julho 27, 2025 03:29
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Justiça derruba decretos de Bolsonaro e o proíbe de tomar medidas contra a quarentena

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O governo de Jair Bolsonaro está proibido pela Justiça Federal de adotar medidas contrárias ao isolamento social como forma de prevenção ao coronavírus. Dois decretos do presidente que ia nesse sentido foram suspensos, o que classificava as igrejas e casas lotéricas como serviços essenciais, o que, na prática, permitia o funcionamento desses estabelecimentos, mesmo em Estados em que os governos municipais ou estaduais tivessem proibido aglomerações.

O pedido foi feito pelo Ministério Público Federal (MPF). Na decisão, o juiz da 1ª Vara Federal de Duque de Caxias, Márcio Santoro Rocha, determinou que o governo federal e a prefeitura da cidade de Duque de Caxias, “se abstenham de adotar qualquer estímulo à não observância do isolamento social recomendado pela OMS”, a multa em caso de desobediência é de R$ 100 mil.

O presidente vem afirmando que o isolamento social não é a medida mais eficaz contra a pandemia do coronavírus. Com os dados e os conselhos da Organização Mundial da Saúde (OMS), Ministério da Saúde, secretarias estaduais da saúde e maiores cientistas de todo mundo, é possível afirmar que ou o presidente está mentindo ou está extremamente mal informado.

Para Bolsonaro, quem tem seguido os conselhos dos órgãos acima mencionados, está agindo com “histeria”. Sem apresentar um dado científico, o presidente tem pedido abertamente, inclusive em campanha bancada com dinheiro público, para as pessoas voltarem as atividades normal.

O coronavírus já vitimou fatalmente 23.335 seres humanos no mundo e já contaminou 509.164 pessoas. Estamos falando de meio milhão de vidas.

No Brasil a situação não é nada esperançosa. Em um mês desde que a doença chegou por aqui, são 3.417 pessoas infectadas e 92 mortos.

 

Conteúdo: Congresso Em Foco

Foto: Isac Nóbrega/PR

Governo atualiza dados e sobe para 81 casos de coronavírus no Amazonas

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Subiu para 81 o número de casos confirmados de pessoas infectadas com o novo coronavírus no Amazonas. Segundo o governo do Estado, são 75 casos em Manaus e 6 no interior. A confirmação de mais um caso ocorreu minutos após a diretora-presidente da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM), Rosemary Pinto, encerrar a entrevista coletiva on-line na tarde desta sexta-feira, 27, quando divulgava o boletim diário da doença.

Com essa última atualização, 75 casos estão em Manaus, 2 em Parintins, 2 em Manacapuru, 1 em Boca do Acre e 1 em no município de Santo Antônio do Iça. Durante a coletiva on-line, Rosemary disse que três casos estão internados na rede de saúde pública. “Dois estão internados na UTI do Hospital Delphina Abdel Aziz e ambos fazem o tratamento experimental com cloroquina”.

No início da noite desta sexta, o Governo do Amazonas, informou que um homem de 46 anos com suspeita do novo coronavírus morreu. Segundo a FVS-AM, o homem estava internado no Hospital e Pronto-Socorro Delphina Abdel Aziz, na Zona Norte da cidade. O homem foi internado na manhã desta sexta no hospital e tinha histórico de comorbidades como asma e doença cardiovascular crônica.

 

Álik Menezes, para O Poder

Foto: Divulgação

Covid-19: Bancada do AM destina R$ 151 milhões de emendas impositivas à saúde

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Parlamentares do Amazona em reunião no Congresso

Brasília – Os deputados federais e senadores da bancada do Amazonas, em conjunto, irão sugerir ao governo federal que repasse R$ 151 milhões à saúde do Amazonas. Dentro do pacote, R$ 116 milhões será destinados ao enfrentamento do novo coronavírus.

Os recursos deverão de repassados por meio de emenda impositiva, proposta pelos senadores Omar Aziz (PSD), Plínio Valério (PSDB) e Eduardo Braga (MDB), e pelos deputados Átila Lins (PP), Sidney Leite (PSD), Marcelos Ramos (PL), Bosco Saraiva (Solidariedade), Capitão Alberto Neto (Republicanos), Delegado Pablo (PSL) e Silas Câmara (Republicanos).

