agosto 19, 2025 07:13
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Governo nega ‘lockdown’, mas líder de Wilson Lima defende a medida na Assembleia Legislativa

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Líder do governo, Joana Darc defendeu ações na invasão Monte Horebe (Foto: Aleam)

Um dia depois de o governo do Amazonas negar a possibilidade de implantar o lockdown (confinamento) como medida mais rígida de isolamento social para amenizar o aumento de infectados pelo coronavírus no Estado, a líder do governo na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), deputada Joana Darc (PL), defendeu a medida na manhã desta quarta-feira, 29, durante o pequeno expediente na sessão virtual da casa legislativa.

O Poder já havia questionado o governo a respeito, mas em nota, afirmou não haver essa possibilidade e ainda classificou de fake news informações a respeito que estão circulando nas redes sociais e grupos de conversa de aplicativo.

Na avaliação de Joana Darc, não adianta apenas que uma parte da população pratique o isolamento social e outra parte não, pois vão transmitir o vírus para as pessoas aumentando a demanda no atendimento de saúde.

“Não vai ter serviço de saúde que aquente, cemitério, crematório, a medida é ficar em casa. Ontem saiu em portais que Manaus e Fortaleza já existem recomendações de infectologistas que tenha o isolamento máximo que é o lockdown”, disse.

A deputada, no entanto, criticou a divulgação de informações falsas de que o governo do Estado já iria adotar o lockdown que está causando medo nas pessoas pensando no desabastecimento de produtos essenciais.

“Surgiu ontem informações falsas e as pessoas que fazem isso são criminosas terroristas e ainda incentivam que as pessoas corram para os supermercados drogarias, feiras temendo o desabastecimento”, afirmou a parlamentar se contradizendo.

Joana disse que vai solicitar da Prefeitura de Manaus e do governo do Estado medidas mais enérgicas de fiscalização e sugerir a implantação do lockdown. Ela disse que apresentou requerimentos solicitando medidas enérgicas de fiscalização nas feiras e nas filas das agências da Caixa Econômica onde estão ocorrendo aglomerações para recebimentos do auxílio emergencial  do governo federal.

“Sobre o isolamento máximo solicito da prefeitura e governo do Estado medidas mais energéticas de fiscalização e isolamento  máximo e senão é o caso de fazer o lockdown no Amazonas. Vemos todos os dias aglomerações nas feiras e daqui a duas semanas vamos ter pessoas contaminadas e contaminado outras pessoas. Se continuar vida normal, vida que segue temos que adotar medidas mais enérgicas”, alertou.

Deputados divididos

A sugestão de implantação de lockdown dividiu a opinião dos deputados. Felipe Souza (Patriota), por exemplo, se posicionou contra a medida mais radical de isolamento.

“A gente sabe que a situação é grave e tem muita gente na rua, mas o lockdown e uma medida muito drástica vai fechar tudo. Antes de se pensar no lockdown tem que se fazer um esforço muito grande do governo para colocar em funcionamento máximo o Delphina Aziz que tem  capacidade para 400 leitos e lá não tem 100 leitos ocupados. Tem que pensar em  lockdown depois de colocar 100% da nossa capacidade de operar”, disse.

João Luiz (Republicanos) informou que recebeu denúncias de mais 6 mil pessoas entre salões de beleza e barbearia que estão passando necessidades porque estão com os estabelecimentos fechados.

“Colocar lockdown no nosso Estado é colocar mais pessoa a passar fome. Precisa ter o controle das feiras, a organização, pois tem aglomerações”, assinalou.

A presidente da Comissão de Saúde da Aleam, Mayara Pinheiro (PP), acredita que é questão de tempo adotar o lockdown no Estado, que isso vem sendo sugerido por infectologistas.

“Quero reforçar a abertura dos leitos do Delphina Aziz e defender a questão do lockdown é uma medida extrema e venho falando há muito tempo e a gente tem exemplos de países que adotaram a medida como a Alemanha e que apesar de terem um sistema de saúde muito mais conciso que o nosso ainda assim quando fizeram o lockdown foi uma medida eficaz”, disse.

“Acho que esse momento vai chegar. Creio que do jeito que estamos o lockdown se faz necessário. O Júlio Croda que é um infectologista pesquisador da Fiocruz falou sobre a necessidade em o Estado do Amazonas e Ceará pensarem em usar essa medida”, concluiu.

