novembro 23, 2024 08:01

Câmara silencia sobre possível punição a vereador que tentou impedir fiscalização em festa clandestina

Onze dias após o vereador Kleber Siqueira (SD) se envolver em uma discussão com um policial militar, ainda não há registro de qualquer ação disciplinar contra o parlamentar na Câmara Municipal de Boa Vista. Segundo a Polícia Militar, o vereador tentou impedir a fiscalização.

O desentendimento aconteceu no último dia 24, durante uma fiscalização em festa clandestina, com aglomeração de, ao menos, 300 pessoas, em meio à pandemia de covid-19, em uma casa de show localizada no bairro Caçari, Zona Oeste de Boa Vista. O evento clandestino foi interrompido por descumprir o decreto municipal que libera festas com capacidade máxima de 50 pessoas.

A reportagem entrou em contato com a assessoria da Câmara para saber se foi instaurada ação disciplinar contra o vereador no Conselho de Ética, porém, até a publicação desta matéria, não obteve retorno. O diretório do Solidariedade em Roraima também foi procurado, mas não houve resposta.

O Poder ligou várias vezes para o celular do vereador Kleber Siqueira, que não atendeu às ligações.

Entenda o caso

A confusão envolvendo o vereador ocorreu no último dia 24, em uma casa de shows localizada no bairro Caçari, Zona Oeste de Boa Vista. Aproximadamente, 300 pessoas estavam no local, o que descumpre o decreto municipal que libera eventos com capacidade máxima de 50 participantes.

De acordo com a Polícia Militar de Roraima, Siqueira colocou o carro em via pública, próximo à casa de shows para tentar impedir a fiscalização.

Em vídeo que circulou nas redes sociais, o vereador aparece sem máscara, o que vai contra as determinações sanitárias de prevenção à covid-19. Em determinado trecho, Siqueira chegou a falar para o policial: “Então, tira lá! Quer tirar lá? Quer tirar? Mas tu quer tirar (sic)?”.

Antecedentes

Além da confusão com os policiais militares, o vereador, que está no primeiro mandato, também foi alvo de uma operação da Polícia Federal no dia 16 de abril por suspeita de participação em esquema de compra de votos. O parlamentar chegou a ser detido, mas foi liberado após pagar fiança de R$ 32 mil.

Na casa do vereador, foi encontrada uma arma de fogo. A assessoria do parlamentar afirmou, à época, ser de um amigo dele.

Siqueira também é réu por lavagem de dinheiro e organização criminosa numa investigação sobre desvio no fornecimento de marmitas para o sistema penitenciário de Roraima, quando teriam sido desviados, ao menos R$ 70 milhões. Ele é apontado como “laranja” da empresa.

Confira abaixo o vídeo da confusão envolvendo o vereador:

 

Ayan Ariel, para O Poder

Foto: Reprodução/Redes sociais

Edição: Álik Menezes e Érico Veríssimo 

Revisão: Alyne Araújo e Henderson Martins 

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