Em post no Facebook, Omar Aziz fez anúncio da medida encabeçada pelos parlamentares e disse que “é obrigação de cada parlamentar desta bancada trabalhar para solucionar os problemas que a saúde pública enfrenta no nosso Estado e em todo o país”, escreveu.

Para que as medidas impositivas sejam aprovadas, antes devem passar pelo crivo do Ministério da Saúde e do presidente Jair Bolsonaro. 

A assessoria do senador Omar Aziz disse que “na próxima semana provavelmente, o Governo Federal vai abrir o sistema de emendas para indicar os beneficiários.  Como este recurso é fundo a fundo, a média é que, em até 72 horas, o recurso esteja com o beneficiário indicado”.

Marcelo Ramos disse que na próxima semana estará em Brasília “para agilizar a liberação junto ao Ministério da Saúde”. 

Os repasses

Cada deputado e senador podem repassar até R$ 15 milhões em emendas individuais em benefício dos municípios e ou Estado onde foram eleitos. Dentro desse valor, R$ 7,5 milhões, 50%, deve ser destinado  à área da saúde.

Os parlamentares contam ainda com recursos das emendas impositivas da bancada de cada partido. 

O deputado Bosco Saraiva (Solidariedade) irá destinar R$ 18 milhões ao pacote. Átila Lins (PP) 8 milhões. Delegado Pablo (PSL) R$ 12 milhões; Marcelo Ramos, R$ 18 milhões; Silas Câmara (Republicanos) R$ 30 milhões, do quais R$ 8 milhões são da emenda individual e 22 milhões da bancada do seu partido; Sidney Leite repassará R$ 26 milhões, sendo R$ 19 para o combate ao coronavírus.

Procurado pelo O Poder, o deputado José Ricardo (PT) disse que não foi contactado pela bancada a respeito dessa medida impositiva, mas é a favor que os recursos sejam repassados para o combate ao coronavírus. 

O deputado defendeu ainda, que os demais congressistas também façam usos desses recursos para esse fim.  “Se todos os parlamentares fizerem isso, que é o que eu estou sugerindo ao governo federal, os 594 parlamentares, isso dá R$ 4 bilhões que podem ir imediatamente para saúde”, afirmou.

 

Izael Pereira, de Brasília para O Poder

Foto: Reprodução/ Facebook Omar Aziz

Homem com suspeita de coronavírus morre no HPS Delphina Aziz

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O Governo do Amazonas, informou, no início da noite desta sexta-feira, 27, que um homem de 46 anos com suspeita do novo coronavírus morreu. Segundo a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM), o homem estava internado no hospital e Pronto-Socorro Delphina Abdel Aziz, na Zona Norte da cidade.

Ainda conforme a nota, o homem foi internado na manhã desta sexta no hospital e tinha histórico de comorbidades como asma e doença cardiovascular crônica. Segundo o comunicado, o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) realizou a coleta de amostras biológicas do paciente e o resultado ficará pronto neste sábado, 28.

Na terça-feira, 24, o Amazonas registrou a primeira morte por coronavírus. Segundo o governo, o homem tinha 49 anos e morava no município de Parintins.

No início da tarde desta sexta-feira, 27, o Estado contabilizou 80 pessoas infectadas com o vírus, sendo seis em quatro municípios, Parintins, Manacapuru, Boca do Acre e Santo Antônio do Içá e, uma morte. Em 24 horas, foram confirmados mais 13 casos.

 

Álik Menezes, para O Poder

Com informações da Secom

Foto: Divulgação

Covid-19: Deputados querem apoio ao setor de eventos e merenda escolar aos alunos carentes

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Na próxima semana, os deputados estaduais Fausto Jr. (PV) e Therezinha Ruiz (PSDB), vão apresentar indicações ao governo do Estado direcionadas à economia e à educação, para que não sejam tão afetadas com a pandemia do coronavírus.

A proposta de Fausto é que casas de shows e empresas de eventos que estão tendo prejuízos por estarem proibidas de funcionar por causa do Covid-19, possam receber ajuda da Agência de Fomento do Amazonas (Afeam), que atualmente possui diretrizes que dificultam a concessão de financiamento para casas de shows.

“Vou defender junto ao governo estadual a mudança nas regras da Afeam. Dessa forma, as casas de shows terão acesso aos recursos para enfrentar esse momento difícil”, adianta.

