novembro 8, 2025 04:06
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STF define prazo de seis meses para registro de federações partidárias

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Na última quarta-feira, 6, o Supremo Tribunal Federal confirmou o prazo de registro de federações partidárias na Justiça Eleitoral para seis meses antes das eleições. A decisão foi por maioria de votos.

A corte manteve a liminar de 2022 proferida pelo ministro Luís Roberto Barroso para validar as mudanças legislativas que permitiram a criação das federações, mas estabeleceu o prazo de registro de seis meses.

Antes da decisão, o prazo para registros estava baseado na data final das convenções partidárias, que ocorrem dois meses antes das eleições.

Com a norma, os partidos que se unirem em uma federação podem apoiar candidaturas de qualquer cargo que esteja em disputa. Pelas regras, as legendas devem permanecer juntas por, no mínimo, quatro anos, período dos mandatos. Porém, cada partido continua com sua autonomia e seu número na urna eletrônica.

 

Com informações de Agência Brasil

PA: Mesmo com crise de hospedagem, governo mantém Belém como sede da COP 30

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O presidente da COP 30, embaixador André Corrêa do Lago, descartou mudança na sede da Conferência da ONU sobre Mudança do Clima, prevista para novembro, apesar dos atuais problemas de reservas de hospedagem em Belém. Ele participou de audiência na Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados na última quarta-feira, 6.

“Sim, vai ser em Belém. E costumo brincar que o plano B é Belém. Há vários motivos, porque a decisão de fazer em Belém é de um simbolismo muito grande por ser uma cidade que representa a realidade da esmagadora maioria do mundo. Nós queremos mostrar os desafios que ainda temos pela frente. Belém teve uma série de investimentos que estão assegurando que a população vai ter um legado extremamente positivo, inclusive em infraestrutura”, disse.

O embaixador garantiu que os problemas não têm relação com a oferta de hospedagem, mas com o elevado valor das diárias, de 10 a 15 vezes maior do que o preço normal. Por causa dos custos elevados, a Áustria, um país rico, desistiu de enviar seu presidente à COP 30 e será representada pelo ministro de Meio Ambiente.

Haverá acomodações com preços mais acessíveis para os países insulares e menos desenvolvidos. Segundo Corrêa do Lago, soluções legais também são buscadas pelos órgãos de defesa do consumidor, Procuradoria do Pará e Secretaria Especial da Casa Civil para a cúpula climática (Secop).

“Realmente os preços que estão sendo apresentados pelos hotéis acabaram se tornando uma referência para os apartamentos e tudo está muito acima do que acontece em outras COPs. É uma preocupação porque nós queremos que seja uma COP muito inclusiva”, afirmou.

André Corrêa do Lago quer ampla participação da sociedade civil, dos povos tradicionais e das autoridades dos país a fim de fazer do encontro de Belém “a COP da implementação” dos acordos internacionais de redução das emissões de gases que provocam o aquecimento do planeta.

“Depois de 33 anos negociando o clima, 29 COPs com muitas decisões e 10 anos do Acordo de Paris, já nos permitem implementar (os acordos). Na agenda de ação, todos participam: a sociedade civil, os parlamentos, os governos subnacionais, o setor privado”, completou.

EUA

Uma das principais metas da COP 30 é elevar de US$ 300 bilhões para US$ 1,3 trilhão por ano o financiamento dos países ricos para a transição energética dos países em desenvolvimento a partir de 2035. Questionado pelo deputado Junio Amaral (PL-MG) sobre a real expectativa dessa meta diante do anúncio de Donald Trump de retirar os Estados Unidos do Acordo de Paris, Corrêa do Lago disse apostar no que chamou de “pacote complexo de soluções financeiras”.

Entre as medidas estão: ampliação do papel dos bancos de investimento multilaterais no financiamento da transição energética, troca de dívidas de países por investimento em ações climáticas e taxações internacionais e ajustes na definição de risco dos países em desenvolvimento. Também lembrou que, apesar das ameaças de Trump, 37 estados norte-americanos, que respondem por cerca de 70% da economia daquele país, anunciaram que vão cumprir os acordos internacionais e devem enviar delegações à COP 30.

