novembro 5, 2025 17:20
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TCE-AM multa ex-prefeito de Barreirinha, Glênio Seixas, por não pagamento de acordo 

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O Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM) multou o ex-prefeito Glênio José Marques Seixas em razão da não quitação de parcelas do acordo de parcelamento firmado com o Fundo de Aposentadoria e Pensão dos Servidores Públicos de Barreirinha (FAPESB).

O pedido foi apresentado pela Secretaria-Geral de Controle Externo (Secex), por não constar a quitação e pela possível violação ao princípio do equilíbrio financeiro e atuarial. A solicitação foi julgada procedente.

Foi aplicada multa no valor de R$ 13.654,39 por ato praticado com grave infração à norma legal ou regulamentar de natureza fiscal, contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial. O não pagamento do acordo prejudicou o equilíbrio financeiro do sistema previdenciário e prejudicou diretamente a manutenção do benefício a ser concedido.

O Tribunal determinou prazo de 60 dias para a repactuação dos acordos de parcelamento e deu prazo de 30 dias para o recolhimento da multa.

Histórico de multas

Glênio Seixas atuou na gestão de Barreirinha durante dois mandatos, que iniciou no ano de 2017 e finalizou em 2024. Nesse período, o gestor acumulou multas e decisões desfavoráveis no TCE-AM.

Os motivos das multas e decisões negativas são os mais diversos, desde irregularidades no Portal da Transparência, descumprimento da Lei de Acesso à Informação, até suspensão de licitação milionária. Mesmo fora da prefeitura, as ações do ex-prefeito ainda reverberam negativamente na Corte de contas.

Confira decisão do TCE-AM aqui:

TCE-Barreirinha (1)

 

Ludmila Dias, para o Portal O Poder

Ilustração: Neto Ribeiro/O Poder

Senado aprova proposta que altera Lei da Ficha Limpa e muda prazos para inelegibilidade

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Nessa terça-feira, 2, o Senado aprovou um projeto que altera a lei da Ficha Limpa e muda a contagem do tempo em que uma pessoa fica proibida de se candidatar às eleições, a chamada inelegibilidade. Na votação foram 50 favoráveis ao projeto contra 24 que desaprovam a medida.

Esse prazo é de oito anos, mas o momento em que é aplicado vai variar conforme o tipo de crime cometido e a alteração pode reduzir este prazo em alguns casos. Na prática, a matéria reduz o tempo de punição para políticos cassados. 

Isso valerá para parlamentares (deputados, senadores, vereadores), governadores, prefeitos e seus vices. A mudança é que o prazo de oito anos começará a contar a partir do momento da cassação e não depois do fim do mandato para o qual o político foi eleito e deveria cumprir.

O texto seguirá para sanção do presidente Lula (PT). A proposta aguardava há um ano votação em plenário. Chegou a ser pautada pelo menos cinco vezes neste período, mas somente nesta terça houve consenso para aprovação.

O presidente do Senado e do Congresso, Davi Alcolumbre (União-AP), deixou momentaneamente a presidência da sessão para votar a favor da medida, afirmando que a “inelegibilidade não pode ser eterna”.

Sem efeitos para Bolsonaro

O projeto não altera a condição do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está inelegível até 2030 por abuso de poder político. Isso porque, neste caso específico, o texto mantém válida a regra atual.

Pela proposta, a pessoa condenada por abuso do poder econômico ou político, não poderá disputar eleições por oito anos, que serão contados a partir da data da eleição na qual ela cometeu o crime.

Apesar de mexer na redação, o texto não muda a jurisprudência já aplicada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), segundo juristas especialistas em direito eleitoral consultados pelo g1. É o que diz uma súmula da Corte Eleitoral, que define que o período conta a partir do dia da eleição e termina no “dia de igual número no oitavo ano seguinte”.

