novembro 3, 2025 18:45
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Ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa, realiza entrega das primeiras balsas de minério de ferro em Manaus

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Nesta segunda-feira, 29, o ministro de Porto e Aeroportos, Silvio Costa Filho, visitou o Amazonas para entregar obras portuárias e anunciar novos investimentos no setor. A agenda incluiu eventos em Manaus, Eirunepé e Envira.

O foco das inaugurações é entregar melhoria da infraestrutura fluvial e no fortalecimento da indústria naval. Em Manaus, o ministro realizou a inauguração das primeiras balsas de minério de ferro.

Na ocasião, o ministro cumprimentou os presentes e destacou que a entrega das primeiras balsas, pertencentes ao projeto da LHG Mining, no Estaleiro Juruá, é “o maior volume de investimento no setor (portuário), no estado do Amazonas e na região norte do Brasil, isso significa desenvolvimento para o Estado”.

Com investimentos de mais de R$ 1 bilhão, a LHG será responsável pela produção de 128 embarcações que vão atender o Amazonas e gerar mais de 1.500 empregos diretos, auxiliando no desenvolvimento, estimulando a economia e movimentando o setor produtivo naval brasileiro.

BR-319 em pauta

Durante o discurso, o ministro citou a prioridade de Lula para o norte. “Se tem uma prioridade do presidente Lula aqui no estado (Amazonas), é a viabilização da BR-319”, citando a importância e o compromisso do governo federal para a rodovia ser pavimentada.

O ministro convocou a bancada do norte para uma reunião em que vão debater a necessidade da aviação, do transporte de cargas e do turismo de negócios e de lazer para a região. Citando os investimentos para o Amazonas, o ministro deu ênfase ao Porto Manaus Moderna. Há expectativas de que ainda esse ano o processo dê prosseguimento. O processo de licitação ainda está em andamento.

 

Ludmila Dias, para o Portal O Poder

Foto: Jonilton Lima/ Ministério de Portos e Aeroportos

Presidente da CPMI do INSS apresenta programa policial que cobre comissão

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O senador Carlos Viana (Podemos-MG) tem dividido seu tempo entre presidir a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPMI) do INSS e apresentar um programa policial de TV em Minas Gerais, que tem noticiado a CPMI.

Na semana passada, o senador disse aos telespectadores do “Alterosa Urgente”, exibido na hora do almoço por uma afiliada do SBT, que estava lutando na comissão para defender os aposentados e pensionistas de Minas Gerais e do país. Em 2026, ele deve tentar a reeleição.

Disse Viana no início do programa, na última quarta-feira:

“Pessoal, roubar de gente que está na cama, precisa de dinheiro pra comprar remédio, comprar comida, olha, isso é um absurdo, a gente tem que tomar providências. E Deus me colocou nessa função aqui, junto com você, e nós vamos trabalhar muito. Mostrar e dar notícia você pode ter certeza que nós vamos fazer, e é pra valer”, pontuou.

Na sequência, o âncora passou a noticiar um andamento do caso do homem acusado de matar um gari, em Belo Horizonte.

No dia seguinte, quando a CPMI tomava o depoimento do empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”. Viana foi substituído por outro apresentador, mas gravou um vídeo exibido no programa direto do plenário da comissão, no intervalo da oitiva.

 

Da Redação, com informações do Lauro Jardim

Foto: Divulgação

TRE-AM desaprova contas de candidatos à Prefeitura de Humaitá

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Os candidatos ao cargo de prefeito e vice-prefeito de Humaitá, Herivaneo Vieira de Oliveira e Jonatas Santos do Nascimento, tiveram suas contas desaprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) referente às eleições de 2024.

O caso se deu por conta da arrecadação e aplicação de recursos financeiros na campanha eleitoral. Foi apontado pela unidade técnica que houve extrapolação do limite de gastos de campanha no valor de R$ 7.499,24, sendo solicitada a devolução do valor excedente ao Tesouro Nacional, com incidência de multa de até 100%.

Ainda em relação à extrapolação do limite, 10% das despesas, que totalizaram R$ 34 mil do limite legal, não tiveram o saneamento integral das falhas, resultando na solicitação de devolução do valor irregular ao Tesouro.

O Tribunal, por meio do juiz da 17ª Zona Eleitoral de Humaitá, Charles José Fernandes da Cruz, julgou como desaprovadas as contas e adicionou multa de 100%, no valor de R$ 7 mil. O candidato a prefeito deve pagar cerca de R$ 33.910,48, incluindo multas e devoluções.

