As denúncias de ex-esposas de políticos brasileiros e que viraram escândalos são tradição nos últimos anos. O caso mais recente envolve a ex-mulher do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, Maria Christina Mendes Caldeira, que afirma que o marido teve um caso extraconjugal com a primeira dama do Brasil, Michele Bolsonaro, esposa do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Maria Christina disse, ainda, que Michele Bolsonaro foi “peguete” de seu ex-marido e que ele teria acobertado “evasão de divisa e sonegação dos Bolsonaro”. As declarações foram dadas em uma live, segundo a “Revista Fórum”.
Ela diz que Valdemar sempre desdenhou de Bolsonaro, a quem chamava “baixo clero burro”. “Ô Valdemar, me poupe né querido, sou sua ex-mulher, eu fui casada com o dono do bordel do Congresso e conheço bem como é que você se movimenta”, declara Caldeira no vídeo, insinuando novas revelações: “Eu vou fazer da sua vida um inferno”.
Caso Pitta
O ex-prefeito de São Paulo, Celso Pitta foi eleito pelo PPB em 1996, com 62,2% dos votos, derrotando a ex-prefeita Luiza Erundina (PT) no segundo turno. Ele esteve à frente da prefeitura até 2000.
O mandato de Pitta foi marcado por suspeitas de corrupção, com denúncias surgindo em março de 2000, principalmente por parte de sua ex-esposa, Nicéia Camargo, de quem se separou ao fim do mandato. As denúncias envolviam vereadores, subsecretários e secretários – entre as denúncias, está o escândalo dos precatórios, pelo qual chegou a ser condenado.
Devido a denúncias, o prefeito teve seu mandato cassado pela Justiça e ficou 18 dias afastado do cargo – de 26 de maio a 13 de junho de 2000. Neste período, assumiu o seu vice, Régis de Oliveira.
Graças a um recurso, Pitta recuperou o mandato. Ao deixar a prefeitura, em 31 de dezembro de 2000, ele era réu em várias ações civis públicas. Candidatou-se a deputado federal em 2002 e 2006, mas não se elegeu.
Augusto Costa, para O Poder
Ilustração: Neto Ribeiro