novembro 24, 2025 22:38
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“Se não vender, teremos que intervir”, diz Silveira a respeito da Amazonas Energia

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O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse nesta 4ª feira (28.ago.2024) que a venda da Amazonas Energia é a melhor alternativa para solucionar o problema da concessão de energia elétrica no Estado. Afirmou que também serão estudadas as duas outras saídas, que são intervenção na empresa ou caducidade (extinção) do contrato, mas que são mais custosas.

“A melhor solução, ao nosso ver, é a passagem de controle. Caso não haja, nós vamos estudar intervenção, vamos estudar caducidade –que nunca foi feito no Brasil. Mas aí já tem ônus para o caixa da União. Essas duas a conta vai cair no colo da viúva que é o governo e o consumidor”, afirmou Silveira em entrevista depois de participar de fórum sobre Transição Energética do G20, em Brasília.

Uma proposta pela distribuidora foi feita pela Âmbar Energia, do grupo J&F. A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) agora avalia se o plano de transferência é consistente para resolver o problema. Com um serviço ineficiente e péssimos indicadores de qualidade, a Amazonas Energia tem dívidas superiores a R$ 10 bilhões.

Segundo apurou a reportagem, a área técnica da Aneel deve se manifestar pela reprovação do plano apresentado pela empresa dos irmãos Batista. Com a iminente recusa, a Amazonas Energia fica sem comprador no horizonte e uma das duas opções custosas ao governo devem ser acionadas.

“Isso não depende da J&F. Pode ser qualquer comprador. E quem tem que avaliar o possível comprador é a Aneel. Nós não temos competência para isso. Mas se a solução não for a passagem de controle e tiver um colapso energético no Amazonas, quero saber onde vão bater: se é na Aneel, na empresa que quebrou ou no Ministério de Minas e Energia”, disse Silveira.

MP DO SOCORRO DA AMAZONAS ENERGIA

O ministro afirmou ainda que a Aneel cumpriu com a sua obrigação ao regulamentar a MP (Medida Provisória) 1.232 de 2024, que socorre a Amazonas Energia. A decisão garantiu à distribuidora do Grupo Oliveira Energia aporte de R$ 450 milhões em flexibilização regulatórias, bancados pelos consumidores de todo o país.

“O que houve na MP foi a continuidade nas flexibilizações regulatórias que existem desde 2018, quando o governo Michel Temer infelizmente vendeu a empresa da Eletrobras a preço de banana para um empresário e criou as flexibilizações, que eles não cumpriram até 2024. Mas era necessário dar uma solução para a Amazonas Energia”, disse.

Com a homologação da MP, serão flexibilizados:

custos operacionais – repasse de R$ 39 milhões mensais à Amazonas Energia, a partir 26 de maio de 2024 (quando a flexibilização anterior perdeu a validade) por custos operacionais que a empresa teve e que têm direito a reembolso com a flexibilização. A empresa receberá o valor por até 4 meses ou até vender seu controle societário;

fator de corte de perdas e parâmetros de eficiência econômica –

reembolso da ordem de R$ 74 milhões mensais, a partir de 11 de abril de 2024 (quando a regra anterior perdeu a validade) pela compra de energia de usinas da região. A empresa receberá o valor por até quatro meses ou até vender seu controle societário.

A Amazonas Energia só receberá os valores referente ao 2º item caso comprove, mediante apresentação de notas fiscais, que efetivamente efetuou o pagamento às usinas pela energia comprada e que agora tem o reembolso solicitado.

Os reembolsos, nos 2 casos, serão suportados pela CCC (Conta de Consumo de Combustíveis), uma subconta da CDE (Conta de Desenvolvimento Energético) para custear a geração nas regiões isoladas da Amazônia. Ela é paga por todos os consumidores de energia do país por meio das contas de luz.

Com informações do Poder360

Foto: Reprodução

David tenta proibir novamente uso da camiseta de Roberto Cidade, mas Justiça nega

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Não se dando por vencido em relação ao indeferimento do dia 20 de agosto, o prefeito David Almeida, por meio da Coligação “Avante, Manaus”, formada pelos partidos Agir, PSD, DC, MDB e Avante, tentou de novo na Justiça Eleitoral barrar Roberto Cidade (UB) de usar a camiseta com o slogan da campanha “Bora Mudar Manaus”. 

Para a equipe de David Almeida, o uso da camiseta configura propaganda irregular, por isso, pediu à Justiça Eleitoral que Roberto Cidade, bem como o vice Coronel Menezes (PP) e a Coligação  “Manaus Merece Mais”, removam das redes sociais os conteúdos em que aparecem vestindo a camiseta com o slogan e sejam proibidos de usar a vestimenta ao longo do pleito de 2024. 