Confira a decisão do TRE-AM:

TRE-Humaitá

 

Ludmila Dias, para o Portal O Poder

Foto: Divulgação

Fachin toma posse hoje como presidente e Moraes como vice no STF

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O ministro Edson Fachin toma posse como presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) nesta segunda-feira (29). O ministro Alexandre de Moraes será empossado como vice-presidente.

A cerimônia de solenidade está prevista para começar às 16h (horário de Brasília) e terá a presença de autoridades, como o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e do vice, Geraldo Alckmin (PSB).

A solenidade terá um rito marcado por discursos, assinatura de posse e troca de cadeiras. Fachin e Moraes estarão no comando do STF durante o biênio 2025-2027.

Além de assumir o comando do Supremo, Fachin presidirá o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) no mesmo período.

Rito de cerimônia

A solenidade de posse está prevista para começar às 16h. A sessão será aberta pelo atual presidente do STF, Luís Roberto Barroso, e em seguida será executado o hino nacional. Depois será lido o termo de compromisso e o termo de posse para o cargo de presidente da Corte.

Na sequência, haverá a assinatura do termo de posse do novo presidente e a declaração de empossado ao cargo. A solenidade ainda prevê um cumprimento entre Barroso e Fachin e depois há a troca de lugares das cadeiras que compõem a Corte. O lugar do presidente fica no centro do plenário.

Sequencialmente, o novo presidente conduzirá a sessão e dará posse ao vice-presidente, Alexandre de Moraes, e deve se repetir os procedimentos de leituras, assinaturas e cumprimentos.

Já nas etapas finais, serão feitos pronunciamentos de Barroso, o PGR (Procurador-Geral da República) Paulo Gonet, o representante da OAB e novo presidente Edson Fachin, que encerrará a sessão solene.

Perfil discreto e institucional

Conhecido pelo perfil técnico e discreto, Fachin terá como missão conduzir o Supremo em meio a um cenário de forte tensão entre a política e o Judiciário.

Existe a expectativa de que o novo presidente imprima um estilo mais discreto e evite os holofotes midiáticos, diferente da gestão do ministro Luís Roberto Barroso. Fachin evita entrevistas, declarações à imprensa e participações em eventos de caráter político.

Pessoas próximas ao ministro acreditam que Fachin tende a seguir os passos da ex-presidente Rosa Weber, adotando uma conduta pautada pela discrição, pelo espírito colegiado e pelo respeito às normas institucionais.

No entanto, o ministro deve ser firme em pautar temas sociais e que avalia relevantes para o país. Em agosto, durante um seminário, Fachin afirmou que assumirá uma “responsabilidade institucional imensa” e disse que buscará o “equilíbrio” em sua gestão.

Já para esta semana, o ministro pautou para julgamento um recurso da Uber em que o Supremo vai analisar a relação de trabalho entre motoristas e a plataforma digital. O caso tem repercussão geral.

Fachin também marcou o caso do processo envolvendo o projeto da Ferrogrão, ferrovia que ligará o Pará ao Mato Grosso. Na ação, o PSOL questiona a alteração dos limites do Parque Nacional do Jamanxim (PA), com a destinação da área suprimida pelo projeto ferroviário para escoar produtos agrícolas.

 

Da Redação com informações de CNN Brasil 

Foto: Divulgação

 

Amazonas Energia pode enfrentar ação judicial após quase 500 apagões em Tefé

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O Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM) expediu recomendação à Amazonas Energia S.A. para que a concessionária adote uma série de medidas emergenciais e estruturais voltadas à melhoria do fornecimento de energia elétrica em Tefé. O documento, assinado pelo promotor de Justiça, Vítor Rafael de Morais Honorato, foi publicado no Diário Oficial do órgão.

A ação é baseada na Notícia de Fato nº 209.2025.000026 instaurada após constantes interrupções de energia registradas no município. Segundo o órgão, apenas entre 2024 e o primeiro semestre de 2025 foram contabilizadas 477 quedas de energia, número considerado “de extrema gravidade” e em desacordo com os padrões de qualidade definidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

O MP destacou que o problema é ainda mais grave na área atendida pelo alimentador AL05, responsável por 120 quilômetros de rede rural, indicando falhas de planejamento e falta de investimentos estruturais. Além disso, a dependência da empresa Aggreko Energia Locação de Geradores LTDA, contratada como produtora independente, foi apontada como fator de vulnerabilidade do sistema, já que não há alternativas de geração ou redundância capazes de garantir segurança no abastecimento.

