Após matéria publicada no O Poder sobre a saída de Romero Reis do partido Novo para uma legenda com maior visibilidade e tempo de TV focando nas eleições de 2022, o empresário divulgou um longo artigo onde enaltece os ideais do partido, sua indignação com a “velha política” e seu posicionamento sobre os “escabrosos e escandalosos” fundos partidário e eleitoral. No entanto, não mencionou sobre a sua possível troca de sigla.
O empresário do ramo da construção civil, que disputou as eleições municipais no ano passado, inicia seu artigo afirmando que, como cidadão que ama o Amazonas, ficou indignado com a política dos que ocuparam e ocupam cargos público eletivos e, por isso, decidiu usar sua experiência em gestão na coisa pública.
“Só existe um caminho no regime democrático que vivemos, através do voto. Esta foi a razão de ter me candidatado na eleição passada ao cargo de prefeito de Manaus, formulando um Plano de Governo capaz de inserir nossa capital entre as dez melhores cidades brasileiras para se viver e trabalhar”, inicia.
Ideais do NOVO
Sem mencionar sua saída do partido, que é dada como certa por fontes próximas ao empresário, Romero afirma que se filiou ao Novo porque é a única sigla que respeita o cidadão e defende o contribuinte. Segundo Reis, no partido a igualdade impera e não há espaço para os chamados “caciques políticos”.
“Políticos profissionais, aqueles que não largam os cargos, permanecendo por até décadas no poder, não são permitidos. O partido considera aceitável no máximo uma reeleição. Mais tempo na cadeira e com a caneta para decidir na mão representa um risco para a democracia. A alternância é saudável para oxigenar ideias e impedir a continuidade de erros. E quem deseja ascender a uma posição política por meio deste partido, que trabalha o conceito da política na essência, não pode pensar em utilizar o dinheiro do povo em campanha”.
“O Novo defende as liberdades de expressão, o livre mercado, o fim das estatais, que historicamente constituíram um ambiente favorável à corrupção; combate diretamente a ineficiência, que muitas vezes advém de apadrinhamentos e nepotismo. Bem, poderia escrever um livro aqui das virtudes do Partido NOVO, mas resumo tudo através da conduta de nossos parlamentares, em especial os deputados federais, que sempre defendem, em primeiro lugar, o interesse maior do Brasil”, escreveu.
Em seguida, o empresário defende o fim dos recursos públicos aos partidos políticos. Romero ataca e afirma que os recursos públicos são dos trabalhadores, dos empresários e esses recursos devem ser usados em benefício da sociedade por meio de obras e serviços coletivos.
“Recurso público é do trabalhador, é do empresário, que suaram para ganhar e pagar os impostos, sendo justo que somente estes se beneficiem destas verbas por meio de obras e serviços coletivos. Os escabrosos e escandalosos Fundo Partidário e Fundo Eleitoral devem ser banidos por não contribuírem com o bem-estar, estando apenas a serviço de interesses pessoais de poder”.
Experiências duras
Romero fez questão de destacar sua experiência no último pleito, que escancarou o que ele já sabia: “Sem alianças saudáveis, sem candidatos inspiradores, sem recursos financeiros legítimos e legais, sem militância e estratégia, não é possível tornar a política um instrumento de transformação da sociedade que merecemos”.
“Os políticos, em sua grande maioria, usam todas as armas possíveis sejam imaginárias, imorais e até ilegais para se perpetuar nos mandatos infindáveis”, acredita.
Por fim, o empresário afirma que sonha em ver a capital amazonense e o Estado entre os melhores lugares do mundo. “Sou um ser humano simples, que adora a Deus e a vida; que sonha e quer ver nossa Manaus e o Amazonas entre os melhores lugares do mundo; que pensa, e usa sua liberdade de expressão como filiado ao partido NOVO. Que defende o que é correto e critica o que estiver em desacordo com o bem-estar coletivo. A bandeira brasileira sempre será verde e amarela!”.
Álik Menezes, parta O Poder
Foto: Divulgação/Novo