agosto 7, 2025 00:07
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À Folha, Wilson reconhece que só tem dinheiro para pagar salários de abril

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Em entrevista publicada pelo jornal Folha de São Paulo na noite desta sexta-feira, 10, o governador Wilson Lima (PSC) revela que o Estado só tem recursos para pagar a folha de pessoal de abril (que será paga até dia 5 de maio) e que sua equipe econômica prevê uma queda de 25% na arrecadação até final deste ano. Anteriormente, Wilson dizia que seria de 40%.

Na última quinta-feira, 9, O Poder publicou informação, obtida com exclusividade, de que o governo, diante deste cenário crítico, estuda, inclusive, parcelar os salários de junho (referentes ao mês de maio). O governo nega.

Sobre o impacto do coronavírus na estrutura física, ele reconhece, na entrevista, que a capacidade de atendimento do Hospital Delphina Aziz, considerado referência para o tratamento da Covid-19 no Amazonas, esgotou-se e que novos pacientes com sintomas da doença serão remanejados para outras unidades de saúde da capital.

De acordo com Wilson Lima, faltam leitos de UTI, respiradores mecânicos e pessoal para atender a demanda crescente de pacientes com os sintomas da Covid-19. O Amazonas, até esta sexta-feira, 10, somava 891 casos positivos e 50 mortes.

O Ministério da Saúde enviou uma técnica para acompanhar a situação crítica no Estado e três especialistas chegam a Manaus na segunda-feira, 13,  para reorganizar o atendimento na capital.

Leia a entrevista na íntegra:

Um profissional do hospital de referência no atendimento ao coronavírus em Manaus, o Delphina Aziz, afirma que o sistema de saúde na capital colapsou. Como avalia?

Pedi um levantamento da situação no Delphina. Eu tenho cinco leitos disponíveis, mas eles são de retaguarda e não estavam funcionando por conta da falta de profissionais. Mas até agora nenhum paciente acometido por covid ou com estado agravado da doença ficou sem atendimento no estado. A gente deve chegar a um limite de colapso, sim, mas por enquanto a gente ainda tem onde tratar as pessoas. Estamos distribuindo na rede esses pacientes acometidos por covid. E essa falta de profissionais vamos suprir com contratação imediata, que já programamos com alunos de medicina, enfermagem e farmácia, que estão no último ano e vamos adiantar a sua formatura.

Então o problema do estado é mais a falta de pessoal?

Eu tenho os dois problemas. Estou esperando respiradores para montar as UTIs e também tenho falta de pessoal. Em algumas unidades não pude ampliar o atendimento porque dependo do remanejamento de pessoal. E eu tenho outro detalhe. O Delphina é uma PPP conjugada com uma OS. E é a OS que providencia os profissionais, não o estado. Estava conversando com a direção da OS e eles me relataram dificuldade na contratação de pessoal.

Em quanto tempo consegue resolver a falta de pessoal ?

Na segunda (13) devemos ter a entrada dos formandos da UEA (Universidade Estadual do Amazonas) e devo estar com o contrato pronto para chamar temporários do sistema de saúde.

O sr cogita convocar médicos e outros profissionais?

Antes precisamos saber se temos médicos no estado do Amazonas para contratar. É uma mão de obra limitada. Eu tenho profissionais da área de saúde aprovados no concurso do Corpo de Bombeiros e estamos estudando a possibilidade de antecipar a contratação desse pessoal. São médicos intensivistas e técnicos, só que temos que saber se vamos conseguir pagar essas pessoas. Não só no período da crise, mas depois disso. Outra possibilidade é fazer a contratação temporária desses aprovados.

Para não transformá-los em efetivo permanente?

Sim, por conta da nossa incerteza futura. Eu não sei como vão ficar minhas finanças. Estou fazendo uma previsão para maio mas estamos trabalhando com parcimônia. Todas as ações que implicam custos para o estado, estamos avaliando de forma criteriosa porque eu não vou fazer compromisso que não posso honrar amanhã.

Então o sr não acha que já colapsou o sistema do Amazonas?

