agosto 17, 2025 05:47
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MP-AM se manifesta contrário ao pedido de prisão preventiva de Rosses

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Apontado como o organizador de carreata realizada na manhã deste domingo, 19, contra as ações do governo do Estado em relação à pandemia do coronavírus e pedindo a saída do governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), o tenente-coronel da reserva da Polícia Militar, Ubirajara Rosses, teve pedida a sua prisão preventiva à Justiça pelo coronel da PM, Francisco Corrêa Ribeiro, também neste domingo.

No entanto, o promotor de Justiça Jorge Alberto Gomes, que está no plantão do Ministério Público do Estado (MP-AM), indeferiu o pedido de prisão preventiva por entender que não ficou demonstrado na peça jurídica o grau de periculosidade de Rosses, além de, em nenhum momento no inquérito policial militar instaurado internamente no dia 1º deste mês solicitar a prisão preventiva do militar.

Rosses chegou a denunciar, via redes sociais, que estaria sendo perseguido pelo governador e sua equipe por tornar públicas críticas à sua gestão.

Ele intensificou essas críticas nos últimos dias e arregimentou uma manifestação contra o governo, que se realizou na manhã deste domingo.

Leia a decisão na íntegra:

Parecer MPAM Coronel Rosses

 

Da Redação O Poder

Foto: Divulgação

Em reunião do G20, ministro da Saúde destaca importância da OMS no combate ao Covid-19

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O ministro da Saúde, Nelson Teich, participou neste domingo, 19, da reunião de ministros da Saúde do G20. Em seu discurso foi reforçado a importância da Organização Mundial da Saúde (OMS) na luta contra a pandemia do novo coronavírus e também a defesa que os países do bloco encontrem uma cobertura de saúde universal e de qualidade.

A OMS tem sido alvo de críticas principalmente por parte do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que, na terça-feira,14, anunciou a suspensão da verba destinada à organização.

Em inglês, o ministro apontou que o “Brasil reconhece o papel da OMS” e que o país necessita de “uma abordagem integrada com outras organizações”. Além disso, Teich também assegurou que o Brasil está comprometido no trabalho em conjunto com os organismos internacionais.

O ministro também declarou que a pandemia irá provocar mudanças permanentes nos sistemas de saúde em todo o mundo e afirmou que os países do G20 “devem se comprometer integralmente em alcançar a cobertura de saúde universal”, priorizando na necessidade da população e na eficiência do serviço prestado.

Fake News

Teich aproveitou a ocasião para fazer críticas as notícias falsas sobre a pandemia, alegando que o compartilhamento de Fake News é um dos problemas no combate ao coronavírus. E ainda destacou a atuação do governo em auxiliar os estados e municípios, citando que US$ 2 bilhões em recursos federais foram destinados na distribuição de materiais e equipamentos hospitalares.

 

 

 

 

Conteúdo: Agência Brasil

Foto: Ministério da Saúde 

‘Não queremos negociar nada, queremos ação pelo Brasil’, diz Bolsonaro

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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) discursou para manifestantes que participavam de uma carreata em apoio ao governo, a favor de uma intervenção militar no Brasil e contra o Congresso.

As manifestações ocorreram em diversos pontos do país, incluindo Manaus, Salvador e São Paulo. Com discursos em defesa do isolamento vertical, a volta ao trabalho e abertura do comércio.

“Nós não queremos negociar nada. Nós queremos ação pelo Brasil”, declarou o presidente diante do quartel-general do Exército em Brasília. “Chega da velha política. Agora é Brasil acima de tudo e Deus acima de todos”, disse.

Bolsonaro teria participado de um almoço na residência de um dos filhos, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), quando se dirigiu ao quartel-general do Exército, onde acontecia uma manifestação.

“Todos têm que ser patriotas, acreditar e fazer sua parte para colocar o Brasil no lugar de destaque que ele merece. Acabou a época da patifaria. É agora o povo no poder. Mais que direito, vocês têm a obrigação de lutar pelo país de vocês”, declarou Bolsonaro.

O presidente ainda publicou em seu perfil no Twitter um vídeo onde mostra um trecho do seu discurso para os manifestantes, anunciando “Eu estou aqui porque acredito em vocês. Vocês estão aqui porque acreditam no Brasil”.

