novembro 18, 2025 12:47
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Ex-prefeito de Autazes é cobrado por populares para devolver dinheiro de concurso

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O ex-prefeito de Autazes, Andreson Cavalcante, está sendo cobrado para reembolsar a taxa de inscrição do concurso público da prefeitura, que foi suspenso pela Justiça do Amazonas. Ele enfrenta a revolta da população. 

Há quem diga que o ex-gestor não consegue nem tomar mais café na feirinha local “em paz” por causa das cobranças. 

A suspensão 

O certame, organizado pelo Centro de Seleção, Pesquisa e Consultoria (Cespec), foi inicialmente cancelado pelo Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM) em novembro do ano passado por não cumprir os princípios de legalidade e transparência. Posteriormente, o desembargador Lafayette Carneiro Vieira Júnior, do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), determinou sua suspensão por ausência de cotas obrigatórias e previsão orçamentária inadequada, além do cancelamento do contrato com a Cespec.

A Prefeitura de Autazes tentou mudar a decisão, mas sem sucesso. Com o concurso em impasse com a Justiça Estadual, quem pagou para participar do processo seletivo continua sem resposta sobre a devolução dos valores pagos na inscrição.

 

Da Redação

Operação da PF realizada no gabinete do desembargador Elci Simões agiu de forma mais ‘discreta’

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A operação da Polícia Federal realizada na manhã desta segunda-feira, 24, chamou a atenção pela forma como foi conduzida. Ela foi feita de forma tão discreta que destoou das demais feitas pela corporação até aqui. Os policiais foram com roupas e carros descaracterizados ao prédio da Corte para darem continuidade na operação que investiga o desembargador Elci Simões e o juiz Jean Carlos Pimentel por suposta fraude judicial e por desviarem R$ 150 milhões em títulos emitidos na década de 1970.

Conforme informações de bastidores, a falta de caracterização causou estranheza nos servidores do judiciário, que foram pegos de surpresa e não entenderam que se tratava de uma operação. Somente depois, eles souberam do fato.

Modus Operandi diferenciado para o judiciário 

Todas as operações que acontecem no Amazonas tem um padrão: os policiais usam o fardamento e utilizam as viaturas com o giroflex. Além disso, a PF produz notas que são disponibilizadas para a imprensa, através de e-mail ou pelo site, e a cobertura jornalística correspondente. 

Nas últimas operações, por exemplo, as viaturas ficavam em frente dos prédios com os sinais luminosos funcionando para identificar a realização dos trabalhos dos agentes federais, como aconteceu na concessionária Audi e em uma ação dentro de um condomínio de Manaus.

O fato de hoje ganhou notoriedade por “sorte”, uma vez que uma equipe de jornalistas estava no local e o prédio situa-se na mesma região que outros veículos de comunicação.

 

Da Redação

Foto: Portal O Poder 

Wilson Lima participa de inspeção das obras do Caic de Petrópolis

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O governador Wilson Lima (União Brasil) participou na manhã desta segunda-feira, 24, de inspeção das obras do Centro de Atenção Integral à Criança (Caic) Alexandre Montoril, localizado no bairro de Petrópolis, zona Sul de Manaus. A expectativa do Governo do Amazonas é que o Caic de Petrópolis, juntamente com o Caic do bairro do Zumbi 2,  zona Leste da cidade, sejam entregues no mês de março.

“Além disso, nós vamos implantar serviços especializados para atendimento de crianças com Transtorno do Espectro Autista em três Caics. Estamos trabalhando para oferecer uma assistência em saúde cada vez melhor a população”, afirmou.

Augusto Costa, para O Poder

Foto: Divulgação

PF investiga agência da Caixa por saques suspeitos de R$ 2 milhões das contas da Eletrobras

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A polêmica envolvendo o pagamento suspeito de R$ 150 milhões, por meio de decisões judiciais, ganhou mais um novo desdobramento. Nesta segunda-feira, 24, agentes da Polícia Federal (PF) foram às ruas para cumprir novas diligências, pois as investigações apontam o envolvimento de servidores da Caixa Econômica Federal.