A gente está pertinho de colapsar, depende da evolução dos casos. No Delphina eu não tenho mais condições de receber casos agravados de covid, mas estamos trabalhando para aumentar a capacidade. Tenho leitos clínicos e de UTI na rede também para o atendimento. O meu grande problema é com leitos de UTI. Estamos preparando um hospital com 400 leitos para receber pacientes. Mas por enquanto estamos recebendo os doentes em toda a rede. Há um protocolo nas unidades de alta complexidade para mandar essas pessoas para isolamento nas salas rosas.

Os casos no Amazonas se concentram na capital?

Sim, mas há pelo menos 12 municípios com casos confirmados. Eles começaram com as pessoas com maior poder aquisitivo, mas começa agora a ir para bairros de periferia e isso nos preocupa muito. Vai crescer de forma exponencial. A nossa maior preocupação no momento é que o covid chegue nas aldeias indígenas e temos tentado ao máximo retardar a chegada do vírus ao interior, mas já temos seis mortes registradas.

O que falta mais: recursos do governo federal ou equipamentos?

Nossa grande dificuldade é a aquisição de respiradores. Na segunda devem chegar 30 respiradores do Ministério da Saúde e estamos adquirindo outros 180. Devem chegar mais 33 nos próximos dias e estamos em tratativas com o Ministério da Saúde para a chegada de 150. Estamos catando respiradores, comprando em SP, SC, nos EUA, para fazer com que cheguem.

O governo federal vai deslocar equipes para o Estado?

Temos conversado. Há uma técnica já atuando aqui no estado e na segunda chegam três especialistas para o reordenamento do fluxo para que haja o apoio à gestão, para termos clareza sobre como administrar a rede nesse momento de crise. Hoje tenho pacientes no hospital de referência mas distribuídos na rede. Vamos ver como reordenar esse fluxo e ver como vai funcionar.

O distanciamento social não pegou em Manaus?

Temos muita dificuldade em manter as pessoas em casa. São duas situações delicadas. O primeiro é saúde e evitar que o vírus se propague, o outro são as atividades econômicas, porque muita gente comprometeu a única fonte de renda. Em alguns bairros, as pessoas não entenderam a gravidade do assunto. Temos feito campanhas e coloquei as forças de segurança nas ruas, para multar o comércio não essencial aberto e coibir a presença de pessoas nas ruas, mas muita gente tem desrespeitado.

O sr cogita proibir as pessoas de saírem de casa?

A gente entende que precisamos mostrar a gravidade da situação, mas queremos evitar conflitos. Os trabalhadores informais estão em um momento de grande aflição, nosso objetivo não é ir para o enfrentamento, de prender ou agredir alguém. Mas trabalhar de maneira didática e de orientação à população.

Bolsonaro saiu para passear nesta sexta (10) em Brasília. Ele é um garoto-propaganda do fim do isolamento?

Não vou comentar. Estou preocupado com a situação do Amazonas e vou continuar seguindo as recomendações do Ministério da Saúde e da OMS. Não vejo outro caminho para a gente quebrar essa cadeia de transmissão do que o distanciamento social, pelo menos não se tem outro caminho comprovado. os casos de sucesso mundo afora é do aumento da restrição e do isolamento das pessoas.
Estamos otimistas com a cloroquina, mas ainda não temos a comprovação da eficácia. Precisamos de uma amostragem maior para saber se funciona em todo mundo, porque a cloroquina tem efeitos colaterais.

O Congresso discute a recomposição de perda de ICMS para os estados. Como isso afeta o seu estado?

Tem que ter ajuda do governo federal. Se a gente não tiver ajuda, a nossa situação será pior ainda. Eu terei uma perda global de 25% da receita até o fim do ano. A minha maior perda será em maio e estou tentando encontrar caminhos para fazer o pagamento da folha de servidores e manter o mínimo de serviços funcionando para que saúde e segurança pública continuem funcionando. Preciso ter a garantia de que vou receber o FPE do ano passado, para que a gente dê incentivo ao empresariado para que não quebre ou demita o mínimo possível.

O sr tem dinheiro para pagar a folha até quando?

Hoje eu tenho dinheiro até abril, não sei como será maio. Estou fazendo uma ginástica para garantir o pagamento dos servidores, é a minha prioridade. Mas preciso de ajuda para garantir o pagamento de salários. Temos que ter pressa, era algo para ter sido resolvido ontem.

