novembro 4, 2025 15:12
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O que esperar do possível encontro de Lula e Trump na ONU

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A Assembleia Geral da ONU de 2025, que começa nesta semana em Nova York, será o primeiro grande palco internacional em que os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump poderão estar frente a frente como presidentes, em meio à escalada da crise entre Brasil e Estados Unidos.

O possível encontro, ainda que sem reunião bilateral confirmada, ocorre no momento em que começaram a ser aplicadas as tarifas de 50% impostas por Washington sobre produtos brasileiros.

Historicamente, o Brasil é o país que abre os discursos na sessão plenária da assembleia.
Nos bastidores, fontes próximas à delegação brasileira afirmam que existe uma antessala para os presidentes antes e depois dos discursos, mas não há indicação de que eles necessariamente se cruzarão.

Em entrevista à BBC News Brasil, Lula afirmou não ter “problema pessoal com o presidente Donald Trump” e declarou que, caso cruze com o republicano nos corredores das Nações Unidas nos próximos dias, irá cumprimentá-lo. “Porque eu sou um cidadão civilizado. Eu converso com todo mundo, eu estendo a mão para todo mundo.”

Em agosto, Celso Amorim, assessor especial da Presidência, afirmou à CNN que um encontro formal não está nos planos, mas ressaltou que “nada é imutável” desde que hajam gestos que justifiquem uma reunião.

Havia expectativa de que Lula e Trump se encontrassem em junho, durante a cúpula do G7 no Canadá, mas os líderes não cruzaram caminhos. O presidente americano deixou o evento antes do encerramento, alegando a necessidade de se dedicar ao conflito no Irã, o que adiou qualquer possibilidade de gesto de aproximação.

A sequência de desentendimentos começou na primeira semana de julho, quando Trump classificou as acusações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal como uma “caça às bruxas”. Poucos dias depois, em 9 de julho, anunciou a sobretaxa de 50% sobre importações brasileiras.

No dia seguinte, Lula reagiu chamando a medida de “chantagem inaceitável” e prometendo retaliar. Em 15 de julho, o governo brasileiro regulamentou a chamada Lei de Reciprocidade, estabelecendo mecanismos de resposta a sanções estrangeiras.

Na entrevista à BBC News Brasil, Lula disse que a melhor alternativa “para qualquer conflito” é “sentar em torno de uma mesa e negociar”. “Se é do ponto de vista comercial, tem negociação, se é do ponto de vista econômico, tem negociação, tanto do ponto de vista de tributação, tem negociação. O que não tem negociação é a questão da soberania nacional”, pontuou Lula.

Em 1º de agosto, as tarifas norte-americanas entraram em vigor, e em 11 de setembro veio a condenação de Bolsonaro a 27 anos de prisão pelo STF, decisão que reacendeu a disputa: Trump criticou o julgamento, anunciou restrições de vistos a ministros da Corte e Lula respondeu em um artigo defendendo a democracia brasileira.

No texto, publicado no jornal americano The New York Times, Lula se disse a favor de “um diálogo aberto e franco com o presidente dos Estados Unidos”, mas critica duramente as tarifas impostas por Washington.

“O aumento tarifário imposto ao Brasil neste verão não é apenas equivocado, mas ilógico. Os Estados Unidos não têm déficit comercial com o nosso país, nem enfrentam tarifas elevadas aqui. Pelo contrário: acumulam um superávit de mais de US$ 400 bilhões nos últimos 15 anos.”

Ele também rebate a ideia de que haja perseguição política no Brasil e enaltece o papel do Judiciário. “Tenho orgulho do Supremo Tribunal Federal brasileiro por sua decisão histórica, que protegeu nossas instituições e o Estado democrático de direito. Não se tratou de uma ‘caça às bruxas’, mas de um julgamento conduzido de acordo com a Constituição de 1988.”
Agora, com a ONU como pano de fundo, a presença dos dois líderes em Nova York deve ser acompanhada de perto por diplomatas e observadores internacionais. Mais do que um eventual — e, segundo especialistas, improvável — aperto de mãos, o que se mede é a disposição de Brasília e Washington para frear a escalada de atritos que, em menos de três meses, transformou divergências políticas em uma crise comercial aberta.

