O Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos (DHS) está investigando se crianças empregadas ilegalmente como trabalhadoras noturnas em matadouros da JBS Foods nos estados de Nebraska e Minnesota são vítimas de tráfico humano.
Foi constatada a presença de 31 crianças com idades entre 13 e 17 anos, desde que a investigação começou, a cerca de seis meses. Algumas delas foram encontradas com queimaduras nas mãos devido à exposição a produtos químicos de limpeza.
Este não é o primeiro escândalo envolvendo a empresa dos irmãos Joesley e Wesley Batista na imprensa norte-americana nos últimos dias.
Ainda no mês passado, o grupo de ativismo ambiental Mighty Earth entrou com uma representação na Securities and Exchange Commission (SEC), a “CVM” americana, pedindo a abertura de uma investigação sobre os mais de US$ 3.2 bilhões em títulos verdes (green bonds) que a JBS emitiu nos Estados Unidos. Os títulos são vinculados a metas de sustentabilidade da empresa e, segundo o documento entregue à SEC, correspondem a emissões “enganosas e fraudulentas”.
No ano passado, uma pesquisa do Institute for Agriculture and Trade Policy havia destacado que as emissões de gases combinadas de metano de 15 das maiores empresas de carne e laticínios do mundo são maiores do que as de vários dos maiores países do mundo, incluindo Rússia, Canadá e Austrália. A JBS aparecia no topo da lista.
O relatório indicava que as emissões da companhia brasileira “superam em muito todas as outras empresas”, incluindo países de grande extensão territorial, como França, Alemanha, Canadá e Nova Zelândia.
As suspeitas que pairam sobre a empresa de carnes dos irmãos Batista vêm levando congressistas democratas a solicitar ao Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) um processo de suspensão contra empresas ligadas à JBS.
Da Redação, O Poder
Foto: FolhaPress