A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), liberou para julgamento a ação da Rede sobre o dossiê feito pelo Ministério da Justiça contra agentes de segurança do “movimento antifascista”.
Na ação, a Rede solicita a suspensão imediata da “produção e disseminação de conhecimentos e informações de inteligência estatal produzidos sobre integrantes do ‘movimento antifascismo’ e professores universitários”.
Cármen encaminhou o caso para “inclusão em mesa”, ou seja, não possui a necessidade de ser incluído em pauta pelo presidente da Corte para ser chamado para julgamento.
A decisão de enviar o caso à mesa ocorre um dia depois do ministro da Justiça, André Mendonça, encaminhar o dossiê ao Congresso. Ao Supremo, o ministro informou que não fazia parte das atividades de sua pasta elaborar o dossiê, no entanto, confessou que fazia um monitoramento para questões de “ameaça à segurança pública”.
O dossiê, revelado pela UOL, se refere a 579 agentes de segurança, professores e “formadores de opinião” que o governo identifica como integrantes no “movimento antifascista”.
Conteúdo: O Antagonista
Foto: Nelson Jr./SCO/STF