O caso

O desembargador do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), Elci Simões, e o juiz da Vara de Presidente Figueiredo, Jean Carlos Pimentel, foram afastados por suspeitas de fraude em decisões. Os magistrados determinaram que a Eletrobras efetuasse o pagamento de R$ 150 milhões a Bruno Eduardo Thomé de Souza por títulos emitidos na década de 1970.

Mais fraude

Após o recebimento dos valores, os beneficiários se dirigiram até a agência da Caixa localizada na Avenida André Araújo, no bairro Aleixo, em frente ao Fórum Henoch Reis, para tentar sacar a quantia milionária. O que mais chama a atenção é o horário em que as operações foram realizadas.

O atendimento presencial na agência é de 9h às 15h, entretanto os envolvidos iniciaram as transações por volta das 17h estendendo-se até as 20h. A movimentação financeira fora do horário comercial chamou a atenção do Banco Central que, ao identificar transações de volume elevado em um período atípico, interveio e bloqueou. Movimentações desse porte fora do expediente bancário são consideradas anormais e geralmente indicam possíveis irregularidades.

Além disso, dois fatores indicam que tudo foi premeditado. Cerca de três funcionários trabalharam foram do expediente para atuar na liberação dos saques, o que reforça a hipótese de colaboração interna. E as contas dos beneficiários tinham menos de dois meses de existência.

Os servidores envolvidos não só agiram de maneira imprudente, como subestimaram mecanismos de controle do Bacen e da própria Caixa Econômica. A Polícia Federal já obteve imagens de monitoramento que identificam os envolvidos no momento em que as transações eram realizadas.

Apesar do plano elaborado, o prejuízo não foi maior graças à rápida intervenção dos órgãos de controle. Dos R$ 150 milhões previstos, apenas R$ 2 milhões foram efetivamente movimentados, a quantia foi distribuída entre terceiros em uma tentativa de dificultar o rastreamento do dinheiro.

As investigações continuam em ritmo acelerado, e os responsáveis vão responder por crimes federais.

Thaise Rocha, para o Portal O Poder
Ilustração: Neto Ribeiro

Ações do CNJ abalam Judiciário Amazonense e colocam credibilidade em xeque

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O Poder Judiciário do Amazonas está sob intensa atenção devido aos recentes acontecimentos do fim de semana, que repercutiram nos cenários local e nacional. Para muitos, os episódios representam um dano significativo à imagem da Justiça Estadual e de seus servidores.

Gabinetes lacrados e Polícia Federal

O desembargador Elci Simões de Oliveira, do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), e o juiz titular da Vara Única da Comarca de Presidente Figueiredo, Jean Carlos Pimentel dos Santos, tiveram seus gabinetes lacrados e pertences de uso profissional (notebooks, celulares e tablets) apreendidos pela Polícia Federal, após decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Os magistrados são investigados por suspeitas fraudes relacionadas a decisões judiciais, que tratam do pagamento de R$ 150 milhões em títulos emitidos na década de 1970.

O ministro Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), classificou o caso como uma “inusitada situação”. Já o corregedor nacional de Justiça, Mauro Campbell, considerou as ações de Simões e Pimentel como causadoras de “graves danos à imagem do Poder Judiciário Amazonense”.

O fato de o CNJ ter autorizado o lacre do gabinete de um desembargador sugere a existência de provas materiais robustas, indicando a gravidade da situação.

Nesta segunda-feira (24), agentes da Polícia Federal continuam as diligências relacionadas ao caso. Além disso, uma equipe do CNJ está na capital amazonense para acompanhar de perto os desdobramentos das investigações.

Assessor de Elci Simões preso por furto qualificado

Na terça-feira (18), o assessor do TJAM, Ricardo Almeida Campelo, lotado no gabinete do desembargador Elci Simões, foi preso pela Polícia Civil acusado de furto qualificado.

