novembro 11, 2025 03:23
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CNMP afasta promotor do MP/MA por ameaça com arma de fogo a colega

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O plenário do CNMP – Conselho Nacional do Ministério Público referendou, por maioria, o afastamento cautelar por 60 dias de um promotor de Justiça do MP/MA – Ministério Público do Maranhão e suspendeu seu porte de arma de fogo.

A decisão foi tomada nesta terça-feira, 10 de junho, durante a 9ª sessão ordinária de 2025, e decorre de indícios da prática dos crimes de injúria e ameaça, com o uso de arma, contra outro membro do MP.

De acordo com a reclamação disciplinar apresentada, o promotor teria apontado uma arma de fogo para a região abdominal de um colega, dentro das instalações do MP, no último dia 2 de junho, durante os trabalhos correcionais da Corregedoria Nacional.

A atitude, classificada como intimidatória, teria sido motivada por descontentamento com a atuação funcional do outro membro e teria sido acompanhada de ameaça de disparo.

A Corregedoria Nacional do Ministério Público apontou a existência de fortes indícios de prática dos crimes de ameaça e injúria contra funcionário público no exercício de suas funções, com o agravante do uso de arma de fogo como meio de coação.

O conselheiro Ângelo Fabiano Farias da Costa, corregedor nacional do MP, também determinou outras medidas cautelares, igualmente referendadas pelo plenário. Entre elas, está a proibição de o promotor acessar qualquer prédio ou instalação do MP/MA, exceto quando convocado pela Procuradoria-Geral de Justiça, Corregedoria-Geral ou Corregedoria Nacional para participar de atos instrutórios relacionados à apuração dos fatos.

Ele também está proibido de manter contato ou se aproximar do colega supostamente ameaçado.

O Conselho não divulgou o número do processo.

 

Da Redação com informações de Migalhas e CNMP

Foto: Divulgação

 

Prefeitura de Uarini é investigada por possíveis irregularidades pelo TCE-AM

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O Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM) admitiu o pedido de representação da empresa MG Comércio de Materiais para Uso Médico S/A, contra a Prefeitura de Uarini, por possíveis irregularidades praticadas pelo Poder Executivo Municipal.

No despacho de número 793/2025, o relator apresentou o caso e indicou que o pedido é válido e se enquadra nas especificações de pedido de representação e requer apuração de ilegalidade ou má gestão pública, bem como nos casos expressos em lei.

O TCE deve averiguar se houve situação de lesividade ao interesse público. O aceite foi emitido pelo gabinete da presidência do Tribunal, assinado pela conselheira-presidente Yara Amazônia Lins Rodrigues.

A decisão foi publicada no Diário Oficia Eletrônico do TCE-AM na última segunda-feira, 9.

Confira a decisão do TCE-AM na íntegra
TCE-AM - Uarini

 

Ludmila Dias, para o Portal O Poder

Foto: Divulgação

Interrogatórios correram ‘dentro do esperado’ e fortaleceram denúncia, avaliam ministros do STF e investigadores

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Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e investigadores ouvidos pela TV Globo avaliam que os interrogatórios dos réus do chamado “núcleo crucial” da suposta trama golpista, realizados na segunda-feira, 9, e na terça-feira, 10, não trouxeram fatos novos e ocorreram dentro do esperado.

A avaliação é de que, os acusados tentaram se descolar dos crimes, mas acabaram admitindo a presença nas reuniões em que, segundo a Procuradoria-Geral da República, foi discutida a chamada “minuta do golpe”.

Os acusados também fizeram referências considerando — a parte introdutória do documento golpista, que seria usada para “justificar” as medidas antidemocráticas. Com isso, a análise feita reservadamente é de que os fatos expostos na denúncia acabaram “fortalecidos”.

Os réus negaram ao ministro do STF, Alexandre de Moraes, que tenham tratado de medidas golpistas nesses encontros. Mas, para os investigadores, há elementos que confirmam as tratativas, como depoimentos de testemunhas, além de anotações e mensagens que seriam desdobramentos das negociações.

Com o fim dos interrogatórios dos réus, a ação penal da trama golpista avança para as últimas etapas no Supremo. Agora, o ministro, Alexandre de Moraes, relator do caso, abriu prazo para que advogados dos réus e a própria Procuradoria-Geral da República indiquem, em cinco dias, se há necessidade de novas diligências.