Diálogo é improvável, dizem especialistas

Para Paulo Velasco, professor de política internacional da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), as posições firmes de Brasília e Washington tornam improvável qualquer esforço real de diálogo na Assembleia Geral da ONU: “O Brasil está defendendo sua soberania e repelindo qualquer forma de ingerência externa indevida, enquanto o governo Trump acredita estar agindo corretamente, considerando que o Brasil faz uma ‘caça às bruxas’, para repetir o termo usado por ele.”

Velasco ressalta ainda que Lula não se colocará em situações que possam se tornar constrangedoras, como “alguns desafios que aconteceram com o Zelensky, por exemplo, em fevereiro na Casa Branca”.

Na ocasião, o encontro entre os presidentes dos Estados Unidos e da Ucrânia, que tinha como objetivo a assinatura de um acordo sobre a exploração de recursos minerais, terminou em uma discussão menos amigável do que o esperado.

Trump acusou Zelensky de “jogar com a Terceira Guerra Mundial” e de “não ser muito grato” pelo apoio americano, enquanto o líder ucraniano tentava interromper o americano. A tensão levou ao cancelamento da coletiva de imprensa conjunta e Zelensky deixou a Casa Branca sem o acordo assinado.

“Então eu acho que o Lula não se permitirá passar — pela experiência internacional que ele tem — por uma cena constrangedora ao lado do Trump. Particularmente estou bastante cético, e não acho que a gente vai ver uma aproximação na semana que vem entre os dois, talvez sequer um aperto de mãos entre eles.”

Matias Spektor, professor de Relações Internacionais da FGV-SP (Fundação Getúlio Vargas), complementa que qualquer contato entre os líderes será meramente formal: “Eles estarão na sala de espera antes de subir ao pódio da Assembleia Geral e podem nem sequer se falar. Não haverá tempo nem equipes preparadas para negociações substantivas. O máximo que se poderá observar são sinais sutis, como a linguagem corporal ou um cumprimento rápido.”

Sobre os discursos, Spektor avalia que o foco será doméstico: “O púlpito da Assembleia Geral é usado para falar com os eleitores, não com outros países. Lula deve centrar o discurso na soberania, no livre comércio e nas instituições internacionais, com tom crítico ao que o Trump vem fazendo. Já Trump provavelmente falará sobre o radicalismo da esquerda e mirando sua base eleitoral nos EUA.”

Ele conclui lembrando o caráter político da Assembleia: “A Assembleia Geral não é um local para negociar acordos ou alianças, mas define o tom político global e indica para onde se movimenta o pensamento internacional.”

 

Da Redação com informações de G1

Foto: Getty Images/BBC

TCE-AM julga ex-prefeito de Eirunepé, Raylan Alencar, por irregularidades em pregões

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O Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM) julgou o pedido de medida cautelar contra o ex-prefeito de Eirunepé, Raylan Barroso de Alencar. Isso ocorreu por irregularidades na formulação da ata de preços nº 33/2023, no pregão presencial nº 42/2023 e no fornecimento de materiais gráficos e a suspensão dos efeitos do contrato nº 50/2024.

A interposição do recurso foi feita pelo Ministério Público de Contas (MPC) e, em parcial consonância com o MP, o Tribunal Pleno decidiu, com o voto do relator, conselheiro convocado Mário José de Moraes Costa Filho, por conhecer a representação em face do ex-prefeito, para apurar irregularidades de antieconomicidade e transparência.

Conforme consta no documento de representação, Raylan teria gasto o valor de R$ 735.920,58 no fornecimento de materiais gráficos, sem prover nenhuma justificativa para a realização do pregão presencialmente. Também foi apontado que não houve pesquisa de preços de mercado de forma prévia.

Ficou decidido que a prefeitura municipal deve realizar pregões eletrônicos nas licitações de bens e serviços comuns e, caso altere a modalidade, deve prestar esclarecimento formalmente, garantindo a efetiva publicidade e transparência dos atos de licitação e contratos administrativos.

O ex-prefeito deve tomar ciência da decisão, sob pena de aplicação de sanção por reincidência relativa ao processo apresentado.