 

Da Redação, com informações da Agência Câmara Notícias
Foto: Divulgação

TSE deve julgar aliados de Bolsonaro enquanto ele responde a ação no STF; veja quem são

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Enquanto Jair Bolsonaro responde a uma ação penal no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) se prepara para julgar ainda neste semestre ações de cassação contra dois aliados do ex-presidente.

Integrantes da corte eleitoral esperam que a presidente, Cármen Lúcia, paute para este semestre o julgamento de ações contra o senador Jorge Seif (PL-SC) e o governador Roraima, Antonio Denarium (PP). A situação de ambos precisa ser resolvida ainda neste ano, já que ambos nutrem expectativa de se candidatar em 2026.

Os processos chegaram a entrar na pauta de julgamentos no ano passado, mas foram retirados. Em 2024, a prioridade do tribunal era analisar casos relativos à campanha eleitoral municipal.

Os casos chegaram ao TSE na forma de recursos contra decisões tomadas pelos tribunais regionais eleitorais de origem. Seif foi absolvido da acusação de abuso de poder econômico na campanha de 2022. O TSE vai decidir se mantém ou se cassa o mandato do senador.

Segundo integrantes do tribunal, há chance de absolvição, por falta de provas contra o parlamentar. Seif foi acusado de ter recebido como doação a cessão de uso de um helicóptero para uso em eventos da campanha de forma irregular. O senador também teria recebido financiamento de uma entidade sindical, o que é proibido por lei.

Denarium teve o mandato cassado pelo TRE de Roraima por abuso de poder político e econômico nas eleições de 2022. Uma das irregularidades apontadas no processo foi o uso eleitoral programas sociais do governo do Estado.

Outros dois bolsonaristas também devem ser julgados pelo TSE, mas em data ainda não prevista: a deputada Carla Zambelli (PL-SP) e o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL). Os processos de ambos chegaram recentemente ao TSE e não estariam prontos para julgamento.

Castro foi acusado de ter gasto cerca de R$ 10 milhões do Fundo Eleitoral na campanha de 2022 sem especificar a finalidade do dinheiro. Ele foi absolvido pelo TRE do Rio de Janeiro por falta de provas.

Zambelli foi acusada de abuso dos meios de comunicação, também em 2022, por ter divulgado informações falsas sobre o processo eleitoral. A deputada foi condenada pelo TRE de São Paulo.

 

Da Redação com informações de UOL

Foto: Divulgação

Juiz de MT é aposentado compulsoriamente por sonegação de tributos e falsidade ideológica

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O Plenário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou, por unanimidade, a aposentadoria compulsória do juiz federal da Seção Judiciária do Mato Grosso (TRF-1), Raphael Casella de Almeida Carvalho, em quatro dos cinco Processos Administrativos Disciplinares (PADs) a que ele respondia. A decisão foi anunciada durante a 10.ª Sessão Ordinária do CNJ, na tarde desta terça-feira, 4. Desde a instalação dos PADs, em dezembro de 2022, o magistrado havia sido afastado de suas funções.

O conselheiro Ulisses Rabaneda, que antes de assumir a função no CNJ atuou como advogado de uma das testemunhas dos processos, declarou suspeição e se eximiu de votar. As denúncias contra o magistrado foram encaminhadas pelo Ministério Público Federal (MPF) informando que o juiz teria cometido diversos crimes, como corrupção ativa e passiva, sonegação de tributos, falsidade ideológica e infração ao Código de Ética da Magistratura Nacional e à Lei Orgânica da Magistratura Nacional (Loman).

Relator dos cinco processos, o conselheiro João Paulo Schoucair destacou a longa investigação realizada que chega a quase 35 mil páginas. Em três das cinco Reclamações Disciplinares julgadas pelo Plenário do CNJ, o juiz foi acusado de participação oculta em sociedades comerciais. As atividades das empresas das quais ele seria sócio abrangem variados setores, como mineração, construção civil, atividade de cassino, advocacia e hotelaria. O conselheiro Badaró sugeriu o encaminhamento para as autoridades pertinentes de perda de cargo do magistrado para ficar exclusivamente na área empresarial.

Apenas no processo n. 0008045-51.2022.2.00.0000, em que o magistrado era investigado por haver suspeita de ele atuar oficialmente ou de forma oculta, na condição de administrador, da sociedade HD Mineração LTDA. o relator considerou as imputações improcedentes. O conselheiro Schoucair considerou que “apesar de indícios de que ele auxiliava a esposa na gestão da mineradora, os depoimentos não permitiram chegar a essa conclusão”. 