Os pedidos podem ser acolhidos ou rejeitados, impactando o andamento do caso. Na sequência desta etapa, Moraes também deve abrir prazo para as alegações finais, os quais são as últimas considerações das partes antes do julgamento que vai decidir se Bolsonaro e sete aliados próximos serão absolvidos ou condenados no processo.

Nesta fase, os advogados colocam suas principais teses para tentar convencer cada ministro sobre a sua linha de defesa. 

 

Da Redação, com informações de G1

Foto: Antonio Augusto/STF

Empodera Mulher SEBRAE 2025: Primeira-Dama Kelly Barbosa receberá título de Embaixadora Oficial

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O município de Tefé se prepara para receber, nos dias 01 e 02 de agosto de 2025, a 4ª Edição do “Empodera Mulher – Empreenda e Faça Acontecer”, evento que se consolidou como o maior movimento de incentivo ao empreendedorismo feminino do Amazonas.

Organizado pelo SEBRAE Amazonas, Universidade Paulista (UNIP) e Prefeitura de Tefé, o evento reúne mulheres empreendedoras e potenciais empreendedoras, promovendo capacitação, desenvolvimento, geração de renda e fortalecimento da liderança feminina no município e em toda a região do Médio Solimões.

A programação conta com uma série de atividades, como minifeiras, rodadas de negócios, workshops, oficinas, palestras e mentorias, proporcionando às mulheres oportunidades reais de crescimento profissional e fortalecimento de seus negócios.

 Novidade da 4ª Edição

Como uma das novidades deste ano, o SEBRAE Amazonas anunciou, oficialmente hoje, o convite à Primeira-Dama Kelly Barbosa para assumir o título de Embaixadora Oficial do Empodera Mulher 2025.

O convite reconhece a representatividade e o comprometimento da Primeira-Dama com as causas voltadas ao fortalecimento do papel da mulher no município, especialmente no incentivo ao empreendedorismo e na promoção de oportunidades de desenvolvimento para as mulheres de Tefé.

“Recebo esse convite com muita honra e gratidão. Fazer parte do Empodera Mulher como Embaixadora é abraçar ainda mais a missão de apoiar nossas mulheres, incentivando o empreendedorismo, a autonomia financeira e a liderança feminina em nossa cidade”, declarou Kelly Barbosa ao receber o convite.

O título de Embaixadora é um símbolo de reconhecimento e também de compromisso com a missão do evento, que a cada edição cresce em alcance, impacto e resultados positivos para o município.

 Programação e Expectativa

O Empodera Mulher – 4ª Edição promete uma programação intensa e diversificada, reunindo histórias inspiradoras, conteúdos relevantes, oportunidades de negócios e, sobretudo, fortalecendo a rede de apoio entre mulheres empreendedoras de Tefé e região.

 

Da Redação, com informações da assessoria 
Foto: Divulgação

RR: Justiça condena governo a pagar indenização a empresário que teve fazenda invadida por PMs

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A Justiça de Roraima condenou o governo do estado a pagar uma indenização de mais de R$ 30 mil a um empresário que foi intimidado e teve a fazenda invadida pelo tenente da Polícia Militar Cleonio Santos da Silva, de 51 anos, e outros três policiais de serviço, em Boa Vista. A vítima é ex-marido da atual companheira do tenente.

A decisão é do juiz Guilherme Versiani Gusmão Fonseca, da 1ª Vara de Fazenda Pública. Ela foi publicada no dia 4 de junho de 2025.

Procurado pelo g1, o governo informou que ainda não foi notificado sobre a decisão e que se pronunciará apenas após tomar conhecimento do teor da referida decisão.

O crime ocorreu no dia 7 de março de 2024. De acordo com investigações, o tenente estava de serviço e usou duas viaturas da PM, além do apoio de quatro policiais, para intimidar a vítima (entenda mais abaixo).

A decisão é resultado de uma ação ajuizada ainda em março do ano passado pela vítima. O empresário alegou que a entrada dos policiais na fazenda ocorreu sem ordem judicial ou qualquer respaldo legal e que, no momento da invasão, os agentes teriam arrombado o porta-luvas do carro dele e retirado cartões de memória das câmeras de segurança da residência.

