abril 19, 2024 07:55

Em pleno Dia do Trabalhador, prefeito de Borba confirmou demissão e redução salarial de servidores

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Em pleno Dia do Trabalhador, comemorado no dia 1º de maio, o prefeito de Borba (a 150 quilômetros de Manaus), Simão Peixoto (PP), tentou justificar o “presente de grego” que deu à população ao anunciar, durante entrevista coletiva em uma rádio do município, a demissão de mais de 100 servidores da prefeitura. O gestor ainda anunciou que os funcionários que não foram demitidos terão os salários reduzidos em 50%.

Conforme divulgado pelo Portal O Poder no último dia 14, Simão Peixoto alegou crise econômica e contenção de gastos para exonerar mais de cem servidores municipais. As demissões começaram no dia 3 de abril, de acordo com o Decreto nº 047/2023, publicado no último dia 14.

Simão Peixoto afirmou que o Amazonas, o Brasil e o mundo passam por um momento difícil com uma crise e que o recenciamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicou uma redução muito grande de pessoas em Borba. Essa diminuição aconteceu em outros municípios e fez com que prefeitos amazonenses recorressem à Justiça para tentar manter o repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e outros recursos.

“A questão do FPM é pelo quantitativo de pessoas que têm no município de Borba e tivemos uma queda de receita muito grande. Quero avisar aos nossos servidores da prefeitura que eu estive na contabilidade da prefeitura e houve uma perda de quase R$ 1,5 milhão. Optamos não por exonerar as pessoas que, pela contabilidade iriam sair mais de 600 servidores”, explicou.

Simão Peixoto afirmou, ainda, que para não exonerar as 600 pessoas que estavam no levantamento da prefeitura pelo impacto financeiro, ele resolveu diminuir a gratificação e a hora extra. “Repercutiu na população e eu fiz questão de comunicar para a população de Borba, especialmente aos nossos servidores, que vai ser a questão de alguns dias ou meses. Teve prefeito que exonerou todos os contratados e eu optei por outro lado. Tinha pessoa que estava ganhando R$ 3 mil e reduzimos para R$ 1,5 mil, mas antes estar ganhando R$ 1,5 mil que não estar ganhando nada”, afirmou.

 

 

Augusto Costa, para O Poder

Ilustração: Neto Ribeiro/Portal O Poder

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