 

Conteúdo: Folha de São Paulo

Foto: Secom

Com 500 mil casos da Covid-19, EUA pode superar em números de mortes no mundo

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Médicos transferem paciente para ambulância em Kirkland, no Estado de Washington

Os Estados Unidos chegou aos 500.399 casos confirmados de coronavírus e pode se tornar o país com mais mortes causadas pela Covid-19 em todo o mundo. Segundo a universidade Johns Hopkins, já foram registrados 18.693 óbitos no país, apenas 156 a menos do que a Itália.  

Os EUA ainda bateram um novo recorde nesta sexta-feira, 10, e foram o primeiro país a registrar mais de 2 mil mortes em um período de 24 horas: foram 2.108 até a atualização das 20h30 da Johns Hopkins.

A Itália, ainda em primeiro, tem 18.849 mortes, seguida pela Espanha, com 16.081. A Frnça ocupa a quarta posição no ranking, com 13.197 óbitos.

Os EUA são também o país com mais casos confirmados no mundo, mais do dobro do segundo mais afetado, a Espanha, que aparece na lista com 158.273. Na sequência estão Itália, com 147.577, e França, com 125.931.

Os maiores números de casos e mortes nos Estados Unidos estão no estado de Nova York – 174.481 e 7.884, respectivamente. Sozinho, o estado tem mais casos do que a Espanha e a Itália, embora apresente um índice de mortalidade bem menor. Apenas na cidade de Nova York, são mais de 90 mil casos e 5 mil mortes.

Brasil

De acordo com o ranking da universidade Johns Hopkins, o Brasil está na posição 14 entre os países com mais casos de Covid-19, com 19.789 – o número confirmado até às 21h15 desta sexta pelas secretarias estaduais de Saúde era de 19.943.

 

Fonte: G1

Foto: Reuters

Arthur Neto critica Bolsonaro por ‘desmobilizar’ isolamento social

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Em entrevista à emissora de televisão CNN Brasil nesta sexta-feira, 10, e compartilhada em suas redes sociais, o prefeito de Manaus Arthur Virgílio Neto (PSDB) criticou o “passeio” feito pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em Brasília, ontem, contrariando as determinações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e por “desmobilizar” a população sobre a importância do isolamento social.

Para o prefeito, Manaus, por exemplo já vive um “colapso funerário” com as mortes causadas pela Covid-19, que já somam 50 mortes.  “Está havendo um colapso funerário, os enterros estão crescendo de maneira exponencial. É uma situação que deixa as pessoas nervosas, estressadas. Atitudes como a do presidente, que sai tranquilamente às ruas e mostra que para ele não há perigo em nada, fazem com que hoje muitas ruas em Manaus estejam cheias de carros”, disse ele durante entrevista à CNN Brasil.

O prefeito diz que acordou com uma constatação: “uma fala do presidente Barack Obama dizendo que o pior desserviço que um governante pode prestar ao seu povo é desinformar esse mesmo povo. Isso não me surpreendeu, isso é a cara do presidente Obama. Mas adiante eu vejo o presidente Jair Bolsonaro confraternizando com pessoas apertando mãos como senão houvesse a decisão que o seu governo adotou, a decisão e a recomendação da Organização Mundial de Saúde, de isolamento horizontal para que nós, pagando todos os preços, pudéssemos voltar a atividade econômica plena mantendo aquilo que é essencial”, afirma o prefeito.

Confira na integra o vídeo do prefeito Arthur Neto

 

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) pede para ficarmos em casa. Governadores e prefeitos do Brasil reforçam esse pedido de isolamento social e tomam as medidas que podem para combater o novo coronavírus, que causa a Covid-19. No entanto, o presidente da nação segue o oposto, saindo, cumprimentando pessoas e causando aglomeração. Esperamos outra atitude do presidente da república, Jair Bolsonaro. Queremos que ele caminhe, não nas ruas, mas na direção de liderança no enfrentamento a essa pandemia, pelo bem de quem ele governa e pelo fim para o qual foi eleito. O momento é sério, de ficarmos em casa para reduzir o risco de contágio e colapso no sistema de saúde pública. Só então, o mais breve possível, esperamos, teremos saúde para recuperar a nossa economia.