A proposta conserva a norma aplicada hoje para crimes hediondos, lavagem de dinheiro, aqueles praticados por organização criminosa e outros. Para estes delitos, o condenado na Justiça fica inelegível desde a sentença até oito anos após o cumprimento de toda a pena imposta. Esta foi uma demanda do senador Sérgio Moro (União-PR) ao relator, Weverton Rocha (PDT-MA), que inicialmente propôs alterar a lei, mas depois acatou a sugestão. 

 

Com informações de G1

Luxo, gado e fraudes: Investigação da Polícia Federal afasta governador de TO

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O governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos), foi afastado do cargo por seis meses após ser alvo da segunda fase da operação Fames-19, deflagrada pel Polícia Federal nesta quarta-feira, 3, em Palmas (TO). O afastamento foi determinado pelo ministro Mauro Campbell, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), e será levado para análise especial da Corte

A operação Fames-19 investiga desvio de dinheiro voltado ao enfrentamento da Covid-19, ainda durante a pandemia, incluindo verbas parlamentares destinadas à aquisição de cestas básicas. As investigações, que tramitam sob sigilo no STJ, apontam fortes indícios de um esquema de desvio de recursos públicos entre os anos de 2020 e 2021, período em que os investigados teriam se aproveitado do estado de emergência em saúde pública e assistência social para fraudar contratos de fornecimento de cestas básicas.

Segundo a apuração, foram pagos mais de R$ 97 milhões em contratos para fornecimento de cestas básicas e frangos congelados, com prejuízo estimado superior a R$ 73 milhões aos cofres públicos. Os valores desviados teriam sido ocultados por meio da construção de empreendimentos de luxo, compra de gado e pagamento de despesas pessoais dos envolvidos.

Mais de 200 policiais federais estão cumprindo 51 mandados de busca e apreensão em Palmas (TO), Araguaína (TO), Distrito Federal, Imperatriz (MA) e João Pessoa (PB). A PF busca reunir novos elementos sobre o uso de emendas parlamentares e o recebimento de vantagens indevidas por agentes públicos e políticos.

O governador, agora afastado, se posicionou por meio de nota e afirmou que a decisão é precipitada. Confira na íntegra:

Recebo a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) com respeito às instituições, mas registro que se trata de medida precipitada, adotada quando as apurações da Operação Fames-19 ainda estão em andamento, sem conclusão definitiva sobre qualquer responsabilidade da minha parte. É importante ressaltar que o pagamento das cestas básicas, objeto da investigação, ocorreu entre 2020 e 2021, ainda na gestão anterior, quando eu exercia o cargo de vice-governador e não era ordenador de despesa.

Reforço que, por minha determinação, a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) e a Controladoria-Geral do Estado (CGE) instauraram auditoria sobre os contratos mencionados e encaminharam integralmente as informações às autoridades competentes.

Além dessa providência já em curso, acionarei os meios jurídicos necessários para reassumir o cargo de Governador do Tocantins, comprovar a legalidade dos meus atos e enfrentar essa injustiça, assegurando a estabilidade do Estado e a continuidade dos serviços à população.

 

Da Redação, com informações da Polícia Federal e CNN
Foto: Divulgação

 

Visivelmente acuado, Maduro diz querer ser aliado de Trump; veja vídeo

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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, declarou que o país está disposto a cooperar para acabar com o narcotráfico, se esse realmente for o desejo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A declaração foi feita na segunda-feira, 1º, durante uma coletiva de imprensa em Caracas, onde o líder venezuelano afirmou que a Venezuela tem a “experiência e os resultados concretos” no combate às drogas.

“Se você, presidente Trump, realmente quer falar de uma luta para acabar com o narcotráfico, a Venezuela tem a experiência. Modestamente, temos a experiência e os resultados concretos”, destacou Maduro.

Recentemente, o conflito entre EUA e Venezuela escalou, após o líder norte-americano ordenar o envio de navios de guerra para as costas venezuelanas, justificando que precisa conter o narcotráfico composto por um cartel de drogas venezuelano, no qual Maduro seria classificado como chefe da organização pelos EUA.

