agosto 23, 2025 17:16
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Alexandre de Moraes é eleito ministro efetivo do Tribunal Superior Eleitoral

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, foi eleito com nove votos para o cargo de ministro efetivo do Tribunal Superior Eleitoral, no biênio 2020-2022, ocupando a vaga aberta com o fim do biênio da ministra Rosa Weber, que deixará na próxima semana.

A eleição aconteceu nesta quinta-feira, 21, no início da sessão plenária.

Moares agradeceu aos pares, declarando ser uma “grande honra e responsabilidade atuar no grande tribunal da democracia”.

Conforme a Constituição Federal, o TSE é composto de, no mínimo, sete ministros efetivos, sendo três do STF, dois do STJ (Supremo Tribunal de Justiça) e dois juristas nomeados pelo presidente dentre advogados de idoneidade moral e admirável conhecimento jurídico, por meio de lista tríplice indicada pelo STF.

 

 

 

 

 

 

 

 

Conteúdo: Conjur

Foto: Carlos Moura / STF

Em reunião com Bolsonaro e ministros, governadores cobram o pagamento da ajuda financeira

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A reunião por videoconferência entre governadores e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nesta quinta-feira, 21, limitou-se a discussão de auxílios financeiros para os entes federativos. A pauta da reunião foi tomada pela sanção ao Projeto de Lei Complementar nº 39/2020, que estabelece um programa de auxílio financeiro aos Estados e Municípios durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

O Amazonas conseguiu aglutinar deste programa um montante de R$ 1 bilhão do governo federal, que será divido em pagamentos de quatro parcelas. Segundo o governador Wilson Lima (PSC), a expectativa é que o projeto seja sancionado nas próximas horas pela Presidência da República.

De acordo com o governador, a ajuda federal vai ser importante para o Amazonas manter a sua saúde financeira diante da pandemia, que tem impactado as atividades econômicas e a arrecadação.

Questionado pelo O Poder, o governo do Estado, por meio da Secretaria de Comunicação (Secom), não apresentou a pauta de pedidos de Wilson Lima para o presidente Jair Bolsonaro.

“O Estado do Amazonas pode receber até R$ 1 bilhão divididos em parcelas nos próximos quatro meses. Isso nos ajuda a manter o equilíbrio fiscal, levando em consideração a perda que estamos tendo em função da diminuição da arrecadação de ICMS. É disso que o país precisa em um momento como esse, que as autoridades sentem à mesa e encontrem consenso para superar a Covid-19”, disse.

Segundo nota da Secom, o presidente Jair Bolsonaro também reforçou a importância do alinhamento entre as instituições para que o Brasil supere a crise sanitária e consiga reduzir os seus danos. “Temos que trabalhar em conjunto para mitigar os efeitos dessa crise nos estados, onde estão os mais afetados”, diz o governador.

Para o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), o projeto de lei aprovado no Congresso Nacional cria condições para a recuperação da economia e dos empregos após a pandemia. “Estamos sempre atentos às demandas dos governadores e prefeitos porque elas são as demandas dos brasileiros”, destacou.

Além dos governadores das demais unidades da federação, também participaram da reunião virtual o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e os ministros Braga Netto, da Casa Civil da Presidência da República; Paulo Guedes, da Economia; Fernando Azevedo, da Defesa; Jorge Antonio de Oliveira, da Secretaria-Geral da Presidência da República; Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo; e Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional.

Destinação de recursos

Segundo a Secretaria de Fazenda do Amazonas (Sefaz), os repasses do governo federal, por meio do programa de auxílio financeiro aos Estados e Municípios, serão destinados à compensação de perdas de receita e a ações de prevenção contra o novo coronavírus

Ao todo, o Estado do Amazonas receberá um valor fixo de R$ 626 milhões, de uso discricionário. Outro montante de recursos, estimado em R$ 400 milhões, será vinculado às ações de combate à Covid-19 nas áreas de saúde e assistência social, mas o valor dessas parcelas será definido de acordo com os dados da evolução da doença no Estado.

 

 

Da Redação O Poder

Com informações da Secom

Foto: Secom

Arrecadação federal cai 28,9% em abril e soma R$101,1 bilhões

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A arrecadação das receitas federais no Brasil registrou queda de 28,95% em abril, somando R$ 101,154 bilhões, diante da pandemia do novo coronavírus. A comparação é com o mesmo mês de 2019, descontada a inflação. Esse foi o menor valor para o mês desde 2006, quando a arrecadação totalizou R$ 94,505 bilhões.