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COVID-19: Quase 100% do interior do AM está em estado de emergência ou calamidade

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Com quase 100% dos 62 municípios do Amazonas decretando estado de emergência ou calamidade pública por causa do coronavírus, prefeitos amazonenses estão se antecipando para prevenir ou amenizar os impactos da contaminação do Covid-19. O prefeito de Parintins, Frank Bi Garcia (DEM), foi o primeiro a decretar estado de emergência e, posteriormente, calamidade pública. Na sequência, veio o de Manaus, Arthur Neto (PSDB).

Conforme a Associação Amazonense de Municípios (AAM), 56 municípios já estão em estado de emergência ou calamidade pública. Não por acaso, o interior do Estado já possui 118 casos positivos de coronavírus e representa pouco mais de 10% de todos os casos confirmados no Estado.

“Os municípios têm que mandar o decreto de calamidade pública para a Assembleia Legislativa apenas para ela reconhecer de acordo com o artigo 65 da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), e com o reconhecimento da Aleam você não precisa obedecer a LRF em caso de calamidade pública”, explicou Garcia.

Além de Manaus, oito municípios do interior já estão em estado de calamidade pública (Amaturá, Beruri, Boca do Acre, Careiro da Várzea, Codajás, Nhamundá, Tapauá e Tefé). Outras 46 cidades amazonenses, decretaram estado de emergência.

Bi Garcia afirmou que teve informações sobre a chegada do coronavírus ainda no Sudeste do país e preferiu antecipar e pedir estado de emergência montando estrutura de combate ao Covid-19.

“Parintins foi o primeiro município a decretar estado de emergência no Amazonas. Contratamos 350 profissionais de saúde para reforçar as equipes,  vigilância em saúde no aeroporto, porto e na orla de  Parintins. Foram ações quando o vírus estava entrando em São Paulo e Rio de Janeiro e já nos preparávamos. O município vive do turismo e temos muitos artistas de Parintins que atuam nesse eixo Rio e São Paulo”, explicou.

Na avaliação do prefeito, as medidas estão dando certo e apesar de dois óbitos registrados na cidade está conseguindo manter a média de contaminação abaixo da nacional e mundial e até o momento foram registrados 6 casos de contaminação em Parintins.

“Quando passou para as compras de  EPIs e contratações temporárias tivemos que usar o contrato de emergência para essas compras e contratações que são temporárias para o período do combate ao coronavírus”, disse.

De acordo com Bi Garcia, no caso do decreto de emergência, o município pode antecipar as ações de forma preventiva, enquanto que para decretar calamidade pública é necessário que tenha sido registrado pelo menos um casos de Covid-19.

“A partir do momento que tivemos pessoas positivas aqui em testes de coronavírus e uma morte, decretei calamidade pública que é reconhecido pelo governo do Estado e pelo governo Federal. Um antecipa a causa e outro atua na causa. Estamos estabilizando embora tenhamos duas mortes de pessoas que foram encaminhadas para Manaus. Mas graças a Deus estamos em uma média muito baixa em relação as cidades e outros Estados”, avaliou.

Lei prevê calamidade pública

De acordo com o artigo nº 65 da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), na ocorrência de calamidade pública reconhecida pelo Congresso Nacional, no caso da União, ou pelas Assembleias Legislativas, na hipótese dos Estados e Municípios, enquanto perdurar a situação:

A lei diz no, I – serão suspensas a contagem dos prazos e as disposições estabelecidas nos arts. 23 , 31 e 70 e no II – serão dispensados o atingimento dos resultados fiscais e a limitação de empenho prevista no art. 9o.

Com os decretos de emergência e calamidade pública,  prefeitos e governadores podem agir de forma mais rápida e propor iniciativas e normas para a população, ao mesmo tempo em que reduz a burocracia e o acesso a recursos e aos órgãos públicos, junto ao governo federal.

Os decretos ainda permitem ações imediatas como a restrição da circulação de pessoas, fechamento do comércio, escolas e outras iniciativas voltadas para priorizar o isolamento social da população.

Calamidade pública: quem aciona e em que situações?

A calamidade pública é decretada por governadores ou prefeitos  em situações reconhecidamente anormais, decorrentes de desastres (naturais ou provocados) e que causam danos graves à comunidade, inclusive ameaçando a vida dessa população. É preciso haver pelo menos dois entre três tipos de danos para se caracterizar a calamidade: danos humanos, materiais ou ambientais.

