novembro 20, 2025 02:28
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MPAM investiga ex-prefeito Papi Veloso por suposta improbidade administrativa

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O Ministério Público do Amazonas (MPAM) instaurou um Inquérito Civil para investigar possível improbidade administrativa praticada durante a gestão do ex-prefeito de Tefé, Papi Veloso. O extrato foi publicado no Diário Oficial do MPAM, da última sexta-feira, 3.

O inquérito, conduzido pelo promotor de Justiça Vitor Rafael de Morais Honorato, apura possíveis irregularidades no Termo de Convênio nº 24/2011 envolvendo a construção de um aterro, drenagem e muro de contenção no bairro do Abial. O contrato teve vigência de 15 de dezembro de 2011 a 24 de janeiro de 2012.

À época, Jucimar de Oliveira Veloso, o Papi, era prefeito do município. O MPAM também investiga o envolvimento de Roberto Honda de Souza na possível irregularidade.

 

 

Da Redação

Foto: Divulgação

‘Benesse’ de refinaria da Atem é questionada por concorrentes

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Refina Brasil, Associação Brasileira dos Refinadores Privados e que reúne refinarias independentes do país, encaminhou ao governo uma manifestação de apoio à inclusão do refino de petróleo no regime fiscal da Zona Franca de Manaus, com especial atenção à Refinaria de Manaus (Ream). Conforme a manifestação, a que o Radar Econômico teve acesso, a presença de uma refinaria privada na Amazônia, caso da REAM, “é imperativa para a segurança energética da região”.

Durante a tramitação do PLP 68/2024, o projeto de lei complementar que regulamenta a Reforma Tributária, o senador Eduardo Braga reintroduziu a REAM nos benefícios da Zona Franca de Manaus. A medida foi mantida quando o PLP foi votado na Câmara e, agora, o projeto segue para sanção presidencial. Algumas entidades, como o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), criticam a decisão, citando “desequilíbrio competitivo” entre os motivos, enquanto a Refina Brasil está entre os grupos que apoiam a deliberação.

Segundo a manifestação, o regime fiscal vigente “não pode ser tratado como ‘benesse’, mas sim como ferramenta indispensável para atrair investimentos e promover o desenvolvimento” em uma região marcada por dificuldades logísticas e socioeconômicas. “Sem esses incentivos, a região permaneceria alijada do progresso econômico nacional”, diz trecho do documento, que classifica eventual veto ao tema como “negligência” com as necessidades dos brasileiros na região.

Além disso, a associação destaca que o Brasil dispõe de um sistema de fiscalização robusto para controle de movimentação de combustíveis e derivados e que os benefícios fiscais discutidos se destinam somente a operações realizadas dentro dos limites da Zona Franca, para consumo interno da região. “Esta limitação geográfica e operacional assegura que os incentivos não prejudiquem refinarias localizadas em outras regiões do Brasil.”
Entre outros pontos, a Refina Brasil também afirma que o PLP concede isenção fiscal a todo o setor de refino na Zona Franca de Manaus e não apenas para um participante do mercado. “A medida, portanto, incentiva que outras empresas se estabeleçam na Amazônia e contribuam efetivamente para o desenvolvimento regional – assim como atualmente é feito pela REAM”, diz.

A Refina Brasil já arrecadou R$ 67 bilhões em 2023 e desembolsou R$ 18 bilhões em tributos. No total, seis refinarias estão associadas à entidade.

 

 

Com informações da Veja Negócios

Ilustração: Neto Ribeiro

AAM monta grupo de trabalho para investigar uso de terrenos pela Amazonas Energia

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Os municípios do interior do Amazonas estão realizando um levantamento para identificar os terrenos pertencentes às prefeituras e tomar medidas judiciais contra a Amazonas Energia, após denúncias de suposta venda irregular desses patrimônios. A informação foi confirmada ao portal O Poder pelo presidente da Associação Amazonense de Municípios (AAM), Anderson Sousa.

De acordo com o dirigente, a AAM criou um grupo de trabalho para estudar os casos de cessão de uso de terrenos e planejar uma ação judicial, que poderá ser feita de forma coletiva ou individual.