Segunda atividade

Ao ler seu voto, por diversas vezes, o relator enfatizou o fato de que a atuação de um juiz não pode ocorrer paralelamente às atividades empresariais. “Juiz não é bico”, destacou.

No PAD n. 0008042-96.2022.2.00.0000, em que o juiz respondia por administrar a empresa ACC Comércio de Produtos de Segurança Eletrônica Ltda., o relator considerou procedentes as imputações. Ele ressaltou que o magistrado “em todos os fóruns por onde passou, empreendeu e fez de juiz sua segunda atividade”. 

Schoucair relatou que o juiz Raphael Casella atuou de forma ostensiva nas deliberações estratégicas e de gestão da empresa de segurança eletrônica. Apesar de justificar que tinha apenas sociedade com a então sogra nessa empresa, ao ser inquerida, a mulher afirmou que estava na sociedade apenas de forma figurativa. Entre as provas do maior envolvimento do magistrado, estão “a variedade de cheques entrando na conta do magistrado que não tinham nenhum tipo de relação que não a empresarial”, enfatizou Schoucair.

Já no PAD 0008047-21.2022.2.00.0000, o relator considerou as imputações parcialmente procedentes. Ele foi investigado por ser oficialmente administrador da empresa J4 Construtora Incorporadora e Adm. de Imóveis LTDA e Marques e Ribeiro Advogados Associado. No processo, também foi atribuído a ele possível prática de atos de improbidade administrativa, ante os indícios de que o magistrado teria auferido, mediante a prática de atos dolosos, vantagens patrimoniais indevidas, em razão do exercício do cargo.

O relator afirmou que foi possível constatar que o magistrado estava “absolutamente imerso nos atos de gestão dessa atividade empresarial participando de reuniões com clientes, intermediando e facilitando negociações, demonstrando que não apenas conhecia intimamente as operações da empresa, mas participava ativamente das suas decisões”, escreveu. Porém, ele afirmou que não foi possível afirmar que o juiz teve participação indevida em negócios imobiliários. 

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Quanto ao PAD n. 0008048-06.2022.2.00.0000, o conselheiro Schoucair destacou que o próprio magistrado publicizava no ambiente do tribunal que era o proprietário do Hotel ACC / Ferraz Bernardo & Fernandes, conhecido como Hotel Montecarlo. “Efetivamente atuou na gestão do empreendimento constando com 99% da composição e o restante estando com um funcionário que atuava como recepcionista e sequer conhecia a estrutura do hotel”, justificou no voto. Dessa forma, o magistrado tentava deliberadamente mascarar com sócios fictícios sua participação. 

Por fim, no PAD n.  0008043-81.2022.2.00.0000, apurava falsidade ideológica, ao apresentar informações falsas em diversas transações com imóveis, corrupção passiva e suposta prática de crimes financeiros e contra a ordem tributária, além de suposto crime de ocultação de bens, direitos e valores. “Apesar de ser comprovada a deliberada ação de tentar burlar a atuação das autoridades fiscais, não é possível afirmar, mesmo com diversas irregularidades nos lançamentos fiscais, que se trata de lavador contumaz de ativos”, expôs o relator.

Porém, o magistrado realizou inúmeras operações suspeitas com advogados que atuaram em processos sob sua responsabilidade ou com grande proximidade. Ao comprar imóveis, sem registrar a transferência da propriedade e depois revender, cometeu suposta prática de crimes financeiros.

“A Receita Federal destacou diversas incongruências em suas movimentações fiscais, o que também infringe o Código de Ética da Magistratura e da Loman”, pontuou o relator. Por essas infrações, também coube a aposentadoria compulsória.

 

Da Redação com informações de CNJ

Foto: Divulgação

 

Como foram as mais de 30 horas de obstrução da direita no Congresso

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De revezamento na ocupação dos plenários da Câmara a senador acorrentado à Mesa Diretora do Senado, teve início a obstrução dos trabalhos no Congresso um dia após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes decretar a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Na noite dessa quarta-feira, 6, os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), conseguiram costurar acordos e ganhar tempo com os congressistas.

