novembro 24, 2024 10:54

ONG que impediu obra em rodovia do Acre vai receber R$ 35 milhões do Fundo Amazônia

O governo federal, por meio da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), anunciou durante um evento com a presença da ministra do Meio Ambiente Marina Silva, a liberação de R$ 33,6 milhões do Fundo Amazônia para o projeto Gestão Territorial da Organização dos Povos Indígenas do Rio Juruá (OPIRJ), no Acre. Essa mesma Organização Não Governamental (ONG) conseguiu, em parceria com a ONG SOS Mata Atlântica, barrar na Justiça as obras da BR-364, projetadas pelo governo passado, do presidente Jair Bolsonaro.

Conforme reportagem da Revista Oeste, a expansão da rodovia que cortaria o Parque Nacional Serra do Divisor, perto da fronteira com o Peru, tinha como objetivo gerar empregos na região e facilitar a vida dos acreanos. Porém, as obras na pista foram impedidas sob a justificativa de “violação dos direitos socioambientais”, “risco de extermínio” de povos indígenas, ausência de consulta indígenas da região e “relação desproporcional entre investimento público e beneficiários”.

Além de Marina Silva, que é integrante do Comitê Orientador do Fundo, responsável por direcionar recursos para o terceiro setor, participaram da assinatura do contrato para liberação de dinheiro do Fundo Amazônia para a OPIRJ a presidente da Funai, Joenia Wapichana, a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, e a diretora Socioambiental do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Tereza Campello. O coordenador-geral da OPIRJ, Francisco Piyãko também estava presente. A cerimônia foi realizada na Terra Indígena Poyanawa, em Mâncio Lima (AC), no último sábado (4).

Segundo o governo federal, o dinheiro será usado para realizar um projeto de “gestão territorial” voltado a beneficiar indígenas no Acre. “O Fundo Amazônia foi criado para proteger as populações tradicionais e a floresta, além de gerar emprego, renda e melhorar a vida das pessoas”, declarou Marina, na ocasião. “São R$ 33,6 milhões para gestão ambiental e territorial, equipamentos, segurança alimentar e melhora da produção, sem destruir a floresta”, continuou a ministra.

 

 

Com informações de O Liberal

Foto: Reprodução 

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