O mandado de prisão temporária foi assinado pela juíza Silvânica Correia Ferreira, que também determinou a busca e apreensão de materiais na residência do investigado.

A Revista Cenarium teve acesso ao documento de prisão temporária, que pode ser conferido na íntegra.

Juíza suspensa por manifestações políticas nas redes sociais

Outro episódio envolvendo o Judiciário amazonense foi a suspensão da juíza Rosália Guimarães Sarmento, também do TJAM. O CNJ aplicou uma pena de disponibilidade por 60 dias, a segunda sanção mais grave prevista na Lei Orgânica da Magistratura Nacional (Loman), devido a postagens da juíza em apoio à eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O conselho entendeu que as manifestações comprometeram os deveres de imparcialidade e dignidade exigidos para o exercício da magistratura.

Mesmo alegando que suas publicações estavam amparadas pelo direito à liberdade de expressão e tiveram baixa visibilidade, o CNJ manteve a penalidade. A suspensão afeta direitos como aposentadoria, licenças e progressão na carreira.

As recentes polêmicas colocaram desembargadores, juízes, promotores e até a comunidade jurídica em estado de alerta, diante da gravidade dos fatos e da incerteza sobre os desdobramentos que ainda podem ocorrer.

 

 

Thaise Rocha, para o Portal O Poder

Ilustração: Neto Ribeiro

Polícia Federal faz operação no TJAM

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Equipes da Polícia Federal estão nas ruas de Manaus desde as primeiras horas da manhã de hoje, 24. Os policiais apuram a liberação de mais de R$ 150 milhões a um credor da Eletrobras.

O principal alvo da ação é o desembargador Elci Simões. O gabinete do magistrado foi lacrado na última sexta-feira, 21, após determinação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Uma equipe do CNJ está em Manaus para acompanhar os desdobramentos da investigação envolvendo a liberação do valor milionário em títulos públicos da Eletrobras. O dinheiro teria sido movimentado por meio de uma agência da Caixa Econômica Federal localizada no bairro Aleixo, Zona Sul de Manaus, nas proximidades do fórum Henoch Reis.

Dos mais de R$ 150 milhões, R$ 2 milhões foram sacados diretamente do caixa. Há imagens da ação para identificar quem efetuou o saque.

A assessoria do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) ainda não se manifestou sobre o assunto.

Apreensão de carro

Após ter o gabinete lacrado na última sexta-feira, Simões teve, hoje, o carro apreendido pela PF. O veículo foi levado para perícia, conforme divulgado pelo jornalista Ronaldo Tiradentes, no programa “Manhã de Notícias”, nesta segunda-feira.

Simões e o juiz de Presidente Figueiredo, Jean Pimentel, são suspeitos em processo que apura fraude de R$ 156 milhões contra a Eletrobras. A ordem para a operação da Polícia Federal é do corregedor do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Mauro Campbell.

 

 

Da Redação, com informações do BNC

Ilustração: Neto Ribeiro

TJBA aposenta juiz que fez edital apenas para LGBTQIAPN+

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O juiz Mário Soares Caymmi Gomes busca mudar no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a decisão do Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA) que determinou sua aposentadoria compulsória. A medida, aplicada em 29 de janeiro, foi resultado do processo administrativo disciplinar (PAD) aberto contra o magistrado em 2023.

O tribunal apontou “violações ao dever de urbanidade e à conduta irrepreensível esperada de um juiz”. No entanto, Mário e entidades ligadas à causa LGBTQIAPN+ alegam que a decisão foi motivada por discriminação, devido a um edital lançado por Mário para a contratação de estagiários da comunidade. O julgamento, ocorrido no Dia da Visibilidade Trans, gerou críticas de organizações defensoras dos direitos LGBTQIAPN+, que destacaram os esforços de Mário para promover a inclusão.