 

 

 

Augusto Costa, para O Poder

Foto: Aleam

PF deflagra a Operação ‘Virus Infectio’ para apurar desvio de recursos da Covid-19 no Amapá

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A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira, 29, a Operação Virus Infectio para combater desvio de recursos públicos que deveriam ser utilizados no enfrentamento ao coronavírus, no Estado do Amapá. A ação contou com a participação do Ministério Público Federal (MPF) e da Controladoria Geral da União (CGU).

Estão sendo cumpridos dois mandados de busca e apreensão, um na residência dos sócios de uma empresa de equipamentos hospitalares e outro na sede da empresa, que foi contratada para o fornecimento dos insumos utilizados pelas equipes assistenciais de prevenção e combate à pandemia.

As investigações apontaram fortes indícios de superfaturamento na aquisição de equipamentos de proteção individual, em pelo menos seis dos quinze itens comprados, através de contrato firmado pelo Fundo Estadual de Saúde do Amapá (FES), por meio de dispensa de licitação.

Verificou-se também indícios de superfaturamento em lotes de materiais de proteção hospitalares, mostrando variações de valores significativas, com destaque para as máscaras duplas e triplas que atingiram patamares de 814% e 535% de sobrepreço, respectivamente.

Ainda, conforme se apurou, o valor pago à empresa contratada pelos itens analisados foi de aproximadamente R$ 930 mil, no entanto o valor de referência seria de quase R$ 291 mil, o que mostra que foram gastos cerca de R$ 639 mil a mais em relação aos preços médios praticados no mercado nacional.

Os investigados poderão responder, na medida das suas responsabilidades, pelos crimes de fraude à licitação e integrar organização criminosa, e, se condenados, poderão cumprir pena de até 14 anos de reclusão.

 

 

Conteúdo: Agência Brasil

Foto: Polícia Federal

STF suspende nomeação de Alexandre Ramagem para direção da PF

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Nesta quarta-feira, 29, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu a nomeação do delegado Alexandre Ramagem para a direção-geral da Polícia Federal (PF).

“Diante de todo o exposto, nos termos do artigo 7o, inciso III da Lei 12.016/2016, DEFIRO A MEDIDA LIMINAR para suspender a eficácia do Decreto de 27/4/2020 (DOU de 28/4/2020, Seção 2, p. 1) no que se refere à nomeação e posse de Alexandre Ramagem Rodrigues para o cargo de Diretor-Geral da Polícia Federal”, escreveu o ministro em sua decisão.

Ramagem chefiava a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e a ação foi movida pelo PDT em razão do delegado ser amigo da família Bolsonaro.

Ainda na decisão, Moraes reforça as declarações de Sergio Moro, afirmando em tese, que a escolha de Ramagem para comandar a PF pode ser avaliado como desvio de finalidade, “em inobservância aos princípios constitucionais da impessoalidade, da moralidade e do interesse público.”

 

 

 

 

 

 

Conteúdo: G1

Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo

STF abre inquérito contra ministro da Educação por suposto racismo

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Na noite da última terça-feia,28, o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a abertura de um inquérito contra o ministro da Educação, Abraham Weintraub, para apurar um suposto crime de racismo em relação aos chineses.

O pedido foi feito pelo vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques, em decorrência de uma publicação de Weintraub sobre os chineses e a pandemia do novo coronavírus.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) apontou a suposta violação do artigo 20 da lei que define os crimes por discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. A pena prevista é de um a três anos de prisão.

Agora, o ministro da Educação dever ser ouvido pela PGR. Celso de Mello retirou o sigilo do caso e deu prazo de 90 dias para a conclusão da investigação.

Publicação

No início do mês, o ministro da Educação publicou em seu perfil no Twitter questionando quem poderia sair fortalecido geopoliticamente da crise causada pela pandemia. No texto, o Weintraub trocou o “R” pelo “L”, numa referência ao personagem Cebolinha, da Turma da Mônica, e ao erro comum dos chineses ao falarem o português. Uma imagem com a bandeira da China ilustrava a publicação.

O post foi depois apagado.

Também no Twitter, o embaixador da China no Brasil, Wanming Yang, divulgou uma nota oficial de repúdio ao ato, que classificou de racismo contra os chineses.

