novembro 8, 2025 22:34
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Decisões sobre Bolsonaro expõem rachas em Turma do STF e na Câmara

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Decisões recentes envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) têm exposto rachas tanto na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) quanto na Câmara dos Deputados.

Com o placar de quatro a um, a Primeira Turma do STF manteve a decisão para que Bolsonaro use tornozeleira eletrônica e cumpra outras medidas cautelares.

O voto contrário foi de Luiz Fux — também o único da Turma que teve o visto americano mantido. Flávio Dino, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia acompanharam o relator, Alexandre de Moraes.

Fux considera não haver provas concretas, como indícios de risco de fuga, para a aplicação das medidas contra Bolsonaro.

No voto, chega a afirmar que a amplitude delas “restringe desproporcionalmente direitos fundamentais”, como a “liberdade de ir e vir” e de “expressão e de comunicação”.

As defesas dos investigados passaram a ver em Fux a possibilidade de pelo menos um voto pela absolvição — o que poderia abrir margem para novos tipos de recurso. Isso porque Fux tem se firmado como um contraponto a decisões recentes de Moraes dentro da Primeira Turma.

Em março, quando Bolsonaro se tornou réu, Fux votou a favor do recebimento da denúncia, mas fez uma série de ressalvas.

Ele também discordou da competência do Supremo para julgar todos os casos do 8 de janeiro e indicou considerar algumas penas exageradas.

As divergências de Fux são insuficientes para melhorar a situação jurídica de Bolsonaro.

Diante do risco de ser preso, na terça-feira, 22, o ex-presidente optou pela cautela, sem movimentos públicos. Ele passou parte do dia na sede do PL (Partido Liberal), a portas fechadas, antes de ir para casa.

O ex-presidente não foi a uma coletiva da oposição na Câmara dos Deputados, como pretendia.

Divergências no Congresso

As decisões de Moraes e do STF também criaram divergências no Congresso entre representantes da centro-direita.

De um lado, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Do outro, o PL de Bolsonaro.

Mesmo com o recesso extraoficial, congressistas do PL tentaram garantir o funcionamento de comissões comandadas por eles para votar moções de apoio a Bolsonaro.

O movimento foi barrado por Hugo Motta, que proibiu sessões até 1º de agosto.

“A única decisão que deveríamos nos submeter era pelo presidente em exercício [Elmar Nascimento], então essa decisão do presidente Hugo Motta, quero deixar clara, ela é antirregimental e ilegal”, declarou o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ).

À CNN, Hugo Motta disse que a Câmara é a Casa do povo e que convocar comissão em recesso restringe a participação de seus integrantes.

A ordem também atrapalha a vontade do PL de articular a votação da anistia e outros projetos contra o STF.

A oposição também se movimenta para manter o cargo de deputado federal de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que estava licenciado até domingo passado.

Algumas alternativas sob a mesa são tentar mudar o regimento da Câmara para garantir o mandato ou que ele seja nomeado secretário estadual de algum governador aliado – o que o PT já quer impedir no Supremo.

A avaliação é de que, se Eduardo perder o mandato, isso pode enfraquecer sua posição junto a autoridades americanas, além de prejudicar seu capital político.

 

Da Redação com informações de CNN Brasil 

Foto: Divulgação

PF cumpre mandado no Amazonas durante investigação sobre fraudes em licitações do DNIT/AP

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A Polícia Federal, com o apoio da Controladoria-Geral da União (CGU/AP), deflagrou nesta terça-feira,22, a Operação Route 156, com o objetivo de aprofundar investigações sobre um suposto esquema criminoso envolvendo fraudes em licitações e desvio de recursos públicos federais destinados à manutenção e recuperação da rodovia BR-156, no Amapá.

Entre os 11 mandados de busca e apreensão cumpridos em quatro estados, um deles aconteceu no Amazonas. Os demais mandados foram executados no Amapá (6), Minas Gerais (3) e Mato Grosso do Sul (1). As ordens foram expedidas pela 4ª Vara Federal da Seção Judiciária do Amapá.

As investigações apontam a existência de uma organização criminosa estruturada dentro da Superintendência Regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes no Amapá (DNIT/AP). O grupo teria fraudado o caráter competitivo de ao menos quatro pregões eletrônicos, que somam mais de R$ 60 milhões em contratos.

