novembro 10, 2025 05:40
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TCE-AM suspende pregão da Prefeitura de Manacapuru

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O Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM) admitiu o pedido de representação e deferiu a medida cautelar, no qual determina a imediata suspensão do pregão eletrônico SRP N.º 016/2025 da Prefeitura de Manacapuru, por possíveis ilegalidades.

O pedido de representação foi apresentado pela empresa Perfil Saúde Atividade Médica Ltda, que apontou confusão entre habilitação técnico-profissional e qualificação técnico-operacional, exigindo de todos os profissionais médicos que integrarão a equipe documentação como diplomas, registros no CRM, RQE, certificados e históricos.

A empresa indica que as exigências são irrazoáveis, desproporcionais e inexequíveis, ao desconsiderarem a rotatividade natural desses profissionais e impõem ônus excessivo às licitantes.

Além disso, destaca que a exigência do Registro de Qualificação Específica (RQE) é redundante, visto que a comprovação de especialidade pode se dar por residência médica ou título reconhecido, sendo suficiente a qualificação dos responsáveis técnicos e cita a Lei nº 14.133/21.

O conselheiro e relator Júlio Assis Corrêa Pinheiro destacou no relatório que as irregularidades caracterizam ameaça de grave lesão ao erário, de modo que o pregão traz consigo cláusulas que comprometem a disputa, inviabilizando a prefeitura do município de analisar uma oferta extremamente vantajosa em sua técnica e preço.

Confira a decisão do TCE-AM na íntegra;

TCE- Manacapuru

 

Ludmila Dias, para o Portal O Poder

Foto: Divulgação

Ilque Cunha contrata três empresas pelo valor de R$ 3,7 milhões para fornecer merenda escolar em Juruá

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O prefeito Ilque Cunha de Lima contratou três empresas para fornecer gêneros alimentícios destinados à merenda escolar da rede municipal de ensino em Juruá por 12 meses. O contrato foi divulgado na última terça-feira, 25.

A empresa H. A. de Aguiar Ltda, inscrita no CNPJ n.º 07.039.988/0001-41, receberá R$ 1.939.186,40. Com sede em Manaus, a vencedora atua no setor de comércio varejista de produtos alimentícios em geral ou especializado em produtos alimentícios não especificados anteriormente. 

O segundo contrato é com a empresa G.V. Comércio Atacadista de Máquinas e Equipamentos e de Comércio de Produtos Alimentícios Ltda, inscrita sob o CNPJ n.º 22.581.616/0001-36, receberá o valor de R$ 1.410.975,40. Com sede em Manaus, a contratada atua no serviço de comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios — minimercados, mercearia e armazéns.

A terceira contratada é a Y. A. da Rocha Comércio e Serviços, inscrita sob o CNPJ de n.º 02.425.219/0001-68, receberá o valor de R$ 398.568,00. Com sede em Manaus, a empresa atua no setor de comércio varejista de produtos alimentícios.

A soma dos valores que as três empresas devem receber é de R$ 3.748.729,80. O prefeito assinou a contratação no dia 16 de junho.

Ludmila Dias, para o Portal O Poder

Foto: Divulgação

Em Nova Olinda do Norte, prefeita firma contratos milionários com mesma empresa para pavimentação e iluminação

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A Prefeita de Nova Olinda do Norte, Professora Araci (MDB), firmou mais um contrato milionário com a empresa JC Serviços de Engenharia LTDA. A homologação da Concorrência Eletrônica nº 0003/2025 foi assinada no início deste mês e publicada no Diário Oficial dos Municípios.

O objeto do contrato é para execução de pavimentação em concreto armado com instalação de meio-fio, sarjeta e calçada na sede do município.

A responsável pelo serviço, JC Serviços de Engenharia Ltda, inscrita no CNPJ 36.047.741/0001-75, apresentou proposta no valor de R$ 4.040.000,00.