 

Confira a decisão no íntegra;

 

Ludmila Dias, para o Portal O Poder

Ilustração: Neto Ribeiro/O Poder

Empresa ligada à família do governador do Acre assume mais uma obra na BR-319

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O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) firmou mais um contrato milionário com a Construtora ETAM Ltd para reforço estrutural na ponte sobre o rio Atii, localizada na BR-319. A publicação consta no Diário Oficial da União (DOU),

O acordo foi celebrado com a empresa no valor de R$ 2.257.165,24, com vigência entre 15 de setembro de 2025 e 21 de julho de 2026.

Em agosto, o DNIT restringiu o tráfego de veículos e cargas de até 24 toneladas sobre a ponte, com exceção de ônibus de transporte de passageiros. De acordo com órgão, a medida foi necessária para execução de serviços de monitoramento técnico na estrutura da ponte.

Histórico

A Construtora ETAM pertence a Eládio Messias Cameli, pai do atual governador do Acre, Gladson Cameli (PP). Tanto a empresa como a família Cameli já foram alvos da Operação Ptolomeu.

A construtora já mantém outros dois contratos milionários voltados para obras na BR-319: um deles contempla o trecho localizado em Careiro da Várzea, enquanto o outro abrange a extensão entre o posto da Polícia Rodoviária Federal e a divisa do Amazonas com Rondônia

 

Da Redação
Foto: Divulgação

Suframa conhece a Braxcom Serviços Aduaneiros

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A Suframa realizou mais uma visita técnica e também conheceu, nesta sexta-feira, 19, a Braxcom Serviços Aduaneiros, localizada no bairro Japiim, zona Sul de Manaus. Com mais de duas décadas em trabalho de serviços aduaneiros na capital amazonense, a empresa se mostra como referência em soluções rápidas, precisas e inteligentes em Comércio Exterior e Logística.

De acordo com o sócio-administrador, Celiomar Gomes, a estrutura é para atender a clientes de todos os portes, desde iniciantes até as grandes corporações. Fora os investimos que realiza na qualificação técnica da equipe, com treinamentos e materiais atualizados, que garantem domínio sobre as frequentes mudanças na Legislação Aduaneira.

“Contamos com uma matriz moderna, equipada com sistemas operacionais integrados e totalmente informatizados. Isso nos permite coordenar e acompanhar cada etapa dos processos com eficiência e clareza, oferecendo aos nossos clientes total visibilidade e controle”, explicou o empresário, que conta com o apoio de 55 funcionários em turno único do horário comercial.

A comitiva chefiada pelo superintendente Bosco Saraiva foi recebida pelo próprio Celiomar e contou ainda com o superintendente-adjunto Exewcutivo, Luiz Frederico Aguiar; o superintendente-adjunto de Projetos, Leopoldo Montenegro; o coordenador-geral de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais, Arthur de Freitas Lisboa; e o gerente de Projetos da Superintendência-Adjunta Executiva (SAE), Ozenas Maciel.

“Ficamos satisfeitos com o que vimos, ouvimos, e desejamos sucesso às operações, aos projetos e ao corpo de colaboradores da Braxcom”, disse o superintendente da Suframa, Bosco Saraiva.

 

Da Redação com informações da assessoria de imprensa 

Foto: Divulgação

Evento ‘Advocacia em Foco’ acontece neste sábado com entrada gratuita em Manaus

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Manaus recebe neste sábado, 20, às 10h, o evento “Advocacia em Foco”, um encontro aberto ao público e com entrada gratuita que vai debater os desafios, oportunidades e nuances da advocacia contemporânea, aproximando profissionais da sociedade. A iniciativa será realizada no Escritório de Advocacia Carla Tavares, localizado no bairro Parque 10 de Novembro.

Sob coordenação das advogadas Elaine Benayon e Carla Tavares, o “Advocacia em Foco” terá momentos de troca de conhecimento, dinâmicas e reflexões sobre a carreira.

“O evento é uma oportunidade para falar de forma clara e acessível sobre a profissão, quebrando barreiras e aproximando o público do dia a dia do Direito”, destaca a advogada Carla Tavares, uma das idealizadoras do Advocacia em Foco.