O juiz eleitoral Roberto Santos Taketomi indeferiu o pedido da liminar pela “ausência de potencialidade de dano ou risco ao resultado útil do processo”. Em relação ao uso da camiseta pelos cabos eleitorais, o juiz ainda ressalta que o “art. 18, §1º, da Resolução TSE nº 23.610/2019, regulamenta o uso de camisetas pela eleitora ou eleitor, desde que seja forma de manifestar as suas preferências por partido político, federação, coligação, candidata ou candidato”. No vídeo anexado, o juízo constatou que a maioria das pessoas estavam vestindo roupas próprias e que poucos estavam usando a camisa com o slogan. Além do Avante não comprovar se, de fato, eram cabos eleitorais do candidato. 

Taketomi julgou parcialmente procedente a representação, mas afastou a sanção de multa e a litigância de má-fé por não configurar a “hipótese dos autos”. A íntegra está aqui

 

Priscila Rosas, para Portal O Poder 

Foto: Reprodução

 

RR: MP eleitoral emite parecer contra o registro de candidatura de Catarina

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O Ministério Público Eleitoral de Roraima (MPER) emitiu parecer ao Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TRE-RR), que oficia pela procedência dos pedidos de Impugnação acostados ao Rcand nº 0600193-75.2024.6.23.0001, com o consequente indeferimento do pedido de Registro de Candidatura Individual apresentado por Catarina de Lima Guerra da Silva ao pleito da prefeitura de Boa Vista (RR).

O documento afirma ainda que, subsidiariamente, caso a Justiça Eleitoral admita a prevalência de norma intrapartidária perante a legislação aplicável ao assunto, oficia, o Parquet, nessa hipótese em específico, pela observância ao disposto no art. 5º da Resolução CENI nº 2, de 5 de abril de 2024, o qual determina que o Partido Político está impedido de concorrer às eleições para o Governo do Município de Boa Vista, considerando a anulação da Convenção Municipal realizada.

Confira o relatório

Augusto Costa, para O Poder

Foto: Reprodução

 

 

Horário eleitoral gratuito começa nesta sexta-feira

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O horário eleitoral gratuito inicia nesta sexta-feira, 30. Segundo o sorteio realizado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM), as apresentações no horário eleitoral iniciam com Amom Mandel, seguido de Roberto Cidade, Marcelo Ramos, Capitão Alberto Neto e David Almeida. Ao longo dos 35 dias de propaganda eleitoral,essa sequência será alternada.

Os candidatos Wilker Barreto (Mobiliza) e Gilberto Nascimento (PSTU) não terão direito ao horário gratuito por conta dos requisitos exigidos pela cláusula de barreira.

 

Da Redação

Sampaio ‘inelegível’ tenta impedir registro de Thomé Neto, mas Justiça diz não

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Wanderlan Sampaio (UB) ingressou na Justiça Eleitoral para tentar barrar a candidatura de Thomé Neto (PP) para a Prefeitura de Autazes (a 267 quilômetros de Manaus). A estratégia dele foi uma tentativa de ‘tapetão’ para conseguir se eleger no município, porém o juiz eleitoral da 35ª Zona Eleitoral, Mateus Guedes Rios, julgou o pedido improcedente.

A Ação de Impugnação contra Thomé Neto dizia que o candidato era presidente municipal do PTB em 2020, que teve suas contas julgadas como não prestadas e que, por isso, ele deveria estar inelegível. Porém, o juiz não aceitou o argumento. 

“Em sede de contestação, pugna-se pelo deferimento, considerando que dirigente partidária não se equipara a agente público e que as contas do partido, em que pese ter sido julgadas como não prestadas foram regularizadas, (ID nº. 122.425.520)”, explica o juiz Mateus Guedes Rios. 

Ainda de acordo com o juiz, o partido político é uma pessoa jurídica distinta das pessoas físicas e a sanção foi aplicada à agremiação partidária. Além disso, Mateus Guedes Rios ressaltou que não há o que se falar sobre direitos políticos do presidente ou do tesoureiro do partido. A íntegra está aqui

O ex-prefeito de Autazes, Wanderlan Sampaio, continua inelegível até 2030 por força de uma decisão do Tribunal de Contas da União (TCU). Ele recorreu e tenta viabilizar a sua candidatura para retornar à Prefeitura. De acordo com a Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a candidatura dele para a Prefeitura de Autazes ainda está “aguardando julgamento”. 

