Roraima – Em longo discurso na tribuna nesta terça-feira, 28, o vereador Adjalma Gonçalves (SD) revelou ser vítima de perseguição pessoal por parte do senador Mecias de Jesus (Republicanos), desde 2021, quando decidiu concorrer ao cargo de deputado estadual no ano seguinte.
O parlamentar disse acreditar que, por conta disso, perdeu o emprego na Companhia de Águas e Esgotos de Roraima (Caer), ficando um ano desempregado, e ainda acusou Mecias de manipular a opinião pública contra ele.
Gonçalves lembrou que trabalhou na companhia de 2018 a junho de 2020, quando decidiu se afastar para concorrer ao cargo de vereador, pelo qual obteve 2.047 votos. E que, após o pleito, nunca recebeu uma ligação da diretoria municipal ou estadual do partido para participar de reuniões sobre o futuro do partido e de seus filiados.
O vereador disse, ainda, que na primeira semana de janeiro de 2021 conversou com Mecias de Jesus, presidente estadual do Republicanos, em seu escritório, ocasião em que o parlamentar revelou saber do interesse em disputar o pleito de 2022.
“Respondi a ele que eu tinha pretensão, porém ainda não tinha decidido se ia ser candidato ou não. Enquanto conversamos, em alguns momentos ele elevou o tom de voz e me fez uma qualificação, me deu um adjetivo que não quero falar aqui neste momento. Continuamos a conversar e ele endurecido me disse que eu poderia procurar um partido e sair, porque lá não tinha vaga mais para mim e não me cabia mais em seu grupo. E depois de muitas conversas, eu perguntei a ele se poderia ter uma segunda conversa, e ele me respondeu que era sempre bom uma segunda conversa”, disse.
Adjalma Gonçalves revelou que no dia 10 de janeiro de 2022 foi ao escritório para conversar com o então deputado federal Jhonatan de Jesus, que se recusou a prolongar a conversa.
“Dez minutos depois de eu sair do escritório do senador Mecias de Jesus, me lembro como se fosse hoje. Eu estava me preparando para o lançamento do meu livro e o aniversário de 50 anos, que inclusive havia mandato o convite para ele, mas após dali, de sair do escritório, em frente ao Parque Anauá, recebi uma ligação do RH da Caer dizendo para eu ir até lá para buscar a minha exoneração. Gente, se isso não é perseguição, o que é isso?”, questionou.
O Poder tenta contato com a assessoria do senador Mecias de Jesus para posicionamento sobre as acusações.
Da redação
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