De acordo com o processo, o homem também foi levado para a delegacia, o que “causou grave abalo moral”. Ele pediu indenização por danos morais e materiais, o que foi acatado pela Justiça.

Na contestação, o estado alegou que a conduta dos policiais estava amparada no exercício regular do direito, não havendo ilicitude que justificasse reparação. No entanto, o juiz Guilherme Versiani rejeitou a alegação.

A sentença obriga o estado a pagar indenização no valor de R$ 30 mil por danos morais com base nos princípios da razoabilidade e proporcionalidade, a gravidade do ilícito e o caráter pedagógico da medida. O estado também foi condenado a pagar R$ 2.136,28 pelos danos causados no veículo.

O tenente e outros três PMs envolvidos são réus pelos crimes de prevaricação, constrangimento ilegal, dano qualificado, roubo qualificado, ameaça, invasão de domicílio e inovação do estado de lugar (quando um local é alterado de maneira fraudulenta para evitar uma responsabilidade criminal).

O tenente da PM, acompanhando de outros militares, foi até a fazenda do ex-marido da esposa dele e coagiram e humilharam a vítima, além disso, levaram alguns objetos, alegando que a fazenda era propriedade da companheira de Cleonio. Não havia qualquer mandado judicial que justificasse a ação.

A ação dos policiais foi filmada por câmeras de segurança da fazenda, mas os eles pegaram as imagens e os cartões de memória. A vítima, no entanto, filmou parte da ação, incluindo a presença de Cleonio no local.

O tenente chegou a ser preso no dia 30 de abril de 2024, mas foi foi solto em dezembro. A Justiça determinou que ele cumprisse medidas cautelares, como a proibição de acesso ao local dos fatos e de manter contato com a vítima.

 

 

Com informações do G1 Roraima

Jornada da Suframa promove negócios e desenvolvimento sustentável na Amazônia

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A Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) irá promover mais um edição da Jornada de Integração Regional e Interiorização do Desenvolvimento, que possibilita conhecimentos e oportunidades para fomentar a geração de emprego e renda e o desenvolvimento sustentável da Amazônia. O evento acontece nos dias 17 e 18 de junho, em Boa Vista (RR), e conta com a parceria da Prefeitura Municipal, Governo do Estado, Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) e Banco da Amazônia (Basa).

A programação da Jornada na capital de Roraima contará com palestras de diversos especialistas sobre os incentivos fiscais do projeto Zona Franca de Manaus e os benefícios concedidos pela Lei de Informática da região, bem como sobre demais projetos e incentivos estruturantes voltados ao desenvolvimento regional, incluindo àqueles relacionados a empreendimentos industriais e agroindustriais e a instituições que atuam no campo da Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I).

O evento, realizado na Faculdade Cathedral, localizada no bairro de Caçari, é direcionado a empresários, comerciantes, autoridades governamentais, estudantes e profissionais liberais de áreas diversas, tais como Administração, Contabilidade e Economia. Para participar do evento e obter mais informações, os interessados podem acessar: https://doity.com.br/jornadaintegracaororaima.

O superintendente da Suframa, Bosco Saraiva, destaca a importância da Jornada para disseminar conhecimento e fomentar um ambiente propício para negócios inovadores e sustentáveis.

“Prover informação clara e acessível é essencial para que o empresariado possa tirar pleno proveito dos incentivos, estimulando ainda mais o crescimento econômico da região. Nosso intuito é não apenas destacar as vantagens competitivas da Zona Franca de Manaus, mas também incentivar as potencialidades locais e promover um clima empresarial atrativo”, reforçou Saraiva.

 

 

Da Redação, com informações da assessoria

Foto: Divulgação 

Prefeita de Manacapuru gasta meio milhão de reais com água mineral

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A Prefeita de Manacapuru, Valcileia Maciel (MDB), vai desembolsar mais de meio milhão de reais para comprar água mineral. A informação foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira,11.

Conforme o Pregão Eletrônico SRP nº 14/2025, a empresa vencedora do certame foi Josilaine Freire Feitosa, CNPJ 05.673.118/0001-02, que será responsável pelo fornecimento de mais de 50 mil unidades de água mineral em diferentes volumes e embalagens, para atender às demandas da Secretaria Municipal de Educação e Cultura (Semec).