 

 

 

 

 

 

 

 

Conteúdo: Agência Brasil

Foto: Rafael Carvalho/ Casa Civil

COVID-19: TCE-AM inicia inspeção extraordinária na Susam

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Relatora das contas da Secretaria de Estado da Saúde (Susam), no biênio 2020/2021, a conselheira do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Yara Lins, iniciou a inspeção extraordinária na Susam com a análise de documentos (contratos, empenhos e pagamentos feitos).

Na semana passada, a corte do tribunal aprovou a possibilidade de afastamento da titular do cargo, Simone Papaiz, caso não cumprisse o prazo de envio de informações sobre gastos no enfrentamento da pandemia da Covid-19 no Estado. Mas, conforme Yara, a secretária respondeu aos questionamentos na última sexta-feira, 24.

“Logo após a sessão plenária da última semana, encaminhei para autuação diversos documentos que servirão de base para a inspeção extraordinária realizada na Susam”, disse a conselheira Yara Lins durante a sessão virtual do Tribunal Pleno, nesta terça-feira, 28.

A comissão de inspeção extraordinária foi instituída por meio da Portaria nº 28/2020 -GP/Secex , publicada na edição de segunda-feira, 27, do Diário Eletrônico da Corte de Contas, e conta com quatro auditores técnicos. A inspeção inicia nesta quarta-feira, 29, e deve finalizar no dia 13 de maio.

Na última segunda, o presidente do TCE-AM, conselheiro Mario de Mello, admitiu uma representação do Ministério Público de Contas (MPC), que pede a suspensão da compra de ventiladores pulmonares pelo Governo, e encaminhou os dados para análise de mérito da conselheira Yara.

Demais medidas

Ainda durante a sessão, a conselheira informou que solicitou ao Conselho Regional de Medicina (Cremam) que enviasse o relatório da visita técnica ao Hospital Nilton Lins e que os dados já foram recebidos e foram encaminhados à comissão de inspeção.

Como relatora das contas da Prefeitura de Manaus, a conselheira solicitou ao prefeito Arthur Virgílio Neto (PSDB) os dados funerários e toda documentação a respeito da implantação do Hospital de campanha municipal Gilberto Novaes.

“Diante disso, reitero meu compromisso de sempre buscar a proteção ao erário bem como ao interesse público”, afirmou Yara.

 

 

Da Redação O Poder

Foto: Divulgação/TCE

Aleam, que pediu intervenção federal, evita repercutir matéria nacional sobre crise na saúde

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As denúncias do programa Conexão Repórter, apresentado pelo jornalista Roberto Cabrini, exibido na noite de segunda-feira, 27, sobre a crise da pandemia do coronavírus no Amazonas, não encontrou eco na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), na sessão virtual desta terça, 28.

A repercussão se limitou aos posicionamentos de Dermilson Chagas (sem partido) e Wilker Barreto (Podemos), integrantes da oposição na casa legislativa. Os demais ignoraram os fatos narrados no programa de televisão.

Na avaliação de Wilker, existe uma falha “gritante” no governo, o que ficou evidente no semblante do governador, na entrevista concedida a Cabrini, pela falta de credibilidade e confiança que não tem mais o povo no governante. Ele cobrou dos deputados que precisam ser Assembleia Legislativa com 24 cabeças em defesa do povo.

“Um governante que não passa segurança. Que erra com os números, um governador que precisa ser socorrido para falar das UTIs da Nilton Lins. Que não sabe contando as moedas quando já se gastou com o Covid-19 é brincadeira. O povo do Amazonas ontem dormiu de forma estarrecida. Tudo que foi passado ontem no Cabrini essa casa tem conhecimento. Não é a primeira que vez que denunciamos atrasos de pagamentos dos terceirizados”, disse.

Dermilson Chagas também citou o programa exibido em rede nacional que retratou o caos na saúde no Amazonas. “O que o repórter Cabrini mostrou para o Brasil é o que nós temos retratado todos os dias e muitas vezes por sermos da oposição dizem que tudo é política”, concluiu.

 

 

Augusto Costa, para O Poder

Foto: Divulgação

COVID-19: Com 22 votos, Aleam autoriza crédito adicional de R$ 30,1 milhões ao governo

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No meio de uma crise institucional com a Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), o governo do Amazonas conseguiu uma vitória nesta terça-feira, 28, ao aprovar, com 22 votos a favor e apenas dois contrários, a mensagem governamental que pede crédito adicional de R$ 30,1 milhões no orçamento vigente para o combate à Covid-19.