 

Conteúdo: Folha de São Paulo

Foto: Rafaela Felicciano/ Metrópoles

MP comprova denúncias enviadas ao O Poder sobre ‘inauguração fantasia’ do Hospital Nilton Lins

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Uma visita feita por integrantes do Gabinete de Enfrentamento de Crise do Covid-19 do Ministério Público do Amazonas (MP-AM), na tarde de sábado, 18, comprovaram as denúncias enviadas ao Portal ao Poder, sobre inauguração “fantasia” do hospital de campanha na Nilton Lins.

O portal O Poder recebeu uma denúncia neste domingo, 19, onde são relatadas informações de uma pessoa contratada para atuar no hospital de campanha Nilton Lins. Segundo relato, vários profissionais foram convocados sem nenhuma orientação do que realmente precisa ser feito. “Não tem nada pronto, tudo vazio, sem respiradores, sem equipamentos, sem nada”, diz em tom de desabafo.

Com aluguel mensal de R$ 866 mil apenas pelo espaço físico, o contrato de aluguel do Hospital Nilton Lins se transformou em uma crise jurídica para o governo do Estado, quando o juiz titular da 5ª Vara da Fazenda Pública Estadual, Cezar Bandieira, decidiu na noite de quarta-feira, 15, proibir o aluguel do prédio pelo governo.

Constatação

Na visita feita pelos membros do MP no Hospital de Campanha da Nilton Lins, onde o governo anunciou a criação de 32 leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e 100 leitos clínicos, foi constatado a falta de EPI’s (equipamentos de proteção individual) para os operadores, falta de medicamentos, além de equipamentos para a estruturação integral dos leitos de UTI.

De acordo com a Procuradora-Geral de Justiça Leda Albuquerque, a inspeção realizada pelos membros do Gabinete de Crise do MP-AM, teve por objetivo amealhar elementos de provas que subsidiem essa ação e os procedimentos mencionados.

“Pessoas estão morrendo sem o atendimento devido, precisamos garantir atendimento digno às pessoas infectadas, o Estado tem o dever, a obrigação legal de conferir dignidade a esses pacientes e aos profissionais da saúde e o MP está trabalhando firmemente para garantir isso”, afirmou a Procuradora-Geral Leda Mara Albquerque.

A inspeção guarda relação com os procedimentos instaurados pelo MP-AM, no Patrimônio Público e com a Ação Civil Pública (ACP nº. 0211960-80.2020.8.04.0001), ajuizada pelo órgão ministerial no último dia 15, que propôs ao governo do Estado a ativação de todos os leitos do Hospital Delphina Aziz e a contratação de leitos do Hospital Universitário Getúlio Vargas e Hospital Beneficente Português.

De acordo com o MP, a inauguração do hospital foi simbólica. “Leitos de UTIs ainda não estão em funcionamento, setores ainda estão sendo arrumados, máquinas sendo montadas e testadas, EPIs e medicamentos insuficientes, ausência de toalheiros, dispenser de sabonetes líquidos. Continuamos a questionar a razão de o Estado não utilizar os leitos clínicos do Hospital Delphina, do Hospital Getúlio Vargas, da Beneficente Portuguesa. Pacientes precisam de estruturas funcionantes na totalidade”, diz a procuradora, o que reforça ainda mais as denúncias envaidas ao O Poder.

O grupo, liderado por Leda Mara Albuquerque, foi composto pelo subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Jurídicos e Institucionais, Fábio Monteiro; as promotoras Silvana Nobre Cabral  (58ª PRODHSP – Saúde) e Cláudia Câmara (54ª Prodhsp – Saúde); os promotores Alberto Rodrigues Júnior (secretário-geral do MP-AM), Paulo Stélio (coordenador do Centro de Apoio às Promotorias de Justiça Especializadas na Proteção e Defesa do Meio Ambiente, do Patrimônio Histórico e Urbanismo – CAO-MAPH-URB) e Hilton Serra Viana (integrante).