No Brasil, essa é uma prerrogativa reservada para as esferas estadual e municipal.

Diferença entre emergência e calamidade pública

Além do estado de calamidade pública, é comum ouvirmos que algum município brasileiro decretou estado de emergência. De fato, esse é outro estado de exceção que pode ser decretado por governadores e prefeitos – e o nome usado na lei é situação de emergência

A diferença entre emergência e calamidade está intensidade: a calamidade pública é decretada apenas nos casos mais graves, quando a capacidade do poder público agir fica seriamente comprometida. Isso acontece quando o estado ou município não conseguem resolver o problema por conta própria e precisam da ajuda do governo federal.

A situação de emergência ao contrário, refere-se a danos menores, que comprometem parcialmente a capacidade de resposta do poder público, ou seja, menos graves que aqueles de uma calamidade pública. Mesmo assim, a situação também depende de ajuda do Governo Federal, mas em um grau menor.

Governo Federal

As duas situações de emergência e estados de calamidade decretados por autoridades municipais ou estaduais precisam ser reconhecidos pela União, a fim de que recursos federais sejam alocados para o ente afetado. Uma vez reconhecida a emergência ou calamidade, o governo também define o valor de recursos que destinará ao ente afetado. O Ministério da Integração Nacional avalia o tamanho de uma calamidade. É preciso haver prejuízos econômicos públicos equivalentes a pelo menos 8,33% da receita corrente líquida anual do estado ou município afetado, ou então prejuízos privados de mais de 24,93% dessa receita.

O que acontece em um estado de calamidade pública?

Em caso de estado de calamidade pública, o governante tem à sua disposição poderes que em situações normais seriam considerados abusivos, a fim de salvaguardar a população atingida. Além disso, o governante passa a compartilhar responsabilidades com outros entes, principalmente o Governo Federal.

A Constituição permite que em casos de calamidade pública o governante tome os chamados empréstimos compulsórios. Ainda  pode passar a parcelar as dívidas, atrasar a execução de gastos obrigatórios e antecipar o recebimento de receitas. O estado ou município afetado também pode dispensado de realizar licitações  em obras e serviços enquanto durar a calamidade. Finalmente, a população atingida pode sacar parte do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).

Durante esses períodos o  Governo Federal ajuda em situações de emergência com itens de ajuda humanitária, envio da Defesa Civil ou até das Forças Armadas, além de recursos financeiros.

 

Augusto Costa, para O Poder

Foto: Divulgação

COVID-19: AM lidera ranking de maior incidência de mortes no país

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Medical staff push a patient on a gurney to a waiting medical helicopter at the Emile Muller hospital in Mulhouse, eastern France, to be evacuated on another hospital on March 17, 2020, amid the outbreak of the new Coronavirus, COVID-19. - A strict lock down requiring most people in France to remain at home came into effect at midday on March 17, 2020, prohibiting all but essential outings in a bid to curb the coronavirus spread. The country has reported 148 deaths from the virus, a number that health experts warn could soar in the coming days, seriously straining the hospital system. (Photo by SEBASTIEN BOZON / AFP)

Destaque nacional com maior número de mortes pelo novo coronavírus entre todos os Estados do país, com uma taxa de 1,2 morte para cada 100 mil habitantes e empatado com São Paulo, segundo o Ministério da Saúde, o governo do Amazonas não se manifesta sobre quais medidas irá tomar ou quais novas ações práticas serão implantadas diante do crescimento expressivo de casos e mortes.

Na entrevista on-line diária da última quinta-feira, 9, a diretora-presidente da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS), Rosemary Pinto, atribuiu o aumento de casos de pessoas infetadas à população, que não respeita o isolamento e continua nas ruas.

O Estado também carrega outro índice negativo. Segundo o Ministério da Saúde, o Amazonas já ultrapassou o Distrito Federal e registra o maior número de infecções, 19,1, para cada 100 mil habitantes. A taxa estadual, conforme o MS, já é mais que o dobro da nacional, que até quinta-feira, 9, estava em 7,5 por cada 100 mil habitantes.

Na tarde desta sexta-feira, 10, foram confirmados mais 82 casos positivos da Covid-19. Com essa atualização, o Estado chega a 981 casos de pessoas infectadas e 50 mortes no total. Segundo boletim da FVS, as 10 mortes confirmadas nesta sexta estavam sendo investigadas e ocorreram entre os dias 5 e 9 deste mês.

