Roraima – A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, declarou nesta semana que caberá à Polícia Federal e ao Ibama, com o auxílio do Ministério da Defesa, retirar todos os garimpeiros do território Indígena Yanomami, em Roraima.
Sonia esteve em Roraima no último sábado, 21, juntamente com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), acompanhando de perto a situação crítica que se encontram os indígenas, com casos de insegurança alimentar, desnutrição infantil e falta de acesso a serviços de saúde. Mais de 500 mortes foram registradas nos últimos anos.
No Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami, que tem 30,4 mil habitantes, houve 11.530 casos confirmados de malária em 2022. Segundo a ministra, que conversou com a titular da pasta que coordena as ações emergenciais, revelou que sete crianças morreram na reserva só neste mês.
No entanto, o garimpo ilegal na terra dos Yanomami também representa um problema para os indígenas. Pelo menos 20 mil garimpeiros exercem a atividade na região, o que tem resultado em constantes conflitos com os índios.
Conforme a ministra, há um plano emergencial que prevê a distribuição de alimentos para as aldeias, deslocamentos para levar para o atendimento em saúde e a devolução aos territórios dos que já estão saudáveis. No entanto, segundo Sonia, é precisa resolver também o problema do garimpo ilegal na terra indígena.
“Esse plano não vai adiantar nada se houver somente atendimento à saúde, se a gente não acabar com a raiz do problema. Tirar os garimpeiros também estará nesse plano macro para resolver essa situação”, afirmou.
Com informações do portal Terra
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