Documento elaborado pelo Ministério da Saúde estabelece, pela primeira vez, diretrizes sobre medicamentos usados em pacientes internados com Covid-19. O parecer contraindica o uso de cloroquina, hidroxicloroquina, azitromicina, ivermectina, entre outros, como o remdesivir.
O parecer foi feito sob coordenação do professor Carlos Carvalho, da Universidade de São Paulo (USP), junto a grupo técnico do Ministério da Saúde.
As “Diretrizes Brasileiras para Tratamento Hospitalar do Paciente com Covid-19” foram obtidas pela Folha de S. Paulo. Na última quinta-feira, 13, as orientações começaram a ser debatidas na Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec).
O documento avalia além da cloroquina, corticoesteroides, anticoagulantes, antimicrobianos, tocilizumabe, azitromicina, casirivimabe associada ao imdevimabe, remdesivir, plasma convalescente, ivermectina, colchicina e lopinavir/ritonavir.
Segundo o documento, poucas terapias farmacológicas mostraram-se eficazes na análise para tratamento da Covid-19.
“À exceção de corticoesteroides e do tocilizumabe, ambos em pacientes com uso de oxigênio suplementar, não há outras terapias que mostraram benefício na prevenção de desfechos clinicamente relevantes como mortalidade e evolução para ventilação mecânica”, diz o documento.
Já antibióticos “devem ser utilizados somente na presença ou suspeita de infecção bacteriana associada, não devendo ser utilizado de rotina no paciente com Covid-19”, informa.
Na prática, o documento indica o uso de alguns remédios, como dexametasona e tocilizumabe, em casos específicos, como o de pacientes em uso de oxigênio e diante de orientações. Anticoagulantes também entram na recomendação em alguns casos.
Conteúdo: Diário do Nordeste
Foto: Diego Vara / Reuters