As informações foram feitas pela Receita Federal e divulgadas nesta quinta-feira, 21.

As receitas administradas pela Receita Federal, como impostos e contribuições federais, chegaram a R$ 93,332 bilhões, resultando em queda real (descontada a inflação) de 28,79%.

Já as receitas administradas por outros órgãos, principalmente royalties do petróleo, somaram R$ 7,822 bilhões, com queda de 30,75%, em relação a abril de 2019.

De janeiro a abril, a arrecadação total chegou a R$ 502,293 bilhões, com queda real de 7,45%, em comparação com o mesmo período do ano passado. As receitas administradas pela Receita ficaram em R$ 476,811 bilhões, com queda de 7,71%.

Já as receitas administradas por outros órgãos atingiram R$ 25,482 bilhões, com queda real de 2,18%.

Segundo a Receita Federal, o resultado do mês e do período acumulado foi “bastante influenciado” por medidas de enfrentamento aos efeitos da pandemia de covid-19. A Receita cita o diferimento (adiamento de pagamento) de tributos, que somou R$ 35,1 bilhões, em abril, e as compensações tributárias que apresentaram crescimento de 25,19% no mês passado e de 46,91% no período acumulado. Essas compensações somaram R$ 10,901 bilhões, no mês passado, e R$ 45,996 bilhões nos quatro meses do ano.

Entre os tributos com pagamento adiado está o Imposto de Renda da Pessoa Física, de abril para junho. Também houve postergação do pagamento de contribuição patronal ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e dos Programas de Integração Social (PIS) e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep).

Os pagamentos de abril serão quitados em agosto, e os de maio, em outubro. Também houve o adiamento, por seis meses, da parte federal do Simples Nacional. Os pagamentos de abril, maio e junho passaram para outubro, novembro e dezembro. Além disso, foi reduzida a zero a alíquota de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), por 90 dias.

 

 

 

 

Conteúdo: Agência Brasil

Foto: Reprodução

Felipe Souza recua e diz que ‘apenas ameaçou’ retirar sua assinatura da CPI; ouça o áudio

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A CPI da Saúde realiza neste momento uma nova reunião para eleger, pela terceira vez num curto intervalo de tempo, os membros do colegiado. Na tarde desta quarta-feira, 20, após quatro horas de reunião fechada entre o presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam) e os líderes partidários da casa foi feita uma eleição de membros que, hoje, caiu por terra após nova confusão e discussão em torno da instalação da comissão.

Um dos pontos polêmicos é em relação à permanência do deputado Felipe Souza (Patriotas) como membro da comissão. Pela manhã, ao denunciar que estava sendo vítima de manobra política para lhe retirar da CPI, ele afirmou que estava retirando a sua assinatura da comissão, o que acabaria inviabilizando o andamento da investigação, haja vista que para a CPI prosperar tem que ter no mínimo oito assinaturas. (Ouça áudio no final da matéria. Declaração está a partir do 4’20”).

Depois da repercussão negativa, Felipe recuou e disse que não retirou a assinatura, mas apenas ameaçou retirá-la.

“Não cheguei a retirar eu ameacei retirar. Mas o presidente na sequência se pronunciou de que vai ter uma nova eleição após o meio dia. Eu cobrei a minha participação. Vou aguardar essa nova reunião eu não cheguei a retirar. Eu quero garantir a minha participação eu quero que aconteça a CPI, mas eu quero garantir a minha participação. Como é que eu não posso participar se eu fui escolhido”, disse.

Minutos depois de ter se pronunciado, Felipe Souza voltou a questionar os critérios de escolha dos membros da comissão e que apesar de tudo que aconteceu ontem e não ter sido respeitada a escolha dos membros do seu bloco que lhe indicaram para participar como membro efetivo da CPI, ele não retirou a sua assinatura.

“Apesar de todo esse desrespeito quero dizer que eu não protocolizei a retirada de assinatura e a CPI segue com o meu total apoio. Embora eu tenha sido desrespeitado no meu direito e vai haver uma nova reunião, para se escolher novos membros e provavelmente eu serei sacado que o que se desenha a CPI segue com a minha assinatura”, alfinetou.

Depois da reunião virtual em chat fechado de ontem com o presidente da Aleam, Josué Neto (PRTB), com os 16 líderes partidários e que praticamente já havia definido os primeiros membros titulares da comissão, agora tudo será refeito.

