setembro 21, 2024 13:17

No Dia Internacional da Mulher, conquistas femininas são lembradas na Aleam

O Dia Internacional da Mulher, comemorado nesta terça-feira, 8, é marcado por lutas e reflexões sobre as conquistas femininas ao longo da história. A data repercutiu entre os deputados na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam).

O deputado Serafim Corrêa (PSB) foi o primeiro a usar a tribuna para destacar a presença feminina no parlamento e na política. “O Dia 8 de Março simboliza muito mais que um dia de festa porque foi um dia de luta. Essa data faz relação ao que aconteceu no passado, quando mulheres reivindicavam melhorias salariais e muitas ficaram feridas e outras mortas. O dia 8 de março simboliza a luta, não é um dia de festa, mas de retomar a luta”, afirmou.

Serafim ainda exibiu um vídeo em homenagem à deputada Lídice da Mata (PSB-BA) que, na sua avaliação, está há muito tempo na luta pelos direitos das mulheres. No vídeo, a parlamentar baiana fala sobre os 90 anos do voto feminino e que está fortalecendo a ampliação das mulheres no espaço de poder.

“É nesse sentido de reforçar o empoderamento das mulheres, seja no judiciário ou executivo, não numa disputa, mas convergência porque homens e mulheres têm competência, mas só passaram a ocupar os espaços no fim do último século”, ressaltou.

Na esteira do colega, Wilker Barreto (sem partido) falou sobre o momento de reflexão do Dia Internacional da Mulher. O parlamentar cobrou que a Aleam faça um levantamento de todos os Projetos de Lei que beneficiam as mulheres e viraram “letra morta” porque não siaram do papel.

“Quero pedir atenção nas políticas públicas e nos casos de feminicídio que não são investigados e muitas mulheres não vão procurar as delegacias porque não acreditam nas investigações. Temos um projeto de resolução que visa homenagear mulheres que contribuem para construção da nossa sociedade, apresentado no ano passado e, até hoje, não foi contemplado nesta Casa. Também fui co-autor de um Projeto de Lei, juntamente com a deputada Alessandra Campêlo, sobre a Lei da Dignidade Menstrual e a até hoje a lei não saiu do papel”, alfinetou.

Cartilha da Mulher

A presidente da Comissão de Saúde da Aleam, deputada Mayara Pinheiro (PP), usou o dia da luta das mulheres em todo o mundo para lembrar a guerra na Ucrânia contra a Rússia e repudiou a atitude do deputado estadual de São Paulo, Arthur do Val (Podemos), que teve áudios vazados com comentários machistas e sexuais contra as ucranianas.

“Muitas mulheres que são policiais deixaram a sua família para lutar na guerra e foram alvos de um comentário tão pobre, racista e preconceituoso por esse deputado (Arthur do Val) e quero fazer o meu repúdio. Sabemos o quanto as mulheres têm que estudar mais, se dedicar mais, para se destacarem profissionalmente”, ressaltou.

Mayara Pinheiro lembrou, ainda, que lançou uma cartilha da mulher que alerta sobre a violência física, financeira e emocional contra as mulheres. “Queria externar que ano passado lancei a cartilha da mulher sobre a violência contra a mulher. Até hoje muitas pessoas acham que a violência é somente física, mas tem a financeira e psicológica. Essa cartilha é muito didática e fala sobre os direitos das mulheres e o público alvo são os rapazes jovens ainda na escola. Para que possamos evitar um comportamento inadequado ou inoportuno”, destacou.

Tony Medeiros (PSD) também se manifestou no pequeno expediente para homenagear o Dia Internacional da Mulher. “Quero aqui reconhecer as suas lutas e conquistas e avanços a conquistar. Sempre digo que todos somos iguais, homens e mulheres, independente de cor, raça ou sexo. O que precisamos realmente é oportunidade. E foi essa oportunidade que por muito tempo a mulher foi privada porque não podia trabalhar ou estudar por conceitos puramente machistas e não tinha o direito democrático do voto. Teve uma fase que os homens olhavam para as mulheres somente como objeto sexual”, ressaltou.

Medeiros concluiu destacando que a mulheres buscaram o seu espaço e estudo e provaram que são competentes. “Ninguém colocou uma mulher num cargo importante por ela ser mulher, mas porque elas foram para as faculdades e comprovaram que são competentes. Hoje, depois de muita luta conseguem ocupar esses cargos que conquistaram com muito sacrifício e rompendo preconceitos”, afirmou.

 

 

Augusto Costa, para O Poder

Foto: Acervo O Poder

Edição e Revisão: Alyne Araújo e Henderson Martins

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