Segundo apurado pela PF e pela CGU, as licitações eram supostamente montados para simular concorrência, com propostas fictícias e cláusulas indevidamente restritivas nos editais. Além disso, foram identificadas omissões intencionais de servidores públicos no dever de fiscalizar e instaurar processos administrativos diante das irregularidades.

Como parte das medidas cautelares, a Justiça Federal determinou o afastamento por 10 dias do superintendente do DNIT/AP, Marcello Linhares, e de uma servidora da autarquia, não identificada, ambos suspeitos de participação ativa no esquema.

Também foi decretado o bloqueio de bens e valores dos investigados de mais de R$ 8 milhões, o valor correspondente a saques em espécie e movimentações financeiras consideradas suspeitas.

Apreensões

Durante o cumprimento dos mandados, a PF apreendeu, em Macapá (AP), três pistolas, um fuzil calibre .556 e aproximadamente 250 munições.

Em Nova Lima (MG), também foram apreendidos três veículos da marca Porsche, joias, relógios de luxo e 13 obras de arte assinadas por Guignard e Portinari, em mais uma frente de cumprimento de ordem judicial. Já no Amazonas, a PF não divulgou detalhes sobre o mandado cumprido no estado.

Os envolvidos poderão responder, na medida de suas participações, pelos crimes de fraude à licitação, organização criminosa, prevaricação, violação de sigilo funcional, tráfico de influência e lavagem de dinheiro.

 

Da Redação, com informações da assessoria
Foto: Divulgação

Wilson Lima entrega mais de 360 novas viaturas para reforço da segurança na capital

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O governador Wilson Lima realizou, na segunda-feira, 21, a entrega de 369 novas viaturas que irão reforçar a atuação das forças de segurança pública em Manaus. Os veículos serão destinados à Polícia Militar, Polícia Civil e à Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM).

Entre as viaturas, 272 destinadas à PMAM serão equipadas com câmeras inteligentes integradas ao Sistema Paredão, que passará a contar com mais de 1,5 mil câmeras quando todas estiverem instaladas.

As câmeras inteligentes conectadas ao sistema Paredão vão realizar a leitura de placas de veículos, auxiliando a coibir crimes como roubos e furtos, além de auxiliar nas investigações.

“Isso significa que um carro que passar por uma das nossas viaturas e tiver qualquer restrição ou envolvido em crimes, automaticamente o sistema vai disparar e a polícia vai fazer a abordagem. Nosso policial agora tem tecnologia à disposição: ele abre o celular, tira a foto de quem está envolvido na ocorrência e automaticamente o banco de dados vai dar a resposta para saber se há um mandado em aberto ou se a pessoa está sendo procurada pela polícia”, afirmou o governador Wilson Lima.

Entre as 272 viaturas, 172 são do modelo S10 e 100 do modelo Spin, todas caracterizadas e preparadas com itens operacionais como rádios comunicadores e sistema de rastreamento para a Polícia Militar. A frota inclui ainda nove ônibus para o transporte de tropa. Essas viaturas serão utilizadas pela PM e a tecnologia, que atua como um Cerco Inteligente de Videomonitoramento, será expandida a partir de agosto.

Para 2025, está prevista uma segunda entrega em agosto deste ano, ampliando ainda mais a cobertura operacional no interior do estado. Os veículos substituem parte da frota antiga, oferecendo mais eficiência e agilidade nas ações policiais.

 

Com informações de Agência Amazonas

Impeachment de Moraes será pauta prioritária no Senado, anuncia oposição

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Reunida com membros da oposição, a senadora Damares Alves anunciou que, no retorno dos trabalhos legislativos do segundo semestre, a prioridade absoluta será a votação do impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do STF.

A parlamentar fez série de críticas ao ministro e atribuiu a ele supostas violações de direitos humanos, além de impactos na economia brasileira. “Foi por culpa dele que estamos sendo tarifados”, disse.

“O Senado entende que as decisões do ministro Alexandre provocaram perplexidade em todo o mundo. O mundo inteiro está olhando que está havendo uma violação de direitos humanos jamais vista na história do Brasil na ultima República. Então, o Senado decide que a pauta única da oposição será a votação imediata do impeachment do ministro Alexandre de Moraes, para que possamos salvar a Economia do Brasil e que a nação possa ter um sossego nos próximos anos, porque a culpa de tudo é, com certeza, do Alexandre de Moraes e do presidente Lula.”

