abril 18, 2024 20:45

Josué cobra do governo a sanção da ‘lei do gás natural’ e defende CPI da Cigás

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O presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), Josué Neto (PRTB), juntamente com outros deputados, cobraram do governador Wilson Lima (PSC) a sanção do projeto de lei nº 153/2020, aprovado em regime de urgência na semana passada.

De autoria de Josué, o deputado, inclusive, afirmou que, se o governo não sancionar a matéria até o próximo dia 23, a casa legislativa vai promulgar a lei. Neto defende o projeto que, segundo ele, vai disciplinar a exploração do gás natural no Amazonas e garantir uma nova matriz energética para o Amazonas.

“Portanto, está lei estará sendo encaminhada no início da semana para o Executivo. Estamos aguardando a sanção do governador. O povo do Amazonas é a favor dessa lei. A Aleam fará história. Nós vamos aprovar essa lei. Se a lei vier vetada do governo eu já conclamo o povo do Amazonas e todos os deputados que amam esse Estado a derrubar o veto do governo”, ameaçou Neto.

O parlamentar, que recebeu o aval do governo federal sobre a “lei do gás natural” disse que essa regulamentação vai desencadear, ainda, a geração de energia elétrica mais baratas, a redução de preços do gás natural, veicular e residencial.

Investigação na Cigás

Josué Neto defendeu também, durante sessão virtual da Assembleia nesta quinta-feira, 16, a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a Companhia de Gás do Estado do Amazonas (Cigás) que em 2019 teria faturado R$ 100 milhões e não investiu nada no Amazonas.

“Isso é uma lei que acaba com o monopólio da Cigas porque nos anos anteriores arrecadou R$ 100 milhões. Cadê os R$ 100 milhões que arrecadou onde foi investido? Isso é uma dica aqui pra gente abrir uma próxima CPI. Eu não estou fazendo ameaça. Mas é preciso abrir uma CPI da Cigás aqui nessa casa. Em 2019 a Cigás faturou  líquido R$ 100 milhões cadê um prego que eles pregaram nessa cidade?”, questionou.

Na avaliação de Josué, não é possível imaginar que a Cigás está há 20 anos no Amazonas e não fez nada pelo Estado. “A Cigás vai continuar com o monopólio do gás encanado, mas no momento de distribuir esse gás vai vim a Shell multinacional, a Texaco, poderá vim empresas da Arábia”, explicou.

Polo de cerâmica

O deputado Sinésio Campos (PT) também é a favor da mudança da matriz energética do Amazonas e que passe a utilizar o gás natural. Na sua avaliação, a medida vai facilitar o desenvolvimento do polo de cerâmica nos municípios de Iranduba e Manacapuru.

“Sou entusiasta da mineração como fonte de renda. A abertura do mercado do gás no nosso Estado vai viabilizar muitas vertentes. Temos que ter mais postos de gás para veículos. Hoje uma botija de gás é cobrado entre R$ 70 a R$ 100 e isso não podemos mais aceitar. O gás vai baratear a tarifa de energia. Temos aqui um polo cerâmico em Iranduba e Manacapuru que precisa dessa energia”, disse.

Os deputados Adjunto Afonso (PP) e Fausto Júnior (PV) também se manifestaram a favor do projeto de lei.

O Portal O Poder entrou em contato com a assessoria da Cigás, mas até o final desta edição não obteve resposta.

 

Augusto Costa, para O Poder

Foto: Aleam

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