Segundo o despacho, a empresa contratada deverá cumprir integralmente as condições estabelecidas no contrato e executar o objeto nos prazos e exigências estipulados no edital da concorrência.

Outro contrato

A empresa JC Serviços de Engenharia, que tem como sócio-administrador José Campos Marques Neto, já possui outro contrato milionário com Nova Olinda do Norte. A empresa recebeu mais de R$ 1 milhão para prestar serviços de manutenção, preventiva e corretiva, de iluminação pública.

O despacho também foi assinado pela prefeita Araci.

 

 

Thaise Rocha, para o Portal O Poder

Foto: Divulgação

RR: Servidores relatam transtornos com acampamento de indígenas no Dsei Leste

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Servidores do Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei Leste) relatam possíveis transtornos e insegurança com o acampamento de indígenas ligados ao Conselho Indígena de Roraima (CIR). Uma funcionária do distrito, por exemplo, reclamou, anonimamente, que alguns manifestantes entram em horário de expediente no prédio situado no bairro São Vicente, na zona Sul, para sujá-lo e danificá-lo.

“Usam som mecânico com caixa amplificada, o que causa transtornos aos funcionários que precisam trabalhar e de concentração, afinal estamos trabalhando com saúde, e demanda de cuidado e atenção”, completou.

Na terça-feira (24), guardas indígenas do Grupo de Proteção e Vigilância Territorial Indígena (GPVTI), armados com arco e flecha, entraram em conflito com um vigia do Dsei. A Polícia Militar (PMRR) foi chamada para mediar a situação.

“Um representante indígena informou que a situação estava importando e ressaltou apenas que havia um descontentamento em relação à guarda”, disse a PM, em nota, ressaltando ainda que prestou “as devidas orientações ao representante legal do órgão e ao guarda envolvido”.

A funcionária do distrito disse que o conflito gerou “pânico” e “insegurança” nos servidores.

“Não estamos trabalhando tranquilos, sentimos que a qualquer momento eles podem fazer alguma coisa contra os funcionários. Onde estão os órgãos competentes para verificar a situação? Já foram acionados? Sim, porém não estão tomando providências”, lamentou.

Motivo da manifestação

Na manifestação, que completa um mês nessa quinta-feira (12), os ativistas reiteram que não aceitam a nomeação da coordenadora Lindinalva Marques – empossada no último dia 5. Eles chegaram a fechar completamente o local entre 29 de maio e 11 de junho.

Indicada por cinco organizações (entre elas a Associação dos Povos Indígenas de Roraima), ela ficou em segundo lugar na votação da Assembleia das Organizações Indígenas para definir a indicação para o cargo.

Naquela ocasião, Mário Nicácio, indicado pelo CIR, venceu a eleição. No entanto, ele não pôde assumir a coordenação por entraves burocráticos na prestação de contas a nível federal.

Assim, o conselho decidiu indicar três opções sem deliberação colegiada – todas foram rejeitadas pelo Ministério da Saúde. Entre elas, a enfermeira Letícia Monteiro, última alternativa sugerida pelo CIR.

Até a publicação da reportagem, o CIR não se pronunciou sobre o assunto.

 

 

Com informações do Folha BV

Prefeito de Manicoré vai pagar mais de R$ 3 milhões em compra de geradores

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O prefeito de Manicoré, Lúcio Flávio (PSD), vai desembolsar mais de R$ 3 milhões para comprar grupo de geradores. A homologação do Pregão Eletrônico foi divulgada no Diário Oficial dos Municípios no início deste mesmo.

A contratação foi realizada sob o critério de menor preço por item, conforme a Comissão Permanente de Contratação. Ao todo, três empresas foram vencedoras em diferentes lotes, totalizando um montante de R$ 3.049.365,00.