 

Priscila Rosas, para Portal O Poder

Foto: Neto Ribeiro/Portal O Poder 

Simonetti exalta legado do ministro Mauro Campbell em despedida do STJ

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Em cerimônia realizada nesta quarta-feira (28/8), o ministro Mauro Campbell Marques se despediu do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Durante o evento, o presidente do Conselho Federal da OAB, Beto Simonetti, falou da trajetória de sucesso do magistrado, que deixa o colegiado do Tribunal após 15 anos para assumir, no biênio 2024-2026, a Corregedoria Nacional de Justiça, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

“Na Corte Especial, seus votos destacaram a importância de respeitar a legalidade e o critério isonômico estabelecido pelo Código de Processo Civil de 2015”, afirmou o presidente da Ordem. Segundo ele, Campbell deixará aos demais membros do STJ um legado marcado por sua “potência intelectual e vanguardismo jurídico”.

Simonetti também ressaltou as conquistas para a advocacia a partir da atuação de Campbell. “Ao seu lado, conquistamos a vedação à fixação de honorários advocatícios por apreciação equitativa fora das hipóteses legais, reforçando a correta interpretação do art. 85 do CPC e promovendo a valorização da advocacia”, declarou.

Ele ainda exaltou a visão humana e ética do ministro, lembrando que sua atuação no STJ sempre foi pautada pela proteção da liberdade e da igualdade. “O que devemos aprender com Vossa Excelência, Ministro Campbell, é que a verdadeira eficácia do Direito está em amparar as pessoas, em enxergar os jurisdicionados não apenas como números em processos, mas como seres humanos.”

O ministro Mauro Campbell Marques, por sua vez, relembrou da 1ª seção que participou no STJ. “Desde o primeiro momento, assisti o deflagrar de uma nova era no Judiciário brasileiro. Aqui nas nossas costas ficavam pilhas e pilhas de papéis. Após um abalo físico ocorrido no 3ª anexo, pelo peso de processos, fez-se necessário um sistema digitalizado. Isso dá um exemplo dos mais de 13 mil processos que recebi quando tomei posse, e que me davam ânsia de ficar aqui até muito depois das 23h”.

Por fim, Campbell se disse orgulhoso dos votos em que saiu vencido do Plenário. “Não sou dono de precedentes. Divergências são naturais e necessárias”, concluiu.

Conduzida pela presidente da 1ª Seção do STJ, ministra Regina Helena Costa, a cerimônia contou ainda com homenagem e boas vindas dos ministros da Casa à ministra Maria Thereza Rocha de Assis Moura, que deixa a presidência do STJ para retornar ao colegiado da 1ª Seção da Corte Superior.

Estavam presentes na solenidade o presidente da OAB-TO, Gedeon Pitaluga; o conselheiro federal da OAB-AL Sérgio Ludmer; o conselheiro federal da OAB-AM Marcos Choy; e o advogado Guilherme Pimenta Neves.

Trajetória

O ministro do STJ Mauro Luiz Campbell Marques foi aprovado por unanimidade ao novo cargo pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal em junho deste ano.

É formado em Ciências Jurídicas pelo Centro Universitário Metodista Bennett, no Rio de Janeiro. Foi professor do curso de Direito da Universidade Nilton Lins, em Manaus, entre 1997 e 1998. Em 1987, ingressou no cargo de promotor de Justiça no Ministério Público do Estado do Amazonas, onde permaneceu até 2008, quando renunciou ao terceiro mandato como procurador-geral de Justiça na instituição para ingressar na magistratura como Ministro do Superior Tribunal de Justiça, cargo que exerce até hoje.

No Poder Executivo do Amazonas, entre 1991 e 1995, exerceu os cargos de secretário de Estado de Justiça, secretário de Estado de Segurança Pública, secretário de Estado de Segurança Pública, Justiça e Cidadania, e secretário de Estado de Controle Interno, Ética e Transparência.

Entre 2018 e 2022, foi ministro substituto do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro efetivo da Corte, além de ter presidido a comissão de juristas responsável pela elaboração de anteprojeto de reforma da Lei de Improbidade Administrativa (Lei 8.429, de 1992), instituída pela Câmara dos Deputados em 2018.

Atualmente, Mauro Campbell é diretor da Escola Nacional de Aperfeiçoamento de Magistrados Ministro Sálvio de Figueiredo Teixeira e membro da Academia Brasileira de Direito Tributário.

 

 

Com informações da OAB

“As condições que ele impôs eu não aceitei”, diz David Almeida sobre relação com Wilson Lima

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Na manhã desta quinta-feira, 28, o prefeito de Manaus e candidato à reeleição, David Almeida (Avante), participou de uma sabatina no canal Amazonas Atual, pelo Youtube, com jornalistas de diferentes portais. Perguntado sobre a relação atual com o governador do Amazonas, Wilson Lima(UB), o prefeito respondeu que “ele (Wilson) decidiu lançar um candidato próprio e as condições que ele impôs a mim, eu não aceitei”.