A suposta ligação do presidente venezuelano com o tráfico internacional de drogas — sem provas concretas — surge em meio a mudanças na política externa dos EUA, na qual narcotraficantes podem ser considerados como “terroristas”.A suposta ligação do presidente venezuelano com o tráfico internacional de drogas — sem provas concretas — surge em meio a mudanças na política externa dos EUA, na qual narcotraficantes podem ser considerados como “terroristas”.

No entanto, o mandatário venezuelano se mostrou flexível e afirmou que está à disposição para alinharem uma estratégia contra o cartel de drogas venezuelano. O governo de Maduro alegra que Trump usa falsa narrativa para invadir o país, justificando que a Venezuela sequer foi mencionada no Relatório Mundial sobre Drogas de 2025 do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNDOC), reforçando ser um “país livre de cultivos ilícitos”.

“Se o resto dos países da América do Sul, América Central quiserem coordenar uma única estratégia sobre este tema, sobre este problema, estamos totalmente à disposição”, afirmou o líder venezuelano.

A associação de Maduro ao Cartel de los Soles foi feita, inicialmente, pelo secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio. A autoridade dos EUA afirmou que “o regime de Maduro não é um governo legítimo, nunca o reconheceremos como tal”.

Veja vídeo:

 

Da Redação com informações de Metrópoles

Foto: Reprodução

STF invalida parte de lei do Amazonas sobre compensação pela exploração de petróleo

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O Supremo Tribunal Federal (STF) invalidou trechos de uma lei do Amazonas que trata da fiscalização, arrecadação e participações financeiras relativas à exploração de recursos minerais e hídricos, incluindo petróleo e gás natural, no território do estado. O entendimento é de que só a União pode legislar sobre as obrigações principais relacionadas ao tema. 

A decisão foi tomada na sessão plenária virtual encerrada em 22 de agosto no julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5335. Ela foi divulgada pelo tribunal na segunda-feira, 1º. A ação foi proposta pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra a Lei estadual 3.874/2013. 

Obrigações principais

O relator, ministro Nunes Marques, explicou que, de acordo com a Constituição Federal, a União, os estados e os municípios têm competência comum para registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos e minerais em seus territórios. Contudo, embora a Constituição Federal assegure aos estados os royalties decorrentes da participação no resultado da exploração desses recursos em seu território, a sistemática de definição, arrecadação e lançamento de compensações e participações financeiras deve ser disciplinada por lei federal.

Obrigações acessórias

Em relação às obrigações acessórias, Nunes Marques destacou que, em casos semelhantes, o Supremo julgou constitucionais leis locais que as regulam. Nesse sentido, votou pela validade das disposições da lei estadual que tratam da fiscalização das quota-partes repassadas pelas concessionárias exploradoras situadas no território do Amazonas.

Efeitos

Em razão do interesse público e da segurança jurídica, além do risco de impacto financeiro-orçamentário ao estado, a decisão terá efeitos a partir do julgamento. Ficam ressalvadas as ações ajuizadas individualmente até a publicação da ata do julgamento.

A decisão foi unânime.

 

Da Redação com informações do STF

Foto: Geraldo Falcão/Agência Petrobras 

 

 

 

União Brasil e PP anunciam saída do governo Lula

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Os partidos União Brasil e Progressistas, que juntos formam a federação União Progressista, com mais de 100 parlamentares no Congresso Nacional, anunciaram nesta terça-feira, 2, que “detentores de mandato” filiados às legendas devem renunciar a qualquer cargo ocupado no governo federal. A medida formaliza o desembarque dos partidos da base de apoio do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Em caso de descumprimento desta determinação, se dirigentes desta federação em seus estados, haverá o afastamento em ato contínuo. Se a permanência persistir, serão adotadas as punições disciplinares previstas no estatuto”, diz o comunicado.

A nota foi lida pelo presidente do União Brasil, Antônio Rueda, ao lado do presidente nacional do PP, o senador Ciro Nogueira (PI), em um pronunciamento na Câmara dos Deputados. Mais cedo, os dois líderes partidários já haviam acertado os detalhes deste rompimento em reunião com aliados.

