O juiz Ariovaldo Nantes Corrêa, da 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, condenou o ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul (TCE-MS), Cícero Antônio de Souza, por desvio de R$ 19,3 milhões.
Conforme a decisão, divulgada na segunda -feira, 8, o ex-presidente foi condenado por improbidade administrativa e o desvio aconteceu em contratos com uma empresa de limpeza que prestava serviços ao TCE-MS.
A defesa de Cícero disse que ele “não merece essa condenação e irá recorrer”.
Também foram investigados os ex-presidentes do órgão, José Ancelmo dos Santos, que morreu de Covid em 2021, e Waldir Neves. Na decisão desta segunda-feira, o juiz condenou José Ancelmo dos Santos por concluir que houve superfaturamento do contrato com a empresa. A sentença foi anexada ao espólio do ex-presidente do órgão.
Já Waldir Neves foi absolvido da acusação porque, segundo o juiz, não foi possível “estabelecer prejuízo aos cofres públicos em relação a ele, pois as perdas patrimoniais comprovadas ocorreram em período anterior à sua atuação como presidente do TCE/MS (2015/16), embora ele tenha mantido a contratação da empresa e efetuado pagamentos”.
Sentença
Segundo a decisão da justiça, Cícero Antônio de Souza, terá a aposentadoria cassada, além de ficar suspenso dos direitos políticos por 10 anos. Ele também terá que pagar multa de R$3,5 milhões, indenização de R$250 mil por danos morais coletivos e, ainda, ressarcimento do dano causado aos cofres públicos (com valor ainda a ser definido).
No caso de José Ancelmo dos Santos, a sentença prevê R$250 mil por danos morais coletivos e ressarcimento aos cofres públicos, que ainda será calculado.
Da Redação, com informações do G1
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