setembro 7, 2024 19:32

Com UTIs ocupadas, Amazonas ainda não pode atender pacientes de outros estados

Mesmo tendo recebido dois pacientes de Rondônia, no fim de semana, para tratamento da Covid-19, o Amazonas ainda não consegue atender a demanda de outros Estados, conforme informação da Secretaria de Estado da Saúde (SES). Os pacientes foram internados no hospital Delphina Aziz, em cumprimento da Operação Gratidão.

Entre janeiro e fevereiro, no pico da segunda onda da pandemia, foram feitas 5.379 remoções de pacientes com Covid-19 dentro do Amazonas e 542 para outros Estados, totalizando 5.921 transferências. Foram levados 1.112 pacientes do interior para a capital e 4.267 para hospitais de Manaus.

O titular da SES-AM, Marcellus Campêlo, afirma que a operação visa retribuir a ajuda recebida de outros estados, durante a fase mais aguda da pandemia no Amazonas, em janeiro de 2021. No entanto, ele ressaltou que a prioridade do atendimento na rede ainda é para pacientes do Amazonas pois, apesar da queda na ocupação de leitos, o Estado ainda mantém níveis altos de novos casos e óbitos.

O secretário destacou ainda que, assim como as remoções entre unidades do Estado, as interestaduais também serão via Sistema de Transferência de Emergência Regulada (Sister) da secretaria, que define a prioridade conforme a disponibilidade de leito.

“Nesse momento, vamos apoiar a operação que o Ministério da Saúde realiza junto com o estado de Rondônia. Estamos nos organizando para retribuir o apoio que recebemos, em respeito ao princípio do SUS da universalidade do acesso”.

Segundo o secretário, ainda não é possível abrir a operação a outros estados. “Temos leitos clínicos, mas a ocupação de UTI ainda é elevada. Como sabemos que 25% dos pacientes moderados que foram do Amazonas para outros Estados evoluíram para UTI, não temos como receber muitos pacientes ainda”, justificou.

Campêlo relembra, que desde o início da pandemia, Rondônia recebeu pacientes do Sul do Amazonas. Atualmente, seis pacientes de Humaitá estão internados em UTI em Porto Velho. Essa relação dos municípios do Sul do Amazonas com Rondônia é bastante comum, em função da distância para Porto Velho ser menor que para Manaus.

Equilíbrio

A secretária adjunta de políticas de saúde da SES-AM, Nayara Maksoud, destaca que o equilíbrio na rede hospitalar no Amazonas fez com que estratégias como a remoção de pacientes para outros estados fossem suspensas, e fossem intensificadas as remoções do interior para a capital.

Nayara afirmou que, na capital a demanda por leito já pode ser considerada equacionada e, nesse momento, os esforços são para trazer todos os pacientes do interior, que tenham condições de remoção para ocuparem os leitos clínicos e de UTI vagos, além do máximo de pacientes com perfil moderado.

“Tivemos que trazer pacientes do interior do estado não só para leitos de UTI, mas para leitos clínicos e, inclusive, proporcionar para estados como Rondônia, que recebem nossos pacientes, principalmente da região sul do Amazonas”, afirmou.

Números

Conforme o Boletim da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS), no domingo a taxa de ocupação de leitos estava em 80% para leitos de UTI e 50% para leitos clínicos.

Nas últimas semanas, o ritmo das internações no Estado caiu e mais 225 novos leitos, dos quais 75 de UTI, foram acrescentados na rede pública. Com maior oferta de leitos, o número de pessoas com Covid-19 aguardando transferência reduziu 92,8%. No final de janeiro, o número de chamados abertos no Sister para pacientes com a Covid chegou a 612. Na segunda-feira, 8,  estava em 44.

Redução no tempo de espera

De acordo com a Central Unificada de Regulação e Agendamento de Consultas e Exames (Cura), a espera para remoção, que já foi em média de cinco dias para leitos de UTI, caiu para a média 24 horas e de leitos clínicos está em 6 horas. O tempo só é maior para pacientes instáveis, que não têm condições hemodinâmicas para uma remoção de avião ou mesmo de ambulância terrestre.

Queda nas internações

O número de pacientes internados também reduziu no Amazonas. Conforme o Boletim Diário da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM), as internações em leitos Covid-19 na rede pública e privada da capital, que em janeiro chegou ao pico de 2.804, estava em 1.114 neste domingo, queda de 60%. No dia 14 de janeiro o número de hospitalizações registradas em 24 horas chegou a 258 e no domingo estava em 39.

Da Redação O Poder

Com informações da Secom

Foto: Divulgação

 

 

 

 

 

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