Depois ter seu nome citado em uma lista manuscrita em que teria sido apreendida pela Polícia Federal na Operação Sangria, o deputado estadual Belarmino Lins (PP) criticou, o que ele chamou de tentativa de associá-lo a um suposto esquema de recebimento de propina. Além de “Belão”, outros sete deputados estaduais da base do governo estariam recebendo 5% de um “mensalinho”: a líder do governo na Aleam, deputada Joana Darc (PL), Therezinha Ruiz (PSDB), Abdala Fraxe (Podemos), Mayara Pinheiro (PL), Roberto Cidade (PV), Saullo Vianna (PTB) e Carlinhos Bessa (PV).
Em nota distribuída à imprensa, Belarmino diz que considera absurdo “um ato de manipulação da mídia sem qualquer compromisso com a verdade ou real apuração dos fatos”. Até o momento, somente “Belão” se manifestou sobre as acusações.
“Repudiamos veementemente qualquer tentativa de vincular meu nome a qualquer prática ilícita por ato de manipulação da mídia sem qualquer compromisso com a verdade ou real apuração dos fatos”, afirma trecho da nota.
Belão também afirma que: “A suposta ‘lista’ divulgada pelos meios de comunicação não traz qualquer dado ou informação passível de criar um liame com a situação fática objeto de investigação, demonstrando-se tão somente uma nítida e ardilosa acusação desprovida de fundamento ou justa causa”, afirmou.
Confira na integra a nota:
Nota de Esclarecimento
“Com tristeza e indignação, recebemos a informação sobre a veiculação, no último fim de semana, de matéria em âmbito nacional, republicada em canais locais, vinculando meu nome à uma investigação por um suposto esquema de recebimento de propina, envolvendo o Governo do Estado e alguns parlamentares.
Repudiamos veementemente qualquer tentativa de vincular meu nome a qualquer prática ilícita por ato de manipulação da mídia sem qualquer compromisso com a verdade ou real apuração dos fatos.
A suposta ‘lista’ divulgada pelos meios de comunicação não traz qualquer dado ou informação passível de criar um liame com a situação fática objeto de investigação, demonstrando-se tão somente uma nítida e ardilosa acusação desprovida de fundamento ou justa causa.
Ao contrário do que alegam os meios de comunicação que tendenciosamente divulgaram a lista, inexiste qualquer menção de datas, finalidade, objeto, ou seja, descritivos de qualquer natureza ou ordem que a relacionem com a Operação Sangria, tratando-se tão somente de anotações sem qualquer significado lógico senão aquele pretendido pelo autor, ou autores, delas.
Por outro lado, destaca-se que a única prática delituosa comprovadamente realizada é a divulgação ilícita de material sigiloso, pertencente a uma investigação em andamento, tendo o condão de comprometer a lisura das apurações e a efetividade do trabalho das autoridades competentes.
Diante de todo o exposto, assevero que tais acusações são baseadas em informações apócrifas, perniciosas, e qualquer tentativa de estabelecer conexão entre a ‘lista, a minha pessoa e o processo investigatório em curso deve ser considerada falaciosa e fantasiosa.
Possuo uma vida pública parlamentar com atuação pautada na defesa dos interesses públicos e coletivos ao longo de 32 anos no Estado do Amazonas.
No exercício da atividade parlamentar, ao longo de três décadas, tenho procurado atuar sempre com equilíbrio, responsabilidade e bom senso na defesa nas questões de interesse dos municípios do Estado, o que justifica a longevidade da minha carreira na política amazonense.
As minhas ações políticas são focadas e direcionadas a servirem ao meu Estado e ao meu povo. Estes, sim, têm as impressões digitais do deputado com maior número de mandatos em toda a existência do Poder Legislativo Estadual. E, então, eu agradeço a Deus e à confiança do eleitorado amazonense a um compromisso inarredável com a prática de elevado comportamento republicano, e asseguro que a minha vida parlamentar tem revelado esta cumplicidade com o Amazonas e sua população.
Jamais permitirei que alguém munido de maus propósitos comprometa a minha boa imagem como homem público ao longo da minha trajetória política. O meu compromisso e vinculação não é com quem governa, mas os mais altos interesses do Estado do Amazonas e seu povo”.
Da Redação O Poder
Foto: Aleam