 

Henderson Martins, para O Poder

Com informações do MP-AM

Foto: Divulgação

Ministro da Saúde diz que Amazonas, Ceará e Pernambuco irão receber respiradores

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O ministro da Saúde, Nelson Teich, declarou neste domingo,19, que os estados do Amazonas, Ceará e Pernambuco irão receber novos respiradores. O anúncio foi feito por meio do seu perfil no Twitter.

Ainda de acordo com Teich, os aparelhos são produzidos no Brasil e foram enviados neste domingo.

Os respiradores são essenciais para pacientes que apresentam sintomas graves do novo coronavírus.

Levantamento

Segundo os últimos dados do Ministério da Saúde, o Brasil possui 36,5 mil pacientes infectados pelo coronavírus.

O Ceará tem 3.034 casos e registrou 991 óbitos em decorrência do covid-19, ficando atrás de São Paulo, com 13,8 mil casos e 991 óbitos e Rio de Janeiro, com 4.543 casos e 387 mortes.

O Amazonas possui 1.897 casos confirmados e 161 óbitos. Já Pernambuco tem 2.193 casos e 205 mortes.

 

 

 

Conteúdo: Folha de São Paulo

Foto: Stephane Mahe/Reuters

Nicolás Maduro chama Jair Bolsonaro de ‘coronalouco’

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O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, chamou o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro de “coronalouco” durante entrevista a uma rádio argentina. Maduro disse que a irresponsabilidade de Bolsonaro causou o contágio e a morte de milhares de pessoas.

Maduro disse, ainda, que os números oficiais de infectados e de mortos pelo coronavírus na Venezuela são explicados pelo fato de o governo ter tomado “medidas audazes e a tempo”.

Eleição

O presidente venezuelano acenou com a possibilidade de adiar as eleições legislativas previstas para o dia 6 de dezembro, afirmando que a prioridade é combater a pandemia. Segundo ele, seria uma irresponsabilidade confirmar agora a data das eleições.

 

Conteúdo: Folha de São Paulo

Foto: Montagem

VÍDEO: Vereador denuncia que respiradores comprados pelo governo custaram sete vez mais

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Os respiradores comprados pelo governo do Amazonas e colocados em exposição durante a inauguração do Hospital de Campanha na Universidade Nilton Lins custaram 7 vezes mais o valor de mercado, segundo denúncia feita pelo vereador Marcelo Serafim (PSB), em um vídeo compartilhado nas redes sociais. (Veja o documento no final da matéria)

De acordo com o vereador, além de apresentarem alto preços, os equipamentos não são respiradores de fato, mas, instrumentos utilizados em ambulâncias para transporte de pacientes, e não para ventilação como se precisa neste momento para ajudar os pacientes acometidos pela Covid-19.

“Eu estou vendo, ainda, pelas notas, que o senhor, governador, pagou cerca de R$ 100 mil para adquirir esses ventiladores, quando eles custam em média R$ 15 mil no mercado. Então, além de o senhor não está colocando os equipamentos corretos, ainda está pagando sete vezes o valor efetivo pelos ventiladores”, disse o parlamentar.

Marcelo Serafim criticou a compra feita pelo governo do Estado e pediu que Wilson Lima não faça “negócios para os amigos”. “Isso é grave, isso dá prisão. Não esqueça da operação Maus Caminhos, e tantas outras operações que colocaram na cadeia as pessoas que não respeitaram a saúde pública”, ressaltou o vereador.

‘Fantasia’

Conversa na íntegra (Foto Divulgação)

Outra denúncia encaminhada ao O Poder, traz informações de uma “possível” funcionária contratada para atuar no Hospital de Campanha na Nilton Lins,. Segundo relato, vários profissionais foram convocados sem nenhuma orientação do que realmente precisa ser feito. “Não tem nada pronto, tudo vazio, sem respiradores, sem equipamentos, sem nada”, diz em tom de desabafo.

A pessoa diz, ainda, que acha que foram convocadas apenas para aparecer no vídeo publicitário do governo. “Surreal e muito triste. Tantos anos de corrupção, roubo e descaso com a saúde. Cada um teve que levar sua máscara e assim ficamos, em pé aguardando alguma orientação. Ninguém sabe nada. Muito triste. Fomos liberados até a próxima orientação para comparecer no hospital novamente”, concluiu.