Sobre a relação com Wilson ter “azedado”, o prefeito afirmou que “ele é muito legal comigo, pessoalmente, eu fiz um compromisso não com a pessoa do Wilson, eu fiz um acordo por Manaus e ele falhou com Manaus”, comentou o prefeito.

Perguntado sobre as condições que teriam sido ofertadas pelo governador, David citou a música Faroeste Caboclo, da banda Legião Urbana, “ele faz uma proposta indecorosa e diz que espera uma resposta, uma resposta de João” e citou que não aceitou a proposta. 

 

Indicações não aceitas

Pressionado pelos jornalistas sobre qual foi a proposta recusada, o prefeito comentou que Wilson queria que o vice-governador, Tadeu de Souza (Avante), fosse vice-prefeito de David. “lWilson queria que eu transformasse o vice-governador em meu vice-prefeito. Eu disse olha, essa proposta tu faz pra ele (Tadeu), convence ele. Se ele aceitar, você volta aqui que a gente conversa”, relembrou.

Vale ressaltar que Tadeu de Souza é presidente municipal do Avante, partido aliado da base de David Almeida, e considerado um irmão pelo prefeito de Manaus.

Os senadores do Amazonas Omar Aziz (PSD) e Eduardo Braga (MDB) tentaram indicar um vice, mas David alertou dizendo que não iria aceitar qualquer nome para o cargo. O prefeito relembrou, também, que, em 2021, conversou com Wilson Lima e concordou em apoiar a candidatura com a condição de indicar o vice, Tadeu de Souza.

David disse, ainda, que não será candidato para governo do estado. Essa foi uma das condições para os senadores continuarem apoiando a candidatura à reeleição para prefeitura. 

 

 

Ludmila Dias, para portal O Poder

Foto: Reprodução

Governo ‘contra-ataca’ e pede investigação de refinarias e distribuidoras de combustíveis privatizadas

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O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu “contra-atacar” empresas privadas do setor de combustíveis pedindo que elas sejam investigadas por conta do alto preço da gasolina, diesel e gás no Brasil. Em 2019, foi uma investigação realizada a pedido das empresas que acabou obrigando a Petrobras a privatizar parte dos seus ativos para produção e distribuição de combustíveis no Brasil.

Naquela época – já durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) – a estatal fez um acordo com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e pôs à venda parte do seu patrimônio para, em tese, aumentar a concorrência no mercado nacional de derivados do petróleo. A ideia da venda partiu das empresas concorrentes da Petrobras. Segundo elas, isso reduziria o preço da gasolina e outros produtos no Brasil.

Por conta desse acordo, três refinarias foram privatizadas: a Refinaria Landulpho Alves (Rlam), na Bahia; a Refinaria Isaac Sabbá (Reman), no Amazonas; e a SIX, no Paraná. Na esteira de um processo de desmonte da estatal, a Petrobras também se desfez de BR Distribuidora e Liquigás, distribuidoras de combustíveis e gás, respectivamente.

Cinco anos depois, o Ministério de Minas e Energia (MME) encaminhou ao próprio Cade e também à Agência Nacional do Petróleo (ANP) um estudo técnico que afirma que a maior participação do setor privado no mercado não trouxe benefícios à população.

No caso do setor de revenda e distribuição de combustíveis – no qual a Petrobras atuava por meio da BR e da Liquigás –, houve na verdade um aumento da margem de lucro das companhias sobre os preços dos produtos. No caso da gasolina, por exemplo, a margem da revenda cresceu 82% de maio de 2019 para maio de 2024, enquanto nenhum outro componente do preço final do combustível subiu mais que 42%.

No caso do gás de cozinha, a margem da revenda cresceu 90% em cinco anos. No mesmo período, o preço do gás que é envasado, o gás liquefeito de petróleo (GLP), subiu 25%.

“Observa-se que há uma tendência de aumento persistente no incremento de margens no setor de distribuição e de revenda desses combustíveis”, informa o ministro Alexandre Silveira (PSD), pedindo providências aos órgão de controle.

Refinarias

Silveira pede no mesmo ofício atenção aos preços dos combustíveis vendidos por refinarias que foram privatizadas pela Petrobras. “As refinarias privatizadas, em especial a Refinaria da Amazônia, têm praticado preços significativamente superiores não apenas dos demais fornecedores primários, como também do preço de paridade de importação [PPI].”

