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Durante a reunião da CPI da Amazonas Energia nesta terça-feira, 9, o presidente da Assembleia Legislativa de Rondônia (ALE-RO), deputado Alex Redano (PRB), e o relator Jair Montes (Avante) apresentaram o relatório da CPI da Energisa e falaram sobre os avanços alcançados pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).
O presidente da ALE-RO, Alex Redano, afirmou que Amazonas e Rondônia têm muitas coisas em comum. Mas, infelizmente, os Estados prestam um péssimo serviço para a população, principalmente após a privatização.
“Temos muitas coisas boas em comum com o Amazonas, mas infelizmente temos algo péssimo, que é a empresa de energia. O mesmo caso que encontramos em Rondônia, de crimes contra o consumidor, estamos encontrando no Amazonas. Vocês tiveram a coragem de abrir a CPI e estão fazendo a vontade do povo. Aqui, é unanimidade na população os cortes abundantes e os ‘apagões’ com a interrupção no fornecimento. Para terem uma ideia, a empresa de Rondônia tinha até um convênio com a Polícia Civil para efetuar os cortes e constranger os consumidores”, afirmou.
Na avaliação do presidente da ALE-RO, apesar das vitórias, nem tudo são flores para os consumidores rondonienses. “Essas empresas têm um grande poder econômico e podem pagar grandes bancadas jurídicas. Tenho certeza que essa CPI vai amenizar muito a situação da população do Amazonas. Em poucas horas aqui, senti o pedido de socorro da população contra essa empresa que está fazendo um péssimo trabalho”, afirmou.
O parlamentar disse que todas as autoridades de Rondônia se uniram e conseguiram um pedido junto ao governo federal para retirar essa empresa de Rondônia. “Em Rondônia, a situação chegou às vias de fato e a população se revoltou que, por várias vezes, houve vias de fato em várias cidades de Rondônia”, disse.
Energisa
Sinésio perguntou ao relator Jair Montes quem são os donos da Energisa, o valor que foi comprada, quais foram os problemas mais gritantes e as conquistas da CPI para o povo de Rondônia.
O relator da CPI da Energisa, Jair Montes fez a entrega do relatório completo da CPI de Rondônia para os deputados do Amazonas e fez um resumo sobre as investigações da CPI de Rondônia. Ele disse que estava emocionado ao conhecer a Aleam, porque é amazonense, nascido em Humaitá, e aos três meses de idade sua família mudou para Rondônia.
Jair Montes explicou aos deputados amazonenses quais foram as principais mudanças efetuadas depois da CPI. “Em Rondônia temos leis que não podem cortar a energia em feriados e fins de semana até 16h. Para fazer inspeção e retirada de relógio, tem que avisar 15 dias antes de fazer a inspeção na sua casa. Temos o Instituto de Pesos e Medidas (Ipem), que é ligado ao Inmetro, e os técnicos faziam a verificação e falavam se o relógio estava fraudando ou não. Descobrimos que toda bancada e capacitação do Ipem era dada pela Energisa e ninguém ganhava deles. O judiciário rondoniense estava sendo enganado porque o Ipem não tem autorização para dar laudo e eles usam aquela nota. O Tribunal de Rondônia não dá mais causa ao Inmetro e está proibido de trabalhar para a concessionária”, denunciou.
O relator afirmou, ainda, que os Estados do Acre e Rondônia fizeram a CPI e agora é a vez do Amazonas. “Vamos ter reunião na Unale (União Nacional das Assembleias Legislativas) e esse será o momento de cobrarmos as nossas bancadas federais”, avaliou.
O presidente da Aleam, Roberto Cidade (PV), afirmou que estão dando todo o apoio ao deputado Sinésio Campos (PT) para que a CPI da Amazonas Energia apresente bons resultados. “Fico feliz em trocar conhecimento com o presidente da Assembleia de Rondonia, Alex Redamo e Jair Montes. O caboclo amazonense está sendo humilhado na sua casa com o corte indevido. Aprovamos várias leis que proíbem o corte no período de pandemia e a Amazonas Energia nem sequer leu as nossas leis”, afirmou.
Nesta quarta-feira, 10, a CPI da Amazonas Energia volta a se reunir, quando vai ouvir o presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da Aleam, deputado João Luiz (Republicanos).
Augusto Costa, para O Poder
Foto: Divulgação
Edição e Revisão: Alyne Araújo e Henderson Martins