Silêncio

A reportagem de O Poder procurou a Secretaria de Estado da Comunicação (Secom) para questionar os valores dos respiradores, mas até a publicação desta matéria não havia respondido aos questionamentos.

Veja o documento aqui 

 

Henderson Martins, para O Poder

Foto: Montagem

Comércio sente o efeito negativo do modelo de ‘substituição tributária’ na crise da pandemia

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O modelo de “Substituição Tributária”, aderida em 2012 pelo governo do Amazonas, durante a gestão do ex-governador Omar Aziz (PSD) e vice José Melo (Pros), vem causando grande prejuízo para o comércio durante a suspensão das vendas durante o enfrentamento do novo coronavírus (Covid-19). O entendimento é do presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Manaus (CDLM), Ralph Assayag.

Segundo ele, com a nova ferramenta tributária, o comércio que antes só pagava o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), depois de circular a mercadoria, ou seja, quando vendesse os produtos e, tão somente, por aquilo que vendesse, passou a quitar o imposto, em sua integralidade, no momento que a carga chega nos portos do Estado.

O novo modelo passou a valer em 1º de setembro de 2012, onde o Estado passou a praticar a chamada substituição tributária interna, já implementada em outros Estados como São Paulo, Paraná e Minais Gerais. É o que informa uma publicação feita pela própria Secretária de Fazenda (Sefaz).

À época, a medida buscava a redução da sonegação fiscal e tinha o efeito de tornar a fiscalização mais efetiva. Entretanto, com a pandemia trazida pela Covid-19 e o fechamento do comércio, o setor de vendas vem encontrando dificuldades para quitar as dívidas do ICMS.

Para Ralph Assayag, com o fechamento do comércio, o pagamento do imposto sem que as vendas sejam efetivadas, poderá deixar o setor em colapso, levando a categoria para a inadimplência

“A vida toda nós comerciantes só pagávamos o ICMS, depois de circular a mercadoria, ou seja, só pagávamos imposto daquilo que conseguimos vender, mas, de um tempo para cá, quando a mercadoria chega na barreira portuária, nós já temos que pagar todo o produto, no chamado ‘substituição tributária’, que foi implantado pelo governo”, explicou Ralph.

Produtos

Entre os produtos sujeitos à substituição tributária estão: instrumentos e aparelhos de óptica, fotografia, cinematografia, medida, controle e precisão; papel e cartão, bem como suas obras de pasta e celulose; aparelhos de telefonia celular; mobiliário; camas, assentos e demais artigos de colchoaria; brinquedos; charques e toucinhos defumados e, produtos da indústria alimentícia. Além da energia elétrica, que entrou na substituição tributária em 2019, no governo Wilson Lima (PSC).

Ralph Assayag explicou que o governo chegou a prorrogar o pagamento do ICMS, onde os estabelecimentos passam a pagar parte no dia 15 de abril e o restante no fim do mês. “Mas, nós estamos com os estabelecimentos fechados. Então, o certo era o governo ter dado 60 dias para quitar o imposto, que aí acreditamos que em 60 dias o comércio poderá voltar a abrir”, disse o presidente da CDL.

O empresário disse que a categoria está juntando os dados para mostrar ao governo do Estado que o parcelamento do pagamento do imposto não foi uma medida de 100% de acerto. “Até pelo fato de o comércio está preocupado, primeiramente, com o pagamento da folha. Somente depois de pagar a folha que pagam impostos”, ressaltou Ralph.

 

Henderson Martins, para O Poder

Foto: Hariel Fontenelle/O Poder

Grupo realiza carreata em Manaus contra as ações de Wilson Lima no combate à Covid-19

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Uma carreata organizada na manhã deste domingo, 19, percorreu as ruas de Manaus pedindo a saída do governador Wilson Lima (PSC) e desagravando as medidas do Governo do Estado adotadas para o enfrentamento do novo coronavírus (Covid-19) tanto na área da saúde quanto nos decretos que suspendem as atividades e proporcionam  compras governamentais sem licitação. (Veja o vídeo no final da matéria)

O organizador do evento, o tenente-coronel da reserva Ubirajara Rosses, disse que o movimento é de paz e pela libertação do Amazonas e que muita gente está aderindo à manifestação que pede saída do governador Wilson Lima.

