abril 21, 2025 15:51

Com o dobro de mortes da média nacional, pessoas são enterradas no quintal, diz senador

A grave crise sanitária no Amazonas que registra uma média de 228 óbitos por Covid-19 a cada 100 mil habitantes, considerada mais do que o dobro da média registrada no restante do país: 112 a cada 100 mil, levaram o senador Eduardo Braga (MDB-AM) a cobrar do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, uma força tarefa para que seja realizada a vacinação em massa de toda a população amazonense conta a Covid-19. Eduardo afirmou, ainda, que em janeiro morreram mais de 3 mil pessoas no Estado.

“O que é mais triste é que a média de fevereiro deve ser mais alta. O problema não está resolvido. A situação está num patamar altíssimo de casos e mortes. Neste momento, estão morrendo 164 pessoas no Amazonas, em média, com certidão de óbito. Sabe-se que tem gente morrendo sem passar por hospital. No interior, tem gente morrendo em casa e sendo enterrada no quintal”, alertou.

Durante a sessão de debates temáticos nessa quinta-feira, 11, no Senado, o ministro afirmou que o Ministério da Saúde (MS) e o Ministério da Defesa estão se mobilizando para imunização de todos os cidadão do Estado com mais de 50 anos.

Na semana passada, o senador amazonense apresentou um Projeto de Indicação no Senado para que sejam encaminhadas para o Amazonas, com urgência, 1 milhão de doses contra coronavírus.

“É preciso fazer mais, de forma objetiva e prática. A única resposta que temos, ministro, é se Vossa Excelência, as Forças Armadas, o Estado e o município se mobilizarem para essa vacinação. O nosso povo está chorando pela morte dos parentes e dos amigos”, lamentou.

Eduardo Braga salientou, ainda, que a crise sanitária sem precedentes registrada no Amazonas, em virtude da disseminação desenfreada da Covid-19, especialmente da cepa já identificada, está longe de ser resolvida, como havia dito Pazuello momentos antes.

“Não está tudo bem. Não está tudo certo. E não foi feito tudo que poderia ser feito”, disse Eduardo, que lembrou o titular da Saúde a respeito de uma reunião ocorrida entre eles, na sede do ministério, ainda em dezembro de 2020. “Eu já dizia que iríamos enfrentar uma onda muito grave. Sugeri, ainda, que assumisse uma unidade hospitalar no Amazonas diante da comprovação da ineficiência do Governo do Estado durante a primeira onda da doença”, relembrou.

O senador esclareceu que não procede a informação repassada pelo ministro de que a falta de oxigênio nas unidades de saúde ocorreu em virtude de falhas numa rede pressurizada existente Estado. “Isso não é verdade. Essa rede não existe”, disse ele, que também alertou para a continuidade da escassez do insumo no interior amazonense. “Lá continuam sofrendo com a falta de oxigênio.”, concluiu.

 

Augusto Costa, para O Poder

Com informações da assessoria

Foto: Divulgação

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