A Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) confirmou, após exames laboratoriais na quarta-feira (22), um caso suspeito da Encefalopatia Espongiforme Bovina, doença conhecida como mal da “vaca louca”. O caso fez com que a exportação de carne bovina do Brasil para China fosse suspensa imediatamente.
A interrupção de fornecimento imediato acontece porque A China e o Brasil assinaram em junho de 2015 um protocolo sanitário que estabelece um impedimento imediato para as exportações ao país asiático se algum caso da doença fosse registrado.
De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) apenas um animal, um macho de 9 anos, que vivia em Marabá (município distante 440.63 km de Belém) no sudeste do Pará, estava com a doença. Ainda segundo o Mapa, o animal era criado em pasto, sem ração. Ele já foi abatido e sua carcaça incinerada.
A China é uma das maiores importadoras de carne bovina do Brasil. As importações da China representaram 57% do volume produzido por todo o país, com receita US$ 485,3 milhões e 100.164 toneladas adquiridas somente em janeiro deste ano.
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, destacou que a doença registrada no animal foi um caso atípico e não trazem riscos de disseminação no rebanho ou de transmissão ao ser humano.
A última vez em que o Brasil havia registrado casos de “vaca louca” foi em setembro de 2021: em frigoríficos de Nova Canaã do Norte (MT). Na mesma época um outro caso foi registrado em Belo Horizonte (MG).
O Pará nunca havia registrado um caso da doença. No entanto, mesmo com um orçamento de mais de R$ 36 milhões no ano passado, o estado não conseguiu prevenir o caso.
Hector M S Silva, Portal O Poder
Ilustração: Neto Ribeiro, Portal O Poder