O PPI é o preço da gasolina e do diesel produzido fora do Brasil e vendido internamente. De acordo com o ministro, as refinarias privatizadas vendem no país a gasolina e o diesel que produzem aqui por um preço mais caro do que se os produtos tivessem sido importados.

Silveira destaca ainda que a Atem, que comprou a Refinaria da Amazônia, interrompeu sua produção de derivados. A partir deste ano, apesar da capacidade da fábrica, a empresa a utiliza só como um terminal para distribuição de combustíveis trazidos até lá por outras companhias.

“A única refinaria do Norte do país sequer está processando petróleo, o que faz com que a região ficar à mercê da importação”, acrescentou o economista do Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais (Ibeps), Eric Gil Dantas, que há anos monitora o preço dos combustíveis no país e denuncia os malefícios das privatizações sobre eles.

Nova postura

Durante o governo Bolsonaro, as denúncias de Dantas e outras entidades, como a Federação Única dos Petroleiros (FUP), nunca levaram o Executivo a tomar qualquer atitude. Bolsonaro nunca se importou, disse Dantas.

Já sob gestão de Lula, o governo percebeu como a alta do preço dos combustíveis compromete o poder de compra da população. Percebeu também que, apesar das reduções de preços promovidas pela Petrobras, a queda não chegava ao valor cobrado do consumidor final já que distribuidores e revendedores aproveitam para aumentar seus ganhos.

“A margem de distribuição e revenda hoje do gás de cozinha passou de R$ 30 para R$ 50. Se essa tivesse sido corrigida pela inflação, ela seria R$ 40”, disse Dantas. “O gás poderia ser R$ 10 mais barato. Isso faz diferença.”

Após a MME pedir investigação sobre o preço dos combustíveis, a FUP reforçou que já identificou “aumentos abusivos” de derivados. “Há uma série de irregularidades flagrantes praticadas pelas refinarias privatizadas no governo passado”, disse o advogado Ángelo Remédio, que representa a FUP em vários processos na ANP, no Tribunal de Contas da União (TCU) e junto ao Ministério Público Federal (MPF).

A FUP defende a reestatização das refinarias privatizadas. A Petrobras negocia a recompra da Rlam, da Bahia. Não há prazo para uma decisão sobre o assunto.

Empresas respondem

A Associação Brasileira de Refino Privado (Refina Brasil) declarou que o pedido de investigação do governo “inverte a lógica” do problema do preço. Segundo as refinarias, a Petrobras não vende a elas petróleo a preços competitivos. Por isso, as empresas privadas não conseguem vender combustíveis a preços parecidos com os da Petrobras.

A Petrobras já rebateu as queixas da Refina Brasil. Disse que “o cenário de produção de petróleo no Brasil é bastante dinâmico, com a presença de mais de 60 produtores” e que, portanto, os “refinadores independentes podem suprir todo seu requerimento de petróleo sem dependência da produção da estatal”.

 

 

Com informações do Brasil de Fato

MPAM faz recomendações para bancos de Manacapuru, Anamã e Caapiranga

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O Ministério Público do Amazonas (MPAM) emitiu orientações para os bancos no período eleitoral. As recomendações são para evitar problemas na abertura de contas pelas instituições bancárias e foram enviadas para os municípios de Manacapuru, Anamã e Caapiranga, devendo ser seguidas por todas as instituições bancárias da 6º Zona Eleitoral e os Comitês de Partido Políticos Locais.

O MPAM enviou essas recomendações após relatos, na Justiça Eleitoral, de que os candidatos estavam encontrando dificuldades em abrir contas em razão das instituições bancárias. Todos os bancos são obrigados a acatar a decisão no prazo máximo de 3 dias úteis.

O documento ressalta a obrigatoriedade de abertura de conta bancária específica de partidos políticos e candidatos, para facilitar a prestação de contas nas eleições. Destaca que os recursos de um tipo de conta não poderão ser transferidos para outro tipo de conta.

Todas as doações financeiras devem ser comprovadas por meio de documento bancário que identifique CPF ou CNPJ dos doadores, sob pena de configurar o recebimento de recursos de origem não identificada.  

 

 

Ludmila Dias, para portal O Poder

Foto: Divulgação

TCE-AM irá apurar possíveis irregularidades em subsídios recebidos por secretários da Prefeitura de Manaus

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O Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM) acatou Representação contra a Prefeitura de Manaus. O órgão irá apurar possíveis irregularidades em subsídios recebidos por secretários municipais.

As irregularidades constam em diferentes contratos. Subsecretários da Prefeitura de Manaus também serão investigados.

O relator do processo será o conselheiro Alípio Reis.

 

 

Da Redação

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