Segundo ele, o setor de eventos movimenta mais de 20 mil empregos apenas em Manaus.  “São trabalhadores ameaçados de perder o emprego por causa da ordem de fechamento temporário das casas de shows. Precisamos encontrar soluções para todos os setores afetados pela crise do coronavírus”, enfatizou.

Merenda escolar

Já Therezinha Ruiz vai apresentar requerimento à mesa diretora da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), direcionado ao secretário de Educação e Qualidade de Ensino, (Seduc), Luiz Fabian, solicitando a doação da merenda escolar para alunos de baixa renda, cadastrados no Programa Bolsa Família. Atualmente por causa do coronavírus as aulas presenciais estão suspensas e mais de 180 mil alunos estão estudando por intermédio de aulas transmitidas via internet.

“Existe uma preocupação muito grande com essas crianças que estão em casa e com seus pais que são autônomos e não têm trabalho. Vimos que o governo federal estava cobrando isso do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) e possivelmente devem enviar uma portaria disponibilizando isso para que sejam feitas cestas básicas para as crianças”, afirmou a deputada.

A Assembleia Legislativa retorna com suas sessões virtuais na próxima terça-feira, 31, quando deve votar o pacote econômico do governo do Estado, apresentado nesta sexta, 27, pelo governador Wilson Lima (PSC).

 

Augusto Costa, para O Poder

Foto: Aleam

Bolsonaro ‘participa’ de carreata em Manaus por meio de chamada de vídeo

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Em apoio ao discurso do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que pede aos brasileiros que retornem às suas atividades e acabem com o isolamento por conta do Covid-19, empresários bolsonaristas de Manaus realizaram carreata na tarde desta sexta-feira, 27, nas principais ruas da cidade.

O ato foi organizado na noite desta quinta, 26, pelo superintendente da Suframa, Alfredo Menezes, um dos principais aliados do presidente Bolsonaro no Estado e divulgado em suas redes sociais.

A carreata em Manaus, que reuniu cerca de 500 veículos, entre carros, caminhões e motos, conforme os organizadores, teve a participação indireta do presidente Bolsonaro por meio de uma ligação por vídeo feita a Menezes, em que classificou a iniciativa de “fantástica”.

O ato teve início na avenida Djalma Batista, na Zona Centro-Sul da cidade e finalizou no Completo Turístico da Ponta Negra, na Zona Oeste. Um dos organizadores do evento, Fred Melo, disse ao O Poder que a carreata tem o apoio de empresários da cidade.

“Estamos em direção à Ponta Negra, tem uma fila enorme de veículos. É um evento organizado por empresários, aqui não tem político”, disse, num dos contatos que a reportagem teve com ele durante a carreata.

Segundo Melo, o presidente participou da carreata por meio de uma ligação de vídeo, elogiou o ato e mandou todo mundo trabalhar. “Ele disse que a manifestação era fantástica e mandou toda população ir trabalhar”, disse.

 

Álik Menezes, para O Poder

Foto e vídeos: Divulgação

Ações para enfrentar coronavírus totalizam R$ 700 bi, diz Guedes

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As ações da área econômica para reduzir os danos provocados pela crise do coronavírus totalizam R$ 700 bilhões, entre antecipações de recursos, liberação de linhas de crédito e aumento de gastos públicos, disse hoje (27) o ministro da Economia, Paulo Guedes. Em vídeo postado nas redes sociais do ministério, ele declarou que apenas a medida de renda básica para os trabalhadores autônomos, aprovada na quinta-feira, 26, pela Câmara dos Deputados, resultará em gastos de R$ 45 bilhões nos próximos três meses.

Nas contas do ministro, a liberação do Bolsa Família para 1,2 milhão de famílias e as antecipações do décimo terceiro salário para aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), somadas à ajuda aos autônomos, garantirá praticamente R$ 100 bilhões em proteção para a população mais desprotegida.

“A determinação do presidente Jair Bolsonaro é que não vão faltar recursos para defender as vidas, a saúde e os empregos dos brasileiros. Nenhum brasileiro vai ficar para trás. Nós vamos cuidar de todos e começamos justamente protegendo os mais vulneráveis”, disse o ministro.

O ministro citou ainda a liberação de R$ 200 bilhões de compulsório (dinheiro que os bancos são obrigados a deixar depositados no Banco Central), de R$ 100 bilhões da Caixa Econômica Federal e de R$ 50 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Ele mencionou a ajuda de R$ 88 bilhões para estados e municípios, anunciada no início da semana.