Na quinta, 9, segundo dados da FVS, o número de óbitos no Amazonas era 40 registrados positivos para Covid-19 e o número de pessoas infectadas chegava a marca de 899, cerca de 89% na capital amazonense, conforme dados da Fundação em Vigilância em Saúde.

O cenário preocupante ganhou destaque nacional. O jornal Folha de São Paulo, publicou nesta sexta-feira, 10, uma matéria afirmando que o funcionamento do Hospital Pronto Socorro Delphina Abdel Aziz está em colapso. “Chegou à sua capacidade máxima”.

Na manhã desta sexta-feira, 10, O Poder entrou em contato com a Secretaria de Comunicação do Amazonas (Secom) para questionar, diante desse cenário preocupante, quais medidas urgentes iniciaria, se haveria um planejamento ou novas ações mais eficazes para controlar ou reduzir o avanço da doença no Amazonas, mas até a publicação da matéria não respondeu detalhadamente e se limitou a informar, durante a manhã que iriam reunir informações (que não chegaram até a publicação da matéria).

 

Álik Menezes, para O Poder

Foto: Divulgação

Coronavírus desacelerou na Europa, mas ganha força na África, diz OMS

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O diretor da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse nesta sexta-feira, 10, que o avanço do coronavírus desacelerou ao longo da última semana em alguns dos países europeus mais afetados, como Itália, Espanha, Alemanha e França, mas ganhou força de forma alarmante em outras partes, como na África, onde a covid-19 está se espalhando para áreas rurais.

“Estamos vendo agora grupos de casos e disseminação comunitária em mais de 16 países (africanos)”, disse Tedros, acrescentando que países do G20 recentemente expressaram forte apoio à África.

Segundo Tedros, o auxílio à África precisa ser acelerado, embora os números de casos da doença no continente sejam relativamente pequenos. Pela contagem da OMS, há quase 1,5 milhão de casos confirmados de infecção por coronavírus no mundo, que resultaram em mais de 92 mil mortes.

Conteúdo: Agência Estado 

Adiamento da eleição 2020 começa a ganhar eco entre prefeitos do AM

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Cronograma de Carga e Lacração - preparação da urnas para o 2° turno das Zonas Eleitorais do Paraná - Tags: eleições2018, eleições, voto, sulfrágio, Tribunal, urna eletronica. Fotos: André Rodrigues

A possibilidade do adiamento das eleições municipais deste ano – por causa do coronavírus e das medidas restritivas para evitar o avanço da doença – começa a ganhar apoiadores entre diversos políticos, que pressiona o Tribunal Superior Tribunal (TSE) a tomar uma posição e já encontra eco no Amazonas, principalmente entre prefeitos do interior.

O prefeito de  Parintins, Frank Bi Garcia (DEM), por exemplo, defende a transferência do pleito, pois na sua avaliação com os casos de Covid-19 aumentando em todo o Brasil, a maior prioridade este ano dos governantes têm que ser salvar vidas.

Bi Garcia disse que vem acompanhado o debate a nível nacional entre deputados federais, senadores e o próprio Judiciário eleitoral, e acredita que devido essa pandemia existe a necessidade e transferir as eleições.

“Hoje eleição é o que menos interessa para o Brasil e todo mundo tem que estar focado realmente em eliminar a proliferação desse vírus que está matando no mundo inteiro. Já existe até a possibilidade de prorrogar mandatos de prefeitos e vereadores. Eu particularmente sou favorável, apenas a transferência da data da eleição”, afirmou.

O prefeito de Santo Antônio do Iça, Abrahão Lasmar (PSD), também é a favor que este ano não aconteça eleições municipais. Abrahão acredita que os anos de 2021 e 2022 serão difíceis para os próximos prefeitos que podem assumir prefeituras quebradas por causa da crise econômica causada pelo coronavírus.

“O momento que nós estamos passando não é para ter eleições este ano. Eu sempre fui a favor de unificar as eleições, para que duas eleições de quatro em quatro anos? Os prefeitos que assumirem no ano que vem vão passar por uma situação difícil porque não tem recursos em todos os sentidos. Vai ser uma das piores administrações em 2021 e 2022”, prevê.