Carla Tavares é graduada em Administração e Direito, pós-graduada em Direito do Consumidor pela Universidade Cândido Mendes e mestranda em Ciência Jurídica pela Univale. Também é sócia e CEO da empresa CAC Comércio de Derivados de Petróleo Ltda e coautora do livro “Estado e Direito em Trânsito – Sustentabilidade e Transnacionalidade como Vetores na Nova Ordem Social”.

Já Elaine Bezerra de Queiroz Benayon é advogada há mais de 25 anos, com atuação de destaque em Direito de Família e Sucessões. Mestre em Direito pela Universidade La Salle e especialista em Direito Civil e Processual Civil pela Universidade Cândido Mendes, é professora universitária e autora do livro “Legitimação da Homoparentalidade e Adoção: análise do Juizado da Infância e da Juventude Cível de Manaus/AM”. Também possui diversos artigos publicados em periódicos acadêmicos e em associações jurídicas nacionais e regionais.

Elaine Benayon marcou seu nome na história da advocacia amazonense ao integrar, em 2023, a lista dos 34 advogados que disputaram uma vaga no Superior Tribunal de Justiça (STJ), sendo a única mulher da Amazônia e da região Norte a compor a relação. Ela também irá concorrer à lista sêxtupla paritária para a escolha do novo desembargador do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM), pelo critério do Quinto Constitucional da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Amazonas (OAB-AM).

O encontro deste sábado é gratuito e voltado para estudantes, profissionais da área e demais interessados em compreender melhor a atuação da advocacia. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (92) 98802-4432.

Serviço:

 Evento: Coffee Break Especial “Advocacia em Foco”

 Data: Sábado, 20 de setembro, às 10h

 Local: Escritório de Advocacia Carla Tavares – Manaus

 Endereço: Avenida Tancredo Neves, nº 01, bairro Parque 10 de Novembro

 Entrada: Gratuita

 

Da Redação com informações da assessoria de imprensa

Foto: Divulgação

Eleições 2026: Antecipação eleitoral ajuda ou prejudica candidatos?

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Os bastidores da política amazonense vêm sendo amplamente debatidos ao longo dos últimos meses, tendo em vista que a movimentação política para as eleições de 2026 iniciou-se no final do ano passado, coincidindo com o término das eleições municipais.

Com muitas especulações e polêmicas, o próximo pleito aos cargos de governador, senador, deputado federal, deputado estadual e presidência promete ser acirrado.

Ao longo de 14 meses, que deveriam ser dedicados à maturação dos pré-candidatos, ocorreu uma antecipação do processo eleitoral, resultando em uma série de efeitos no meio político. Falas, apoios públicos, possíveis candidatos e vices sendo apresentados com uma antecedência surpreendente.

Alguns políticos, na tentativa de angariar votos, utilizam a estratégia de antecipar a campanha, principalmente ao cargo de governo do estado. Por conta dessas especulações, já foram definidos alguns nomes, como Maria Do Carmo Seffair (PL) e o senador Omar Aziz (PSD). Esses são os nomes que provavelmente estarão no palanque ano que vem na disputa ao cargo de governador.

Perguntado sobre a estratégia de apressar em um ano a campanha e se há benefícios, o cientista político Helso Ribeiro afirmou que essa ação encarece o processo eleitoral, por ser de conhecimento geral que esse início deveria ser somente especulativo, mas que acaba movimentando não só os bastidores, como também o bolso dos possíveis candidatos.

“Eu penso que isso está encarecendo o processo eleitoral”, disse Helso, referindo-se à contratação de pessoal de marketing, de assessoria, grupo de advogados e de pessoas ligadas ao processo eleitoral, considerando que esses profissionais são primordiais na construção de uma campanha sólida.

Cansaço eleitoral

Como esse processo pré-eleitoral iniciou com evidente antecedência, é possível ocorrer um desgaste em relação aos possíveis candidatos, sabendo que não houve definição de quem serão os vices e quais partidos estarão junto dos candidatos na composição das chapas. Esse desgaste na própria imagem pode se tornar prejudicial ao longo do tempo. Vale ressaltar que alguns nomes já estão sendo cotados para a vaga de vice dos pré-candidatos ao governo do estado.

