acordo com o registro da empresa no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, ela tem como atividade principal o “comércio varejista de materiais de construção em geral”, além de várias atividades secundárias. A vigência do contrato é de somente 120 dias. 

Veja: 

 

Priscila Rosas, para Portal O Poder 

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RR: STF valida eleição da Mesa Diretora de Roraima e cria precedente para casas legislativas do país

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O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou seguimento à Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 7.731, ajuizada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que questionava a eleição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) para o 2º biênio da 9ª legislatura. A decisão, publicada em 31 de janeiro, reconhece a “perda de objeto” da ação, uma vez que a nova eleição da Mesa ocorreu em conformidade com os parâmetros estabelecidos pelo STF.

Na ação, a PGR argumentava que o regimento interno da ALE-RR permitia eleições antecipadas sem um marco temporal definido, o que, segundo o órgão, violaria o princípio da alternância e contemporaneidade dos mandatos na Mesa Diretora. No entanto, Toffoli ressaltou que a Assembleia Legislativa realizou nova eleição em novembro de 2024, anulando a anterior, de fevereiro do mesmo ano, para garantir total conformidade com a jurisprudência da Corte.

“A nova eleição adequa-se ao entendimento já fixado por essa Corte Suprema, observando os critérios de contemporaneidade e razoabilidade, em respeito aos princípios democrático e republicano”, destacou o ministro.

Eleição legítima

A eleição da Mesa Diretora, realizada em 14 de novembro de 2024, confirmou a recondução do deputado Soldado Sampaio (Republicanos) à presidência para o biênio 2025-2026. O processo ocorreu após a aprovação do Projeto de Resolução Legislativa nº 15/2024, que revogou o Ato da Mesa Diretora nº 07/2024, assegurando que a escolha da nova composição seguisse o entendimento consolidado pelo STF: a realização do pleito a partir de outubro do segundo ano da legislatura.

Nova composição da Mesa Diretora

Além de Sampaio na presidência, a Mesa Diretora para o biênio 2025-2026 será composta pelos seguintes deputados:

1º vice-presidente: Jorge Everton (União)

2º vice-presidente: Chico Mozart (Progressistas)

3º vice-presidente: Eder Lourinho (PSD)

1º secretário: Renato Silva (Podemos)

2ª secretária: Aurelina Medeiros (Progressistas)

3º secretário: Rarison Barbosa (PBM)

4º secretário: Marcinho Belota (PRTB)

Corregedor-geral: Dr. Cláudio Cirurgião (União)

Ouvidor-geral: Isamar Júnior

Secretária Especial da Mulher: Joilma Teodora (Podemos)

Precedente para o futuro

A decisão do STF, que reafirmou a legitimidade da eleição da Mesa Diretora em Roraima, abre precedentes jurídicos para as demais casas legislativas do país que reelegeram os respectivos presidentes.

Da Redação com informações da Assembleia Legislativa de Roraima
Foto: Divulgação

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