novembro 21, 2025 00:21
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Em evento com prefeitos, Wilson Lima reforça compromisso com interior do AM

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O governador do Amazonas, Wilson Lima, se reuniu com prefeitos e vocês do interior, nessa sexta-feira, 7. No encontro, Lima garantiu que seguirá trabalhando ao lado dos gestores em prol de melhorias para a população.

“Estive com prefeitos e vices para reafirmar meu compromisso com o interior e continuar trabalhando para melhorar a vida dos amazonenses”, declarou o governador nas redes sociais.

Além disso, Wilson Lima afirmou que o governo continuará investindo no interior. “Principalmente no setor primário, que cresce cada vez mais e impulsiona a nossa economia com geração de empregos e renda para muitas famílias amazonenses”, ressaltou.

Para manter os aportes, o governador disse que conta com a experiência dos gestores que estão se despedindo do cargo, como Anderson Sousa, de Rio Preto da Eva, e Fred Júnior, de Novo Airão, pra serem agentes de políticas públicas em suas cidades.

Prefeitos eleitos

O governador também aproveitou o encontro para dar boas vindas e desejar sucesso aos prefeitos eleitos. “As portas do governo do Estado estão abertas para dialogar e contribuir para a vida da população amazonense”, pontuou.

 

 

Da Redação 

Roberto Cidade cobra, mais uma vez, que superintendente do DNIT esclareça sobre andamento das obras das pontes que desabaram na BR-319

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O presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), deputado estadual Roberto Cidade (União Brasil), solicitou, por intermédio de requerimento encaminhado no último dia 3, ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT) para que o superintendente do órgão no Amazonas, Orlando Fanaia Machado, esclareça sobre o andamento das obras realizadas nos trechos das pontes sobre os rios Curuçá e Autaz-Mirim, que desabaram na rodovia BR-319.

A convocação visa prestar esclarecimentos aos deputados estaduais quais as medidas que, de fato, estão sendo executadas para garantir a trafegabilidade nos locais citados, tendo em vista o período de cheia dos rios.

“Essa convocação tem o objetivo de assegurar transparência, cobrar responsabilidade e buscar soluções efetivas para uma situação que afeta milhares de amazonenses. Não podemos normalizar o caos e deixar que tantos motoristas e moradores sejam penalizados com a inércia de um órgão público”, afirmou.

“Desde o segundo semestre de 2022, a situação na rodovia vem se arrastando, sem uma solução eficaz. É preciso que o DNIT no Amazonas indique um prazo para retomada e conclusão desta obra. Esta rodovia é fundamental para o desenvolvimento do Amazonas, para o acesso ao Sul do Estado e para nos integrar ao restante do país por via terrestre”, completou o deputado presidente.

O presidente relembrou que Orlando Fanaia compareceu à Casa Legislativa em junho deste ano para esclarecer sobre o andamento das obras nos trechos das pontes e, na ocasião, o superintendente chegou a estipular prazo para a conclusão das edificações.

“O superintendente-regional comprometeu-se a entregar as obras de recuperação das pontes desabadas até outubro de 2024. Contudo, informações recentes apontam que o contrato no valor de R$ 43,3 milhões firmado com a empresa J. Nasser Engenharia para a reconstrução das pontes foi encerrado, deixando dúvidas quanto à continuidade e à conclusão das obras”, declarou.

No requerimento, Cidade quer que o superintendente do DNIT esclareça sobre: qual o status atual das obras nas pontes desabadas e os motivos que levaram ao encerramento do contrato com a empresa J. Nasser Engenharia; quais as ações emergenciais que estão sendo implementadas para garantir a trafegabilidade nos trechos afetados, considerando o período de cheia dos rios; qual o novo cronograma de execução e entrega das obras de recuperação das pontes, com os prazos revisados e as empresas responsáveis pelas intervenções; quais as medidas adotadas para evitar novos atrasos ou descontinuidade na execução das obras.

Pontes desabaram em 2022

A ponte sobre o rio Curuçá, localizada no quilômetro 23, da BR-319, no município do Careiro da Várzea, desabou no dia 28 de setembro de 2022, deixando quatro mortos e outras 14 pessoas feridas.

Logo depois, no dia 8 de outubro, a ponte Rio Autaz Mirim, no quilômetro 25, também cedeu, mas sem feridos.