Os deputados exigem a votação do chamado “pacote da paz”, apresentado pelo senador Flávio Bolsonaro (PL), que inclui o projeto de lei da anistia aos condenados pelo 8 de Janeiro, o pedido de impeachment de Moraes e a PEC que acaba com o foro privilegiado.

A obstrução começou na terça-feira, 5. Depois de senadores ocuparem a cadeira do presidente do senado, Davi Alcolumbre, deputados fizeram o mesmo no plenário da Câmara e usaram fitas na boca. Na madrugada de quarta-feira, 6, a oposição acampou nos plenários e passou a se revezar, a cada cinco horas, para garantir presença permanente.

Obstrução no Congresso

  • Deputados e senadores ocuparam as Mesas da Câmara e do Senado na terça-feira, 5, em protesto pela prisão domiciliar de Jair Bolsonaro (PL).
  • Parlamentares da oposição pressionam pela votação do projeto de anistia e o impeachment do ministro Alexandre de Moraes.
  • Motta abriu oficialmente a sessão da Câmara nessa quarta-feira, 6, depois de negociações.
  • Alcolumbre marcou sessão on-line no Senado para esta quinta-feira, 7.

Em resposta, Motta e Alcolumbre convocaram reuniões de emergência com líderes nas respectivas residências oficiais. O presidente do Senado optou por ignorar a mobilização presencial e convocar uma sessão on-line

Já Motta ameaçou suspender por seis meses os deputados que mantivessem a paralisação. Após horas de negociação, o presidente da Câmara conseguiu sentar em sua cadeira e, em um gesto simbólico, abriu a sessão para marcar a retomada do semestre legislativo. Gritos e protestos marcaram o início da sessão, na qual Motta discursou pedindo respeito à institucionalidade.

“Peço que deixem a Mesa trabalhar. […] Penso que, nesta Casa, mora a construção dessas soluções para o nosso país, que tem de estar sempre em primeiro lugar – e não deixarmos que projetos individuais, projetos pessoais ou até projetos eleitorais possam estar à frente daquilo que é maior do que todos nós, que é o nosso povo, que é a nossa população, que tanto precisa aqui das nossas decisões”, declarou.

A sessão foi aberta sem votações, mas selou o fim da ocupação. Nos bastidores, partidos do Centrão, como PP e União Brasil, atuaram para convencer os bolsonaristas a deixarem o plenário.

A articulação incluiu uma sinalização de apoio ao avanço de dois projetos centrais para a oposição: a anistia aos envolvidos no 8 de Janeiro e o fim do foro privilegiado – ambos com potencial de limitar o alcance do STF sobre parlamentares. Apesar de não haver compromisso formal, a oposição entendeu a movimentação como vitória. O líder do grupo, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), afirmou que houve garantia de análise das pautas.

O senador Magno Malta (PL-ES) se acorrentou à Mesa Diretora do Senado e prometeu não sair até o pacote da paz ser votado. “Pode cortar meu ponto, meu salário, meu dia. Eu não vou em comissão nenhuma. Eu só saio daqui depois que tudo isso acontecer”, afirmou em vídeo.

Momentos: correntes, bebê e pão de queijo

Na Câmara, o clima, por vezes, era mais amistoso. Em vídeo publicado nas redes sociais nessa quarta-feira, 6, o líder da oposição, Zucco (PL-SC), mostrou o grupo tomando café e pão de queijo. “Vamos continuar até pautar a anistia”, disse.

Já o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) relatou que a oposição foi impedida de acessar o auditório Nereu Ramos, montado como plenário improvisado devido à ocupação do plenário Ulysses Guimarães. Segundo ele, a entrada foi posteriormente liberada, e os parlamentares conseguiram ocupar o espaço.

Ainda nessa quarta, a deputada Júlia Zanatta (PL-SC) levou a filha de 4 meses ao plenário da Câmara para participar da obstrução aos trabalhos. O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), afirmou que acionará o Conselho Tutelar.

No Senado, o ambiente teve momentos de apelo religioso. O pastor Jorge Linhares, da Igreja Batista Getsêmani, fez uma oração pelos congressistas. Estiveram presentes os senadores Wellington Fagundes (PL-MT), Marcos Rogério (PL-RO), José Medeiros (PL-MT) e o deputado Sóstenes Cavalcante (PL).