A Secretaria de Estado da Saúde (Susam) vai ficar com a maior parte dos recursos R$ 25 milhões, seguida da Secretaria de Estado da Casa Civil R$ 1 milhão, o restante dos recursos serão divididos entre as demais secretarias e instituições.

O projeto pede a inclusão do programa Combate a Pandemia da Covid-19 e da ação de fortalecimento do Estado nas ações emergenciais de combate à pandemia no Plano Plurianual.

Os recursos vão atender às programações dos seguintes órgãos: Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), Fundo Estadual de Saúde, Secretaria de Estado de Produção Rural (Sepror), Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc), Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP), Polícia Civil do Estado do Amazonas, Polícia Militar do Estado do Amazonas, Secretaria de Estado da Assistência Social (Seas) e Fundo Estadual de Assistência Social.

A relatora do projeto, deputada Alessandra Campelo (MDB), reforçou que não se trata de remanejamento de recursos, mas apenas da nomenclatura do projeto.

“Aqui não está se trabalhando com remanejamento de recursos. A medida é para que os deputados saibam o que se está sendo gasto com a Covid e o Ministério Público e o governo federal possam mandar os recurso”, explicou.

Recursos da Secom

Dermilson Chagas (sem partido), que votou contra à matéria, sugeriu, por intermédio de emenda verbal, que fossem remanejados R$ 52 milhões da Secretária de Comunicação do Governo do Estado (Secom) do orçamento de propaganda institucional para ser aplicado no combate ao coronavírus. Mas a emenda foi rejeitada pelos demais deputados. Além de Dermilson apoiaram a emenda Wilker Barreto (Podemos), Fausto Júnior (PV) e Felipe Souza (Patriota).

“Essa matéria que chega do governo do Estado que pede o remanejamento de R$ 1 milhão para a Casa Civil. Qual é a atividade que a Casa Civil está fazendo para gastar R$ 1 milhão? A falta de transparência nos gastos é um dos fatores que todo mundo está questionando. Mas uma vez o governo manda um projeto que não explica de forma clara”, questionou o deputado. O projeto recebeu voto contrário também de Wilker Barreto.

O Portal O Poder entrou em contato com a Secretária de Estado de Saúde (Susam) para saber como serão utilizados os recursos, mas até a edição desta matéria não obteve resposta.

 

 

Augusto Costa, para O Poder

Foto: Aleam

Pedidos de impeachment de Wilson e Carlos são lidos em plenário e seguem em análise na Aleam

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Sem nenhum posicionamento sobre se vai aceitar ou não a tramitação dos dois pedidos de impeachment do governador Wilson Lima (PSC) e do vice, Carlos Almeida Filho (PRTB), a mesa diretora da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam) se limitou a ler ambos os documentos em plenário, na sessão virtual da casa nesta terça-feira, 28.

Os documentos foram lidos pelo secretário-geral da mesa diretora, deputado Delegado Péricles (PSL) e, a iniciativa, é para dar ciência aos demais deputados sobre os pedidos de impeachment. Conforme o Departamento de Comunicação da Aleam, os processos devem continuar em análise pela Procuradoria-Geral da Assembleia.

O presidente do Parlamento estadual, Josué Neto (PRTB), não se manifestou a respeito dos processos e, nem outro parlamentar da casa.

Os dois pedidos de afastamento dos atuais gestores do governo do Amazonas foram protocolizados na semana passada. Um é de autoria do presidente do Sindicato dos Médicos do Estado do Amazonas (Simeam), Mário Vianna, em que alega omissão do Estado em relação à pandemia da Covid-19, e, o outro, tem como autor o coordenador do Movimento Independente do Amazonas e coordenador regional do Movimento Conservador, o empresário William Bitar Barroso dos Santos, em que pede o afastamento do governador alegando crime de responsabilidade fiscal.

 

Da Redação O Poder

Foto: Aleam

Bolsonaro revela que não lê tudo que assina: ‘decreto com 20 páginas’

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Em vídeo que viralizou nesta terça-feira, 28, nas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) é visto admitindo que não lê tudo que assina. O ex-deputado relata a dificuldade por conta do tamanho dos documentos, que, além de lidos, têm de ser interpretados.

“Tem muita coisa que eu assino que eu leio a ementa apenas. Tem decreto que tem 20 páginas e às vezes tem um palmo de papel para assinar ali. E não é só ler, tem que interpretar também”.