A empresa Geovane P da Silva Ltda(ME), inscrita no CNPJ sob o nº 41.126.800/0001-30 e sediada em Manaus, foi contratada para fornecimento de um item, com valor global de R$ 400 mil. Já a R N Albuquerque Brasil & Cia Ltda(EPP), com sede em Manicoré e CNPJ nº 03.699.397/0001-40, foi vencedora dos itens 06, 07 e 08, com valor total de R$ 34.500,00.

O maior valor do pregão será para para a empresa SOTEMAQ PRO – Sociedade Técnica de Máquinas Ltda(EPP), registrada sob o CNPJ nº 51.390.966/0001-13 e também sediada em Manaus. A empresa venceu os itens 01, 03, 04, 05, 09, 10, 11, 12, 13, 14 e 15, totalizando um valor de R$ 2.614.865,00.

No despacho não há informações de distribuição dos itens e nem em quais secretarias devem ser usados.

 

 

Da Redação

DNIT eleva contrato milionário pela 12ª vez para manutenção da BR-319

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O contrato firmado entre o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e a empresa LCM Construção e Comércio S.A. para a manutenção da rodovia BR-319, no Amazonas, já ultrapassa mais de R$ 70 milhões após uma série de aditivos. Um novo aditivo foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira, 26.

O contrato inicial, assinado em 2022, previa um investimento de R$ 43.239.137,39. Com o 1º Termo Aditivo, esse valor foi reajustado para R$ 54.044.918,73, representando um acréscimo de R$ 10.805.781,34, correspondente ao reflexo financeiro positivo de 24,99% sobre os serviços previstos na planilha de alteração de quantitativos.

Já o 3º Termo Aditivo promoveu um novo ajuste, elevando a parcela de preços iniciais (PI) de R$ 52.386.112,04 para R$ 52.435.989,67, com um acréscimo de R$ 49.877,63. Esse valor se refere a um reajustamento extraordinário diante da elevação imprevisível dos custos de aquisição de materiais. Com isso, o valor total do contrato (PI + Reajustamento) passou a ser de R$ 65.469.442,61, sendo R$ 52,4 milhões em preços iniciais e R$ 13,03 milhões em reajustamentos. O período de referência foi de setembro de 2022 a março de 2023.

Um novo termo aditivo, o 12º, adiciona R$ 1.062.128,73 ao montante, como forma de reequilíbrio econômico-financeiro do contrato, diante do aumento no custo de materiais  utilizados nas obras.

O contrato contempla serviços de conservação e recuperação no trecho da BR-319 que vai da BR-174, próximo à Polícia Rodoviária Federal em Manaus, até o Rio Castanho, totalizando 114 quilômetros. O novo prazo de vigência vai até 6 de novembro de 2027.

Rodovia BR-307 também tem contrato reajustado com aumento de R$ 142 mil

Além da BR-319, o DNIT também firmou novo aditivo para serviços de manutenção na Rodovia BR-307, no trecho entre Atalaia do Norte e Benjamin Constant, no Amazonas. O 3º Termo Aditivo ao contrato nº 114/2024, também assinado com a LCM Construção prevê um acréscimo de R$ 142.770,46 para reequilibrar financeiramente o contrato, diante do aumento no custo de materiais.

A intervenção faz parte da execução do Plano de Trabalho e Orçamento (P.A.T.O.), com base em parâmetros de desempenho, e contempla um segmento de 32 km de extensão. O período de referência do reajuste vai de abril de 2024 a fevereiro de 2025, e a nova vigência do contrato se estende até 13 de setembro de 2026.

Parceria antiga

A LCM Construção e Comércio S/A possui diversos contratos milionários com o DNIT no Amazonas. A empresa está responsável por manutenções na BR-174 e BR-319, além da manutenção viária no estado sem especificações.