“Observa que ninguém fala qual vai ser o vice, qual o partido que vem acompanhando o candidato. Então houve essa antecipação de nomes (para o governo do estado), talvez isso gere um cansaço, porque já são vários meses que essa antecipação ocorreu”, destaca Helso sobre essa indefinição de vices e a possibilidade de uma exaustão política, ou seja, o eleitor acaba se esgotando dos assuntos voltados às eleições.

Prazos a serem observados

O cientista político destaca haver prazos no processo eleitoral que devem ser acompanhados, como, por exemplo, o período entre o final de março e o início de abril de 2026, em que será estabelecido quem deve abdicar do cargo para enfrentar as eleições. Com base nisso, ficará evidente quem concorrerá ao governo e ao Senado e quais alianças serão formadas.

Outro prazo decisivo é no final de julho e início de agosto do próximo ano, com as convenções partidárias, que se tornarão de fato um divisor de águas, definindo quem entra ou não para a disputa e de que lado cada um ficará nesse tabuleiro político.

Enfraquecimento político 

Ao ser perguntado sobre a possibilidade de os eleitores se cansarem antes mesmo do início do período eleitoral, Helso destaca que nem sempre a aceleração gera ‘gordura’, no sentido de possibilitar aos candidatos uma certa bagagem positiva para a candidatura.

Helso citou também que a democracia brasileira se aproxima muito de uma plutocracia, que indica o exercício de poder ou governo por grupos, ou pessoas que possuem mais recursos financeiros.

“A nossa democracia, no meu entendimento, se aproxima muito de uma plutocracia, ou seja, acaba ganhando as eleições, governando, legislando aquele que tem o maior poder aquisitivo. Então eu não sei se os candidatos que estão querendo se lançar vão ter essa gordura até outubro do ano que vem”, destaca o cientista.

Perfil dos eleitores é plural

Assim como há candidatos para todos os tipos, há também eleitores para todos os candidatos. Perguntado sobre a possibilidade de os eleitores se cansarem desse adiantamento eleitoral antes mesmo que cheguem as eleições de 2026, Helso destacou ser “um grupo extremamente heterogêneo, com múltiplas facetas. Tem uns (eleitores) que não estão nem aí, ainda não se tocaram. Outros estão ouvindo e são vários grupos, são vários estilos dentro desse grupo eleitor”.

Demonstrando que os candidatos terão que reconhecer o grupo em que desejam atingir e delimitar o estilo de abordagem, para não ser cansativo aos que não são tão ativos politicamente e que também contemple os assíduos nas campanhas eleitorais.

Tendo em vista o fator econômico como peça-chave nas campanhas, Helso destaca que parte do eleitorado demanda muitos favores pessoais. Enquanto uns vão se cansar das falas e da preparação pré-eleição, outra parte do eleitorado estará aproveitando o momento para o famoso “toma lá dá cá”, em que só há apoio político se houver um benefício evidente para quem ajuda.

Enquanto nomes seguem surgindo para a disputa do próximo ano, o eleitor pode se preparar para uma guerra de narrativas, que, ao longo do ano, pode se tornar extremamente cansativa. Já os candidatos, além do discurso, devem munir-se de recursos financeiros, visto que será necessário até outubro do próximo ano.

 

Ludmila Dias, para o Portal O Poder

Foto: Reprodução

Ex-prefeito é alvo de ação e tem obra de porto embargada no AM

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A Justiça Federal determinou o embargo imediato da construção de um porto particular em uma área reivindicada como Terra Indígena São Gabriel/São Salvador, localizada no município de Santo Antônio do Içá, no Amazonas.

A decisão atende a uma ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público Federal (MPF) contra o ex-prefeito Abraão Magalhães Lasmar, proprietário da obra. A Justiça considerou que a construção avança sem cumprir as exigências legais de proteção a povos originários e ao meio ambiente.

Em um prazo de dois meses, o réu deve realizar a consulta prévia, livre e informada às comunidades indígenas afetadas e obter o devido licenciamento ambiental, com manifestação expressa dos órgãos competentes e da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). Ele também deve apresentar relatórios técnicos e pareceres que comprovem a regularidade do empreendimento.

