O Ministério da Defesa anunciou que enviará à Procuradoria-Geral da República (PGR) uma representação contra o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF) em razão de críticas feitas pelo magistrado ao Exército, associando a um “genocídio” a forma que o governo federal trata a pandemia da covid-19.
O anúncio foi feito por meio de nota assinada pelo ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, e os comandantes da Marinha, ILques Barbosa Junior, do Exército, Edson Leal Pujol, e da Aeronáutica, Antonio Carlos Moretti Bermudez.
“Comentários dessa natureza, completamente afastados dos fatos, causam indignação. Trata-se de uma acusação grave, além de infundada, irresponsável e sobretudo leviana. O ataque gratuito a instituições de Estado não fortalece a democracia”, diz a nota.
Durante uma transmissão ao vivo, no último sábado, organizada pela revista IstoÉ, com Gilmar Mendes, o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta e o médico Dráuzio Varella, Mendes criticou o fato de que o governo federal ainda tem um ministro da Saúde interino, o general Eduardo Pazuello.
“É preciso fazer alguma coisa. Isso é ruim, é péssimo para a imagem das Forças Armadas. É preciso dizer isso de maneira muito clara: o Exército está se associando a esse genocídio, não é razoável. Não é razoável para o Brasil. É preciso dizer, é preciso pôr fim a isso”, declarou Mendes.
Ainda conforme a nota, a Defesa informa que “encaminhará representação ao Procurador-Geral da República (PGR) para a adoção das medidas cabíveis”.
Conteúdo: Reuters
Foto: STF/Nelson Jr