 

Da Redação com informações de Metrópoles

Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Fraudes bancárias na Caixa motivam operação da PF no AM e PB

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A Polícia Federal, na manhã desta quinta-feira, 7, deflagrou a Operação Expurgatio, com o objetivo de desarticular organização criminosa que atua na prática de crime de estelionato cometido contra a Caixa Econômica Federal (CEF), por meio de concessão de empréstimos fraudulentos com uso de dados e documentos falsos de cliente.

Policiais Federais cumpriram 14 mandados de busca e apreensão, um mandado de prisão preventiva e quatro medidas cautelares, em Manaus e João Pessoa/PB. 

A investigação identificou diversas aberturas de contas e concessões de empréstimos em nome de terceiros, incluindo servidores públicos, mediante a utilização de documentos falsificados das vítimas. Os valores obtidos eram posteriormente transferidos por meio de transações financeiras, com o objetivo de direcioná-los aos verdadeiros beneficiários das contas fraudulentas.

Atuando de forma permanente nas agências bancárias da CEF, a organização criminosa é especializada na prática de estelionatos bancários, atuante no estado do Amazonas desde 2016. Parte dos investigados já foram presos diversas vezes, tanto no âmbito da Justiça Federal quanto da Justiça Estadual, contudo, voltaram a praticar os mesmos crimes, conforme identificado nesta investigação.

A PF analisou a atuação de dois núcleos distintos responsáveis pelas fraudes. O primeiro núcleo possui influência sobre atividades em todo o estado do Amazonas, sendo responsável por coordenar a ida dos criminosos às agências mais distantes, bem como pela escolha dos perfis que melhor se adequavam aos clientes cujas contas seriam fraudadas. Após a abertura das contas e concessão dos empréstimos, os valores eram depositados em uma pessoa jurídica, sob responsabilidade de um dos investigados. Este realizava o repasse dos valores ao criminoso que se fazia passar pela vítima junto à CEF, já com o desconto de 10% referente à fraude.

O segundo núcleo, embora também atuasse no Amazonas, direcionava os valores obtidos fraudulentamente a uma pessoa física localizada na Paraíba. Foi possível verificar que grande parte das pessoas que se faziam passar pelos clientes possuíam vínculos em comum ou residiam na mesma área de um determinado bairro, o que indica possível associação entre os envolvidos.

As fraudes somadas ultrapassam o valor de R$ 941.000,00, evidenciando o impacto financeiro dessas ações ilícitas.


 

 

Da Redação com informações da assessoria de imprensa da PF 

Foto: Divulgação

 

Governo Federal inicia demarcação de áreas da União em municípios do AM

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A Superintendência do Patrimônio da União no Amazonas (SPU/AM) realizará, nos dias 8 e 10 de setembro de 2025, audiências públicas para dar início ao processo de demarcação da Linha Média das Enchentes Ordinárias (LMEO) nos municípios de Boca do Acre e Eirunepé. As ações integram o trabalho de identificação e delimitação dos terrenos da União situados às margens de rios e corpos d’água federais.

A audiência em Boca do Acre ocorrerá no dia 8 de setembro, na Câmara Municipal. Já em Eirunepé, o encontro está agendado para o dia 10 de setembro, também na Câmara Municipal.

As atividades têm como objetivo divulgar os trabalhos de demarcação das áreas da União; coletar documentos, registros e demais materiais que possam auxiliar no correto traçado da LMEO; prestar esclarecimentos à população sobre o processo demarcatório; apresentar os trechos e as coordenadas das áreas a serem demarcadas.

Em Boca do Acre serão demarcados aproximadamente 1.042,14 km de margem de rios federais, com destaque para o Rio Purus e o Rio Antimari. Já em Eirunepé, o território demarcado abrange 636,75 km, incluindo as margens do Rio Juruá e de outros corpos d’água de domínio da União.

As audiências serão gravadas e filmadas, e os registros ficarão sob responsabilidade da SPU/AM para fins de consulta e comprovação. Caso haja imprevistos, como falhas tecnológicas, questões climáticas ou de segurança, os encontros poderão ser suspensos e retomados em até duas horas ou remarcados para o próximo dia útil, no mesmo local e horário.

Mais informações podem ser obtidas junto à Superintendência do Patrimônio da União no Amazonas.

 

Da Redação
Foto: Divulgação

Moraes afrouxa visitas, mas mantém cerco digital a Bolsonaro

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta quarta-feira, 6, que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), detido em prisão domiciliar, receba a visita de filhos, cunhadas, netas e netos sem a necessidade de autorização prévia.

