Jair Bolsonaro (PL) acumula outro problema. Desta vez, a suspeita é de que o ex-presidente tenha interferido nas investigações da Polícia Federal contra o ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro.
Outros membros da cúpula também devem estar envolvidos no caso. A suposta interferência de Bolsonaro diz respeito a uma mensagem do delegado do caso, enviada a colegas, e a divulgação de interceptação telefônica de Milton Ribeiro.
O ex-titular da pasta de Educação chegou a ser preso pela Polícia Federal sob acusação de que havia um balcão de negociações no Ministério da Educação (MEC) com a participação de pastores sem cargo no governo. Também foram detidos os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, próximos de Bolsonaro; o ex-assessor do MEC Luciano de Freitas Musse e Helder Bartolomeu, genro de Arilton.
A suspeita de interferência veio à tona no dia seguinte ao da prisão. Desde então, nenhuma outra diligência, como novas oitivas, foi realizada dentro das investigações. Também não houve qualquer análise dos arquivos e extratos obtidos após quebras de sigilo telefônico e bancário dos investigados.
Ribeiro é investigado pelas suspeitas de crimes de corrupção passiva, prevaricação, advocacia administrativa e tráfico de influência, num caso que abalou o discurso anticorrupção de Bolsonaro. O ex-ministro deixou o governo em março de 2022, uma semana após a Folha revelar um áudio em que ele dizia priorizar demandas de um dos pastores a pedido de Bolsonaro.
Da Redação
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