O valor total do contrato é de R$ 536.410,00. Confira a portaria na íntegra:

 

 

Da Redação 

Foto: Divulgação

Prazo para atualização de obras do PAC Saúde encerra dia 15

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Encerra no próximo domingo (15), o prazo para que os gestores municipais alimentem o Sistema de Monitoramento de Obras (Sismob) com as informações sobre as obras. Caso a obra esteja em processo licitatório, o gestor precisa, também, colocar as informações no sistema.

A decisão se aplica a todos os Municípios que já deram início ao processo de planejamento de obra e registraram suas ações no Sistema, como: apresentação do projeto básico à vigilância sanitária, publicação do edital de licitação da obra escolhida ou assinatura do contrato, dentre outras. Caso não faça a atualização, todo o processo pode ser cancelado e o Município não recebe o recurso.

O fluxo de obras executadas por meio de transferências “fundo a fundo” na área da saúde se divide em quatro etapas: ação preparatória; início de execução; execução e conclusão; e entrada em funcionamento. A ação preparatória é a etapa que se inicia com a habilitação da portaria do Ministério da Saúde e compreende todos os atos necessários para se dar início às obras. Após a superação dessa etapa, o Ministério faz a transferência dos recursos financeiros previstos.

Para superar a ação preparatória, devem ser comprovados alguns requisitos. Dentre eles: aprovação da Vigilância Sanitária local ou documento equivalente; edital de licitação; licitação homologada; contrato assinado; ordem de serviço emitida; documento de posse ou propriedade do terreno; indicação da empresa responsável; nomeação dos fiscais de obra e de contrato; e instalação de placa identificando a obra.

A Confederação Nacional de Municípios (CNM) reitera que os entes municipais reflitam sobre a necessidade da pactuação de obras com o PAC, especialmente se as obras paradas e inacabadas forem decorrentes de PAC anteriores. A entidade reforça que o gestor deve estar atento sobre a utilização dos recursos próprios na aplicação da obra, caso o repasse do governo federal não seja suficiente.

Além disso, alerta para a importância de os Municípios se planejarem financeiramente quanto à manutenção das unidades, considerando que os repasses do Ministério da Saúde podem levar tempo até serem efetivamente implantados.

 

 

Com informações da CNM

Haddad vai à Câmara falar sobre isenção do IR e novo consignado CLT

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa nesta quarta-feira (11) de uma audiência pública na Câmara dos Deputados. A sessão será conjunta entre as comissões de Finanças e Tributação e de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara.

A presença do ministro atende convites dos deputados Pedro Paulo (PSD-RJ) e Kim Kataguiri (União-SP). Pedro Paulo quer que o ministro esclareça os impactos do projeto que prevê isenção do Imposto de Renda (IR) para pessoas que recebem até R$ 5 mil.

Já Kataguiri solicita explicações sobre o novo consignado para trabalhadores com carteira assinada. O deputado argumenta que o programa está sendo utilizado para aumentar a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Embora esses dois temas estejam no centro da pauta, é provável que Haddad também seja questionado sobre as alternativas do governo ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e sobre a situação fiscal do país, já que os parlamentares inscritos na sessão têm liberdade para abordar outros assuntos durante a audiência.

 

 

Com informações da CNN Brasil

Veja como foi o interrogatório de Bolsonaro no STF

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O ex-presidente Jair Bolsonaro foi interrogado nesta terça-feira, 10, no âmbito da ação penal que tramita no STF sobre tentativa de golpe de Estado. A oitiva é parte da fase de instrução do processo que apura a articulação de um plano para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, no fim de 2022.

A Corte ouve, ao longo da semana os oito réus que, segundo a acusação, compõem o “núcleo duro” da trama golpista. Além de Bolsonaro, integram esse grupo Mauro Cid, Alexandre Ramagem, Almir Garnier, Anderson Torres, Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto.

As perguntas foram feitas pelo relator da ação, ministro Alexandre de Moraes, pelo ministro Luiz Fux e pelo procurador-Geral da República, Paulo Gonet. A defesa de Bolsonaro também teve oportunidade de questioná-lo.

