Os presidentes das Câmaras Municipais com os maiores orçamentos poderão ter um grande poder de influência nas eleições de 2024, em comparação a outros vereadores que não tem um cargo de poder tão alto ou o dinheiro que vem com a função exercida pelo chefe do Legislativo municipal.
Uma das formas de medir esse poder é pelo duodécimo. O repasse financeiro é realizado pelo Poder Executivo até o dia 20 de cada mês ao Poder Legislativo e corresponde a 1/12 avos do valor da receita prevista no orçamento. O cálculo é feito dependendo do orçamento disponível para o município.
Por exemplo, o duodécimo que a Câmara Municipal de Manaus vai receber em 2024, deve girar em torno de R$ 300 milhões. Segundo a ferramenta disponibilizada pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), o valor corresponde a 4,5% do orçamento de R$ 9 bilhões da Prefeitura de Manaus. O repasse dará ao presidente Caio André (Podemos) um poder aquisitivo maior que estará intrinsecamente ligado à influência do parlamentar nessa movimentação no tabuleiro de xadrez da política baré.
O mesmo cenário repete-se no interior. A Câmara Municipal de Parintins, segundo maior colégio eleitoral do Amazonas, vai receber 7% do orçamento da Prefeitura, avaliado em R$ 370 milhões. O presidente Alex Garcia (PSD) pode ter R$ 20 milhões do duodécimo.
Já a porcentagem da Câmara Municipal de Itacoatiara é de 6%, ou seja, o presidente Júnior Galvão (PSC) pode ter R$ 18 milhões em 2024. O orçamento da Prefeitura em 2024 é de R$ 485 milhões.
O candidato a prefeito que estiver fechado com esses três nomes, por exemplo, tem grandes chances de conseguir alcançar seu objetivo.
Priscila Rosas, para Portal O Poder
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