O pedido de liminar para suspender a aposentadoria foi negado pelo conselheiro Caputo Bastos, relator do caso no CNJ. Ele argumentou que a interferência do órgão em processos disciplinares só ocorre em situações excepcionais, o que, segundo ele, não se aplica ao caso. Agora, o juiz aguarda o julgamento do plenário do CNJ, sua última possibilidade de reverter a decisão.

Quem é Mário Gomes?

Mário Soares Caymmi Gomes se tornou magistrado em 1996, aos 24 anos, e consolidou-se como ativista da causa LGBTQIAPN+, presidindo a comissão do TJ-BA. Ele era titular da 27ª Vara de Substituições de Salvador até ser afastado preventivamente em setembro de 2023.

O conflito com o tribunal começou em janeiro daquele ano, quando Mário abriu um edital para o preenchimento de três vagas de estágio destinadas exclusivamente a pessoas LGBTQIAPN+. “É um direito meu dizer quem eu quero para esse estágio. Todos os juízes têm direito, e eram três vagas para a política afirmativa, de um total de 1.700 do tribunal”, defendeu o magistrado.

A medida gerou controvérsia e foi anulada pelo então corregedor-geral de Justiça, José Edivaldo Rocha Rotondano, sob o argumento de que o edital discriminava a população heterossexual e poderia não atrair candidatos suficientes.

Entrevista motivou punição

Enquanto aguardava o julgamento de seu recurso pelo CNJ, Mário participou de um programa de rádio da Assembleia Legislativa da Bahia, em maio de 2023, para discutir a empregabilidade da população LGBTQIAPN+. Durante a entrevista, criticou a decisão do corregedor e fez uma declaração que foi determinante para sua punição.

“O que me causou maior incômodo é que essa determinação tenha vindo de um corregedor que é gay, ainda que ele não se assuma. […] Já que estamos tratando desse tema relevante, e isso não é fofoca, eu acho que isso tem a ver com o caso: sei que ele é gay porque ele teve um caso com o meu marido, antes dele [meu marido] me conhecer”, disse.

Pouco mais de um mês depois, em junho, o CNJ rejeitou o recurso de Mário. Dias depois, o presidente do TJ-BA, Nilson Castelo Branco, apresentou uma representação disciplinar contra o magistrado, dando início ao PAD que resultou em sua aposentadoria compulsória.

Em setembro de 2023, o TJ-BA publicou um decreto estabelecendo cota de 5% das vagas de estágio para pessoas trans. Para Mário, a medida teve o objetivo de ofuscar sua iniciativa: “Ou seja: eu que não podia fazer a ação porque o presidente é quem queria ser louvado por isso. Eles querem tirar o meu protagonismo. É importante frisar que depois de um ano nenhuma pessoa trans foi contratada. Ou seja, fizeram um ato para alegarem diversidade, mas que não fazem questão alguma de cumprir”, criticou.

Argumentos da defesa e do tribunal

Nos autos, divulgados pelo portal UOL, desembargadores enfatizaram que a declaração dada à rádio exigia uma punição severa. Alguns, porém, mencionaram o uso de linguagem inadequada em decisões judiciais proferidas em 2022. Segundo Mário, as pessoas supostamente ofendidas nunca procuraram a Corregedoria.

Na sessão inicial do julgamento, em dezembro de 2024, a relatora sugeriu aplicar apenas uma pena de censura, mas o entendimento foi contestado por outros desembargadores, que defenderam a aposentadoria compulsória. Eles alegaram que a conduta do magistrado desrespeitava o tribunal e comprometia a imagem da instituição.

Sobre as declarações na rádio, Mário argumentou que não caberia ao TJ-BA puni-lo, pois se tratava de um comentário pessoal. “Se eu expus uma pessoa a algum constrangimento, essa pessoa física deve tomar as providências para responsabilizar –e esse senhor entrou com ação penal por difamação contra mim. Uma coisa é a pessoa física, outra é o tribunal pegar isso para si e fazer um ‘justiçamento’ em resposta a uma suposta revelação indesejada”, pontuou.

