Nesta sexta-feira, 18, o vice-presidente Hamilton Mourão, que coordena o Conselho da Amazônia, defendeu criação de uma agência que centralize e aperfeiçoe ações de monitoramento e alertas do governo federal relativos à floresta amazônica.
“Os nossos sistemas –Prodes e o Deter– são bons sistemas, mas eles ainda têm falhas, precisamos de uma agência realmente a exemplo do que existe nos Estados Unidos da NRO, a National Reconnaissance Office, que é subordinada ao Ministério da Defesa, que integre todos esses sistemas que nós temos e com isso, tendo um custo menor e sendo mais eficiente”, disse Mourão em uma live sobre Amazônia e Segurança organizada pelo Instituto para Reforma das Relações entre Estado e Empresa (IREE).
Ainda de acordo com Mourão, o país necessita avançar em uma agência que possua uma capacidade mais consistente e que dê os alertas necessários.
Segundo o vice-presidente, dois terços dos focos de queimadas na Amazônia seriam em áreas de propriedades rurais ou urbanas e apenas um terço seria em áreas de proteção ou indígenas.
Conforme o levantamento mais recente do boletim de queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) é identificado que, até 17 de setembro (quinta-feira) a Amazônia concentrava 68.486 focos de incêndio, 13% a mais do que em 2019 e o maior desde 2010 para o período
No caso do desmatamento, foi constatado um crescimento de 34,5% nos 12 meses encerrados em julho, em relação a igual período anterior, segundo dados preliminares. O período entre agosto de um ano e julho do ano seguinte é considerado como o ano-calendário para a medição anual do desmatamento da Amazônia.
Conteúdo: Reuters
Foto: Bruno Kelly/Amazonia Real