Opositora de Nicolás Maduro e vencedora do Nobel da Paz, María Corina Machado, disse que “Venezuela já foi invadida”, em resposta a uma pergunta sobre a possível intervenção militar dos Estados Unidos, por conta das tensões entre Donald Trump e Maduro.
“Temos agentes russos, temos agentes iranianos. Temos grupos terroristas como o Hezbollah e o Hamas operando livremente em conluio com o regime. Temos os gorilas colombianos, os cartéis de drogas que controlam mais de 60% da nossa população. E não se trata apenas de tráfico de drogas, mas também de tráfico humano”, explicou María Corina.
A declaração foi dada durante uma coletiva de imprensa ao lado do primeiro-ministro da Noruega, Jonas Gahr Stoere, em Oslo. Ela viajou ao país por causa da entrega do Nobel da Paz, mas chegou após a cerimônia e foi representada pela filha.
Segundo a opositora ao regime chavista, a Venezuela virou o “antro do crime das Américas”.
“O que sustenta o regime é um sistema de repressão muito poderoso e bem financiado. De onde vem esse dinheiro? Bem, do tráfico de drogas e do mercado negro de petróleo, do tráfico de armas, do tráfico humano. Precisamos cortar esses fluxos. E quando isso acontecer e a repressão enfraquecer, acabou, porque é a única coisa que resta ao regime: violência e terror”, completou Corina.
Nobel aos venezuelanos
Mais cedo, nesta quinta-feira, 11, María Corina disse que levaria o prêmio Nobel para a Venezuela, mas se recusou a dizer quando voltaria ao país.
“Vim receber o prêmio em nome do povo venezuelano e o levarei de volta à Venezuela no momento oportuno. É claro que não direi quando será”, disse ela a repórteres em Oslo.
A líder da oposição venezuelana chegou ontem à Noruega e fez a primeira aparição pública em 11 meses. Ela falou com apoiadores que estavam no Grand Hotel de Oslo, nesta quinta-feira, 11.
A jornada de Machado até a capital norueguesa foi arriscada. Perseguida pelo governo do presidente Nicolás Maduro, ela está proibida de deixar a Venezuela e tem vivido praticamente escondida durante o último ano.
Com informações de CNN Brasil