Parlamentares se reuniram com o ex-presidente Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados nesta segunda-feira, 21. Conforme informações da Agência Câmara, membros da oposição anunciaram que a votação do projeto de anistia aos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro seria prioridade naquela Casa Legislativa.

“Quando retornar o trabalho legislativo [na semana do dia 4 de agosto], nós temos como pauta nosso item número 1: não abriremos mão, na Câmara nem no Senado, de pautarmos anistia dos presos políticos do 8 de janeiro”, declarou o líder do PL, deputado Sóstenes Cavalcante.

Segundo Sóstenes, ficou decidida ainda a intenção de priorizar a PEC 333/17, que acaba com o foro privilegiado por prerrogativa de função para crimes comuns, mantendo-o apenas para cinco autoridades: o presidente da República e o vice; e os presidentes da Câmara, do Senado e do STF.

“Essa perseguição do Supremo precisa acabar de uma vez por todas. Temos mais de 60 parlamentares respondendo a processos no Supremo, além dos esdrúxulos conhecidos inquéritos do fim do mundo, que nunca terminam, todos centralizados na mão de um único ministro e o nome dele é Alexandre de Moraes. Isso tem que acabar, isso não é democrático, não é constitucional, fere o devido processo legal no país.”

 

Da Redação com informações de Migalhas 

Foto: Divulgação

TCE-AM suspende processo seletivo por indícios de favorecimento a candidatos em Presidente Figueiredo

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O Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM) suspendeu o Processo Seletivo Simplificado-Edital nº 002/2025 por irregularidades com indícios de favorecimento pessoal e atribuição de pontuações indevidas a determinados candidatos em Presidente Figueiredo. Ao todo seis pessoas são citadas na decisão.

A representação com pedido de medida cautelar foi interposta pela Secretaria-Geral de Controle Externo (Secex) do TCE, em desfavor da prefeitura, do prefeito Antônio Fernando Fontes Vieira, e do secretário municipal de administração, Italo de Souza e Souza.

O processo foi retomado após a emissão da Decisão Monocrática, que dava o prazo de cinco dias para apresentar documentos e justificativas do prefeito e do secretário. Foi apontado que os critérios utilizados para atribuição da pontuação por experiência profissional não estavam de acordo com o tempo alegado no certame.

Um dos pontos destacados na decisão é que há profissionais com pontuação máxima e são recém-registrados no Conselho Regional de Enfermagem (COREN-AM). O tempo de atuação na área não alcançaria o tempo mínimo exigido pelo certame.

Os seis citados são: Herwillyn Sicsu Vilar Frota, para o cargo de Enfermeira na Zona Urbana; Henryque Weslley Sicsu Vilar Frota, para o cargo de Técnico em Enfermagem na Zona Urbana (Henryque é irmão da candidata Herwillyn); Ellen Geuaytt Moreira Macedo, para o cargo de Enfermeira na Zona Urbana; Camila Aquino Pacheco, ao cargo de Enfermeira na Zona Urbana; Geovana Araújo de Souza, ao cargo de Enfermeira na Zona Rural e Naiara Soares Fernandes, para o cargo de Técnico em Enfermagem na Zona Urbana.

Foi solicitada a imediata suspensão do Processo Seletivo Simplificado-Edital nº 002/2025, e todos os atos decorrentes como a nomeação, posse e contratação dos candidatos aprovados citados no processo. 

Conforme decisão do conselheiro e relator do caso, Érico Xavier Desterro e Silva, as incompatibilidades demonstram a fragilidade dos critérios utilizados pela banca avaliadora, bem como indicam o desprovimento de controle técnico efetivo.

Confira a decisão do TCE-AM:

TCE- Presidente Figueiredo

 

Ludmila Dias, para o Portal O Poder

Foto: Divulgação

Dono de pousada em reserva ambiental é investigado por invasão e trabalho escravo

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Um proprietário de uma pousada, identificado como M.C.A, está sendo alvo de um Procedimento Investigatório Criminal (PIC) instaurado pelo Ministério Público Federal (MPF) para apurar diversos crimes. O estabelecimento está localizado no Reservatório Samaúma, à margem direita do rio Demini, no município de Barcelos.