“Esta decisão representa um gesto de clareza e de coerência. É isso que o povo brasileiro e os eleitores exigem de seus representantes”, completa o comunicado.

A medida pode impactar a permanência dos ministros do Turismo, Celso Sabino (União-PA), e do Esporte, André Fufuca (PP-MA). Ambos são deputados federais, ou seja, detentores de mandatos filiados aos partidos da federação.

Até o momento, não houve manifestação dos dois ministros mais diretamente impactados pelo comunicado da federação União Progressista. Além disso, o União Brasil, por meio do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (AP), tem indicações em outras duas pastas: Waldez Góes (Desenvolvimento Regional) e Frederico de Siqueira (Comunicações).

O PP também ocupa o comando da Caixa Econômica Federal, com Carlos Vieira, indicado pelo ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL).  

Compromisso

Em nota postada nas redes sociais, a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, responsável pela articulação política do governo federal, diz respeitar a decisão da federação, mas cobrou compromisso de quem se mantiver nos cargos.

“Respeitamos a decisão da direção da Federação da UP. Ninguém é obrigado a ficar no governo. Também não estamos pedindo para ninguém sair. Mas quem permanecer deve ter compromisso com o presidente Lula e com as pautas principais que este governo defende, como justiça tributária, a democracia e o estado de direito, nossa soberania. Precisam trabalhar conosco para aprovação das pautas do governo no Congresso Nacional. Isso vale para quem tem mandato e para quem não tem mandato, inclusive para aqueles que indicam pessoas para posições no governo, seja na administração direta, indireta ou regionais”, escreveu a ministra.

 

Da Redação com informações da Agência Brasil

Foto: Divulgação

Julgamento do plano de golpe será retomado nesta quarta-feira no STF

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O julgamento sobre o plano de golpe de Estado será retomado na manhã desta quarta-feira, 3, e contará com a sustentação da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A sessão está marcada para começar às 9h (horário Brasília). O primeiro a falar será o advogado do general Augusto Heleno. A defesa disse ter preparado 107 slides de apresentação e afirmou que vai usar o tempo total a que tem direito, de uma hora.

Em seguida, falam as defesas de Bolsonaro, dos ex-ministros Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto.

Na terça-feira, 2, Paulo Sérgio foi o único réu a acompanhar presencialmente o julgamento. O ex-ministro disse a aliados que a ida ao Supremo é um gesto de “defesa da honra”. A defesa dos outros réus disse que eles não irão à Corte nesta quarta.

Nesta quarta, a sessão se encerra às 12h. Isso porque os ministros precisam estar disponíveis para participar da sessão plenária que começa às 14h. Com isso, o voto do ministro Alexandre de Moraes e dos outros magistrados devem ficar para a próxima semana.

Primeiro dia

Moraes abriu o primeiro dia de julgamento com a leitura do relatório. O documento rememora todas as fases do processo e as provas produzidas. Ele levou 1 hora e 40 minutos.

Em seguida, falou o procurador-geral da República, Paulo Gonet. Ele pediu a condenação de todos os réus e afirmou que os atos que compõem a denúncia são “espantosos”.

Segundo ele, a tentativa de golpe não pode ser tratada como “aventuras inconsideradas” ou “devaneios utópicos”.

O procurador disse ainda que as acusações não se baseiam em “suposições frágeis”.
Depois falou a defesa do tenente-coronel Mauro Cid. Os advogados reiteraram a importância da delação premiada para a investigação, negaram qualquer tipo de pressão ou coação do militar e pediram para que benefícios fossem mantidos.

A defesa do deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), por sua vez, disse que os documentos encontrados ao longo da investigação, eram anotações que ele fazia. De acordo com a defesa, o ex-chefe da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) costumava fazer uma “espécie de diário” e que “tudo ele anotava”.

Já a defesa do ex-comandante da Marinha Almir Garnier usou 20% de seu tempo para elogiar os ministros do STF. Chegou a dizer que o ministro Cristiano Zanin é um “ídolo”, que teve apogeu na carreira quando advogou para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O advogado Demóstenes Torres criticou a delação do tenente-coronel Mauro Cid e pediu a rescisão do acordo. Segundo ele, a proposta da PGR de modificar os benefícios acordados é “injurídica”.