 

 

Thaise Rocha, para o Portal O Poder

Foto: Divulgação

Senado aprova ampliação da Câmara para 531 deputados a partir de 2027

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Após as eleições de 2026, a Câmara dos Deputados terá 531 deputados federais, 18 a mais que os atuais 513. É o que determina projeto de lei complementar aprovado pelos senadores no Plenário, nessa quarta-feira (25), com 41 votos favoráveis e 33 contrários (PLP 177/2023). Ele também estabelece que a criação e a manutenção dos novos mandatos não poderão aumentar as despesas totais da Câmara entre 2027 e 2030. O projeto volta agora para análise da Câmara, pois o Senado votou por retirar parte do texto que já havia sido aprovado pelos deputados.

A correção periódica do número de deputados em relação à população de cada estado e do Distrito Federal é um mandamento da Constituição. Ela não fixa número total máximo de deputados, mas determina que uma lei futura regule o assunto. A Constituição também estabelece que nenhuma unidade da federação pode ter menos de 8 representantes e que o estado mais populoso (São Paulo, atualmente) deve ter, no máximo, 70 cadeiras.

Assim, deputados e senadores aprovaram, cinco anos depois de promulgada a Constituição, a Lei Complementar 78, de 1993, que estabeleceu o atual total de 513 representantes na Câmara — o número foi escolhido com base no Censo de 1986. O texto aprovado nesta quarta-feira revoga e substitui essa lei. Com a mudança, o Congresso Nacional passará a ter 612 parlamentares (são 594 atualmente), pois o Senado continuará com 81 cadeiras.

A matéria foi relatada no Plenário do Senado pelo senador Marcelo Castro (MDB-PI), que defendeu a pertinência do projeto. Após negociações, Castro optou por acatar sugestões do senador Alessandro Vieira (MDB-SE) e apresentou novo relatório pouco antes da votação. Com a alteração, a Câmara terá que manter os novos mandatos sem aumento real de despesas durante a próxima legislatura (2027-2030), inclusive das verbas de gabinete, cotas parlamentares, passagens aéreas e auxílio-moradia. Nesse período, as despesas terão atualização monetária anualmente.

Castro também aceitou retirar do texto final a previsão de auditoria dos dados pelo Tribunal de Contas da União (TCU), com possibilidade de pedido de impugnação por partidos políticos ou estados.

O texto aprovado determina que as futuras redistribuições de vagas deverão ter como base dados oficiais de cada censo demográfico do IBGE, vedado o uso de dados obtidos por meio de pesquisas amostrais ou estimativas intercensitárias. Ou seja, a próxima atualização será feita com os dados do Censo de 2030.

Revisão periódica

A necessidade de rever a distribuição de cadeiras surgiu após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), em agosto de 2023, ao acatar uma ação do governo do Pará que apontou omissão do Legislativo em atualizar o número de deputados de acordo com a mudança populacional, como previsto na Constituição. A corte deu prazo para o Congresso aprovar a redistribuição de vagas de acordo com o Censo de 2022, sob pena de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) realizá-la.

O projeto original, da deputada Dani Cunha (União-RJ), foi aprovado pela Câmara em reação à decisão do STF. O prazo concedido pelo tribunal acaba em 30 de junho. O Congresso tenta acelerar a análise para que sete mandatos atuais não sejam cancelados para a criação das novas cadeiras, conforme decidiu o STF. Segundo o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, a inclusão desse item na pauta do Plenário do Senado atendeu a um pedido do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta.

A última grande redistribuição proporcional das vagas na Câmara dos Deputados ocorreu em 1986, ainda sob a égide da Constituição anterior. Desde então, a composição da Câmara manteve-se inalterada, não obstante o crescimento populacional de mais de 40% no período e a ocorrência de mudanças significativas na distribuição demográfica do país.

 

 

Com informações da Agência Senado

Haddad defende taxação das apostas e critica privilégios dos mais ricos

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a defender, nesta terça-feira (25), a necessidade de o Brasil adotar medidas que promovam justiça social e equilíbrio fiscal, priorizando a cobrança de impostos de setores que hoje contribuem pouco ou nada com os cofres públicos. As informações são da AgêncIa Gov.