De acordo com Felipe Souza, na reunião de ontem havia sido definido, por meio de votação, os nomes do presidente e o relator da CPI da Saúde, entre os novos membros: Delegado Péricles (PSL), Mayara Pinheiro (PP), Dr. Gomes (PSC) e Wilker Barreto (Podemos). Entre os suplentes ficariam os deputados Serafim Corrêa (PSB), como primeiro suplente e ainda serão escolhidos mais dois deputados do PL e PV.

 Ouça o áudio de Felipe Souza

 

 Augusto Costa, para O Poder

Foto: Aleam

Oposição apresenta pedido conjunto de impeachment de Bolsonaro à Câmara

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Na manhã desta quinta-feira, 21, partidos de oposição protocolaram um pedido conjunto de impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) à Câmara dos Deputados.

Participaram da assinatura do pedido de impeachment de Bolsonaro, PT, PCdoB, PSOL, PCB, PCO, PSTU e UP e mais de 400 entidades e movimentos sociais, como o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) e a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil.

Na ocasião, os partidos justificam que Bolsonaro cometeu o crime de responsabilidade ao pronunciar contra o Supremo Tribunal Federal (STF), promover a sublevação das Forças Armadas contra a democracia, atos e protestos durante a pandemia da covid-19, sendo definidas como crimes contra a saúde pública e entre outros feitos.

No documento, o presidente é acusado de ir contra a probidade administrativa, contra o livre exercício dos direitos políticos, individuais e sociais, contra a segurança interna do país, crimes de responsabilidade e entre outros.

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: UOL

Foto: Pablo Jacob/Agência O Globo

POLÊMICA: Felipe Souza retira sua assinatura e CPI da Saúde fica inviável

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O deputado Felipe Souza (Patriota) acaba de retirar a sua assinatura da CPI da Saúde, comunicando nesta quinta-feira, 21, durante o pequeno expediente na sessão virtual da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam).

Com a decisão, a CPI volta à estaca zero e fica inviabilizada de acontecer já que ela necessita de oito assinaturas para poder ser instalada e os trabalhos acontecerem.

Felipe acusa o presidente da casa, deputado Josué Neto (PRTB), de não aceitar a sua participação na comissão apesar de ter sido eleito por quatro votos.

“A minha indicação não foi aceita pelo presidente Josué Neto e eu não concordo. Qual o problema do deputado Felipe Souza não participar da CPI? Eu não sou cacique político de ninguém. A reunião de ontem foi filmada e gravada e não posso aceitar nenhuma manobra que venha tirar de mim o meu direito de participar. Eu fui um dos oito que assinei a CPI do Combustível e não participei e a população viu no que deu. Estou comunicando que estou retirando a minha assinatura da CPI da Saúde”, disparou.

Mais informações em instantes.

 

 

 

Augusto Costa, para O Poder

Foto: Aleam

Deputado sugere a suspensão do recesso de julho da Assembleia Legislativa

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Os efeitos do novo coronavírus podem intervir no recesso parlamentar da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam). O deputado estadual João Luiz (Republicanos) apresentou requerimento à mesa diretora da casa propondo a suspensão do recesso parlamentar do julho devido à pandemia. Desde o início de março que estão suspensas no Parlamento as sessões ordinárias presenciais, dando lugar às reuniões virtuais.

No requerimento nº 011613/2020, João Luiz afirma que o isolamento social, por conta do coronavírus, prejudicou os trabalhos da casa legislativa, suspensos de forma presencial desde o dia 19 de março, fato que exclui a necessidade de paralisar as atividades no meio do ano período do recesso parlamentar.

“Diante do cenário em que estamos vivendo, temos realizado os trabalhos de forma remota. Mas com a suspensão do recesso, além de poder exercer as nossas atividades normalmente, impedirá também que as votações de projetos importantes sejam adiadas para agosto”, afirmou.

Na avaliação do deputado Republicano, as atividades da Assembleia são essenciais e, devido às circunstâncias impostas pela pandemia, o Parlamento deve manter suas atividades para seguir transformando em leis as demandas da sociedade.

“Como parlamentares, temos o papel de legislar, cobrar a aplicação de medidas e fiscalizar, de forma permanente, a aplicação dos recursos públicos por parte do Governo e demais órgãos da administração, bem como debater com a população o conteúdo de matérias e demais demandas da sociedade”, disse.