 

Com informações da Aleam

Foto: Reprodução

Secretaria de Assistência Social de Parintins adquire R$ 6 milhões em materiais

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A presidente do Conselho Municipal de Assistência Social (CMAS), Joelilce Trindade Sarmento, aprovou o valor de R$ 6 milhões para aquisição de materiais permanentes em Parintins. O documento foi publicado no Diário Oficial do Município nesta sexta-feira, 6.

Na publicação, os montantes são segmentados por instituições. O valor destinado ao Centro de Referência Especializado (CREAS) é de R$ 1,641 milhão. O valor destinado ao CRAS Vila Amazônia é de R$ 1,330 milhão. Para o CRAS Santa Rita, o valor é de R$ 1,140 milhão.

O CRAS Paulo Corrêa é contemplado com R$ 1,137 milhão, enquanto o CRAS do Núcleo União é contemplado com R$ 1,451 milhão. No entanto, existe uma inquietação sobre a utilização desses recursos, considerando a necessidade da população em termos de assistência social. A resolução entra em vigor na data de sua publicação.

 

Da Redação

Foto: Divulgação

PA: Tríade de problemas que podem prejudicar a COP-30

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Um receio de crise se forja no céu de Belém quando se fala em COP-30, que será realizada no fim de 2025. Apesar do zelo da cidade e do Estado no preparo da estrutura, há três desafios enormes: os índices históricos de desmatamento no Pará (sim, ainda existe nas sombras da floresta, com madeira de lei tida como a melhor para o mercado); a falta de leitos de hotel para comitivas de quase 100 países (a ideia de navios-hotéis no rio ainda não vingou); e um fator alheio às mãos do governador Helder Barbalho (MDB), escolhido por Lula da Silva o anfitrião: a falta de acordo para uma Carta, ainda mais agora com a volta de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos. Há risco de o evento se tornar um passeio diplomático na floresta. Há dias, foi cancelada a audiência que a Comissão de Meio Ambiente da Câmara faria para tratar da COP-30. A iniciativa era da deputada Elcione Barbalho (MDB-PA), mãe do governador do Pará, que torce por vitrine nacional do filho Helder, todavia ele pediu cautela.

COP-30 será uma vitrine internacional e teste para o governador Helder como um potencial vice de Lula em 2026. Mas ele precisa mostrar soluções.

Queimadas 

Santarém tem sofrido com inúmeros registros de queimadas e a estiagem que tem afetado a população do município. Em meio ao problema ambiental, o Governo do Pará vem trabalhando intensamente e realizando reforços no combate aos incêndios na região. A fumaça proveniente do local chegou até o Amazonas. Elas são reflexos do desmatamento na região.

Alojamento em escolas 

Uma das ideias ‘geniais’ de Barbalho é reformar 17 escolas que servirão como alojamento durante a COP30. A ordem de serviço foi assinada em julho. A capacidade será de aproximadamente 5 mil pessoas. 

O motivo para essa adequação é simples: faltam hotéis em Belém. Em novembro e 2024, O Globo divulgou que uma pesquisa, em posse do governo do Pará, mostrou que a cidade tem um déficit de 43 mil leitos para o megaevento. A Região Metropolitana de Belém conta com 12 mil leitos, e apenas 864 deles são de hotéis da categoria luxo. O público estimado para a COP é de 40 mil a 60 mil pessoas.

Trump pode ser problema

Um fator que sai das mãos de Helder e do presidente Lula é a colaboração do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. O político é conhecido por ter uma posição muito agressiva com desregulamentações e sem propostas expressivas para a área. Por causa disso, o país pode ficar de fora do Protocolo de Intenções da COP30. Esse tipo de atitude não é novidade para Trump, uma vez que em 2017, em seu primeiro mandato, os Estados Unidos saiu do Acordo de Paris, sendo um dos passos mais simbólicos da política (anti) ambiental do presidente eleito. 

Para contornar uma possível ausência de Trump na COP30 e seus efeitos negativos, o governador do Pará disse, em entrevista, que os interesses da humanidade devem prevalecer e que ele espera a participação e a colaboração do presidente eleito dos Estados Unidos no megaevento

 

Da Redação com informações de IstoÉ

Foto: Divulgação

 

RR: Denarium só tem olhos para o agro e esquece outras áreas

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O governo de Roraima, na gestão de Antonio Denarium, tem passado por uma desaprovação por parte dos eleitores. Uma das áreas mais conhecidas, que virou ponto turístico, a serra do Tepequém, está entregue às traças por falta de estruturas básicas e não recebe a atenção devida.