As declarações abordaram temas como tributação das casas de apostas, isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, aumento do número de deputados e os desafios fiscais do país.“O Brasil é um dos dez países mais desiguais do mundo. Qualquer ajuste de contas precisa passar pela definição de prioridades: para onde vai o orçamento e de onde vem a arrecadação”, afirmou Haddad.

Um dos exemplos usados pelo ministro é o setor das casas de apostas eletrônicas, as chamadas bets, que, segundo ele, passaram anos sem recolher um centavo de impostos no país. “Entre a bet e a Santa Casa, vamos combinar, um está destruindo vidas, o outro está construindo vidas. Você vai isentar os dois? Isenta a Santa Casa e cobra o imposto de bet”, afirmou.

A medida provisória enviada pelo governo ao Congresso propõe elevar de 12% para 18% a alíquota sobre o saldo não rateado entre os apostadores, proposta que o ministro classifica como “o mínimo que tem que ser cobrado dessas casas de aposta, que ganham muito dinheiro sem gerar emprego”. Segundo Haddad, durante os governos anteriores, cerca de R$ 40 bilhões deixaram de ser arrecadados do setor.

O ministro também criticou as distorções no sistema tributário brasileiro, ressaltando que os mais ricos pagam proporcionalmente menos impostos do que trabalhadores de renda baixa e média. “Existem 141 mil pessoas no Brasil que ganham mais de R$ 1 milhão por ano e pagam um imposto de renda médio de 2,5%. Eu te pergunto: é justo um milionário pagar 2,5% e a professora, o policial, o bombeiro, a enfermeira pagar 10%?”.Sobre o projeto que isenta do Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil, Haddad afirmou que há um “ambiente mais simpático” no Congresso e elogiou o presidente da Câmara, Arthur Lira, que, segundo ele, está analisando alternativas para garantir a compensação fiscal, sempre impactando o “andar de cima”.

“Nós estamos tentando sensibilizá-lo. Vejo no Congresso uma simpatia maior hoje do que via dois meses atrás”, disse.

Críticas ao aumento de gastos desnecessários

Haddad não poupou críticas a propostas como o aumento do número de deputados, que tramita no Senado e pode elevar o total de parlamentares de 513 para 531. “O aumento do número de deputados é imprescindível? Tem a ver com a saúde da população? Tem a ver com a catástrofe, como aconteceu no Rio Grande do Sul? Nós poupamos dinheiro no Rio Grande do Sul? Não. Essa é a pergunta que tem que ressoar na cabeça de todo político”, ponderou.

Segundo o ministro, o momento exige cautela e responsabilidade para evitar o descontrole fiscal. Ele também destacou que o governo atual “não vai repetir o erro” do ex-presidente Jair Bolsonaro, que, segundo Haddad, gastou descontroladamente em 2022 e ainda assim perdeu a eleição. “O governo em 2022 bagunçou as contas públicas e perdeu a eleição. Então nós é que estamos arrumando a bagunça”, afirmou.

 

 

Com informações do Brasil 247

Dino oficia CNJ para apurar supostos ‘penduricalhos’ a juízes de Rondônia

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O ministro Flávio Dino, do STF, expediu, nesta quarta-feira, 25, um ofício direcionado à corregedoria do CNJ, com o objetivo de solicitar uma análise minuciosa acerca da possível ocorrência de vantagens financeiras indevidas, os chamados “penduricalhos” ilegais, e de benefícios exclusivos, as “ilhas” de privilégios, nos pagamentos retroativos concedidos a magistrados do Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ/RO) no período compreendido entre dezembro de 2022 e dezembro de 2024.

A Suprema Corte foi acionada por magistrados aposentados do estado, que manifestaram sua insatisfação em relação aos descontos, que atingiram até 90% dos valores recebidos por alguns dos beneficiários.

