O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, acatou um pedido do governador do Acre, Gladson Cameli (PP), para passar as festas de Natal e Ano Novo com seus irmãos, Eládio Cameli Júnior e Gledson Cameli. A decisão flexibiliza determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que impedia contato entre os Cameli, desde março, por causa das suspeitas que levaram a Procuradoria-Geral da República (PGR) a acusá-los de crimes e desvios de R$ 11,7 milhões, investigados no âmbito da Operação Ptolomeu.
Com parecer favorável da PGR, Barroso autorizou o governador a festejar o fim de ano ao lado de seus irmãos, até o dia 1º de janeiro. Eles e outras dez pessoas foram denunciados, no final de novembro, pelos crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, peculato, lavagem de dinheiro e fraude a licitação.
A denúncia acusa Gladson Cameli de comandar um esquema que resultou em contratos assinados com o governo do Acre, com suspeitas de fraude ou direcionamento.
O vice-procurador-geral Hindenburgo Chateaubriand, em seu parecer, concluiu que as proibições de contato entre os Cameli visam assegurar a ordem pública, a instrução criminal e a aplicação da lei penal, em caso de notória e concreta complexidade. Mas ponderou pela flexibilização.
“Todavia, quanto à específica cautelar de proibição de contato, não há óbice para que GLADSON DE LIMA CAMELI participe, entre os dias 23/12/2023 e 01/01/2024 das festividades de Natal e Ano Novo ao lado de ELÁDIO CAMELI JÚNIOR e GLEDSON CAMELI, seus irmãos. A flexibilização desta medida é excepcional e tem prazo certo para encerrar”, avaliou o membro da PGR.
Com informações do Diário do Poder
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