Segundo dados do próprio governo, a estrada que dá acesso a Tepequém já recebeu obras no valor de R$ 10 milhões, porém não há reflexos desse investimento por lá. Denarium supervaloriza setores como o agro, dando vantagens a si próprio e aos seus sócios, com grandes benefícios do Estado.

Em contrapartida, há reclamações sobre o sistema de saúde com serviços atrasados, cirurgias eletivas que ‘demoram uma eternidade’ para serem marcadas.  Existem também escolas que estão na promessa de serem reformadas, pois não é de interesse do governo estadual a conclusão das obras em tempo hábil.

A promessa de Denarium, ainda no seu primeiro mandato, era de que a população seria mais autônoma e não dependeria tanto do governo. Sendo assim, fica subentendido a geração de emprego, investindo no turismo local e melhorias na educação, dando condições básicas para professores e alunos. Roraima seria outra se Denarium olhasse com carinho por outras áreas, como olha para o agro.

 

Com informações de Roraima em Tempo

Foto: Reprodução

Dulce Almeida aumenta em quase 25% contratos milionários de limpeza de esgoto

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A secretária municipal de Educação, Dulcineia Almeida, assinou dois termos aditivos milionários para serviços de manutenção e limpeza de sistemas de esgoto. Os serviços custarão mais de R$ 13 milhões aos cofres públicos.

O Termo Aditivo nº 092/202 prevê um aumento de 24,10% no valor original para serviços de manutenção preventiva e corretiva das estações de tratamento de esgoto. O contrato foi prorrogado por 12 meses, com vigência de 11 de novembro de 2024 a 10 de novembro de 2025. O valor global é de R$ 3.420.481,23.

Já o Termo Aditivo 098/2022 recebeu um acréscimo de 24,99%, destinado à ampliação dos serviços de limpeza e desentupimento de tubulações, caixas de gordura, fossas sépticas e sumidouros. A vigência também será de 12 meses, entre 12 de novembro de 2024 e 11 de novembro de 2025, totalizando R$ 9.769.464,00.

Os contratos têm como objetivo atender às necessidades das unidades escolares e administrativas da Secretaria Municipal de Educação (Semed). Ambos serão executados pela empresa Esgotec Serviços de Transportes LTDA – EPP, CNPJ 07.402.200/0001-10, administrada por Marlon de Souza Paz e com capital registrado de R$ 7 milhões na Receita Federal.

 

 

Da Redação

Tefé e outros nove municípios recebem recursos para enfrentamento da seca

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Por determinação do Ministério da Saúde, municípios amazonenses serão contemplados com recursos para enfrentamento da seca. Na lista de beneficiados estão Barcelos, Barreirinha, Coari, Fonte Boa, Maraã, Maués, Novo Aripuanã, Santo Antônio do Içá, São Sebastião do Uatumã e Tefé.

O maior valor repassado será de R$ 2.969.052,52, para Tefé. Na sequência estão Coari, com R$2.703.097,76, e Maués, com R$ 2.306.633,57.

Ao todo, o Amazonas receberá R$ 14.064.655,85. O montante é oriundo do Ministério da Saúde e deverá custear prejuízos causados pelo aumento dos focos de incêndio, da estiagem e crise climática que afetou o país.

O anúncio do repasse está publicado no Diário Oficial da União.

 

 

Da Redação

Ari Moutinho vira réu no STJ por agressões contra Conselheira

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A Corte Especial do STJ tornou réu o conselheiro do TCE/AM – Tribunal de Contas do Estado do Amazonas, Ari Moutinho Júnior, após denúncia do Ministério Público Federal pelo crime de injúria contra a conselheira Yara Amazônia Lins, atual presidente do Tribunal.

O caso, datado de outubro de 2023, teve início quando Yara Lins registrou denúncia na Delegacia-Geral de Polícia Civil, alegando ter sido gravemente ofendida e ameaçada por Ari Moutinho Junior, momentos antes da eleição para a presidência do Tribunal, referente ao biênio 2024/2025.