O promotor também relembrou que a Amazonas Energia assinou, em julho de 2022, um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), comprometendo-se a investir R$ 7,6 milhões na modernização e expansão da rede. Esses recursos deveriam ter sido aplicados integralmente até dezembro de 2022, mas os problemas persistem, o que, segundo o MP, evidencia inadequação na execução dos investimentos ou insuficiência do valor aplicado.

Entre as medidas recomendadas, a concessionária deve: Apresentar, em até 30 dias, indicadores de qualidade (DEC e FEC) específicos de Tefé referentes aos últimos 36 meses; Comprovar a aplicação integral dos recursos previstos no TAC de 2022; Elaborar, em até 90 dias, um plano de melhorias estruturais com cronograma detalhado de investimentos, incluindo modernização de equipamentos, implantação de sistemas de redundância e correções prioritárias no alimentador AL05; Criar plano de contingência para reduzir a dependência da Aggreko, diversificando fontes de geração e implementando sistemas de armazenamento de energia; Aprimorar os canais de comunicação com a população, incluindo avisos prévios obrigatórios por múltiplos meios sobre desligamentos programados; Instituir sistema de compensação automática para consumidores prejudicados por interrupções que excedam os limites regulamentares; e Estabelecer metas para reduzir em pelo menos 40% as interrupções não programadas no prazo de 12 meses.

Caso a Amazonas Energia não cumpra as recomendações no prazo estabelecido, o MPAM poderá adotar medidas judiciais, incluindo a ação civil pública, pedidos de bloqueio de valores e execução imediata do TAC firmado em 2022, com aplicação de multas e sanções.

Além da concessionária, a recomendação foi encaminhada à Aneel, à Prefeitura de Tefé, à Câmara Municipal, à OAB subseção de Tefé e ao Ministério Público Federal, para ciência.

Tefé

 

Da Redação
Foto: Divulgação

Petrobras saberá se pode explorar petróleo na Foz do Amazonas em outubro

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Petrobras

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) deve responder ainda no mês de outubro sobre as adequações realizadas pela Petrobras, referentes aos planos de exploração de petróleo na Foz do Amazonas.

O Ibama aprovou na quarta-feira, 24, a última etapa do licenciamento, mas pediu para a Petrobras fazer adequações nos planos apresentados previamente e no estudo ambiental. O plano deve ser entregue nesta sexta-feira, 26.

Conforme o Ibama, ainda será necessário que as adequações sejam objeto de uma simulação, ocorrendo durante a perfuração, pouco antes de a área de reservatório ser alcançada. O Ibama solicitou as adequações devido a problemas registrados durante a APO (Avaliação Pré-Operacional), última etapa do licenciamento.

A APO é um simulado para testar se os planos de emergência e proteção à fauna a serem utilizados são executáveis, ou seja, se é possível prevenir danos se houver erros na perfuração.

Um dos problemas identificados pelos técnicos do Ibama na APO está na execução do “plano de comunicação do impacto transfronteiriço”. Trata-se basicamente do procedimento para avisar um país vizinho no caso de um vazamento de óleo ameaçar águas internacionais.

Outra ressalva diz respeito ao PPAF (Plano de Proteção e Atendimento à Fauna). Segundo fontes, no exercício, a Petrobras mobilizou mais recursos, como embarcações e pessoal, do que sinalizava no papel, o que poderia distorcer o teste.

 

Com informações de CNN Brasil

RR: Governo de Denarium se destaca entre os piores índices em educação, segurança e infraestrutura no Brasil

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O Estado de Roraima aparece no 23º lugar em educação no Ranking de Competitividade, um dos piores índices registrados. No estudo, o Centro de Liderança Pública avaliou dados sobre o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), Enem, índice e oportunidade da educação, entre outros critérios.

Se tratando do Ideb, a preocupação é maior. O índice foi criado pelo Governo Federal para medir a qualidade na educação nas escolas públicas do país. Nesse quesito, Roraima caiu 6 pontos de 2021 para 2025, visto que antes o estado figurava 17º ou 19º lugar, ocupando atualmente a 23ª colocação.

Esse número indica uma queda na qualidade do ensino, comprometendo o futuro dos alunos, especialmente os estudantes submetidos a salas em total precariedade.

Outro ponto destacado é a falta de segurança. Conforme o estudo, Roraima era o 3º estado mais seguro do Brasil e, nos últimos anos, caiu para o 26º, com altas taxas de feminicídios e estupros. O governo divulgou que já investiu na pasta mais de R$ 175 milhões, mas esses recursos não são traduzidos em melhorias na segurança.