Em caso de descumprimento, a multa diária foi fixada em R$ 2 mil, a ser revertida para projetos de proteção e reparação ambiental na comunidade indígena de São Gabriel/São Salvador.

O caso

A ação do MPF está baseada em um inquérito civil conduzido pelo procurador da República Guilherme Diego Rodrigues Leal iniciado após ofício da Coordenação Regional da Funai no Alto Solimões, comunicando denúncia da Organização Indígena Kokama do Amazonas (Oikam) sobre a construção de um porto na comunidade de São Gabriel/São Salvador, uma área de terra indígena em processo de demarcação. Segundo a Oikam, o ex-prefeito teria expulsado 11 famílias da comunidade, alegando ter comprado a terra.

Atualmente, a área encontra-se em fase de estudo de processo demarcatório das Terras Indígenas de Santo Antônio do Içá, ocupadas por indígenas das etnias Kokama, Tikuna e Kaixana.

A Funai confirmou que o porto se encontra dentro dos limites da área reivindicada, com base em coordenadas geográficas. Já a Secretaria do Patrimônio da União (SPU) informou que a construção do porto se sobrepõe a um provável terreno marginal da União.

Irregularidades

Investigações do MPF revelaram que a obra não possui as licenças ambientais necessárias. A Secretaria de Meio Ambiente de Santo Antônio do Içá e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) desconhecem a emissão de licenças para a construção. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) também confirmou que a obra carece de licenciamento junto ao órgão.

O município informou que não houve consulta aos povos indígenas afetados pela obra, o que viola a Convenção nº 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT). A Convenção exige consulta livre, prévia e informada para qualquer medida que possa afetar comunidades tradicionais. O MPF ressalta que essa exigência não depende de a terra estar formalmente demarcada.

Titularidade da terra

O réu apresentou um título de propriedade, afirmando que a área não é terra indígena e que o local da obra é distante da Terra Indígena Betânia. No entanto, o MPF esclarece que a distância se refere à Terra Indígena Betânia, e não à área reivindicada pelas comunidades de São Gabriel/São Salvador, que é o foco da ação. Além disso, a prefeitura e a Câmara Municipal de Santo Antônio do Içá informaram que a doação do terreno, citada no título de propriedade, foi um “erro formal”.

 

Da Redação, com informações da assessoria
Foto: Divulgação

De ‘bumbum livre’ a ‘peitinhos’: vereadoras trocam ofensas em briga sobre PEC da Blindagem

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Uma briga pelas redes sociais entre as vereadoras Amanda Vettorazzo (União Brasil), do Movimento Brasil Livre (MBL), e Zoe Martinez (PL) foi parar no Conselho de Ética na Câmara Municipal de São Paulo.

Após uma troca de ataques em meio a uma discussão sobre a PEC da Blindagem, as parlamentares protocolaram representações uma contra a outra por quebra de decoro.

A briga ocorreu quando Zoe (à direita na foto em destaque) respondeu a uma postagem de Amanda (à esquerda na foto) que fazia críticas ao texto aprovado na Câmara dos Deputados, que prevê que qualquer investigação ou prisão de parlamentares só poderá ocorrer com autorização do Congresso.

“Sinceramente, fico em dúvida se vocês não conhecem a Constituição, não leram (ou não sabem interpretar), ou se preferem ser sensacionalistas e enganar o povo”, escreveu Zoe em resposta a um post de Amanda que dizia que o bolsonarismo “deu imunidade eterna ao Centrão”. “Jamais se esqueçam dessa traição”, afirmou a vereadora do MBL.

 

Na sequência, as duas vereadoras passaram a trocar postagens sobre o tema. Em uma delas, Zoe escreveu: “Vê se aprende alguma coisa e para de repetir tudo o que ouve, como papagaio do movimento Bumbum Livre. Fica a dica, bandejão da municipalidade”. “Sempre mostrando os peitinhos e de vestidinho curtinho hahaha cada um se vira como pode, né?”, disse a vereadora bolsonarista em outro comentário.

Zoe Martinez, por sua vez, acusa Amanda Vettorazzo de xenofobia, devido à declaração em que a colega a chama de “forasteira”, em referência à nacionalidade de Zoe, que é cubana.