De acordo com o relato de Yara, ao cumprimentar Moutinho Junior com um “bom dia” após a eleição, recebeu uma resposta carregada de ofensas. “Eu fui dar bom dia, e ele me disse: ‘bom dia, nada. Safada, puta, vadia. Eu vou te f***r, você vai ver junto ao STJ”, afirmou a conselheira.

Após investigação conduzida pela Polícia Federal, o MPF ofereceu denúncia, que foi acolhida pelo STJ. O conselheiro agora responde a processo que pode resultar em pena de até seis meses de detenção, sem prejuízo de eventual reclassificação para crimes mais graves.

De acordo com o ministro Antonio Carlos Ferreira, relator do caso, os atos atribuídos a Moutinho Junior não ocorreram de forma isolada, mas estão inseridos em um contexto maior de disputas políticas e tensões pessoais dentro do Tribunal de Contas.

Histórico

Ari Moutinho Júnior acumula denúncias e polêmicas ao longo de sua trajetória pública.

Em 2004, foi acusado na Operação Albatroz por desviar R$ 500 milhões em licitações fraudulentas durante sua gestão como secretário da Casa Civil no governo Eduardo Braga. O caso envolvia empresas fictícias e levou à sua exoneração.

Em 2006, foi acusado de compra de votos ao oferecer tratamento dentário em troca de apoio eleitoral. Em 2021, foi investigado por suposta cobrança de propina envolvendo aluguel de um espaço comercial em Manaus.

Já em 2019, foi acusado de agredir um empresário de 70 anos em um shopping de Manaus. No ano seguinte, durante audiência pública, insultou o governador Wilson Lima e empresários com palavras de baixo calão.

Com informações do Migalhas

Foto: Divulgação

Mudança na composição da Câmara vira queda de braço entre bancadas e decisão pode ficar com TSE

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O Congresso Nacional tem até junho de 2025 para atualizar o número de deputados federais por estado. O prazo foi estabelecido em agosto de 2023 pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em uma ação movida pelo estado do Pará em março de 2017.

O tema, no entanto, está causando uma queda de braço entre as bancadas estaduais e há chances de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acabar alterando a composição da Câmara por meio de uma resolução. Uma das propostas debatidas prevê, por exemplo, que Santa Catarina ganharia quatro assentos, em detrimento do Rio de Janeiro, que perderia quatro deputados (veja a lista no final da reportagem).

Caso uma atualização não seja aprovada pelo Congresso até a data-limite, o STF já autorizou o TSE a alterar o número de deputados de acordo com os dados demográficos coletados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no Censo 2022.

A atual distribuição dos 513 deputados não é alterada desde 1993, mesmo com as mudanças na demografia brasileira. Desde então, mais de uma dezena de propostas de alteração na distribuição e até mesmo no número de deputados já foram apresentadas. A maioria delas, porém, enfrenta resistência, especialmente nos casos em que estados perderiam representantes. 

De acordo com a Constituição Federal, a representação popular na Câmara dos Deputados deve ser proporcional à população de cada estado, obedecendo os limites de oito deputados para os estados menos populosos e de 70 para os mais populosos. Há ainda a previsão de que os ajustes sejam realizados ao menos um ano antes das eleições para entrarem em vigor, seguindo o princípio da anualidade eleitoral

Para o autor de um dos projetos sobre o assunto, o deputado Rafael Pezenti (MDB-SC), a alteração é uma questão de justiça. “Já faz 31 anos que as bancadas não são atualizadas como deveriam. Precisamos fazer justiça. Há uma discrepância muito grande que precisa ser corrigida”, disse o deputado.

O texto apresentado por Pezenti prevê a redistribuição dos 513 deputados, fazendo com que sete estados ganhem representantes e outros sete tenham a representação reduzida. Ele representa Santa Catarina, um dos estados que pode ganhar quatro vagas. 

O Projeto de Lei Complementar 148/2023, de autoria deke, está em análise na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados. A votação, inicialmente prevista para o dia 27, foi adiada devido a um pedido de vista conjunta, especialmente articulado por deputados do Rio de Janeiro, estado que pode perder quatro vagas caso a proposta seja aprovada.