A infraestrutura também se destaca como as piores do país. Quando citado o custo de combustíveis, Roraima fica em 25º lugar. Já em disponibilidade de voos diretos, fica em último lugar. A pesquisa também revela que, nos serviços de telecomunicações e qualidade de rodovias, o Estado também se destaca negativamente.

 

Com informações Portal Roraima em Tempo

Raylan Barroso é multado pelo TCE-AM por irregularidades na contratação de show em Eirunepé

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O ex-prefeito de Eirunepé, Raylan Barroso de Alencar, foi multado pelo Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM) em R$ 13,6 mil por irregularidades na despesa de cachê artístico para realização de apresentação no aniversário do município e festejos de São Francisco de Assis.

O pedido foi formulado pelo Ministério Público de Contas (MPC), que averiguou a falta de transparência de todo o procedimento de contratação, a não comprovação da economia ao erário com a realização de pagamentos antecipados e da economicidade para contratar diretamente a artista Manu Bathidão por meio de pesquisa de preço de mercado.

Para o pagamento da multa foi estipulado o prazo de 30 dias para o recolhimento do valor. Segundo a TCE, o valor pago à época foi de R$ 190 mil. O documento foi publicado por meio do Diário Oficial Eletrônico do TCE-AM, para dar ciência ao ex-prefeito Raylan Barroso.

Histórico de irregularidades

Raylan é um velho conhecido da Corte de Contas e, na última segunda-feira, 22, foi julgado pelo TCE por irregularidades em três pregões na formação da ata de preços. Foi apontado que nas licitações houve falta de transparência, ferindo os princípios de economicidade.

O ex-prefeito foi notificado para tomar ciência da decisão, sob pena de aplicação de sanção por reincidência relativa ao processo apresentado.

Confira a decisão do TCE-AM na íntegra:

 

 

Ludmila Dias, para o Portal O Poder

Ilustração: Neto Ribeiro/O Poder

Deputados cobram de Motta retaliação ao Senado após rejeição à PEC da Blindagem

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Deputados cobram do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), uma reação firme ao que consideram uma quebra de acordo do Senado com a derrubada, por unanimidade, da PEC da Blindagem. A falta de uma resposta mais dura, afirmam, cria para Motta o risco de ver abalada sua sustentação no comando da Casa.

Líderes de grandes partidos e cardeais do centrão discutiram nos últimos dias um cardápio de respostas ao Senado, incluindo travar projetos de interesse dos senadores e até atuar na CPI do INSS para direcionar as investigações contra o Senado. Além disso, eles afirmam que o projeto de lei de redução das penas aos condenados pelos atos golpistas só andará após uma concertação.

A PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Blindagem, que condicionava a abertura de processos criminais contra congressistas a uma autorização do próprio Congresso, foi aprovada por 353 votos a 134, com empenho pessoal do presidente da Câmara.

Motta telefonou pessoalmente para os deputados e mobilizou líderes de partidos aliados para apoiar o texto, afirmando que havia um acordo com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), de votar a matéria rapidamente.

Alcolumbre, no entanto, enviou o texto para ser discutido primeiro na Comissão de Constituição e Justiça, onde já vinha sendo bombardeado por parlamentares. O colegiado acabou rejeitando a PEC por unanimidade. Interlocutores do presidente do Senado negam a existência de um acordo sobre o tema.

O episódio causou enormes desgastes e críticas nas redes sociais contra quem votou a favor do projeto na Câmara e mobilizou milhares de pessoas em manifestações pelo país no último domingo, 21, o que forçou parte dos deputados a pedirem desculpas aos eleitores.

Deputados reclamam que os senadores não apenas enterraram a proposta, mas criticaram abertamente os deputados e a Câmara como um todo, acusando-os proteger bandidos. Nesse sentido, eles cobram que Motta se posicione em defesa da Casa.

Na opinião de deputados ouvidos pela Folha, o erro pode ter sido de Alcolumbre, por romper um acordo, ou de Motta, por ter pautado a PEC sem a garantia de que o assunto estava costurado no Senado. De qualquer forma, eles acusam os senadores de posarem de bons-moços, apesar de a Casa também ter problemas de transparência e escândalos.

Enfraquecimento de Motta

Como mostrou a Folha, esse episódio enfraqueceu o presidente da Câmara e criou novas dúvidas sobre a sua autoridade dentro da Casa e com o Senado. Como fiador do acordo, caberia a Motta garantir que ele fosse cumprido, na avaliação dos deputados. A derrubada da PEC causou um desgaste às vésperas da eleição.

