novembro 22, 2024 18:20

Wilson Lima inaugura ala indígena no Hospital Nilton Lins, a primeira do país

Na manhã desta terça-feira, 26, o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), acompanhado do secretário especial de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, Robson Santos, inauguraram a ala indígena no Hospital Nilton Lins, a primeira do país em hospitais de campanha.

“Reconhecimento ao empenho feito pelo governo federal para que efetivamente isso aqui pudesse ser concretizado, nós temos tido uma relação muito estreita com o governo federal (…) O governo federal, em parceira com o governo do Estado está inaugurando hoje o primeiro hospital indígena do país”, declarou Wilson Lima.

“Aqui nós estamos montando todos os leitos conforme as tradições indígenas, inclusive com a colocação de redes, um espaço voltado para as tradições indígenas como a sala do Pajé e todas aquelas orientações acordadas com os profissionais que irão atuar nesse hospital”, disse o governador em um resumo breve do local.

O Hospital de Retaguarda Nilton Lins destinará 53 leitos para os povos indígenas, destes, 33 são leitos clínicos, 15 Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) e 5 Unidades de Cuidados Intermediários (UCI).

Além dos leitos, o hospital ainda contará com banheiros, recepção, área administrativa, área de higienização, área de expurgo, posto de enfermagem, e como dito anteriormente pelo governador, uma área destinada exclusivamente aos povos indígenas, respeitando suas culturas.

Em seu discurso, o secretário especial de Saúde Indígena reforçou que a articulação e o surgimento da ideia para a abertura das salas destinadas aos indígenas foi feita pela Sesai, porém, a responsabilidade de manter as alas fica ao Ministério da Saúde.

Sobre informar se a iniciativa também chegará a outros Estados ou municípios, o secretário não soube responder e afirmou que só dependerá da pandemia do coronavírus e citou os hospitais de campanha como exemplo disso.

“Não sei se haverá outros hospitais, o próprio conceito de hospital de campanha ele tá um pouco tumultuado (…) um hospital de campanha lá no interior você tem que ter eletricidade, tem que ter logística e quando tudo isso é montado o surto já passou então é muito complicado”, explicou.

Participação da Sesai

Em relação aos surtos crescentes no interior, Robson afirmou que a Sesai está lançando nesta terça, Unidades de Atendimento Primário a Saúde Indígena Covid-19 que possui o intuito de interiorizar o tratamento para os pacientes diagnosticados com a doença.

“Vamos participar também com o Estado na questão das remoções, está assinado também a questão da UTI Aérea, lembrando que, a pessoa não vem ao hospital”, reforçou o secretário sobre o paciente seguir o protocolo de ir até um a UPA, receber o regulamento e assim, ser encaminhada para o hospital.

O secretário também informou a assinatura de um contrato no valor de R$ 2 milhões e meio para a realização do processo, citando que o trabalho é de responsabilidade do Estado e se for o caso, a SESAI complementa o trabalho. Já que o órgão vinculado ao MS é de atenção primária.

Dados de Covid-19 em indígenas

Ao ser questionado sobre os números divergentes de casos e mortes de indígenas em decorrência do novo coronavírus no Estado, o secretário informou que pode ocorrer a possibilidade de subnotificações, mas que a Sesai realiza seus registros com base em dados científicos e com profissionais.

“Eu respeito o trabalho dessas associações, mas eu faria a pergunta ao contrário: Como é que eles chegam a esse número? Eu tenho médico, enfermeiro”, questionou o secretário sobre a veracidade dos registros de mortes e casos de coronavírus divulgados pela Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) e Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib).

 

 

 

 

 

 

Ana Flávia Oliveira, para O Poder 

Foto: Reprodução

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