O Terra entrou em contato com o Tribunal de Justiça da Bahia, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. Caso o TJ-BA se posicione sobre o caso, a matéria será atualizada.

 

 

Com informações do Portal Terra

Semasc intensifica ações para combater uso de crianças pedindo dinheiro nos semáforos de Manaus

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A Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc) realizou uma grande ação, nesta sexta-feira, 21, em seis pontos de Manaus para coibir uso de crianças pedindo dinheiro em semáforos. O balanço foi divulgado pelo titular da Semasc, Saullo Vianna.

A Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), conselheiros tutelares e o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) também participaram da ação que resultou no resgate de 13 crianças. Elas foram encaminhadas ao Serviço de Acolhimento Institucional para Crianças e Adolescentes (Saica). Alguns responsáveis foram levados à Depca para responder pelas infrações cometidas.

Segundo Saullo Vianna, a situação tem se agravado na capital amazonense.

“Em algumas abordagens foram identificados adultos, homens e mulheres, que estavam com crianças que nem eram seus filhos, ou seja, isso é um mercado. Pegam crianças para trazer aos semáforos e sensibilizar as pessoas a doarem dinheiro, não podemos permitir. Vamos cada vez mais intensificar as ações na Semasc para reduzir esses casos”, destacou o titular da Semasc.

Um caso que chamou a atenção durante a ação envolveu um homem que, ao perceber a chegada da equipe de abordagem, fugiu levando uma criança. As investigações apontaram que ele possui um mandado de prisão em aberto e a polícia já está realizando buscas para localizá-lo.

Vianna também adiantou que a secretaria vai expandir essas operações para outras áreas da cidade. “Iremos realizar o mesmo tipo de abordagem com pessoas em situação de rua no Centro de Manaus”, afirmou.

O secretário reforçou que o município oferece serviços de acolhimento e apoio para crianças e famílias em situação de vulnerabilidade.

Thaise Rocha, para o Portal O Poder
Foto: Divulgação

Desembargador Elci Simões e juiz Jean Pimentel têm gabinetes lacrados e materiais recolhidos pela PF por decisão de Mauro Campbell

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Medidas rigorosas executadas pela Polícia Federal, por determinação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), marcam o afastamento do juiz titular da Vara Única da Comarca de Presidente Figueiredo, Jean Carlos Pimentel dos Santos, e do desembargador do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), Elci Simões de Oliveira. A decisão foi assinada pelo corregedor nacional de Justiça, ministro Mauro Campbell Marques.

Na noite de sexta-feira, 21, agentes da PF estiveram no prédio do TJAM e na sede da Vara Única de Presidente Figueiredo para lacrar as portas dos gabinetes dos magistrados e apreender diversos itens, de uso funcional dos juízes, para perícia como: notebooks, celulares e tablets.

Além da lacração dos gabinetes, a Corregedoria Nacional de Justiça determinou ainda o bloqueio do acesso dos magistrados aos sistemas do TJAM.

Depoimento na PF

Informações de bastidores apontam que o juiz Carlos Pimentel e o filho do Desembargador Elci Simões, o Elci Junior, foram conduzidos até à Polícia Federal para prestar depoimento sobre o caso em investigação na noite da última sexta, 21.

Suspeita de fraude no judiciário

A medida foi tomada no âmbito da Reclamação Disciplinar 0000779-08.2025.2.00.0000, que investiga possíveis infrações disciplinares relacionadas à movimentação de valores expressivos.

Tudo começou com a ação judicial de Bruno Eduardo Thomé de Souza que pedia recebimento de valores referentes a títulos emitidos na década de 1970 totalizando R$ 150 milhões, mesmo tendo nascido após 1980. Inicialmente o juiz Carlos Pimentel, da Vara de Presidente Figueiredo, autorizou o pagamento sob protesto da Eletrobras que questionava a legitimidade dos títulos.