Negativa de envolvimento

Bolsonaro negou envolvimento nos crimes de que é acusado. “Não procede a acusação, Excelência”, disse logo no início. Moraes então passou a abordar episódios específicos, como a reunião ministerial de 5 de julho de 2022, usada pela PGR como indício de que Bolsonaro teria tentado deslegitimar o sistema eleitoral.

O réu também declarou que jamais descumpriu ordens judiciais ou agiu fora dos limites constitucionais. A afirmação, no entanto, contrasta com declarações anteriores em que Bolsonaro disse que não obedeceria decisões do ministro Alexandre de Moraes, como em manifestação de 7 de setembro de 2021.

Desconfiança sobre urnas

Confrontado com suas declarações sobre fraudes eleitorais e desconfiança em relação às urnas eletrônicas, Bolsonaro afirmou que não era o único a ter dúvidas e citou uma fala atribuída ao ministro Flávio Dino, em 2010, sobre a necessidade de maior auditagem do sistema eleitoral.

Desculpas a Moraes

 

Questionado sobre falas contra os ministros do Supremo e do TSE, nas quais insinuou que Fachin, Barroso e Moraes estariam “levando 30 milhões de dólares”, Bolsonaro pediu desculpas e disse que não tinha indícios, e que essas falas foram usadas como retórica.

Ele também disse que sua campanha política foi prejudicada por decisões judiciais, como quando foi impedido de utilizar imagens de Lula a favor do aborto. 

Urnas em xeque

Moraes também questionou fala de Bolsonaro em live colocando em xeque o sistema eleitoral; ao responder, o ex-presidente disse que, se não houvesse dúvidas, eles não estariam ali hoje. Moraes rebateu, dizendo que não há dúvidas sobre o sistema eleitoral e “esse inquérito não tem absolutamente nada a ver com urnas eletrônicas”.

O ex-presidente foi enfático ao dizer que o sistema eletrônico possui vulnerabilidades, e defendeu o voto impresso como uma medida de segurança, na qual teria buscado não desacreditar, mas alertar.


Minuta de quebra da normalidade

Moraes perguntou se Bolsonaro se reuniu com seu ex-assessor Felipe Martins com advogado para tratar sobre o art. 142 da CF (que trata de garantia da lei e da Ordem pelas Forças Armadas), e de uma minuta que previa quebra da normalidade democrática. O ex-presidente disse que esteve com Martins, mas não tratou de minuta.

“Quando se fala em minuta, dá a entender que é minuta do mal. Quando se fala em minuta do mal, conspiração, eu sempre estive do lado da Constituição. Refuto qualquer possibilidade de se falar em minuta de golpe ou que não esteja enquadrada na CF.”

Ao ser questionado sobre reunião com líderes das Forças Armadas, Bolsonaro confirmou que foram tratados assuntos com GLO (garantia da lei e da ordem), entre outros motivos porque caminhoneiros ameaçaram parar e havia multidões em frente aos quarteis.

“Estudamos possibilidades outras dentro da Constituição, ou seja, jamais saindo das quatro linhas.”

Ainda sobre a minuta, Bolsonaro afirmou que havia um padre junto na conversa, e que sempre recebia religiosos no Palácio da Alvorada.

Moraes afirmou que, segundo depoimento de outros réus, haveria uma minuta e Bolsonaro teria “enxugado” o documento, tendo feito alterações, e questionou se Bolsonaro se lembra disso.

O ex-presidente disse que “isso foi colocado em uma tela de televisão”, mas a discussão já começou sem força e que nada foi à frente. Disse também que “não procede o enxugamento”.

O ex-presidente afirmou que a ideia que alguns levantavam foi o estado de sítio, por exemplo. “As ilações corriam soltas. A gente lamenta as ilações, mas em nenhum momento, eu, ministro da Defesa ou comandos de Força pensamos em fazer algo ao arrepio da lei e da Constituição.”

Ameaça de prisão

Bolsonaro disse que, em nenhum momento, algum comandante de Forças Armadas ameaçou sua prisão, rebatendo informações de outros réus nesse sentido.

Negou, também, que o almirante Garnier teria colocado tropas da Marinha a sua disposição.

“Quer ser meu vice?”

Enquanto explicava que tem boa aceitação pelo país, Bolsonaro perguntou a Moraes se poderia fazer uma brincadeira. “EU perguntaria aos advogados”, disse Moraes.