Quatro líderes ouvidos pela reportagem dizem que, daqui por diante, desconfiarão sempre que houver a sinalização de acordos fechados sobre projetos importantes. Eles defendem, inclusive, reuniões entre os líderes da Câmara e do Senado quando forem debatidos temas mais polêmicos, para evitar qualquer surpresa nesse sentido.

Nos bastidores, deputados também dizem que a Câmara deve reagir de forma mais dura ao Senado. Ainda não foram avaliados quais são os projetos que podem ser afetados, mas o discurso é de que nada importante para os senadores será votado com agilidade.

Os deputados também afirmam que vão insistir na quebra de sigilo sobre os gabinetes do Senado visitados pelo lobista Antônio Carlos Camilo Antunes, apelidado de “Careca do INSS” e acusado de ser um dos operadores de desvios no Instituto Nacional de Seguridade Social.

Alcolumbre proibiu a divulgação dessa informação para a CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito), sob alegação de privacidade. Três integrantes da cúpula do centrão dizem que as bancadas serão orientadas a pressionar pela abertura dessas informações e vão apresentar requerimentos que atingirão senadores.

Um aliado de Motta diz que, se de fato houve um acordo, ele precisa expor isso publicamente, para proteger os deputados. Esse parlamentar lembra que foram os deputados que o elegeram para a presidência da Câmara, e não Alcolumbre.

Um interlocutor frequente do presidente da Câmara, no entanto, diz que ele não fará isso publicamente. Nesta quinta, 25, ao ser questionado, Motta disse que o Senado acompanhava a articulação para aprovar a PEC, mas negou que tenha havido traição.

“Não tem sentimento de traição nenhuma. Até porque temos a condição de saber que não obrigatoriamente uma Casa tem que concordar 100% com aquilo que a outra aprova. Já tivemos vários episódios em que o Senado discordou da Câmara e a Câmara discordou do Senado. Isso é natural da democracia e do funcionamento do Congresso”, disse.

Dois aliados próximos de Motta dizem que a relação dele com Alcolumbre também está estremecida. Desde que os dois foram eleitos, em fevereiro, a relação era descrita como muito estreita –eles participaram de eventos e viagens institucionais juntos, além de manter contato quase que diário.

Até a tarde de quinta-feira, 24, aliados do deputado diziam que Alcolumbre sequer estava atendendo às ligações de Motta. Na noite de quarta, no entanto, os dois participaram de um jantar em homenagem ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso, que deixou a presidência da Corte. De acordo com um participante do evento, eles interagiram e conversaram ao longo da noite.

O relator do projeto de lei da redução de penas aos condenados pelos atos golpistas, deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), diz que há desconfiança de que a proposta seja aprovada pelos deputados e depois engavetada no Senado, o que aumenta as resistências ao texto. “Não dá para pacificar o país se a Câmara e o Senado estão em guerra”, disse.

Uma reunião para tratar do assunto estava marcada para quarta à noite, após o jantar com os ministros do STF, mas Alcolumbre pediu para cancelar o encontro. Paulinho afirmou que tentará novamente na próxima semana, porque o projeto não andará sem acordo com o Senado.

 

Da Redação com informações de Folha de São Paulo 

Foto: Agência Senado

De tensão a trégua? Lula e Trump surpreendem com sinais de aproximação

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Após meses de tensão e indiretas, Lula e Trump finalmente dividiram o mesmo espaço na Assembleia Geral da ONU, em Nova York. O clima, que prometia ser de tensão, acabou rendendo um inesperado tom de “amizade repentina”.

Na terça-feira, 23, Lula subiu ao púlpito para criticar “medidas unilaterais e arbitrárias” contra o Brasil. Logo depois, Trump, em um raro momento de gentileza diplomática, elogiou o brasileiro e disse até que “surgiu uma química”. A declaração pegou todo mundo de surpresa – inclusive Lula, que admitiu ter ficado “feliz com o aceno”.

“Se somos as duas maiores economias e os dois maiores países do continente, não há por que viver em conflito”, disse o presidente brasileiro, em coletiva de imprensa, mostrando que os dois países podem entrar em uma nova fase.

Possíveis pautas

O aceno amistoso de Trump já mobilizou o Itamaraty, que agora tenta organizar um encontro entre os dois ou por telefone ou frente a frente. Mas, como sempre, há cautela: afinal, nunca se sabe qual será a próxima “surpresa” de Trump. Na lista de assuntos estão o tarifaço,  sanções e, é claro, a dúvida  — será que dessa vez a química vinga ou é só fogo de palanque?

 

Da Redação

 

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