De acordo com a ala descontente, não há uma justificativa clara para a aplicação dos descontos – efetuados sob a rubrica de Imposto de Renda, contribuição previdenciária e abate-teto -, os quais incidiram apenas sobre determinados juízes e desembargadores.

Os reclamantes alegaram que a corregedoria do CNJ chegou a examinar a questão, após a divulgação dos pagamentos na imprensa de Rondônia, mas que, após uma breve averiguação, nenhuma medida concreta foi adotada até dezembro de 2024, quando o processo administrativo referente ao tema foi arquivado.

Ao determinar que o CNJ reavalie o caso, Dino ressaltou as possíveis disparidades nos pagamentos efetuados aos magistrados de Rondônia e enfatizou que “não parece ter base constitucional a continuidade de procedimentos díspares em pagamento de ‘retroativos’ por tribunais do país”.

O ministro defendeu a necessidade de uma nova investigação, “ante a gravidade dos supostos fatos narrados na petição inicial, envolvendo ‘retroativos’ nascidos de decisão administrativa – com elevados montantes”.

Dino complementou sua argumentação, afirmando que “eventuais demandas legítimas devem seguir o devido processo legal, com razoabilidade e transparência, evitando-se situações duvidosas ou equivocadas juridicamente, a exemplo dos chamados ‘penduricalhos”.

Na petição inicial, os requerentes relataram que, ao receber os valores, os agraciados pelos pagamentos retroativos demonstraram reações “intensa” e “variada”, havendo “de um lado magistrados festejando a chegada de quantias milionárias. De outro, o lado dos menos afortunados”.

Segundo o relato, um dos magistrados prejudicados, embora tivesse direito a receber mais de R$ 438 mil brutos no contracheque de novembro de 2024, teria recebido “apenas” R$ 41 mil líquidos.

Dino determinou que o TJ/RO apresente os contracheques detalhados de todos os magistrados ativos e inativos, referentes aos meses de dezembro de 2022 a 2024, para que sejam anexados ao processo em trâmite no Supremo.

 

Da Redação com informações da Agência Brasil e de Migalhas

Foto: Divulgação

STF retoma julgamento sobre responsabilidade das redes sociais

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O Superior Tribunal Federal (STF) formou maioria para responsabilizar plataformas digitais e empresas de tecnologia por conteúdos publicados por usuários nas redes sociais. Está em discussão dois recursos sobre a validade do Artigo 19 do Marco Civil da Internet, que está em vigor desde 2014.

O ministro Edson Fachin divergiu da maioria formada no STF e defendeu nesta quarta-feira, 26, que as redes sociais só possam ser responsabilizadas por conteúdos ofensivos publicados por usuários após decisão expressa da Justiça.

Com o voto, Fachin se alinhou parcialmente ao ministro André Mendonça, que também entendeu que o artigo 19 do Marco Civil da Internet — que exige ordem judicial para remoção de conteúdo com vistas à responsabilização das plataformas — é constitucional.

“A necessidade de ordem judicial para se remover conteúdo gerado por terceiros parece-me ser a única forma constitucionalmente adequada de compatibilizar a liberdade de expressão com o regime de responsabilidade ulterior”, justificou Fachin.

Depois de Fachin, a ministra Cármen Lúcia votou e acompanhou a maioria. O julgamento continua.

“Censura é proibida constitucionalmente, é proibida eticamente, é proibida moralmente, eu diria até espiritualmente. Mas não pode também permitir que nós estejamos em uma ágora em que haja 213 milhões de pequenos tiranos soberanos. Soberano é o Brasil, soberano é o direito brasileiro. Então, é preciso cumprir as regras”, disse Cármen Lúcia.

Com os posicionamentos de Fachin e Cármen, há 8 votos para responsabilizar as redes mesmo com notificações extrajudiciais sobre conteúdo irregular. E 2 votos para que só notificação judicial seja capaz de remover o conteúdo. Os dois votos são de Fachin e André Mendonça.

 

Com informações de G1

Foto: Ton Molina/STF

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