“Enfim, estou em sessão trabalhando. Muito ocupada pra ficar batendo boca com forasteira”, escreveu a vereadora do MBL. Amanda também chamou Zoe de “vereadora do Valdemar”, em uma alusão a Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL, partido de Zoe.

Para Amanda, as declarações “ultrapassaram os limites do debate político e configuraram ataques pessoais”.

“O histórico da vereadora Zoe Martinez em apenas nove meses de mandato, é marcado por discussões e ofensas contra colegas. E o padrão parece ser o de uma pessoa desequilibrada: palavras de baixo calão e ataques com conotação sexual. Já foi assim com a Vereadora Janaína, com a Vereadora Cris Monteiro, e agora contra mim.” afirmou Amanda Vettorazzo por meio de sua assessoria.

“O engraçado é que essa turma adora puxar briga para aparecer. Mas quando não sustenta o debate, apela para o pessoal. Foi o que aconteceu quando a vereadora Amanda Vettorazzo me chamou de ‘cubaninha do Valdemar’ e de ‘forasteira’. Não é de hoje: já circulam vídeos em que ela diz que eu deveria voltar para Cuba”, afirmou Zoe Martinez por meio de nota.

Da Redação, com informações do Metrópoles
Foto: Divulgação

COP 30: Com planos de bioeconomia e projetos sustentáveis, Amazonas anuncia foco estratégico para Conferência 

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Nessa quinta-feira, 18, o Governo do Amazonas anunciou seus principais objetivos para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que ocorrerá em novembro, em Belém.

O plano é atrair financiamento internacional e discutir o papel estratégico da Amazônia na agenda global de sustentabilidade. Segundo o governador Wilson Lima, o foco é criar fundos e fortalecer a bioeconomia. “Estamos elaborando um plano de bioeconomia para o Amazonas e, até novembro, devemos estar com ele pronto para ser levado para a COP 30.”

O Estado está confirmado na Zona Azul da COP30, reservada para delegações oficiais e chefes de Estado. Na agenda oficial estão incluídas reuniões com representantes da instituição como Banco Mundial, o BID e os governos da Noruega, Alemanha e Grã-Bretanha.

A estratégia é fortalecer o setor econômico com foco na preservação, destacando que 97% da cobertura do Amazonas é preservada, reforçando que o estado investiu R$ 1 bilhão em cadeias produtivas sustentáveis, tendo como meta o desmatamento líquido zero até 2030.

Foi criado um Grupo de Trabalho específico no âmbito do Comitê Permanente de Enfrentamento a Eventos Climáticos Ambientais, que servirá para coordenar a participação na conferência, tendo como função estruturar e consolidar as agendas prioritárias do estado para o evento.

 

Da Redação

Foto: Alex Pazuello/Secom

Toffoli dá dez dias para Câmara se manifestar sobre PEC da Blindagem

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O presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, durante reunião com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli deu prazo de dez dias para a Câmara dos Deputados se manifestar sobre a tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que restringe a abertura de investigações contra deputados e senadores, a chamada PEC da Blindagem.

O despacho do ministro foi proferido no mandado de segurança protocolado pelo deputado federal Kim Kataguiri para suspender a tramitação da PEC, que foi aprovada pela Casa na terça-feira, 16.

Após receber a manifestação da Câmara, Toffoli deve analisar o pedido de suspensão.

Mais cedo, os líderes do PT, PSB e PSOL também entraram no STF para suspender a PEC. Toffoli também deverá relatar essa ação.

Os partidos questionam a falta de apresentação de emendas dentro do prazo regimental e de publicidade prévia do parecer do relator, além da convocação das sessões de deliberação sem antecedência mínima para votação da proposta.

Após a aprovação da PEC, a matéria foi enviada ao Senado. Em caso de aprovação, a proposta será promulgada pelo Congresso e entrará em vigor.

A PEC determina que qualquer abertura de ação penal contra parlamentar depende de autorização prévia, em votação secreta, da maioria absoluta do Senado ou da Câmara. Além disso, a proposta concede foro no Supremo para presidentes de partidos.

 

 

Com informações de Agência Brasil

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