Segundo Guedes, se forem somadas as medidas listadas, que somam R$ 538 bilhões, mais as ações a serem anunciadas em breve, a ajuda chegará a R$ 700 bilhões nos próximos três meses. O ministro não especificou o quanto desse total corresponde a recursos novos, decorrente de aumento de gastos públicos, e o quanto decorre de antecipação de benefícios ou do adiamento de pagamento de tributos, mas disse que o dinheiro ajudará o Brasil a enfrentar o que chamou de “primeira onda”, caracterizada pela pressão sobre o sistema de saúde.

“Nos próximos, três, quatro meses, esses R$ 700 bilhões vão entrar na economia brasileira para nos proteger contra esse choque da saúde que está se abatendo sobre o povo brasileiro”, destacou.

Numa primeira versão do vídeo, o ministro tinha explicado como funcionaria a complementação de salário proposta pelo governo para evitar demissões em massa. Inicialmente, o ministro tinha informado que a empresa pagaria 50% do salário do trabalhador, com o governo completando 25%. Para setores mais afetados, cujas receitas tendam a cair a zero durante o estado de calamidade pública, o governo aumentaria a complementação para 33%. Em nenhum dos casos, o trabalhador afastado temporariamente continuaria a receber 100% do salário.

Posteriormente, o ministério subiu uma nova versão do vídeo, sem as explicações de Guedes sobre a suspensão do contrato de trabalho. A assessoria do Ministério da Economia explicou que a proposta foi atualizada para aumentar a renda do trabalhador dispensado temporariamente.

Segundo a assessoria da pasta, o patrão de empresas que tiverem de interromper ou reduzir as atividades cortará parte do salário do trabalhador, com o governo complementando um percentual do seguro-desemprego a que a pessoa teria direito equivalente ao percentual de corte sofrido. Dessa forma, caso o empresário corte o salário em 50%, o governo entraria com 50% do seguro-desemprego. Se o empresário cortar 25% do pagamento, o governo complementa 25%.

Além do choque sobre o sistema de saúde, Guedes citou uma segunda ameaça sobre a economia brasileira: o colapso do abastecimento provocado por eventuais interrupções de atividades essenciais. O ministro disse que o isolamento social é necessário para enfrentar a pandemia, mas advertiu que a população pode encontrar dificuldades em gastar a ajuda recebida caso a atividade econômica esteja desorganizada.

“Se nós não nos lembrarmos de que temos que continuar resistindo com a nossa produção econômica também, nós vamos ter aquele fenômeno onde todo mundo está com os recursos, mas as prateleiras estão vazias porque nós deixamos a organização da economia brasileira entrar em colapso. Então, o alerta do presidente é o seguinte. Sim, vamos cuidar da saúde, mas não podemos esquecer que, ali na frente, nós temos o desafio de continuar produzindo”, declarou.

Entre as atividades consideradas essenciais pelo ministro estão a saúde, a produção rural e o transporte de cargas, principalmente por caminhoneiros. Ele encerrou o discurso com uma mensagem positiva e se disse confiante de que o Brasil se unirá para superar tanto a pandemia do novo coronavírus como os impactos econômicos provocados pela crise.

“O presidente da República, o Congresso brasileiro, o povo brasileiro, os empresários brasileiros que não vão deixar a produção ser desorganizada, os caminhoneiros que vão fazer o transporte, os produtores rurais que vão garantir o abastecimento. É o Brasil acima de tudo e o Brasil vai atravessar as duas ondas. Nós vamos furar as duas ondas e vamos sair mais fortes e unidos do lado de lá”, concluiu Guedes.

O ministro gravou o vídeo de sua residência, no bairro do Leblon, no Rio de Janeiro. Desde o dia 20, Guedes despacha de casa, em trabalho remoto. Ele promove reuniões com o presidente Bolsonaro, com representantes do setor privado e com membros de sua equipe por meio de videoconferências. Ontem, o ministro informou que seu teste para o coronavírus deu negativo e que está em quarentena por precaução.

Conteúdo: Agência Brasil

Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Prefeito de Milão pede desculpas por ter defendido retorno de atividades

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Há exatamente um mês atrás, no dia 27 de fevereiro de 2020,o governo italiano promoveu uma campanha chamada de #MilãoNãoPara, com o objetivo de retornar as atividades socioeconômicas na cidade e no país.Na ocasião, o prefeito da cidade de Milão,Giuseppe Sala, foi um dos pioneiros na campanha.