O deputado pediu apoio dos colegas para aprovar a proposta e reforçou que manter o recesso parlamentar de julho é imprudente.

 

 

 

Augusto Costa, para O Poder

Com informações da assessoria do deputado

Foto: Divulgação

Senado aprova projeto que inclui morte por Covid-19 na cobertura de seguros de vida

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Na última quarta-feira, 20, Senado aprovou o Projeto de Lei (PL) 2.113/2020, da senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP), que dispõe da inclusão dos óbitos decorrentes do novo coronavírus na cobertura do seguro de vida, sem que isso gere ônus aos segurados.

A relatora da matéria, Leila Barros (PSB-DF), entendeu que o dispositivo do projeto deve valer apenas para a atual pandemia e não para todas as situações futuras semelhantes, como era proposto originalmente. De acordo com ela, uma mudança permanente poderia aumentar muito o preço dos seguros de vida no futuro.

Em seu relatório, Leila afirmou que algumas seguradoras já estão se manifestando a favor do pagamento integral das indenizações por morte em decorrência do novo coronavírus.

“Concordamos com a necessidade desse procedimento estar previsto em lei para que seja vedada a possibilidade de exclusão da cobertura do risco em virtude de pandemia em curso. Ademais, a previsão legislativa evita a judicialização da matéria, que poderia levar longos anos para que o beneficiário pudesse ter uma resposta estatal”, destacou.

Seguradoras

Ao orientarem os votos dos seus partidos, alguns senadores criticaram o modus operandi das seguradoras, fixando restrições de cobertura para clientes que pagam, mas podem nunca ver retorno. “Essas seguradoras excluem dos contratos a questão de epidemias e pandemias e muitas vezes intempéries da natureza, contradizendo a essência do seguro de vida ou propriedade. Se há um seguro, é contra eventualidades. O projeto faz justiça aos assegurados, os mais carentes inclusive”, disse Eduardo Braga (MDB-AM), líder do seu partido no Senado.

Kátia Abreu (PP-TO) seguiu linha semelhante. “A seguradora é engraçada. Ela quer escolher até o jeito de morrer do seu cliente. Mas não podemos viver sem eles. Por isso o Congresso é importante para que eles não fiquem com as asas muito abertas devido a sua importância”.

O autor do projeto explicou que o texto deve corrigir distorções na relação entre seguradoras e segurados. “Na legislação as seguradoras são protegidas para não darem cobertura em casos de morte por pandemias e epidemias. É algo tão absurdo que era inaceitável estar na legislação brasileira”, disse Randolfe.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Conteúdo: Agência Brasil

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

MP prepara recurso para derrubar absolvição de Bi Garcia de fraudes em licitações

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Autor da ação penal que pedia a condenação do prefeito de Parintins, Frank Bi Garcia (DEM), por crime de responsabilidade, mas que foi julgada improcedente pela corte do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM), o Ministério Público do Amazonas (MP-AM) adiantou ao O Poder que vai recorrer da absolvição do político. No entanto, o órgão ministerial não deixou claro em qual instância será o recurso.

Bi Garcia foi absolvido por unanimidade na sessão virtual do TJ do dia 12 deste mês, após o Pleno acompanhar o voto da relatora, a desembargadora Nélia Caminha. O processo se arrastava há quase 8 anos no Poder Judiciário e acusava o prefeito de Parintins de formação de quadrilha e fraudes em licitações quando esteve na prefeitura em 2011.

Por meio de nota, o MP informou que o processo está sob responsabilidade do Gabinete da Procuradora-Geral de Justiça, Leda Mara Albuquerque. “Informação da assessoria jurídica do gabinete é de que o MP ainda não foi notificado sobre a sentença. Consultando o referido processo, conferimos que a última emissão de certidão foi datada do dia 19. Porém, a assessoria do gabinete informou que o órgão ministerial vai recorrer da decisão”, ressalta a nota.

A ação acusava ainda auxiliares de Garcia, à época: Telo Pinto, Fábio Gadelha Cardoso, Luiz Geraldo Freitas Dias; e o empresário Flávio Souza dos Santos Filho, dono da construtora Tercom Terraplagem Ltda.

