A abertura da caixa preta do Fisco mostrou que o Governo Federal concedeu mais de R$ 215 bilhões em isenção de impostos em 2021. A informação é do site Poder 360.
Os novos arquivos, determinados pela Receita Federal por meio de uma Portaria, detalham que foram R$ 164,5 bilhões em benefícios tributários somados aos R$ 51 bilhões de isenções concedidas a 15.691 empresas.
A Petrobras é a primeira da lista, com R$ 29,5 bilhões. Já a Vale tem R$ 20 bilhões em impostos não pagos.
Os valores são maiores do que a isenção da Zona Franca de Manaus (ZFM), que girou em torno de R$ 16 bilhões.
Logo, as críticas ao modelo econômico amazonense caem por terra quando políticos e empresários – que não atuam no Amazonas – consideram as isenções injustas, sendo que as comparações provam que as isenções da ZFM são bem menores em relação às da Vale e Petrobras.
Para o economista Farid Mendonça, falta visão estratégica para grande parte das lideranças do Brasil, principalmente as empresariais, para dar uma outra ótica ao modelo econômico. De acordo com ele, existe um preconceito contra a região aliado à falta de visão.
“Acredito que praticamente nada que saia influencie na mudança de pensamento dos brasileiros sobre a Zona Franca de Manaus. Grande parte das lideranças do Brasil, inclusive empresariais, não focam no progresso da Amazônia. Continuam a ter uma visão míope, de querer tratar a Amazônia como um santuário intocável. Enxergam a Zona Franca de Manaus e a Amazônia como um ônus e não como um bônus. Enquanto esta visão persistir, infelizmente teremos que continuar a nos defender”, destaca.
Priscila Rosas, para Portal O Poder
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