Propostas preveem diversas formas de alterar composição da Câmara 

Na ação no STF que norteia os debates sobre a composição da Câmara, o Pará alega que o Congresso tem sido omisso ao não regulamentar a representação de cada estado, nem definir critérios que devem ser utilizados para ajustar essa representação.

“Essa situação de omissão e mora legislativa vem prejudicando sobremaneira o estado do Pará, que desde o ano de 2010, pelo menos, faz jus a representação de mais quatro deputados federais, em razão do aumento de sua população. […] Fator que implica também na violação do pacto federativo, na medida em que desequilibra a representação dos estados na Câmara”, aponta o estado na petição inicial da ação. 

Diante da necessidade de legislar sobre o assunto, diversas propostas já tramitam no Congresso, prevendo a atualização das bancadas. Uma das mais antigas, que ainda tramita na Câmara, é a do ex-deputado Reguffe (PDT-DF). O Projeto de Lei Complementar 156/2012 pretende reduzir o número de deputados para 300. Em sua justificativa, Reguffe apontou que o atual número de deputados é excessivo. “Não existe democracia nem Estado Democrático de Direito sem um poder legislativo forte e atuante. Mas para ser forte e atuante, o poder legislativo não precisa ser ‘gordo’ ou ‘inchado’”, escreveu Reguffe em 2012. 

Outras propostas, preveem, por exemplo, que o número de representantes por estado não poderá ser reduzido, possibilitando apenas o aumento das bancadas. Essa proposta é defendida, em especial, pela bancada do Rio de Janeiro. 

A proposta que está para ser votada na CCJ prevê que sete estados ganhem representantes e outros sete tenham a representação reduzida. Na lista dos que perdem estão Bahia, Paraíba, Piauí e Rio Grande do Sul, que cederiam duas vagas, Alagoas e Pernambuco, que teriam menos uma cadeira, e Rio de Janeiro, que teria a bancada com menos quatro vagas e seria o mais prejudicado.

Doze estados e o Distrito Federal não serão afetados caso a atualização seja aprovada. Pará e Santa Catarina ganhariam quatro vagas; o Amazonas teria mais duas; Ceará, Goiás, Mato Grosso e Minas Gerais contariam com mais uma cadeira.

Além da mudança na Câmara dos Deputados, nos estados, as assembleias legislativas também teriam as bancadas aumentadas ou reduzidas de acordo com as alterações feitas na Câmara. Isso ocorre pois a Constituição determina que assembleias tenham o triplo da representação que os seus respectivos estados têm na Câmara, se o número de deputados federais for igual ou menor que 12.

O advogado Lucas Rodrigues, especialista em direito administrativo, explica que, quando a bancada de um estado tem mais de 12 deputados federais, triplica-se os 12, chegando portanto a 36, e soma-se a isso a quantidade de deputados federais que o estado tem além dos 12 inicialmente contabilizados. São Paulo, por exemplo, tem 70 deputados federais e 94 estaduais.

Representatividade é afetada pela atual distribuição das vagas na Câmara 

Diferentemente do Senado, em que os senadores representam as unidades da federação em número igual (três), a Câmara dos Deputados é o reflexo da representação populacional. No entanto, de acordo com a ação movida pelo estado do Pará junto ao STF, a falta de atualização das bancadas estaduais de acordo com o número de habitantes tem prejudicado a sua população. 

Ao debater a matéria na CCJ, deputados tem exposto uma série de argumentos sobre o tema. Para o deputado Éder Mauro (PL-PA), representante de um dos estados que ganharia quatro vagas, a proposta que muda a composição da Câmara precisa avançar. “Injustiça, especialmente com os estados do Norte, nós não podemos aceitar. Há 10 anos o Pará tem quatro vagas roubadas dele”, defendeu o deputado. 

Já para a deputada Laura Carneiro (PSD-RJ), que representa o único estado que perderia quatro vagas com o texto em discussão na CCJ, não está se levando em conta a representatividade.

“Eu vou lembrar como surgiu o número de 513 deputados. Lá atrás, quando a população brasileira era, segundo o IBGE, de 147 milhões de brasileiros, esse foi o número decidido na Constituição Federal, só que hoje a população brasileira aumentou 38%. Isso significa dizer que nós somos 203 milhões de brasileiros. […] A representatividade, por exemplo, dos nossos estados fica absolutamente comprometida”, pontuou a deputada. 