Por fim, falou a defesa do ex-ministro Anderson Torres. O advogado rebateu provas da acusação e disse que Torres teve diversas reuniões para pôr fim aos acampamentos em frente ao Quartel-General do Exército.

Reafirmou que a minuta encontrada na casa de Torres já estava previamente circulando na internet e argumentou que o ex-ministro não é mencionado na delação de Mauro Cid.

Julgamento

A Primeira Turma do STF começou a julgar nesta terça-feira, 2, os réus do núcleo 1 no processo que apura suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

Além de Bolsonaro, integram o grupo:

  • Alexandre Ramagem, deputado federal e ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência;
  • Almir Garnier, almirante e ex-comandante da Marinha;
  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça;
  • Augusto Heleno, general da reserva e ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional);
  • Mauro Cid, tenente-coronel e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;
  • Paulo Sérgio Nogueira, general e ex-ministro da Defesa;
  • Walter Braga Netto, general da reserva e ex-ministro da Casa Civil e da Defesa.

Eles respondem por tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, participação em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Se condenados, as penas podem ultrapassar 40 anos de prisão.

A única exceção é Alexandre Ramagem, que teve a acusação de dois crimes suspensa pela Câmara dos Deputados. Ele responde apenas por golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa armada.

Cinco sessões da Primeira Turma foram reservadas para o julgamento, que se encerra em 12 de setembro.

 

Da Redação com informações de G1

Foto: Divulgação

David Reis participa de inauguração de escola municipal no Lago Azul

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O presidente da Câmara Municipal de Manaus (CMM), vereador David Reis (Avante), participou, nesta terça-feira, 2, da inauguração da escola municipal Deputado Arthur Virgílio do Carmo Ribeiro Bisneto, localizada no, bairro Lago Azul, zona Norte da capital. A cerimônia foi conduzida pelo prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), e reuniu autoridades municipais, gestores, professores, alunos e moradores da região.

A nova unidade de ensino, que integra a rede da Secretaria Municipal de Educação (Semed), tem capacidade para atender 453 alunos. A estrutura foi projetada para proporcionar melhores condições de aprendizado e contribuir com o desenvolvimento educacional da zona Norte, uma das áreas que mais cresce em Manaus.

Representando o Legislativo Municipal, o presidente David Reis ressaltou que a Câmara tem sido parceira em iniciativas que fortalecem o direito à educação e que a inauguração de uma nova escola é também um investimento no futuro da cidade.


“A educação é a base da transformação social. Uma escola como esta não só amplia o acesso ao ensino, mas também oferece novas perspectivas para as famílias do Lago Azul. Enquanto presidente da Câmara, reafirmo nosso compromisso em apoiar projetos que fortaleçam a qualidade de vida do povo de Manaus”, afirmou David Reis.

O parlamentar também destacou que a CMM segue atuando em conjunto com a prefeitura e demais órgãos para garantir que mais comunidades sejam contempladas com investimentos em educação, infraestrutura e qualidade de vida.

“Nosso trabalho no Legislativo é fiscalizar, apoiar e contribuir para que ações como essa cheguem a todas as zonas da cidade. A população precisa de políticas públicas que realmente façam a diferença em seu dia a dia, e a educação é um dos pilares mais importantes nesse processo”, acrescentou.

 

Da Redação
Foto: Divulgação

Na gestão do Pastor Edir, MPAM aponta falhas graves na Saúde e Educação em Maraã

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O Ministério Público do Amazonas (MPAM) abriu uma série de procedimentos para investigar a gestão do prefeito Pastor Edir (UB), em Maraã. As ações abrangem áreas como saúde, educação, infância e patrimônio público, diante de denúncias de irregularidades na administração municipal.

Sobrepreço na compra de medicamentos

O MPAM instaurou procedimento para apurar a legalidade, o custo-benefício e a transparência nos contratos de aquisição de medicamentos pela Prefeitura de Maraã. A medida decorre de denúncias anônimas sobre possível sobrepreço nesses contratos.