Na avaliação de Abrahão, o Brasil está passando por uma situação econômica difícil e isso vai começar a refletir na economia a partir do próximo ano.

“O mais acertado era pegar o dinheiro da eleição e gastar no coronavírus. Vamos esquecer a política e pensar na população. Como as pessoas vão para as ruas se temos que evitar aglomerações e o país não está preparado não tem equipamentos de proteção. Seria uma irresponsabilidade”, questionou.

O prefeito ainda criticou as pessoas que colocam a culpa da crise na economia do país nós prefeitos e governadores porque estão impedindo as pessoas de voltarem ao trabalho.

“Os prefeitos e governadores precisam de receita se o país quebrar não tem recursos. E quem vai sofrer as conseqüências é quem está administrando. Como é que vai pagar os servidores? Manter a limpeza pública, saúde e educação, senão tiver receita? Como é que as pessoas ainda acham que estamos torcendo para não dar certo. O que queremos é preservar a vida das pessoas”, concluiu.

 

Augusto Costa, para O Poder

Foto: Divulgação

Pesquisa do Sebrae aponta que bancos estão negando crédito a pequenos

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Seis em cada dez donos de pequenos negócios que já buscaram crédito no sistema financeiro desde o início da crise provocada pelo novo coronavírus (covid-19) tiveram o pedido negado, segundo levantamento do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Há também, de acordo com a entidade, bastante desconhecimento dos empresários a respeito das linhas de crédito que estão sendo disponibilizadas para evitar demissões: 29% não conhecem as medidas oficiais e 57% apenas ouviu falar a respeito.

Os dados são da segunda pesquisa O impacto da pandemia do coronavírus nos pequenos negócios, realizada pelo Sebrae entre os dias 3 e 7 de abril com 6.080 empreendedores de todo o país.

De acordo com o levantamento, além da dificuldade de acesso a crédito, as pequenas empresas também enfrentam queda no faturamento. Cerca de  88% dos empresários consultados viram seu faturamento cair, 75% em média, e a estimativa é que as empresas consigam permanecer fechadas e ainda assim ter dinheiro para pagar as contas por mais 23 dias. A situação financeira das empresas já não era considerada boa mesmo antes da chegada da pandemia: 73% disseram que era razoável ou ruim.

A pesquisa mostrou também que mais de 62% dos negócios interromperam temporariamente as atividades ou fecharam as portas definitivamente. Entre os 38% que continuam abertos, a maioria mudou o seu funcionamento, passando a fazer apenas entregas, atuando exclusivamente no ambiente virtual ou adotando horário reduzido. Nos últimos 15 dias, cerca de 18% dos empresários entrevistados demitiram funcionários.

No final do mês de março, o governo anunciou uma linha de crédito emergencial para ajudar pequenas e médias empresas  a quitar a folha de pagamentos. O setor está entre os mais afetados pela crise gerada pela pandemia da covid-19. A estimativa é de liberação de R$ 40 bilhões, para 1,4 milhão de empresas, que devem assumir o compromisso de que não vão demitir o funcionário nesse período.

Do total, R$ 34 bilhões são recursos do Tesouro Nacional e R$ 6 bilhões de instituições privadas. Em contrapartida, os bancos que aderirem à linha de crédito recolherão 5% menos dos depósitos compulsórios ao Banco Central (BC) até o fim do programa. A dedução deixará os bancos com mais R$ 6 bilhões em caixa.

Prorrogação de dívidas

No mês passado, os cinco maiores bancos do país também anunciaram a prorrogação por até 60 dias dos vencimentos de dívidas para clientes pessoas físicas e micro e pequenas empresas. Entretanto, empresas e pessoas físicas têm enfrentado dificuldades para ter acesso a essa pausa e ainda reclamam de juros mais caros em novas operações de crédito. Para o BC, isso acontece pela maior demanda das empresas por determinadas linhas de crédito e também pelo maior risco de inadimplência.

Em nota, o Sebrae informou que vai destinar pelo menos 50% da sua arrecadação para ampliar o crédito aos pequenos negócios. Os recursos vão fortalecer o Fundo de Aval para as Micro e Pequenas Empresas e, segundo a entidade, vão permitir um aumento nas operações de microcrédito com taxas mais baixas, maior prazo e melhor período de carência.