Ela recomendava que a população não adotasse mais o isolamento social e o confinamento. Também exaltava os milagres feitos todos os dias pelos cidadãos de Milão e seus resultados econômicos importantes.

“Porque, a cada dia, não temos medo. Milão não para”, dizia o vídeo.

Na época da campanha, a Itália havia registrado 14 mortes, hoje um mês depois, o país registra mais de 9 mil mortes.

O prefeito de Milão, Giuseppe Sala, admitiu ter errado ao apoiar a campanha “Milão não para”, que pedia que a cidade não paralisasse suas atividades no início da pandemia de coronavírus na Itália.

O mea culpa de Sala, do Partido Democrático, foi feito durante o programa “Che tempo che fa”, que foi ao ar na televisão italiana no último domingo (22). De acordo com o prefeito da cidade de 3,1 milhões de habitantes, foi um erro defender a não interrupção da vida normal.

Foto: G1

 

PCdoB escolhe o ex-deputado Francisco Balieiro para disputar a Prefeitura de Manaus

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O ex-deputado estadual Francisco Balieiro será o candidato a prefeito de Manaus pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB). A informação foi passada com exclusividade ao O Poder pelo presidente estadual do partido, Eron Bezerra.

Ele adiantou ainda que a legenda vai lançar uma chapa proporcional com 62 candidatos a vereador para a Câmara Municipal de Manaus (CMM), além de dez candidatos a prefeito no interior, entre os quais Autazes, Envira, Manicoré, Maraã, Iranduba e São Gabriel da Cachoeira.

Perguntado se a ex-senadora Vanessa Grazziotin não iria participar do pleito, Eron revelou que o nome dela chegou a ser trabalhado internamente, mas por uma opção de conciliação partidária, o nome de Balieiro acabou tendo êxito. Ele adiantou, no entanto, que Vanessa vai disputar o pleito de 2022.

“A Vanessa só seria candidata se fosse para unir toda a oposição, como não tivemos esse apoio não será candidata. O nosso candidato será o ex-deputado Francisco Balieiro. Tem mais de dez anos que ele é da direção estadual”, disse.

Partido completa 98 anos

Na última quarta-feira, 25, o PCdoB completou 98 anos de fundação e, para não deixar a data passar em branco, Eron Bezerra gravou um vídeo para falar das conquistas do partido neste período e da luta na defesa dos direitos dos trabalhadores.

O dirigente também fez críticas à gestão do presidente Jair Bolsonaro neste momento de crise que o país atravessa por causa da pandemia do coronavírus. No vídeo, Eron diz que o país está sem governo.

“Hoje estamos diante de duas grandes tragédias e o PCdoB não vai fugir à luta. A primeira, um presidente que não governa. Imagina um país em crise econômica com mais de 40 milhões de pessoas desempregadas e esse presidente só faz besteira todo dia. A segunda, é pandemia do coronavírus e pela ausência de um governo central terá mais dificuldades de enfrentar. A população está corretamente recomendada a ficar em casa para evitar o contágio. Mas os que não têm emprego”, questiona o comunista defendendo que sejam disponibilizados recursos dos grandes empresários e do governo federal.

 

Augusto Costa, para O Poder

Foto: Divulgação

Covid-19: Governo vai financiar R$ 40 bi da folha de médias e pequenas empresas

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Presidente Jair Bolsonaro em coletiva no Palácio do Planalto

 

Brasília – Em entrevista coletiva no palácio do Planalto, hoje, 27/03, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), juntamente com os presidentes da Caixa, Banco Central e BNDES, anunciaram novas medidas para o enfrentamento a crise ocasionada pelo coronavírus. Entre elas, um pacote de R$ 40 bilhões destinado a folha de pagamento de pequenas e médias empresas.

O presidente abriu a coletiva falando sobre as medidas já adotadas para dá suporte às vítimas do coronavírus, e em seguida passou a fala ao presidente do Banco Central Roberto Campos.

“Entre as medidas já anunciadas pelo Governo de modo que nós possamos atender às vítimas do coronavírus, há também uma preocupação em manter os empregos. A gente costuma falar na segunda onda… Nós devemos aos máximo possível diminuir essas duas ondas”, disse o presidente se referindo à crise de saúde e a econômica esperada após os efeitos da pandemia do Covid-19.