 

 

Henderson Martins, para O Poder

Foto: Divulgação

Deputado aprova lei sobre adoção tardia; ‘iniciativa já é uma prática no juizado’, diz juíza da Infância

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Para reforçar a adoção tardia de crianças e adolescentes, entre 2 e 17 anos de idade, que não possuem famílias e que estão nas diversas unidades acolhedoras do Amazonas, o deputado estadual Álvaro Campelo (PP) aprovou a lei nº 5.166, de 6 de abril de 2020, em que institui a Semana Estadual de Adoção Tardia de Crianças, Adolescentes e Jovens no Amazonas.

Somente em Manaus, segundo titular do Juizado da Infância e Juventude Cível, Rebeca de Mendonça Lima, atualmente existem 185 crianças e adolescentes acolhidos nas 10 unidades acolhedoras da capital.

Ao Portal O Poder, o deputado, que é presidente da Comissão de Promoção e Defesa de Crianças, Adolescentes e Jovem da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), afirmou que será uma oportunidade de crianças e adolescentes terem um lar.

“A adoção tardia tem uma importância enorme na sociedade, porque, através dessa ação, pode-se proporcionar a estas crianças e adolescentes a possibilidade de ter um lar, de ter pais e a esperança de um futuro diferente”, disse.

Segundo o texto, a lei estadual tem por finalidade a reflexão, a agilização, a comemoração e a realização de campanhas de conscientização, sensibilização e publicidade sobre o tema adoção tardia, com a realização de debates, palestras e seminários e a promoção de iniciativas visando à adoção de crianças e adolescentes, entre 2 e 17 anos, em todo o Estado do Amazonas.

“A efetivação da Semana da Adoção Tardia de Crianças, Adolescentes e Jovens fica a cargo dos órgãos competentes do Poder Executivo, em consonância com os Poderes Legislativo e Judiciário, Ministério Público e entidades da Sociedade Civil. Art. 4.º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação”, explicou.

Álvaro acrescentou que, por ocasião da elaboração do projeto de lei, levou em consideração informações do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que informa que 8,7 mil crianças e adolescentes em todo o país estão aptas para receber uma família, em meio a um total de 43,6 mil pessoas que constam como pretendentes no Cadastro Nacional de Adoção.

Conforme os dados, mais de 73,48% são maiores de 5 anos; 65,85% são negras ou pardas; 58,52% possuem irmãos; 25,68% têm alguma doença ou deficiência.

Já entre os adotantes cadastrados, 77,79% só aceitam crianças até 5 anos; 17% querem apenas crianças brancas; 63,27% optam por não adotar aquelas que têm doenças ou deficiências e; 64,27% não estão abertos a receber irmãos.

Projeto Encontrar Alguém

A juíza da Infância, Rebeca Mendonça de Lima, disse ter ficado surpresa com a lei, pois, segundo ela, é uma prática que vem adotando no juizado há muito anos, em que incentiva a adoção tardia destas crianças e adolescentes que necessitam de um lar.

“Tive ciência desta lei na semana passada e fiquei até surpresa pois acredito que o deputado desconhece que já há, inclusive há alguns anos, trabalho do Juizado da Infância e Juventude nesse sentido”, disse.

Segundo Rebeca, o PL aponta a faixa etária a partir dos 2 anos de idade, sendo que nessa idade a demanda para adoção é grande. “É a faixa etária com maior demanda não só em Manaus, mas em todo o Brasil. Então, não há que se falar em adoção tardia aos 2 anos de idade”, disse.

A juíza também destaca que já existem campanhas de adoção tardia. Em 2018, a Coordenadoria da Infância e Juventude e a Vara da Infância e Juventude Cível criou um projeto pioneiro no Norte, o “Encontrar Alguém”.

“Com o objetivo de alcançar crianças e adolescentes de difícil colocação em família substituta, as quais já exaurimos todas as tentativas de inserção em família biológico ou extensa ou porque são grupos de irmãos, ou porque são mais velhos ou porque possuem algum problema de saúde. E as crianças que colocamos no projeto são a partir de 7/8 anos de idade e após consulta ao Sistema Nacional de Adoção que engloba todos os dados do Brasil”, explicou.

A juíza destaca que o projeto do parlamentar é uma boa iniciativa, mas lamenta o fato do Judiciário não ter sido consultado. “Então, respeitadas as peculiaridades do que consta no PL e resguardando-se o direito de imagem da criança ou adolescente, há que se ressaltar que é uma boa iniciativa, lamento apenas que o Poder Judiciário, que executa os processos, não tenha sido consultado para que o projeto pudesse ser mais eficaz”, disse.

 

 

 

Álik Menezes, para O Poder

Foto: Divulgação

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