Entenda o caso

O Grupo Oliveira Energia conseguiu prorrogar por 60 dias o prazo de transferência da Amazonas Energia para a Âmbar Energia, empresa da família Batista.

Durante esse período, surgiram denúncias de que o Grupo Oliveira estaria comercializando terrenos que haviam sido cedidos pelas prefeituras à antiga Companhia Energética do Amazonas (CEAM), hoje incorporada pela Amazonas Energia. Em vez de devolver os terrenos aos municípios, como seria esperado, o grupo estaria lucrando de forma indevida com a venda de patrimônio público.

 

 

Da Redação

Ilustração: Neto Ribeiro

Associação acusa Amazonas Energia de fraude processual

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A Associação de Defesa dos Consumidores de Energia Elétrica da Região Norte (ASCEDEN) pediu a suspeição da juíza federal Jaíza Maria Pinto Fraxe no julgamento do processo de transferência da Amazonas Energia ao Grupo J&F, dos irmãos Wesley e Joesley Batista.

De acordo com a denúncia da Asceden, a concessionária terica cometido fraude processual ao protocolar quatro ações semelhantes contra a Aneel, mas apenas na quarta ação, após a escolha do juízo, ter anexado os documentos necessários para regularizar o processo.

Suspeitas de fraude também foram levantadas pela Aneel, pois as ações foram apresentadas com menos de cinco minutos de diferença, possuíam pedidos e valores idênticos e foram propostas pela mesma advogada. O caso chegou a ser redistribuído por decisão do juiz Ricardo Campolina, mas retornou à 1ª Vara Federal.

Pedido é segundo do processo

Além da Asceden, a Companhia de Gás do Amazonas (Cigás) solicitou a retirada da magistrada ação alegando parcialidade na decisão. Entretanto, o pedido foi negado por ter sido apresentado depois do prazo e por isso foi considerado intempestivo.

Além do Esperado

A ASCEDEN também afirma que a juíza tomou decisões que ultrapassaram os pedidos iniciais do processo. Entre elas, destacou a prorrogação do prazo de transferência da concessionária por mais 60 dias e a determinação para que a Aneel liberasse recursos financeiros à Amazonas Energia.

Transferência Polêmica

A transição da gestão da Amazonas Energia, antes administrada pelo Grupo Oliveira Energia, para o Grupo J&F, da família Batista, continua cercada de controvérsias.

Recentemente, uma denúncia feita ao Portal O Poder revelou que o Grupo Oliveira teria solicitado na Justiça a prorrogação do prazo de transferência da concessionária para lucrar com patrimônios públicos. O grupo estaria vendendo terrenos cedidos pelas prefeituras para Companhia Energética do Amazonas (CEAM), incorporada pela Amazonas Energia. Em vez de devolver as áreas aos municípios, o grupo estaria supostamente lucrando com bens de origem pública.

Da Redação
Ilustração: Neto Ribeiro

TCE-AM admite ação contra Prefeitura de Careiro da Várzea por falta de concurso público

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O Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM) admitiu a representação feita contra a Prefeitura de Careiro da Várzea por supostas irregularidades na realização do Processo Seletivo Simplificado. O despacho foi publicado no última quarta-feira,2, no Diário Oficial do TCE.

A ação, de autoria do vereador José Eduardo Taveira, destacou que apenas 39% dos servidores municipais possuem vínculo estatutário, uma situação já identificada pelo TCE/AM no processo nº 16701/2021. Portanto, a prefeitura estaria ignorando a necessidade de realizar um concurso público pendente há mais de 10 anos. O parlamentar solicitou, em caráter cautelar, a intervenção imediata do tribunal para determinar a realização de concurso público.

Devido o recesso judiciário, a análise de medida cautelar ficou a cargo da presidência do TCE. No despacho, a conselheira-presidente, Yara Amazônia Lins Rodrigues, admitiu a representação com base no artigo 288 do Regimento Interno do órgão, que permite a qualquer pessoa, órgão ou entidade solicitar a apuração de ilegalidades ou má gestão pública. A conselheira-presidente, no entanto, indeferiu o pedido de medida cautelar, justificando que os requisitos necessários, plausibilidade do direito invocado e risco de demora na decisão, não foram comprovados cumulativamente.

