A Justiça do Rio de Janeiro decidiu arquivar uma ação movida contra Regina Duarte, ex-secretária de Cultura, por apologia à tortura. O processo foi aberto pela jornalista e advogada Lygia Jobim, filha de José Jobim, diplomata morto pelo regime militar.
Na ação, Lygia pediu R$ 70.000 em danos morais. O caso aconteceu durante uma entrevista ao canal CNN Brasil, onde Regina disse que “sempre houve tortura” e que não havia motivos para “olhar para trás” em relação ao período da ditadura militar no país.
Regina teria se incomodado com a exibição de um vídeo da atriz Maitê Proença, que solicitava que a então secretária prestasse apoio aos artistas diante a pandemia, além de críticas sobre a sua atuação no governo.
A ex-secretária informou que a emissora “carregava um cemitério nas costas” ao informar que estava “desenterrando mortos”.
Na ação, a juíza federal Maria Amélia Almeida Senos de Carvalho, da 23ª Vara Federal do Rio de Janeiro, declarou que Regina não poderia responder como pessoa física, informando que a ação deve ser apresentada contra o órgão que ela apresentava.
A denúncia também conta com o Ministério do Turismo, que abriga a secretaria.
Conteúdo: Poder360
Foto: Antônio Cruz/ Agência Brasil