Da redação
Uma antiga fiel da igreja fundada pela deputada federal Flordelis dos Santos de Souza (PSD) afirmou, em depoimento à polícia, que a pastora e o marido, o também pastor Anderson do Carmo, assassinado há um ano, eram frequentadores de uma casa de swing (lugar onde há troca de casais)na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. A mulher contou que Flordelis tinha um quarto privativo no lugar, onde já teria sido vista “extremamente bêbada”.
O depoimento, ao qual o EXTRA teve acesso, foi dado em setembro do ano passado a policiais da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí, parte do inquérito que apura a morte de Anderson.
A mulher afirmou que soube da informação em 2007, ao levar sua supervisora a um culto no Ministério Flordelis. Ela relatou à polícia que, ao ver a deputada e pastora, sua amiga ficou surpresa e comentou que Flordelis frequentava a mesma casa de swing que ela, que teria um número como nome e que ficava na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.
A supervisora da fiel afirmou que, além de Flordelis e Anderson, Simone, filha biológica da deputada, e o marido dela, André, também frequentavam o local. A mulher chegou a descrever a roupa usada por Flordelis numa vez em que esteve na casa de swing.
A antiga frequentadora da igreja que prestou depoimento na DH afirmou que, numn um primeiro momento, chegou a desconfiar da versão de sua amiga, mas disse que passou a ter certeza da história após algumas perguntas feitas por ela ao pastor Anderson e a Simone.
A mulher contou que fingiu para Anderson ter visto a família na Barra na ocasião em que a supervisora lhe descreveu, mas o pastor negou que estivesse ido ao bairro. No entanto, a fiel afirma ter questionado Simone, que confirmou a ida da família à Barra e também a roupa que Flordelis usava, conforme descrito pela supervisora.
A fiel ainda relatou que, numa ocasião em que esteve na casa de Flordelis, viu o momento em que a deputada, Anderson, Simone e André saíram todos do mesmo quarto de toalha branca. Segundo a mulher, naquele dia o acesso de pessoas da igreja na casa era proibido. A mulher também relatou que a informação sobre a casa de swing se espalhou pela igreja e que ela foi questionada por Anderson e Flordelis. Ela disse ainda que, depois desses episódios, passou a ser perseguida e deixou de frequentar a igreja de Flordelis, a quem chamou de psicopata e mentirosa em seu depoimento.
O EXTRA não conseguiu contato com a defesa de Flordelis para comentar o depoimento. No último dia 16, a morte do pastor Anderson completou um ano. Dois filhos de Flordelis, Lucas Cézar dos Santos e Flávio dos Santos Rodrigues, estão presos, acusados de envolvimento no crime.
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Conteúdo de Foto: Extra