“Verifico que não assiste razão, diante da ausência de comprovação cumulativa dos dois requisitos, concluindo-se que o pedido de medida cautelar não atende aos critérios estabelecidos para sua concessão”, declarou a conselheira-presidente em seu despacho.

Apesar do indeferimento do pedido cautelar, a matéria seguirá o trâmite regular no TCE-AM. A conselheira-presidente determinou a publicação do despacho no Diário Oficial Eletrônico em até 24 horas e a notificação das partes envolvidas.

Thaise Rocha, para o Portal O Poder
Foto: Divulgação

No ‘Janeiro Branco’, Roberto Cidade destaca Leis de sua autoria voltadas aos cuidados com a saúde mental

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“Mente sã, corpo são (Mens sana in corpore sano)”. A frase, do filósofo romano Juvenal, é conhecida há anos por conciliar a premissa da campanha “Janeiro Branco”, que alerta os brasileiros sobre a importância da saúde emocional, sobretudo para o bem-estar e melhores condições de vida, no período em que se inicia mais um ciclo anual. 

Desde quando assumiu o cargo de deputado estadual na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), o presidente Roberto Cidade (UB) tem priorizado pautas que resultaram em diversas Leis para apoiar o cuidado com a saúde mental. O parlamentar destaca a importância dos cuidados com o bem-estar emocional.

“Nós temos um cuidado especial com todas as pautas da saúde. Sem saúde não somos nada. E a parte emocional de qualquer ser humano é importantíssima para o cidadão, e à sociedade como um todo. O meu mandato auxilia e apoia essas iniciativas como o ‘Janeiro Branco’, que alerta sobre a importância do bem-estar emocional. Os números em Manaus e no Amazonas não são bons em relação ao tema, e, por isso, direciono ações para o assunto, para que o poder público possa mitigar os índices alarmantes”, declarou Roberto Cidade. 

Entre as Leis do deputado-presidente que tratam sobre o tema, está a de n° 4.876/2019, que cria a Política de Diagnóstico e Tratamento da Síndrome da Depressão na Rede Pública de Saúde do Amazonas. 

A matéria propõe a disponibilização de meios para detectar a doença ou evidências de que ela possa vir a ocorrer, visando prevenir seu aparecimento; efetuar pesquisas visando ao diagnóstico precoce da depressão e seus distúrbios; além de evitar ou diminuir as graves complicações para a população decorrentes do desconhecimento acerca da depressão e seus tipos; identificação, cadastramento e acompanhamento de pacientes da rede pública diagnosticados com depressão.

Visa, ainda, tratar sobre a conscientização de pacientes e pessoas que desenvolvam atividades junto às unidades de saúde estaduais e privadas quanto aos sintomas e à gravidade da doença; sobre a abordagem do tema, quando da realização de reuniões, como forma de disseminar as informações a respeito da doença; e ainda destaca a necessidade de desenvolver e/ou incentivar os eventos voltados à prevenção e conscientização da síndrome da depressão.

Também é Lei do parlamentar a n° 6.007/2022, que institui a Semana Estadual de Conscientização sobre a Depressão Infantojuvenil no Amazonas. A legislação prevê o fortalecimento da rede de serviços para as crianças e adolescentes, além de garantir o acompanhamento psicológico adequado aos jovens. A medida tem como objetivos a realização de campanhas educativas, seminários, palestras, oficinas, debates; o acesso a uma rede especializada de saúde em tratamento individualizado; e o envolvimento de pais e responsáveis no acompanhamento do aluno.

Outra Lei de Cidade é a de n° 6.383/2023, que dispõe sobre a atenção à saúde ocupacional dos profissionais de educação da rede estadual de ensino. De acordo com a propositura, o Governo do Estado deve fazer um levantamento das condições de trabalho dos professores da rede estadual de ensino visando à detecção de riscos ocupacionais, além de promover atendimento com profissionais de saúde para corrigir e prevenir práticas danosas.

O deputado presidente também é autor das Leis n° 6.324/2023, que estabelece diretrizes para o enfrentamento da doença de Alzheimer e enfermidades mentais no Amazonas e a de n° 6.475/202, que institui no Calendário Oficial do Estado do Amazonas o “Setembro Roxo”, mês de conscientização e respeito à doença de Alzheimer.