“Gostaria de convidá-lo para ser meu vice em 2026.” “Declino”, respondeu o ministro. 


Minimizando o 8 de janeiro

O ex-presidente minimizou os atos do 8 de janeiro, dizendo que não houve armas de fogo e que não faria sentido chamá-los de golpe. Criticou ainda as penas impostas aos condenados: “Não consigo entender certas penas a pessoas que mal sabiam o que estavam fazendo naquele momento”.

“Arrecadei mais do que o Criança Esperança”

Bolsonaro afirmou que foram muito difíceis os anos na presidência, e que raramente sobrava tempo para um passeio de jet-ski. Disse, ainda, que seu trabalho foi estritamente voltado a atender o anseio da população.

“Se não fosse a campanha de pix, não sei como estaria vivendo hoje em dia. R$ 17 milhões, depois mais um pingado. Chegou a R$ 18 milhões. E a gente gasta. Não posso trabalhar de graça. Não teria como ajudar meu filho que está nos EUA também. Arrecadei mais dinheiro do que o Criança Esperança, sinal de que o pessoal gosta da gente.”

Acampamentos

Bolsonaro disse que manifestantes acampados em frente a quarteis foi movimento voluntário, e que ele nunca foi aos acampamentos, e apenas tinha informações pela mídia.

Reunião vazada

Ao interrogar o réu, Fux perguntou: “tem uma reunião em que o senhor escorregou no vocabulário e ofendeu autoridades, disse que receberiam dinheiro, enfim”. Fux perguntou se a reunião foi divulgada ou grampeada. Bolsonaro respondeu que foi grampeada.

“Alguém gravou essa reunião, que alguns apelidaram de reunião do golpe. (…) Eu sempre carreguei no linguajar. Tento me controlar, tenho melhorado bastante, acredite se quiser. Mas, com 70 anos, é difícil mudar muita coisa. Mas lamentavelmente alguém gravou, e foi descoberta, de modo que tornou-se pública.”

Credibilidade do sistema eleitoral

Bolsonaro afirmou que é “carta fora do baralho”, mas que cabe aos ministros restabelecer a credibilidade do sistema eleitoral perante a população.

Atrito com Barroso

Bolsonaro disse que tem questões pessoais com Barroso. Disse que, anos atrás, quando Barroso era advogado, defendeu Cesare Battisti, enquanto Bolsonaro, como deputado, queria sua extradição.

Citou, também, reunião da UNE em que Barroso afirmou: “derrotamos o bolsonarismo”.

“Eu relevo muita coisa, mas ele parece que marcou isso aí e não me esquece”, disse o ex-presidente.

Rebateu, no entanto, que tenha ameaçado o Judiciário ou outro Poder da República.

Intervenção militar

O PGR Paulo Gonet questionou por que Bolsonaro não tomou providências sobre manifestações que questionavam o resultado das urnas, pediam intervenção militar e atentavam contra a normalidade constitucional.

O réu afirmou que deu governo trabalhou, sim, para que manifestações como a dos caminhoneiros fossem desmobilizadas, e que não estimulou atos. “Deixa o povo desabafar.”

Discurso de medida de exceção

Gonet questionou Bolsonaro sobre documento encontrado na sala do ex-presidente na sede do PL que falava de operação de garantia da lei e da ordem e estado de sítio. “Gostaria de questionar: por que ele tinha pronto discurso decretando medidas de exceção?”

Bolsonaro respondeu que recebeu o documento de seu advogado, que imprimiu pois era parte do inquérito.  

Convocação de militares

Gonet também perguntou se Bolsonaro considera que está em conformidade com a Constituição o fato de não concordar com uma decisão do Judiciário e convocar reunião com os comandantes das Forças Armadas.

Bolsonaro respondeu que o convite aos militares se deu porque têm a mesma formação, fizeram a mesma academia militar. “Militar é aquele que está ao seu lado nas horas boas e nas ruins. (…) Procurador, por favor, o sr. pode confiar nos militares.”

Punhal verde e amarelo

Bolsonaro respondeu ao seu próprio advogado, Celso Vilardi, que desconhecia o plano do “punhal verde e amarelo” ou qualquer plano que envolvesse a morte de autoridades, e que só tomou conhecimento deles pela imprensa.

 

Da Redação com informações de Migalhas

Foto: Divulgação/STF

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