Deputados contrários a mudanças na composição questionam dados do Censo 

Um dos argumentos contrários à proposta de redistribuição das vagas é o de que haveria problemas na contagem da população feita pelo IBGE no Censo. Deputados afirmam que os recenseadores não chegam em todas as comunidades do Rio de Janeiro ou até ribeirinhos que vivem em regiões isoladas da Amazônia, por exemplo.  

Durante os debates, o deputado Áureo Ribeiro (Solidariedade-RJ) afirmou que o Censo “não tem efetividade” e que é “questionável”.

“Esse Censo já é questionado por diversos prefeitos no Brasil. Há cidades que têm mais eleitores do que moradores. Esse Censo não tem efetividade nas prefeituras, porque ele está sendo questionado por diversos prefeitos dos 5.500 municípios. Como é que nós pegamos esse Censo que é questionável e aplicamos esse Censo na redistribuição da nossa bancada dos estados representados? Um Censo que altera e pode prejudicar alguns estados e beneficiar outros estados?”, questionou o deputado do Rio de Janeiro. 

A deputada Laura Carneiro (PSD-RJ) também usou o argumento de que o Censo estaria errado e, portanto, que o STF estaria equivocado em sua decisão. “Nós estamos falando de uma decisão do Supremo Tribunal Federal que foi tomada com base no Censo de 2022, Censo esse que foi reformado em 2024. Desde 2022, esse Censo já estava errado. Portanto, a decisão do Supremo é equivocada. E o relatório é feito em função desses números”, disse a deputada.  

A deputada Chris Tonietto (PL-RJ) também questionou a forma como o Censo é realizado. “No Rio de Janeiro, eu quero saber quem vai fazer o Censo de forma adequada dentro do Complexo da Maré, do Complexo do Alemão, da Rocinha. Então, não podemos partir de algo que já vai ser injusto”, disse. 

O deputado relator da proposta que tramita na CCJ, Capitão Alberto Neto (PL-AM), no entanto, argumentou que mesmo quando levados em conta os Censos anteriores, o Rio de Janeiro perderia representantes, o que reforçaria a necessidade de mudança da composição da Câmara.

“Os deputados do Rio de Janeiro estão questionando o Censo. Se eu pegar o Censo de 2010, o Rio de Janeiro já perderia três deputados federais. Então, já existe uma discrepância há muito tempo, e a democracia está sendo prejudicada”, disse o deputado. 

A Gazeta do Povo tentou contato com o IBGE para saber se houve contestação dos dados do último Censo e quais estados ou municípios o fizeram, mas não obteve retorno até o fechamento da matéria. 

Deputados estão preocupados com ativismo judicial 

A atuação de presidente da CCJ, Caroline De Toni (PL-SC), ao pautar e colocar a proposta em votação foi criticada. Parlamentares argumentaram que a tentativa de fazer a proposta avançar decorreria do interesse dela em fazer com que o seu estado seja beneficiado. A presidente, no entanto, contesta as críticas afirmando que a matéria precisa ser apreciada sob pena de o Legislativo deixar de exercer sua competência, se omitindo sobre a matéria. 

O deputado Pezenti também enfatizou a competência do legislativo para tratar do tema. “Existe uma reclamação, justa, por parte do Congresso, do ativismo judicial. Será que vamos deixar para a Justiça mais uma vez a decisão sobre um tema que nós temos a incumbência de discutir?”, questionou o catarinense.

Para o mestre e doutor em Direito Constitucional, Rubens Beçak, a alteração por meio do legislativo é pertinente. “A atualização feita por outros modos, como se tentou já, por meio de resolução do Tribunal Superior Eleitoral há alguns anos, foi entendida como inconstitucional. Eu acho que é algo oportuno e que atenderia ao que é realmente o sentido da representação na Câmara dos Deputados”, disse Beçak.

O tema do ativismo judicial tem sido uma das pautas mais enfrentadas por deputados da direita brasileira. No entanto, a proposta que muda a composição da Câmara tem unido parlamentares da esquerda ao discurso.

“Não adianta nós dizermos que o Judiciário está legislando. Aqui se trata de omissão. Nós precisamos avançar numa proposição e cumprir o nosso papel, o papel de quem determina as regras do jogo, inclusive para que os tribunais se comportem a partir da decisão do Congresso. Se não fizermos isso, não poderemos reclamar, porque o Tribunal Superior Eleitoral terá que decidir” disse o deputado Airton Faleiro (PT-PA) ao defender o debate sobre a proposta no plenário da Câmara em agosto.