Dados

De acordo com o Instituto Janeiro Branco, na América Latina, o Brasil é o país com maior prevalência de depressão, além de ser o segundo país com maior prevalência nas Américas, conforme estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS).  

Quanto aos números regionais, indicadores do Observatório da Saúde Pública, da Associação Umane, com base nos dados do Data SUS, do Ministério da Saúde, apontam que a taxa média de Manaus no número de internações foi de 19,1 por 100 mil habitantes em 2023. O crescimento foi de 5,5 pontos se os números forem comparados entre os anos de 2020 e 2023. 

Já em relação ao número de mortes por depressão, tendo como ano referência o de 2022, a taxa segue estagnada desde 2020 em 0,4 por 100 mil habitantes. 

‘Janeiro Branco’

A campanha “Janeiro Branco” é um movimento brasileiro sobre saúde mental e que há mais de uma década convida a sociedade a refletir, dialogar e agir em prol do bem-estar emocional. 

Criada em 2014 pelo psicólogo, palestrante e escritor mineiro Leonardo Abrahão, a campanha se consolidou como um marco no calendário brasileiro e, desde 2023, é reconhecida oficialmente pela Lei Federal (Lei 14.556/23).

 

Da Redação com informações da assessoria de imprensa

Foto: Divulgação

TRE-AM terá a Corte mais feminina da história

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O Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) irá alcançar um marco inédito em 2025. Pela primeira vez, ele terá a Corte mais feminina da história desde que foi fundado em 1932. Dos 7 membros do Tribunal Pleno, 4 serão mulheres. 

A começar pela presidência. A desembargadora Carla Reis foi escolhida para comandar o TRE no próximo biênio (2025/2027) por unanimidade. A vice-presidência será dirigida pela desembargadora Nélia Caminha. Pela primeira vez, esses cargos são preenchidos por mulheres. Ao lado delas, a juíza federal Mara Elisa Andrade e a juíza Giselle Falcone Medina também atuarão na Corte Eleitoral amazonense. 

Do mesmo modo, na suplência das vagas, caso aconteça de algum juiz não comparecer ao Pleno, figuram nomes como Maria Benigno, Mirza Telma de Oliveira Cunha, Anagali Marcon Bertazzo e Mônica Cristina Raposo da Câmara Chaves do Carmo.

Com a nova administração, que se inicia no dia 10 de janeiro, o TRE-AM terá dado mais um passo na paridade de gênero nos tribunais. O ideal é que a representatividade feminina nos órgãos judiciários seja proporcional à população feminina brasileira, e no caso do Tribunal Eleitoral, do eleitorado, ou seja, a maioria. Mas, enquanto o ideal não é atingido, a Corte Eleitoral amazonense mostra os ventos de mudança das novas políticas de igualdade.

 

Priscila Rosas, para Portal O Poder 

Foto: Neto Ribeiro/Portal O Poder

RR: Denarium exonera todos os servidores comissionados do Estado

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O governador Antonio Denarium exonerou todos os cargos comissionados da estrutura do Governo do Estado. O ‘decretão’ está disponível no Diário Oficial de quinta-feira, 2. A exceção vale apenas para secretários, adjuntos e correspondente.

Como já se sabe, a exoneração em massa de servidores ocorre quando há grande número de comissionados indicados por políticos em troca de apoio e outros tipos de politicagem. Se fosse o caso de fazer uma reestruturação para corrigir cargos, salários defasados e organizar o quadro funcional, o governador faria um estudo e um projeto de lei para garantir equilíbrio salarial e estabilidade aos servidores.

Comando

A única exceção do ‘decretão’ de Denarium é o coronel Izael Salazar Rocha Jansem, que foi nomeado para o cargo de subcomandante da Polícia Militar de Roraima (PMRR). Ele assume o cargo após a saída de coronel Francisco das Chagas Lisboa, que foi preso pela Polícia Federal menos de um mês de sua nomeação no cargo. A Polícia Federal identificou sua participação no esquema de compra de votos do presidente da Câmara Genilson Costa. De acordo com as investigações, o coronel Lisboa teria usado a estrutura da PM, o 190, para informar Genilson sobre denúncias de compra de votos relacionadas a ele.

