novembro 5, 2025 14:20

PF investiga fraude em FGTS e Auxílio Emergencial com desvio de R$ 45 milhões da Caixa

A Polícia Federal deflagrou, nesta quarta-feira, 5, a Operação Trampo para desarticular e descapitalizar uma organização criminosa de atuação interestadual, com bases no Rio de Janeiro e em São Paulo. O grupo é acusado de desviar valores do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e do Auxílio Emergencial de contas da Caixa Econômica Federal (CEF), além de praticar lavagem de capitais para ocultar a origem ilícita dos recursos.

Na ação de hoje, cerca de 100 policiais federais cumprem 27 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 4ª Vara Federal do Rio de Janeiro, nos municípios do Rio de Janeiro (RJ), Niterói (RJ), São Paulo (SP), Várzea Paulistas (SP), Indaiatuba (SP) e Salto (SP).

Além dos mandados, a Justiça Federal determinou o sequestro de bens no valor de aproximadamente R$ 45 milhões e impôs medidas cautelares diversas da prisão para 21 investigados, como recolhimento de passaporte, proibição de ausentar-se do País e do Estado, proibição de manter contato com os demais investigados e comparecimento mensal em Juízo, para informar e justificar suas atividades.

As investigações revelaram que o grupo criminoso atuava por meio da obtenção ilícita de dados sigilosos de beneficiários e correntistas da Caixa Econômica Federal e falsificação de documentos, viabilizando o acesso indevido às contas bancárias das vítimas. A partir desse acesso, os criminosos realizavam saques fraudulentos e pagamentos de boletos digitais, subtraindo valores destinados a cidadãos em situação de vulnerabilidade social.

A apuração identificou ainda que os autores das fraudes utilizavam conexões de internet registradas em nome de terceiros para acessar de forma não autorizada as contas da CEF. A atuação do grupo envolvia diversos indivíduos, com funções específicas na obtenção e uso dos dados bancários, configurando uma estrutura organizada e coordenada para a prática dos crimes.

A Polícia Federal segue com as diligências para identificar todos os envolvidos, bem como para recuperar os valores subtraídos e garantir a responsabilização dos autores.

Os investigados foram indiciados pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e furto qualificado pela fraude. Além desses, são investigados os crimes de uso de documento falso, falsidade ideológica e peculato-furto.

A Polícia Federal alerta: emprestar ou ceder contas bancárias para movimentação de valores ilícitos é crime. Essa prática contribui para o financiamento de organizações criminosas e causa prejuízos a milhares de brasileiros.

A ação integra a Força-Tarefa Tentáculos, iniciativa que tem como um dos pilares a cooperação com instituições bancárias e financeiras para o combate às fraudes eletrônicas, e ocorre no contexto da Operação Nacional Não Seja Um Laranja.

Da Redação, com informações da Polícia Federal 
Foto: Divulgação

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