De acordo com a Portaria nº 06/2025, assinada pelo procurador da República, Samir Junior, os fatos sob apuração envolvem indícios de crimes de invasão de terras públicas (artigo 20 da Lei nº 4.947/1966); Ameaça (artigo 147 do Código Penal); Redução à condição análoga à de escravo (artigo 149 do Código Penal), além de outros eventuais ilícitos conexos que não foram citados pelo MPF.

O MPF destacou que a instauração do procedimento visa atender à solicitação formal registrada no sistema interno (PR-AM-00050252/2025), direcionada à Polícia Federal, que deverá atuar nas diligências necessárias.

Da Redação
Foto: Divulgação

Fux vota contra tornozeleira eletrônica e cautelares impostas a Bolsonaro

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O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), divergiu da maioria da 1ª turma e se posicionou contra as medidas cautelares impostas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, como o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de uso de redes sociais. Para o ministro, as restrições violam, sem justificativa concreta, direitos fundamentais como a liberdade de locomoção e de expressão.

A 1ª turma analisou, em plenário virtual, o referendo da decisão do relator, ministro Alexandre de Moraes, que impôs as cautelares no contexto de investigação sobre suposto atentado à soberania nacional. Entre as medidas determinadas estão: tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar noturno, apreensão de celular, proibição de uso de redes sociais e vedação de contato com embaixadores.

Os ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia acompanharam integralmente o relator, formando maioria de 4 a 1 pela manutenção das cautelares.

Confira a íntegra do voto:

voto fuz_bolsonaro_moraes

 

O caso

As medidas cautelares contra o ex-presidente foram determinadas em 18 de julho, com base em indícios de que o ex-presidente teria atuado, em conjunto com o deputado Eduardo Bolsonaro, para obstruir a Justiça e constranger o STF por meio de pressões internacionais.

A decisão apontava tentativas de submeter o Supremo ao “crivo de outro Estado”, com o envolvimento do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, e articulações voltadas à aplicação da Lei Magnitsky – legislação norte-americana que autoriza sanções por violações de direitos humanos.

Entre as restrições impostas estavam:

  • Recolhimento domiciliar noturno e nos fins de semana;
  • Proibição de acesso a embaixadas;
  • Vedação de contato com réus e autoridades estrangeiras;
  • Busca e apreensão de bens;
  • Proibição de uso de redes sociais, inclusive por terceiros.

Desproporcional

Último a votar, o ministro Luiz Fux abriu divergência e se posicionou contra a manutenção das medidas. Para ele, as medidas “restringem desproporcionalmente direitos fundamentais, como a liberdade de ir e vir e a liberdade de expressão e comunicação, sem que tenha havido a demonstração contemporânea, concreta e individualizada dos requisitos que legalmente autorizariam a imposição dessas cautelares”.

O ministro destacou que Bolsonaro tem domicílio certo e passaporte retido, e que nem a Polícia Federal nem a Procuradoria-Geral da República apresentaram provas novas de tentativa de fuga ou planejamento nesse sentido. “Carece a tutela cautelar do preenchimento dos requisitos do periculum in mora e do fumus comissi delicti”, afirmou.

Fux criticou especialmente a proibição genérica do uso de redes sociais. Citando precedentes do ministro Celso de Mello, pontuou que esse tipo de impedimento “confronta-se com a cláusula pétrea da liberdade de expressão” e advertiu que “o exercício da jurisdição cautelar por magistrados e Tribunais não pode converter-se em prática judicial inibitória […] da liberdade constitucional de expressão e de comunicação, sob pena de o poder geral de cautela atribuído ao Judiciário transformar-se, inconstitucionalmente, em inadmissível censura estatal”.

Além disso, rebateu a ideia de que as ações atribuídas a Eduardo Bolsonaro poderiam influenciar o julgamento da Ação Penal contra o ex-presidente. “Juízes julgam conforme a sua livre convicção, em análise dos elementos fáticos e jurídicos constantes de cada caso.”

Fux também frisou que “as medidas de coerção e de restrição devem obedecer ao princípio da proporcionalidade”, e que a decisão cautelar, por sua natureza, “não pode se revestir de julgamento antecipado”.