Confiança

Coronel Salazar, promovido à patente recentemente, era até ontem o chefe do Departamento de Planejamento Operacional da Polícia Militar de Roraima. Ele, segundo informações, é homem de confiança do comandante-geral, Miramilton Goiano. Mas antes disso, Salazar já ocupava cargos de confiança na estrutura da PMRR desde o início da gestão de Denarium.

Defensoria

A Defensoria Pública do Estado de Roraima (DPE-RR), segue sob o mesmo comando. Tomou posse para o biênio 2025-2027, Oleno Matos, que foi reconduzido como defensor-geral. Ele ocupa o cargo pela quarta vez. Oleno já foi deputado estadual e candidato a vice-governador na chapa de Suely Campos em 2018. Natanael Ferreira também segue na Subdefensoria-Geral. Na Corregedoria-Geral, assume a defensora Lenir Rodrigues. Ela que também já foi deputada estadual.

Da Redação, com informações do Portal Roraima Em Tempo
Foto: Divulgação

Denúncia aponta que Grupo Oliveira buscou prorrogação para lucrar com bens da Amazonas Energia

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O grupo Oliveira Energia, que administra a Amazonas Energia, pode lucrar acima do esperado com a prorrogação de 60 dias para concluir a transferência de controle para a Âmbar Energia, empresa da família Batista, pertencente à holding que controla a JBS.

Na Justiça, o grupo Oliveira alegou que “desafios burocráticos”, “lentidão das atividades de órgãos públicos” e questões relacionadas à “documentação” justificariam a extensão do prazo para a transferência do controle da distribuidora de energia elétrica do Amazonas. O pedido foi acatado pela Justiça nesta semana.

No entanto, fontes informaram que os verdadeiros motivos para a manutenção do comando da empresa estão ligados a dois fatores: o aumento do consumo de energia durante as festividades de fim de ano, o que eleva o faturamento, e a comercialização de terrenos ocupados por escritórios da distribuidora em municípios do interior.

Patrimônio público, lucro privado

Na década de 1960, o fornecimento de energia elétrica começou a ser ampliado no interior por meio da CELETRAMAZON, que instalou usinas termelétricas e grupos geradores tanto nas zonas urbanas quanto nas rurais. A CELETRAMAZON foi transformada na Companhia Energética do Amazonas (CEAM) que posteriormente foi incorporada pela Amazonas Energia.

As unidades da antiga CEAM foram instaladas em espaços doados pelas prefeituras para viabilizar a expansão dos serviços de energia. Apesar desses patrimônios pertencerem ao Executivo Municipal, o Grupo Oliveira estaria comercializando esses terrenos antes de deixar o comando da Amazonas Energia, mesmo sem possuir a devida documentação ou propriedade sobre eles. Ao invés de devolver os terrenos às cidades do interior, que têm total direito sobre essas áreas, o grupo estaria se beneficiando indevidamente.

Grupo Oliveira segue no comando

Com a decisão da Justiça Federal, o grupo Oliveira ficará à frente da distribuidora de energia até fevereiro de 2025 antes de concluir a mudança que estava prevista para o dia 31 de dezembro deste ano. A determinação judicial ainda garantiu a liberação de repasses à Amazonas Energia para que empresa continue com as atividades e evite “apagões”.

Sem vendas 

Radyr Oliveira (Foto: Reprodução)

Ao portal O Poder, o diretor de Relações Institucionais da Amazonas Energia, Radyr Gomes de Oliveira, negou qualquer intenção de venda de terrenos localizados no interior do estado. Ele informou que está em curso apenas o processo de desmobilização da empresa nessas localidades, que envolve a retirada de toda a estrutura e equipamentos ainda pertencentes à concessionária.

Radyr destacou que não há, até o momento, uma definição sobre o destino dessas propriedades, deixando aberta a possibilidade de que a decisão seja tomada pela Âmbar Energia. Ao ser questionado sobre a solicitação de prorrogação do prazo para a transferência da concessão, o diretor preferiu não entrar em detalhes.