Ao mesmo tempo, deputados da direita tem defendido que o debate seja ampliado, o que pode fazer com que o prazo dado pelo STF não seja cumprido. A proposta precisa ser aprovada na CCJ, no plenário da Câmara e ainda seguir para tramitação no Senado. Além disso, o texto precisa ser sancionado pelo presidente da República.

Para o cientista político Tiago Valenciano, os deputados têm se pautado por uma “questão de sobrevivência” ao tratar do tema. “A ‘incoerência’ observada pela questão política pode ser compreendida em virtude do espaço de atuação destes deputados, podendo ter correlação direta entre os estados que representam. Portanto, não vejo uma ligação ativismo/questão política neste caso, mas somente uma sobrevivência política clara: menos cadeiras, menor é a chance de eleição”, avaliou Valenciano.

Deputados querem comissão especial para tratar da composição da Câmara

Diante das divergências, deputados propuseram que uma comissão especial seja criada para debater a melhor forma de alterar a composição das bancadas dos estados na Câmara, respeitando a representação da população. A deputada Dani Cunha apresentou um requerimento com esse intuito. 

“Nós acreditamos que a matéria precisa, sim, ser enfrentada, porém, numa Comissão Especial, onde haja um amplo debate de todos os lados, ‘quem ganha ou quem perde’. O assunto não é sobre ganhar ou perder, é sobre um recenseamento justo e sobre um debate amplo no seu devido espaço de tempo”, disse a deputada Dani Cunha. 

A criação da comissão, no entanto, depende de despacho do presidente da Casa. Neste sentido, a deputada enfatizou ainda que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), já teria sinalizado que concorda com a criação da comissão. Alagoas é um dos estados que perderá uma vaga, caso o texto apresentado pelo deputado Pezenti seja aprovado.

O deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), cotado como o sucessor de Lira na presidência da Câmara, também é representante de um estado que perderá vagas com a redistribuição proposta – pelo texto, a Paraíba perderá dois assentos. 

Deputados da Bahia têm se somado aos apelos pela criação de uma comissão especial. O deputado Bacelar (PV-BA), que é vice-líder do governo, falou sobre a distorção na representação e reforçou o pedido pela criação de uma comissão especial. “O governo acha que se deveria, como o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira, já falou, criar uma comissão especial”, disse Bacelar. 

Apesar dos pedidos para que os debates continuem, o autor da proposta avalia que há votos para aprovar o seu texto. “Quando formos ao plenário, teremos 96 deputados de estados que ganharão cadeiras. Se juntarmos a esses mais os 245 deputados de estados que não terão alteração, dos quais as bancadas já estão no piso ou no teto estabelecido pela Constituição, temos um total de 341 parlamentares dispostos, em tese, a votar favorável à nossa proposta. Precisamos de apenas 257 votos”, apontou Pezenti. 

Confira como ficam as bancadas, caso a alteração na composição da Câmara seja aprovada:

Alagoas: 8 deputados (variação -1)
Piauí: 8 deputados (-2)
Mato Grosso: 9 deputados (+1)
Amazonas: 10 deputados (+2)
Paraíba: 10 deputados (-2)
Goiás: 18 deputados (+1)
Santa Catarina: 20 deputados (+4)
Pará: 21 deputados (+4)
Ceará: 23 deputados (+1)
Pernambuco: 24 deputados (-1)
Rio Grande do Sul: 29 deputados (-2)
Bahia: 37 deputados (-2)
Rio de Janeiro: 42 deputados (-4)
Minas Gerais: 54 deputados (+1)

 

Da Redação com informações da Gazeta do Povo

Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Wilson Lima destaca avanços em políticas para a infância durante entrega do Selo Unicef para 29 municípios

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O governador Wilson Lima (União Brasil) destacou, nesta quinta-feira, 5, o avanço em políticas públicas no Amazonas voltadas para crianças e adolescentes. Os investimentos contribuíram para a premiação de 29 municípios amazonenses com o Selo Unicef, concedido pela Fundação das Nações Unidas para a Infância às cidades que atingiram metas em melhoras de indicadores como saúde, educação e combate à violência.