Conteúdo: UOL 

Foto: Alan Santos/Presidência da República

Bolsonaro ultrapassa Collor em ações de impeachment, mas não deve prosperar, prevê bancada

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Presidente Jair Bolsonaro durante declaração à imprensa.

Com 30 pedidos de impeachment protocolizados na Câmara dos Deputados, o número de solicitações de afastamento feitos contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ultrapassa os pedidos realizados contra o ex-presidente do Brasil, Fernando Collor, em 1992. Apesar do número expressivo, que aumentou após a saída do ex-ministro Sergio Moro, a bancada amazonense acredita que não há justificativa ou que não é prudente discutir o assunto em meio a crise causada pela pandemia da Covid-19.

O deputado federal capitão Alberto Neto afirmou ao O Poder que o número de pedidos de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro aumentou com a saída de Sergio Moro e, nesta terça-feira, 28, o número de pedidos eram 30. “Nós temos aí 30 pedidos de impeachment contra o presidente e as acusações do ministro Moro não mostram nenhuma materialidade”, defendeu.

O bolsonarista também disse que não vê indícios para pedido de afastamento do presidente. Segundo ele, Bolsonaro não cometeu crimes e atacou a oposição. “Não vejo nenhuma materialidade para pedir o impeachment do presidente. Ele não cometeu nenhum crime comum, nenhum crime de responsabilidade. O que eu vejo é a oposição do presidente querendo se utilizar desse momento de pandemia, desse momento mais difícil da nossa geração, utilizando-se da desgraça do nosso povo para assumir o poder, para dar um golpe na democracia. O presidente foi eleito e se ele não cometeu nenhum crime, nem de responsabilidade nem crime comum, não vejo pedido para impeachment”, argumentou.

Para o deputado federal delegado Pablo (PSL) não há indícios que indiquem o pedido de impeachment e disse que as denúncias de Moro devem ser apuradas e que o ideal é aguardar. “Não vejo, no momento, nenhum comportamento do presidente que justifique processo de impeachment. O afastamento presidencial é medida de exceção e depende de provas incontestáveis do cometimento de crime de responsabilidade. As denúncias do juiz Sérgio Moro serão apuradas pelo STF. Vamos aguardar o resultado das investigações”, disse.

‘Blá blá blá’, diz Silas

O deputado federal Silas Câmara (Republicanos) também acredita que não há justificativa para pedir o impeachment de Bolsonaro e não há nada de concreto. “Não há clima político para se pensar em impeachment e nem a justificativa para isso. Existe muito ‘blá blá blá’, mas nada concreto”, disse.

Combate ao coronavírus

Para o deputado Bosco Saraiva (Solidariedade), o país vive uma grave crise e toda a atenção deve ser voltada para o combate do coronavírus. “Toda nossa atenção no momento está voltada para as ações de efetivo combate ao novo coronavírus e, de forma especial para nós da bancada do Amazonas que está sendo tão fortemente atingido por essa pandemia que tanta tristeza tem causado ao povo amazonense. A possível recepção de processo de impedimento do presidente da República, se for aceito pela mesa da Câmara, será analisado em seu tempo”, defendeu.

Marcelo Ramos (PL) disse que não é prudente discutir esse assunto em meio à crise pandêmica. “Acho pouco prudente discutir um impeachment em meio a uma pandemia que tem gerado tantas vítimas e trazido tanto sofrimento ao nosso povo. Considero mais prudente esperar as investigações que serão feitas pelo STF”, analisou.

Pressão popular

Já para o deputado José Ricardo (PT) o alto número de pedidos de impeachment mostra uma série de denúncias e crimes de responsabilidade. “Toda essa avalanche de pedidos de impeachment significa que existe uma série de denúncias e situações concretas de crimes de responsabilidade do presidente. Agora a pressão vai ter que vir da sociedade, a gente vê nas pesquisas que o governo está perdendo credibilidade principalmente a figura do presidente e é a pressão da sociedade que vai decidir se vai pra frente ou não um pedido de impeachment”, disse.

O parlamentar acrescentou que o governo de Bolsonaro está sendo desmontado e está cada vez pior. “Não é só a crise política, mas a crise da pandemia mostra a crise da estrutura dos serviços do Estado e que o atual governo não está tendo capacidade para poder atender a população”, assinalou.

A reportagem não conseguiu contato com os deputados federais Átila Lins (PP) e Sidney Leite (PSD).

 

 

Álik Menezes, para O Poder

Foto: Divulgação

 

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