Radyr pontuou ainda que, embora os terrenos tenham sido cedidos pelas prefeituras, atualmente eles pertencem à concessionária que efetuou regularmente, ao longo desses anos, o pagamento do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) e demais encargos. Além disso, muitos municípios possuem grandes débitos com a Amazonas Energia o que, em alguns casos, resultou na interrupção do fornecimento de energia em prédios pertencentes às prefeituras por falta de pagamento.

Orsine Oliveira, presidente do Grupo Oliveira (Foto: Divulgação)

A reportagem entrou em contato com Amazonas Energia, via assessoria, para questionar sobre as possíveis vendas, quantos e quais terrenos a distribuidora possui títulos definitivos ou apenas concessões, e qual a justificativa para solicitar a prorrogação da transferência para o grupo da família Batista, mas até o fechamento desta matéria não obteve retorno.

Da Redação
Ilustração: Neto Ribeiro

PA: Helder demite 5 mil profissionais da Educação na virada do ano

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O ano de 2025 começou com uma punhalada do governo do Pará sobre milhares de trabalhadores da Educação. Sob a justificativa de atender a uma determinação do Tribunal de Contas do Estado (TCE), o governo Helder Barbalho demitiu cerca de 5 mil servidores temporários, entre professores, agentes administrativos, merendeiras e outros profissionais, deixando um rastro de perplexidade e revolta.

A portaria com os nomes dos demitidos foi publicada no Diário Oficial do dia 30 de dezembro, como um amargo “presente” de Ano Novo para esses trabalhadores e suas famílias. A medida atinge em cheio um dos pilares da sociedade: a educação.

Impacto social das demissões

Os trabalhadores atingidos pela cruel canetada de demissões não escondem o sentimento de desamparo. Muitos relatam que a demissão em massa, além de ser desumana, é um reflexo de um governo que prioriza números e estatísticas em detrimento das vidas das pessoas. Sem aviso prévio, eles foram jogados na rua em pleno período de festas, um momento em que as famílias deveriam estar comemorando e planejando o futuro, mas que agora enfrentam a angústia da incerteza e do desemprego.

Enquanto o governo defende a substituição dos temporários por concursados como um avanço, a realidade dos trabalhadores demitidos é cruel. Muitos atuavam há anos como temporários, sem estabilidade e sem a garantia de uma aposentadoria digna, mas ainda assim davam o máximo para garantir a qualidade da educação pública. Agora, são descartados como peças de um quebra-cabeça que não se encaixam mais no jogo político.

A demissão massiva também levanta dúvidas sobre a real capacidade do governo em manter a qualidade do ensino em 2025. A transição abrupta pode causar um apagão educacional, sobretudo nas regiões mais vulneráveis, que dependem de professores experientes e dedicados.

Além disso, o governador precisa responder a algumas perguntas: 1) o número de concursados que devem preencher as vagas dos demitidos é menor, igual ou superior? Quanto vão ganhar os novos contratados, já que se sabe que estes já chegam ao serviço público recebendo metade da gratificação dos demitidos?

Educação em Crise

O governo Helder Barbalho precisa prestar contas à sociedade para explicar como essa decisão foi tomada, e por que foi escolhida essa data específica para implementá-la. A justificativa de cumprir uma determinação do TCE não exime o governo de planejar uma transição que respeite os direitos e a dignidade dos trabalhadores.

Enquanto o Pará celebra conquistas econômicas e projetos grandiosos, a educação, que deveria ser uma prioridade, enfrenta cortes, substituições automatizadas e o abandono de profissionais que dedicaram suas vidas a ensinar. O impacto das demissões será sentido não apenas pelos trabalhadores, mas por toda a sociedade, que verá as consequências desse descaso refletidas nas salas de aula e na formação das futuras gerações.

Se o governo queria começar o ano com uma mensagem, ela foi clara: a educação pública, seus trabalhadores e suas famílias não são prioridade. Agora, resta aos demitidos, às suas famílias e à sociedade civil organizada unirem forças para lutar contra esse descaso, exigir explicações e, acima de tudo, cobrar respeito e dignidade para quem constrói, dia após dia, o futuro do estado.

A justiça pode ser o caminho para reparação dessa violação de direitos.

 

Da Redação com informações de Ver-o-fato

Foto: Neto Ribeiro/Portal O Poder 

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