Resultado

Apesar da divergência, a maioria formada referendou as cautelares impostas pelo relator Alexandre de Moraes. O placar final foi de 4 votos a 1. Ao final de seu voto, Fux concluiu “reiterando as vênias de estilo, apresento voto divergente, não referendando a decisão”.

 

Da Redação com informações de Migalhas

Foto: Divulgação

 

PA: imbróglio entre governo e hotéis por preço de diárias para COP30 segue sem solução

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Uma suíte em Belém por R$ 6.500 a diária. Um apartamento de um quarto anunciado por R$ 1 milhão para apenas 11 noites. E uma casa simples no bairro nobre de Batista Campos avaliada em R$ 1,21 milhão para o mesmo período.

Esses são apenas alguns dos valores cobrados por hospedagens na capital do Pará durante a COP30, preços que chamaram atenção até de delegações internacionais.

Enquanto isso, hotéis bem avaliados em Nova York, uma das cidades mais caras do mundo, oferecem diárias entre R$ 250 e R$ 500 por noite para o mesmo período, de 10 a 21 de novembro.

A comparação entre os dois cenários ajuda a dimensionar a crise que se instalou em torno da COP30, a maior conferência climática do planeta, prevista para novembro deste ano em Belém.

Três meses após o anúncio de um acordo para tentar conter os preços, o governo federal ainda não conseguiu tirá-lo do papel.

A proposta segue sem assinatura, mesmo após sucessivas reuniões e mobilizações internas para tentar conter a escalada das diárias em Belém.

Entenda a crise, em linhas gerais:

  • Diárias com preços muito mais altos que o normal: hotéis e imóveis em Belém estão cobrando até R$ 6.500 por noite durante a COP30 – valores até cinco vezes maiores do que o normal e que superam até os praticados em cidades como Nova York.
  • Acordo federal travado: mesmo anunciado em abril, o termo que buscava regular os preços segue sem assinatura, por falta de consenso com o setor hoteleiro e plataformas como Booking e Airbnb.
  • Crise virou tema internacional: durante reuniões da ONU em Bonn, delegações estrangeiras relataram dificuldade de participar da COP30 por causa dos custos e pediram providências urgentes ao Brasil.
  • Governo do Pará tentou alternativa:estado fechou um acordo com hotéis para garantir 500 quartos com diárias entre US$ 100 e US$ 300, mas parte das acomodações fica em cidades distantes do centro de Belém.
  • Senacon notificou hotéis e sindicatos: ao menos 24 estabelecimentos foram cobrados a explicar os aumentos, mas entidades do setor reagiram com críticas e se recusaram a entregar os dados solicitados.
  • Código de Defesa do Consumidor prevê sanções: se ficar comprovado que houve abuso, é possível obrigar a redução dos preços, aplicar multas, pedir devolução de valores e até responsabilizar os autores por crime econômico.

Documentos mostram que, ainda em abril, a própria Secretaria Extraordinária para a COP30 da Casa Civil destacou que os preços da hospedagem estavam “elevadíssimos, de forma incompreensível e muito acima do praticado no maior evento anual da cidade, o Círio de Belém”.

A situação motivou o envio de ofício a outros órgãos federais, como a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e a Polícia Federal, que solicitaram apoio para um diálogo com hotéis e imobiliárias da capital paraense.

Mas, apesar do diagnóstico interno e da repercussão internacional, o acordo ainda não avançou nas negociações com representantes do setor, que questionou a abordagem do governo federal.

No último mês de junho, contudo, a crise ganhou proporção internacional durante as reuniões preparatórias da COP30 em Bonn, na Alemanha.

No evento, delegações estrangeiras relataram que os preços em Belém estão até cinco vezes acima dos praticados em outras conferências e cobraram providências urgentes. Algumas também sinalizaram que, se a situação não for resolvida até novembro, podem reduzir suas equipes ou até cancelar a participação na COP30.

Enquanto o acordo federal segue travado, o governo do Pará firmou um acerto no começo do mês com a associação estadual de hotéis para reservar cerca de 500 quartos com diárias entre US$ 100 e US$ 300.

Parte dessas acomodações, contudo, fica em cidades fora da capital, como Castanhal, a cerca de 70 km do centro de Belém.