O caso foi então encaminhado ao Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), onde o desembargador Elci Simões suspendeu o pagamento dos milhões. Entretanto, dez dias depois, ele voltou atrás na decisão e determinou o pagamento dos valores.

Julgamento no STJ

A Eletrobras recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e conseguiu a devolução dos valores após decisão do ministro Benedito Gonçalves, que destacou como “inusitada situação”. O ministro enviou o caso para Corregedoria Nacional de Justiça (CNJ) que iniciou a investigação.

Grave dano ao Judiciário Amazonense

Para o ministro Mauro Campbell, as decisões foram tomadas em uma velocidade “incompatível com o acervo do gabinete”, sem a devida análise sobre a validade dos títulos apresentados, seu conteúdo e a legitimidade dos beneficiários.

“A atuação dos reclamados representa graves danos à imagem do Poder Judiciário amazonense, notadamente em razão dos atos que parecem indicar quebra da isonomia e da imparcialidade que se espera dos julgadores”, afirmou o ministro ao justificar a necessidade do afastamento.

Os juízes tem um prazo de cinco dias para apresentar suas defesas. A investigação tramita sob sigilo.

TJAM se manifesta

Em resposta à decisão do CNJ, o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) divulgou uma nota oficial neste sábado,22, assinada pelo presidente da Corte, desembargador Jomar Fernandes. A nota reforça o compromisso da instituição com a transparência e o devido processo legal.

“O momento exige cautela e serenidade, permitindo que as investigações sigam seu curso com a devida observância ao contraditório e à ampla defesa”, consta na nota.

O TJAM também destacou sua confiança na integridade da magistratura amazonense e ressaltou que a Corte não é alvo de investigação direta. Todos os fatos serão devidamente esclarecidos com transparência e respeito às instituições.

Thaise Rocha, para o Portal O Poder
Ilustração: Bernardo

MPAM abre inquérito para investigar irregularidades em concurso da Prefeitura de Novo Aripuanã

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Supostas irregularidades no concurso público, Edital nº 02/2022, da Prefeitura de Novo Aripuanã estão sendo investigadas pelo Ministério Público do Amazonas (MPAM). O Inquérito Civil, assinado pela promotora Jéssica Gomes, foi publicado no Diário Oficial do órgão, da última quarta-feira, 19.

De acordo com o MPAM, foram recebidas denúncias sobre prorrogação de contratos temporários para cargos nos quais há candidatos aprovados aguardando nomeação. Além disso, há relatos de desrespeito à ordem de classificação e de nomeação de servidores para cargos diferentes daqueles para os quais foram aprovados.

O inquérito também considera a iminência do vencimento do prazo de validade do concurso. Para o MPAM, essas ações constituem ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública.

Medidas adotadas

A promotora Jéssica Gomes determinou o envio de ofício à prefeitura, requisitando com urgência, no prazo de três dias, esclarecimentos sobre o concurso público e processos seletivos em vigência como: Edital original e eventuais retificações; lista de aprovados classificados e excedentes; lista de convocados e nomeados com datas de nomeação, respectivas portarias ou atos nomeatórios.

Além disso, solicitou informações sobre o Processo Seletivo Simplificado (PSS) para Formação de Cadastro de Reserva com Edital original; descrição dos cargos previstos; relação de contratos temporários e/ou terceirizados vigentes e atividades de cada cargo, bem como informações sobre outros PSS para formação de cadastro reserva de cargos para os quais haja no concurso vigente.

Sem novas contratações

O MPAM expediu uma Recomendação ao Executivo Municipal para que: não faça novas contratações de servidores temporários para cargos já contemplados no concurso público, salvo situações devidamente justificadas; observe o quantitativo de servidores temporários contratados, evitando excesso e garantindo conformidade com a legislação; Prorrogue o prazo de validade do concurso, permitindo a organização administrativa e a nomeação dos candidatos aprovados dentro do número de vagas previstas no edital.

Concurso Novo Aripuanã

 

 

Thaise Rocha, para o Portal O Poder

Foto: Divulgação

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