O promotor, Marcos Túlio Pereira Correia Júnior, estabeleceu o prazo de 15 dias para apresentação de cópias de todos os procedimentos licitatórios, relatórios detalhados de compras e pagamentos, além da lista completa dos medicamentos adquiridos e respectivos valores.

O órgão também recomendou que a prefeitura melhore o Portal da Transparência, disponibilizando informações sobre compras de medicamentos, contratos, notas fiscais e fornecedores.

Conselho Tutelar em condições precárias

Após visita técnica ao Conselho Tutelar de Maraã, realizada em 14 de agosto, o MPAM constatou deficiências graves na estrutura do órgão responsável pela proteção dos direitos da criança e do adolescente.

Foram observados problemas como banheiro em estado precário, pintura deteriorada, falta de limpeza, iluminação deficiente e equipamentos obsoletos. Segundo o promotor, Marcos Túlio Pereira Correia Júnior, a situação compromete a qualidade do atendimento e viola direitos fundamentais da população infantojuvenil.

O MP recomendou que a Prefeitura apresente, em até 30 dias, um projeto técnico para reforma e adequação do Conselho Tutelar, incluindo melhorias estruturais, aquisição de equipamentos e condições dignas de trabalho para os conselheiros. Caso não cumpra, a gestão poderá responder por improbidade administrativa.

Irregularidades em licitação

O MPAM também apura supostas irregularidades no procedimento licitatório SRP 002/2021 – CML, realizado pela Prefeitura de Maraã. A Notícia de Fato foi convertida em Inquérito Civil Público para colher provas que podem resultar em ação judicial contra a gestão.

Entre as diligências determinadas estão a requisição de documentos relacionados às empresas participantes, cópia da ata da licitação, homologação e publicação do resultado, além de esclarecimentos sobre as denúncias.

Pagamento de professores irregular

Outra frente de investigação do MPAM envolve a educação. Um inquérito civil foi instaurado após denúncia anônima de uma professora da rede municipal sobre possíveis irregularidades na remuneração dos docentes de Maraã.

A Promotoria determinou que a Prefeitura preste informações sobre o fato, no prazo de 10 dias úteis.

 

Da Redação
Foto: Divulgação 

Anistia, sanção dos EUA e mais 3 recados na fala de Moraes

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A primeira fala do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus pela trama golpista teve uma defesa da Corte na condução do processo e críticas à pressão do governo dos Estados Unidos e à defesa de uma anistia para os envolvidos.

Moraes ainda fez um aceno ao ministro Luiz Fux, principal esperança de divergência entre as defesas, e citou o inquérito aberto contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que levou à prisão domiciliar de Bolsonaro. 

Antes da leitura do relatório, tradicionalmente a primeira etapa do julgamento, Moraes fez uma declaração inicial, tratando de diversos aspectos da tramitação da ação penal e rebatendo críticas e pressões. Depois leu o relatório, uma espécie de resumo de todo o processo até aqui. 

Confira os principais pontos:

‘Impunidade’

Sem citar diretamente os pedidos de anistia, Moraes afirmou que a “impunidade, a omissão e a covardia não são opções para a pacificação”. Os defensores de um perdão para os envolvidos nos atos golpistas do 8 de janeiro costumam citar como objetivo a “pacificação” do país.

— A História nos ensina que a impunidade, a omissão e a covardia não são opções para a pacificação. Pois o caminho aparentemente mais fácil, e só aparentemente, que é da impunidade, que é da omissão, deixa cicatrizes traumáticas na sociedade.  

O ministro acrescentou que a impunidade pode levar ao um incentivo de outras tentativas de golpe:

— Confundir a saudável e necessária pacificação com a covardia do apaziguamento, significa impunidade e desrespeito à Constituição federal e mais, significa incentivo a novas tentativas de golpe de Estado”.   