“Os pontos apresentados pelo Unicef estão muito conectados com aquilo que nós pensamos ser prioridade das políticas públicas para proteção das crianças e adolescentes. O Estado do Amazonas é o único da região Norte a assumir formalmente esse compromisso com o Unicef e, também, cooperar com as ações dos municípios, para que a gente possa atingir esses objetivos”, destacou.

O evento aconteceu no auditório da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), com a participação dos 55 municípios que aderiram à edição 2021-2024. O Selo é uma iniciativa do Unicef, uma das agências da Organização das Nações Unidas (ONU), reconhecendo e estimulando municípios que melhoraram as políticas públicas voltadas para crianças e adolescentes, nas áreas de educação, saúde, participação social e proteção contra a violência.

Na edição 2021-2024, o Amazonas avançou mais que a média nacional em três indicadores do Selo Unicef e teve a melhor participação na história dos 25 anos da certificação, com 55 municípios aderindo e 29 certificados. A quantidade dos que conseguiram a certificação, este ano, é 3,5 vezes maior do que no período de 2017-2020, quando apenas oito municípios alcançaram as metas.

Mobilização

Para atingir os resultados do Selo Unicef, o Governo do Amazonas mobilizou os municípios na execução das ações e cumprimento das metas exigidas. A atuação envolveu a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano (Sedurb) e Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE) na coordenação.

Também participaram das ações as secretarias de Estado de Assistência Social (Seas), de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc), de Educação e Desporto Escolar, de Saúde (SES-AM), Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP) e Companhia de Saneamento do Amazonas (Cosama). A Visão Mundial é a instituição parceira na implementação do Selo Unicef no estado.

Os 29 municípios que receberam a certificação são: Alvarães, Atalaia do Norte, Autazes, Barreirinha, Benjamin Constant, Boa Vista do Ramos, Boca do Acre, Borba, Careiro, Careiro da Várzea, Coari, Codajás, Eirunepé, Fonte Boa, Guajará, Humaitá, Iranduba, Itapiranga, Manacapuru, Manicoré, Novo Airão, Novo Aripuanã, Presidente Figueiredo, São Gabriel da Cachoeira, São Sebastião do Uatumã, São Paulo de Olivença, Tabatinga, Tonantins e Urucurituba.

Indicadores

O monitoramento dos índices é baseado em dados mais recentes dos ministérios da Saúde, Educação, Desenvolvimento Social, Justiça e Direitos Humanos, entre outras fontes. Um dos indicadores que apresentaram avanço no Amazonas é a cobertura de vacinação pela tríplice viral, que nos 29 municípios cresceu 8,8%, índice maior que a média nacional, que foi de 2,6%. O índice de abandono escolar também reduziu 39,3%, enquanto o nacional foi de 38%.

Também houve aumento na adesão ao Sistema de Informação para Infância e Adolescência (Sipia), por meio do qual os Conselhos Tutelares registram e encaminham casos de violência contra crianças, resultando em aumento de uma notificação, em 2020, para 1.187, em 2023.

Sede das agências da ONU

Durante o evento, o governador Wilson Lima realizou a assinatura do termo de repasse de um prédio do Estado para o Unicef. No local, irá funcionar a sede das agências da ONU (Unicef, Acnudh, Oim, Unfpa, Unodc e Unesco), que reunirá uma série de serviços voltados para educação, capacitação, apoio a refugiados e migrantes, assistência social, saúde, entre outras atividades em parceria com o Governo do Amazonas.

O governador assinou, ainda, um novo Memorando de Entendimento (MdE) que garante a continuidade da parceria entre o Estado e a organização internacional. A medida busca incentivar gestores a implementarem políticas públicas para garantir direitos à juventude.

“É um momento muito importante depois de quatro anos de trabalho com o selo Unicef, que é uma iniciativa que busca reconhecer melhorias na garantia de direitos de crianças e adolescentes dos municípios. O Amazonas fez um trabalho excepcional, porque 29 dos 55 que aderiram ao selo vão ser certificados hoje, o que mostra que esse trabalho conjunto não é só dos municípios, mas do Governo do Estado como um todo”, destacou a representante adjunta do Unicef no Brasil, Layla Saad.

 

Da Redação, com informações da Secom

Foto: Divulgação

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