O direcionamento desses recursos está previsto na Medida Provisória 932/2020, encaminhada pelo governo ao Congresso no dia 1º de abril. A MP reduz pela metade as contribuições obrigatórias das empresas para o Sistema S, por um período de três meses, exceto para o Sebrae.

De acordo com a entidade, um dos maiores obstáculos no acesso dos pequenos negócios ao crédito é a exigência de garantias feita pelas instituições financeiras. Nesse sentido, medida de socorro deve começar com R$ 1 bilhão em garantias às micro e pequenas empresas, o que viabilizará a alavancagem de aproximadamente R$ 12 bilhões em crédito para pequenos negócios.

O fundo de aval disponibilizado pelo Sebrae pode alavancar empréstimos no valor de 8 a 12 vezes o seu patrimônio. Ele conta com aproximadamente R$ 470 milhões em recursos disponíveis aos pequenos negócios e, a partir da MP, contará com mais R$ 500 milhões.

Conteúdo: Agência Brasil

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Em menos de um mês, AM tem 50 mortes e 981 casos positivos de Covid-19

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O governo do Amazonas divulgou, na tarde desta sexta-feira, 10, mais 82 casos positivos da Covid-19. Com essa atualização, o Estado chega a 981 casos de pessoas infectadas e 50 mortes no total. Segundo boletim da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS), as 10 mortes confirmadas nesta sexta estavam sendo investigadas e ocorreram entre os dias 5 e 9 deste mês.

De acordo com o boletim, do total de pessoas infectadas 863 casos são na capital amazonense e 118 no interior e os municípios de Anori, Maués e Tefé registraram novos casos de pessoas infectadas. No total, além da capital, 16 cidades do interior têm casos positivos da Covid-19.

O boletim informa, ainda, que o maior número de casos continua sendo no município de Manacapuru com 62. Itacoatiara registra 11 casos; Iranduba 11; Santo Antônio do Içá 7; Parintins 6; São Paulo de Olivença 5; Tonantins 3; Careiro da Várzea 2, Presidente Figueiredo 2, Tabatinga 2, Anori 2 e os municípios de Novo Airão, Manicoré, Maués, Boca do Acre e Tefé registram um caso cada.

Segundo a FVS,  665 pessoas com diagnóstico positivo para Covid-19  estão se recuperando em isolamento social. Do total de casos positivos, há 222 internados, sendo 140 em leitos clínicos e 82 em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) da rede pública (45) e da rede privada (37).

Suspeitos

A FVS destaca, ainda, que há outros 219 pacientes suspeitos internados, que aguardam a confirmação do diagnóstico. Desses, 192 estão em leitos clínicos (81 na rede privada e 111 na rede pública); e 27 estão em UTI (16 na rede privada e 11 na rede pública). Ao todo, 44 pacientes estão fora do período de transmissão.

Mortes

Foram confirmados mais 10 mortes pela FVS, o que eleva o número de casos para 50. Segundo a FVS, os novos casos são de uma mulher de 53 anos, com histórico de diabetes, um homem de 70 anos, sem histórico de comorbidades, um homem de 58 anos, portador de doença cardiovascular, um homem de 92 anos, com histórico de diabetes, doença cardiovascular e tuberculose; e uma mulher de 51 anos, portadora de diabetes, doença cardiovascular e hipertensão.

 

Da Redação O Poder

Com informações da FVS

Foto: Divulgação 

COVID-19: Brasil registra 19.638 casos confirmados e 1.056 mortes

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O Ministério da Saúde informou, na tarde desta sexta-feira, 10, que o Brasil possui 19.638 casos confirmados e 1.056 óbitos decorrentes da infecção pelo novo coronavírus.

Os números mostram um aumento de 9% na quantidade de pacientes infectados e 12% nos óbitos em comparação às informações apresentadas na quinta-feira, 9.

A taxa de letalidade é de 5,4%.

São Paulo permanece sendo o epicentro da epidemia no país, apresentando 8.216 casos confirmados e 540 mortes, seguido de Rio de Janeiro (2.464 pacientes positivos e 147 óbitos), Ceará (1.478 e 58), Amazonas (981 e 50) e Minas Gerais (698 e 17).

 

Conteúdo: Boletim Ministério da Saúde

Foto: Divulgação/ Ministério da Saúde

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