Com o fim das coligações partidárias e a obrigatoriedade de cada partido reservar 30% de candidaturas femininas na chapa proporcional na eleição deste ano, o incentivo à participação de mulheres deve crescer e, a expectativa é que estas vagas sejam preenchidas de forma verdadeira e, não apenas um “faz de contas” como vinha acontecendo em eleições anteriores.
Com esse propósito de fortalecer candidaturas femininas, o Observatório Nacional de Candidaturas Femininas fará o lançamento das coordenações regionais nesta quinta-feira, 30, de forma virtual, numa live pelo Instagram oficial do observatório.
Segundo a advogada Maria Aparecida Veras, que faz parte da coordenação no Amazonas, o grupo tem como objetivo capacitar, engajar e fomentar a participação real das mulheres na política para aumentar o número de mulheres qualificadas nos cargos de poder.
“O lançamento terá a participação da presidente da Comissão Nacional da Mulher Advogada, Daniela Borges, e da Fundadora e Coordenadora Nacional do Observatório, Valéria Paes Landim”, disse Veras.
Segundo a advogada, além da capacitação das mulheres, o Observatório também tem como função fiscalizar a participação das mulheres e suas relações com seus partidos, durante todo o período eleitoral no sentido de fazer salvaguardar os direitos das candidatas, de forma a assegurar sua participação justa no pleito.
“O envolvimento feminino na política ainda é muito aquém, proporcionalmente, à quantidade de mulheres no Brasil, e o Observatório surgiu justamente com o objetivo de sanar o que entendemos ser uma das razões para a baixa representatividade feminina, que é a falta de informações objetivas para a gestão de uma campanha eleitoral bem sucedida. Para tanto, o nosso desejo enquanto mulheres, é que o Observatório seja, principalmente, um centro de treinamento para as mulheres que desejam ingressar em todas as esferas da Política Nacional”, disse.
Conforme a advogada Anne Louise Ventura, que também participa da coordenação no Amazonas, esse é apenas o lançamento, mas o Observatório é um trabalho de médio e longo prazo que terá início no pleito desse ano.
“Mas prolongar-se-á ao longo de vários anos, uma vez que o objetivo é trabalharmos até alcançarmos 51% de representatividade feminina em todos os níveis de Poder apoiadas em princípios democráticos, suprapartidários, igualdade, diversidade, transparência dentre outros”, afirmou.
Além de Maria Aparecida Veras e Anne Louise Ventura, o Observatório no Amazonas conta também com as presenças das advogadas Maria Benigno e Gláucia Soares.
Álik Menezes, para O Poder
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