Na sequência, Roberto Campos disse que a linha de crédito beneficiará empresas com faturamento entre R$ 360 mil e R$ 10 milhões. A medida deve atender 1,4 milhão de pequenas e médias empresas e 2,2 milhões de pessoas. 

Serão repassados R$ 20 bilhões por mês durante 2 meses, totalizando R$ 40 bilhões, exclusivamente para o custeio da folha de pagamento dos funcionários.  

Dos R$ 20 bilhões repassados a cada mês, segundo Campos, R$ 17 bilhões serão de recursos do Tesouro Nacional, e os R$ 3 bilhões complementares, de bancos privados por meios da FEBRABAN – Federação Brasileira de Bancos.

Questionado sobre como o governo garantiria o repasses ao trabalhador, Campos respondeu que “os valores serão repassado diretamente para o CPF deles”, e que as empresas “ficarão apenas com a conta”.

O governo garantirá o pagamento de até dois salários mínimos por colaborador. Os rendimentos acima dessa faixa salarial, ficará a critério das empresas fazer o complemento ou não. 

O financiamento terá segundo o presidente do Banco Central, spread zero ou seja “uma taxa de juros de 3,75% ao ano”, completou. O prazo para quitar o empréstimo fica estabelecido em 36 meses, com 6 meses de carência para o vencimento da primeira parcela.

As empresas que aderirem ao financiamento ficarão proibidas, por meio de contrato, a fazer demissões por um período de dois meses, correspondente ao custeio das folhas. 

Roberto Campos anunciou também que o Banco Central a partir da próxima semana, passará a financiar outros bancos por meio de letras financeira. Na prática os bancos que tiverem uma carteira de crédito em liquidez, poderá colocar essa carteira num fundo, e o banco Central passará dinheiro a ele por meio do fundo.

Há também uma medida que deverá ser votada no Congresso, que permitirá ao Banco Central “comprar crédito diretamente, como faz o Banco Central Americano e outro bancos centrais no mundo”, completou. 

Atualmente o Banco Central não pode realizar esse tipo de operação. O máximo permitido é injetar liquidez no sistema. Para Campos “numa situação como essa que estamos (crise do coronavírus), essa liquidez não chega na ponta final’’, concluiu.

Campos frisou que a autonomia para que o Banco Central posa comprar credito direto, só deve se válida em crises como a que o país passa agora.

Outras medidas

Cheque especial e rotativo

Todas as linhas de créditos segundo o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, terá redução.  Segundo ele se “as pessoas não tiverem crédito mais baratos, não irá adiantar ”. 

Por essa razão, segundo Guimarães os juros do cheque especial passam de  14% para 2,9% ao mês. O presidente da Caixa disse ainda, que o valor poderia ser reduzido ainda mais, “mas a caixa faz matematicamente, porque senão vai acontecer o que aconteceu há 10 anos, quando ela precisou de dinheiro do tesouro”, ponderou.

Os juros do rotativo, segundo Guimarães, que estavam até ontem 26/03, em 7% ao mês, também será reduzido a 2,9% ao mês.

Dessa forma segundo ele, “a população em geral, vai ter mais dinheiro para estar pagando as suas contas”, apontou.

Crédito imobiliário

De acordo com Guimarães, até o momento, por meio de aplicativo da Caixa, 800 mil famílias puderam pedir para não pagar os seus  financiamentos por 2 meses. 

Segundo ele, esse período foi ampliado para 3 meses em todas as linhas de crédito, uma vez que o mecanismo já permite o postergamento dos vencimentos por até 6 meses. Caso a crise se agrave, o adiamento será feito progressivamente até que atinja os 6 meses permitidos. 

Renda auxiliar emergencial

Ao final de sua fala, Guimarães falou também sobre o pagamento do auxílio emergencial aprovado pela Câmara, na quinta feira, 26, no valor de R$ 600.

Segundo ele, assim que a proposta for aprovada pelo Senado, os valores serão pagos por meios das lotéricas, contas da Caixa e por aplicativo de celular, que permitirão à Caixa transferir os benefícios a outros Bancos, sem que haja cobrança de taxas.

Os pagamento serão liberados de maneira escalonada, como ocorreu com a liberação do FGTS, antes, para evitar grandes aglomerações em bancos e demais agentes bancários.

Izael Pereira, de Brasília para O Poder

Foto: Reprodução

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