Em um vídeo publicado no Instagram, o militar aparece imprimindo faixas com os dizeres #ForaWilsonLima e fala descaso da saúde pública. “Hoje, somos o Estado mais afetado pelo coronavírus e pelo descaso do governo na saúde pública de modo geral. Uma nova medida do Governo aumenta por mais seis meses o estado de calamidade, ou seja, por mais seis meses poderão efetuar qualquer tipo de compra sem prestar esclarecimento para ninguém, sem ter transparência”, disse o coronel.

Ainda no vídeo, o coronel disse que da mesma maneira que a população elegeu o governo do Amazonas, eles podem tirar. “Neste domingo, essas pessoas do bem, autônomos, militares, policiais de modo geral, estão se unindo para esta grande carreata com concentração na Avenida das Torres”, ressaltou o coronel.

Rosses disse que os manifestantes estarão protegidos com máscaras e dentro de seus carros, para evitar a proliferação do vírus.

Confira o vídeo: 

 

 

 

Henderson Martins, para O Poder

Foto: Montagem

Pensão alimentícia pode ser revista se renda for afetada na quarentena

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A pandemia do novo coronavírus mudou a rotina de milhares de brasileiros no último mês com o isolamento social adotado para evitar a disseminação da doença. Com a maioria das pessoas em casa, muitas empresas foram afetadas a ponto de precisarem até demitir seus colaboradores, além dos comerciantes e empresários que tiveram que fechar suas portas. Com isso, a renda de muitos brasileiros foi prejudicada e há quem esteja sem condições de pagar os valores da pensão alimentícia.

A advogada especialista em Direito Humanizado nas áreas de Família e Sucessões, Debora Ghelman, diz que a crise econômica gerada pelo novo coronavírus significa diminuição de vendas no comércio, perda em investimentos financeiros e o aumento do desemprego e explica que não serão raros os pedidos de revisão de pensão alimentícia.

“Importante esclarecer que a pensão alimentícia é arbitrada pelo juiz levando em consideração a possibilidade de quem paga e a necessidade de quem precisa dos alimentos. Trata-se do conhecido binômio necessidade/possibilidade. E o valor da pensão só poderá ser aumentado ou reduzido caso haja alguma alteração na renda do devedor ou credor dos alimentos. Então, comprovada a redução na capacidade econômica do devedor, é bastante plausível que haja um pedido judicial de revisão dos alimentos” diz a especialista.

A advogada ainda esclarece que apenas alegar que a renda foi afetada pela pandemia não é o suficiente para que seja arbitrada uma redução no pagamento, é preciso provar que houve uma diminuição na renda do devedor e que ela não é suficiente para arcar com o pagamento integral da pensão.

“Além disso, considerando-se que as contas para a manutenção da vida continuarão sendo cobradas e que, caso a criança seja contaminada com o vírus, os valores podem aumentar muito, é preciso ter muita cautela nos pedidos de revisão de alimentos que, com certeza, figurarão nas varas de família” explica.

Caso o valor realmente seja reduzido, é importante se atentar se a mudança é temporária ou se perdurará no tempo. “Se o pagador for um comerciante que teve seu negócio fechado por alguns meses, mas quando retornou conseguiu recuperar totalmente sua renda, o valor da pensão deve voltar a ser o mesmo de antes da pandemia, e até mesmo pode acontecer uma compensação pelos valores diminuídos anteriormente”, exemplifica Debora.

Devido à pandemia, no dia 25 de março, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) estendeu a todos os presos por dívida alimentícia os efeitos de uma decisão liminar que garante a prisão domiciliar. No começo de abril, o Senado aprovou projeto de lei que, entre outros pontos para a contenção do vírus, estabelece o regime domiciliar para os casos de atraso em pensão.

“Diversos arranjos podem ser feitos nessa situação totalmente inédita que vivemos, mas é preciso lembrar que a prioridade é que as despesas dos filhos sejam devidamente pagas. A pensão alimentícia é uma obrigação vinculada à sobrevivência daquele que os necessita, abrangendo tudo quanto o filho precisa para a sua sobrevivência e manutenção como ser social”, finaliza Debora.

Fonte e Foto: Agência Brasil 

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