Após quatro quedas de posição, o Brasil ficou em 111º lugar no ranking mundial da Liberdade de Imprensa da organização Repórteres Sem Fronteiras. A lista foi divulgada nesta terça-feira, 20.
Com isso, o país entra na zona vermelha, considerada uma situação difícil da imprensa no país, segundo a organização.
A entidade separa a situação de cada em cinco cores relativas ao nível de liberdade de imprensa, que são branca (muito boa), amarela (boa), laranja (problemática), vermelha (difícil) e preta (muito grave).
Tóxico
O texto de apresentação do ranking descreve o ambiente para o trabalho dos jornalistas como tóxico desde que o presidente Jair Bolsonaro assumiu o poder, em 2019 (naquele ano, o país já havia caído duas posições no ranking).
“Insultos, estigmatização e orquestração de humilhações públicas de jornalistas se tornaram a marca registrada do presidente, sua família e sua entourage”, afirma o texto.
Para a organização, os ataques ficaram mais intensos com a pandemia de coronavírus –o presidente dissemina informações falsas e acusa a imprensa de ser a responsável pelo “caos no país”.
Ranking
A Noruega é o país onde há mais liberdade de imprensa pelo quinto ano consecutivo. Em segundo, ficou a Finlândia.
Conteúdo: G1
Foto: Reuters