Na segunda, 4, o ministro subiu o tom na decisão de mandar Bolsonaro para a prisão domiciliar e deixou claro que o descumprimento de qualquer uma das restrições impostas no dia 18 de julho levará o ex-presidente para a prisão preventiva.

Por que Bolsonaro está em prisão domiciliar?

Segundo Moraes, Bolsonaro utilizou redes sociais de aliados — entre eles, os filhos parlamentares — para divulgar mensagens com “claro conteúdo de incentivo e instigação a ataques ao Supremo Tribunal Federal e apoio ostensivo à intervenção estrangeira no Poder Judiciário brasileiro”.

Na decisão de julho, o STF proibiu Bolsonaro de usar redes sociais, inclusive, por meio de terceiros. Quando o ex-presidente gravou um vídeo para ser divulgado por aliados em manifestações no país, o ministro entendeu que ele estava descumprindo a ordem.

 

Da Redação

 

Em Atalaia do Norte, ex-prefeito é condenado a devolver R$ 2,7 milhões aos cofres públicos

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Os conselheiros do Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM) determinaram a devolução de R$ 2,7 milhões aos cofres de Atalaia do Norte por irregularidades graves na gestão financeira e ausência de comprovação do uso de recursos públicos do ex-prefeito, Nonato do Nascimento Tenazor.

O valor foi identificado em conferência de caixa durante auditoria referente ao exercício de 2018 e não foi depositado em conta bancária oficial da prefeitura. Por conta da não comprovação do uso legal do montante, o Pleno fixou o prazo de 30 dias para a devolução do valor.

A decisão foi relatada pelo conselheiro Júlio Pinheiro e inclui ainda multa de R$ 13,6 mil contra o gestor por outras irregularidades não sanadas, como falhas no controle de obras públicas, ausência de prestação de contas e desatualização do Portal da Transparência.

Tenazor não apresentou defesa no processo e teve suas contas de 2018 desaprovadas por unanimidade pelos conselheiros do TCE-AM.

 

Com informações de Segundo a Segundo

CNJ investiga desembargador acusado de vender sentenças com apoio de advogado assassinado

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Em decisão unânime, o Plenário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determinou a instauração de processo administrativo disciplinar (PAD) contra o desembargador João Ferreira Filho, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), alvo de investigação sobre suposto esquema de venda de sentenças. A deliberação se deu na 10.ª Sessão Ordinária de 2025, na última segunda-feira, 4, de relatoria do corregedor nacional de justiça, ministro Campbell Marques.  

O julgamento está relacionado à apuração de vínculos mantidos entre o magistrado e o advogado Roberto Zampieri, vítima de homicídio em dezembro de 2023, em Cuiabá. João Ferreira Filho é suspeito de proferir decisões judiciais mediante pagamento sistemático e reiterado de vantagens indevidas patrocinadas pelo advogado e por outras pessoas.  

As evidências têm por base, sobretudo, a troca direta de mensagens entre o desembargador e Zampieri fora dos canais oficiais do tribunal em que João atuava. Nesse sentido, o corregedor nacional de justiça considerou improcedente o argumento de que houve ilegalidade na obtenção de material extraído do aparelho celular do advogado, dado que o acesso aconteceu mediante autorização da família.  

Investigação 

De acordo com o relator, a suspeita se fundamenta em, pelo menos, cinco pontos. “Para além dos diálogos comprometedores apreendidos no celular do advogado, indicando não apenas a incomum proximidade, como também o inequívoco pagamento de vantagens indevidas para a prolação de decisões judiciais, foram identificados gastos incompatíveis com a renda formalmente declarada”, apontou Campbell Marques.  

O ministro sinalizou gastos elevados em cartão de crédito; a aquisição de imóveis por montante superior ao valor declarado em imposto de renda e a existência de imóveis não declarados; e o recebimento de vantagens indevidas por meio da filha e da esposa.  

Além de instaurar o PAD, a decisão manteve afastamento cautelar de Ferreira Filho das funções de desembargador do TJMT, determinada em agosto do ano passado. O conselheiro Ulisses Rabaneda se declarou impedido. 

 

Da Redação, com informações do CNJ
Foto: Divulgação

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