Pressão dos Estados Unidos

Moraes também afirmou que foi descoberta uma “verdadeira organização criminosa” que teria tentado coagir o STF e submetê-lo “ao crivo de outro Estado estrangeiro”. 

— Lamentavelmente, no curso da ação penal se constatou a existência de condutas dolosas e conscientes de uma verdadeira organização criminosa, e de forma jamais vista anteriormente em nosso país, passou a agir de covarde e traiçoeira, com a finalidade de tentar coagir o Poder Judiciário, em especial esse Supremo Tribunal Federal e submeter o funcionamento da Corte ao crivo de outro Estado estrangeiro.  

O governo do presidente Donald Trump cassou os vistos da maioria dos ministros do STF e ainda incluiu Moraes na Lei Magnitsky, que prevê restrições econômicas, como o bloqueio de contas bancárias e de bens que tenham relação com o sistema financeiro americano. Além disso, o julgamento de Bolsonaro foi citado por Trump como um dos motivos para aplicar uma tarifa de 50% em produtos brasileiros. 

— A história desse Supremo Tribunal Federal demonstra que jamais faltou ou jamais faltará coragem aos seus membros para repudiar as agressões contra os inimigos da soberania nacional, da democracia, do Estado de Direito ou da independência do Poder Judiciário — acrescentou o magistrado. 

‘Devido processo legal’

O relator afirmou que o STF vai analisar as provas produzidas, respeitando o “devido processo legal, a ampla defesa, o contraditório”, e que os réus serão inocentados caso “qualquer dúvida razoável sobre a culpabilidade”. 

— A missão desse Supremo Tribunal Federal é analisar as acusações oferecidas pela Procuradoria-Geral da República, a partir das provas produzidas, segundo o devido processo legal, a ampla defesa, o contraditório, como foi verificado na presente ação penal e será detalhado no relatório. Existindo provas acima de qualquer dúvida razoável, as ações penais serão julgadas procedentes e os réus condenados. Havendo prova da inocência, ou mesmo qualquer dúvida razoável sobre a culpabilidade dos réus, os réus serão absolvidos. Assim se faz a Justiça. 

De acordo com Moraes, a Constituição deu “uma competência penal” ao STF, que está sendo exercida agora de forma legítima

— Esse julgamento é que se inicia, do denominado núcleo crucial, pela Procuradoria-Geral da República, é mais um desdobramento do legítimo exercício pelo Supremo Tribunal Federal de sua competência penal, conferida pelo legislador constituinte em 1988.  

Inquérito e cautelares

Já na leitura do relatório, Moraes destacou que foi instaurado um outro inquérito, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), para investigar se Eduardo Bolsonaro atuou para pressionar o governo dos Estados Unidos a sancionar autoridades brasileiras, como forma de atrapalhar a ação penal da trama golpista. 

O ministro ressaltou que foram impostas “uma série de medidas e cautelares”. O principal alvo delas foi Jair Bolsonaro, que primeiro teve que colocar tornozeleira eletrônica e ficou proibido de usar redes sociais, e depois foi colocado em prisão domiciliar. 

— Por pedido da Procuradoria-Geral da República, determinei a instauração do inquérito policial para apurar a conduta delitiva do deputado federal Eduardo Nantes Bolsonaro — afirmou, acrescentando: — A pedido da Procuradoria-Geral, também determinei uma série de medidas e cautelares. 

Participação de Fux

Ao relembrar as audiências com as testemunhas de acusação e defesas, realizadas entre maio e junho, Moraes destacou a “honrosa participação” do ministro Luiz Fux. Depois, acrescentou que no primeiro dia estavam presentes todos os ministros da Primeira Turma. 

— As audiências foram realizadas por videoconferência, sob a minha presidência, e com honrosa participação do eminente ministro Luiz Fux. Na verdade, no primeiro dia, com honrosa participação de todos os ministros.  

Fux é visto, por parte dos réus e da defesa, como o ministro que tem mais chances de pedir vista, interrompendo o julgamento, ou de divergir de Moraes, votando pela absolvição ou por penas menores.

 

Da Redação com informações de O Globo

Foto: Reprodução/STF

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