 

Da Redação, com informações do G1
Foto: Divulgação 

Audiência entre PGE-AM e Amazonas Energia termina sem acordo sobre dívida de R$ 6 bilhões

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A Procuradoria Geral do Estado (PGE-AM), por meio de audiência de conciliação marcada na última quarta-feira, 16, pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), buscava reaver créditos da ordem de R$ 6 bilhões devidos pela concessionária Amazonas Energia ao Estado do Amazonas.

Em nota, a PGE informou que não houve acordo entre o Estado e a Concessionária durante a audiência de conciliação. O governo do Amazonas buscava reaver o valor devido, principalmente nos valores de Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), cobrado na fatura de energia e pago pelos contribuintes que não foi devidamente repassado ao Estado.

A concessionária propôs realizar depósitos judiciais de R$ 9 milhões ao mês para suspender a exigibilidade do débito de R$ 6 milhões. Essa condição impediria o Estado de realizar cobranças à concessionária e o recebimento total dos valores seria quitado em 55 anos, com 667 meses de depósito, para alcançar o valor de R$ 6 bilhões.

A Amazonas Energia sugeriu numa segunda proposta, o valor mensal de R$ 14 milhões, também depositados judicialmente, seguindo as mesmas condições anteriores, levando 35 anos para o depósito alcançar o valor total do débito.

Em contraproposta, o Estado se dispôs a isentar a concessionária de juros, reduzir multa e abrir parcelamento, nos termos da Lei de Transação Tributária (Lei Estadual nº 6.289/2023) para quitação total do débito, proposta que não foi considerada pela concessionária.

Para o Portal O Poder, a PGE-AM frisou que “não só o Estado, mas todos os cidadãos são penalizados com o não cumprimento das obrigações da empresa, pois o contribuinte arca, rigorosamente, com o pagamento do ICMS na conta de luz.”

“O Estado seguirá fazendo valer o direito de cobrar os créditos legítimos, impulsionando as execuções fiscais, com a busca de medidas como bloqueio de contas e penhora de bens”, informou a Procuradoria.

 

Ludmila Dias, para o Portal O Poder

Foto: Cristie Sicsú/PGE-AM

TCE-AM suspende licitação da Prefeitura de Lábrea por restringir competitividade em edital

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Por meio de Decisão Monocrática, o Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM) concedeu Medida Cautelar requerida pela empresa Orlando Sampaio dos Santos ME,  inscrita sob o CNPJ 17.032.273/0001-10, e suspendeu o Pregão Eletrônico nº 029/2025-CPC/PML da Prefeitura de Lábrea (a 711 quilômetros de Manaus) e todos os atos dele decorrentes, inclusive adjudicação, homologação, registro de preços e contratação do objeto. A licitação refere-se à contratação de empresa especializada em serviços de manutenção preventiva e corretiva de equipamentos de refrigeração, com instalação de equipamentos, substituição de peças sob demanda e prestação de mão de obra, para os aparelhos de ar-condicionado, e demais equipamentos de refrigeração do Hospital Regional de Lábrea.  

Segundo o documento, houve contestação da empresa à prefeitura sobre as regras do edital, mas que não foi aceita. A empresa recorreu ao TCE com as mesmas observações: a  exclusão da exigência de firma reconhecida nos atestados de capacidade técnica emitidos por pessoas jurídicas de direito privado e a admissão de registro no CFT, além do CREA, como comprovação de inscrição em conselho profissional competente. 

Conforme o auditor-relator, Alípio Reis Firmo Filho, a jurisprudência dos Tribunais de Contas e Superiores tem reiteradamente se posicionado contra o excesso de formalismo que restringe a competição e o interesse público. Além disso, a exigência da Prefeitura de Lábrea pela exclusividade do registro no CREA, sem considerar a competência do CFT para a atividade, representa uma restrição indevida à competitividade, em afronta aos princípios da isonomia e da busca pela proposta mais vantajosa, limitando o universo de empresas aptas a participar do certame e o fato de que já se passaram etapas da licitação colocam “em risco” as finanças do órgão. Por isso, ele resolveu conceder a Medida Cautelar.

A Decisão Monocrática do Processo nº 13261/2025 foi publicada na edição de sexta-feira, 18, do Diário Oficial da Corte de Contas. A Medida Cautelar tinha sido admitida no dia 15 de julho. 

Veja:

TCE-Lábrea..

 

Priscila Rosas, para Portal O Poder 

Foto: Divulgação

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